SociedadeAperfeiçoamento Contínuo | Instaurados 13 processos por irregularidades Andreia Sofia Silva - 10 Mar 2016 O Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo já gerou 13 processos por irregularidades, sendo que oito deles acabaram por justificar a actuação das autoridades policiais. Ainda assim, Governo prepara terceira fase do programa [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) divulgou ontem o relatório de avaliação intercalar do Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo, referente aos anos de 2014 a 2016. Segundo dados apresentados por Kong Ngai, chefe da Divisão de Extensão Educativa da DSEJ, já foram instaurados 13 processos a entidades fornecedoras de cursos, sendo que oito deles foram parar às mãos das autoridades policiais. A última situação foi resolvida o ano passado, quando foi descoberto um caso de burla. A DSEJ fez ainda 1272 advertências verbais às entidades e 269 escritas, medidas realizadas antes da instauração de qualquer processo. Kong Ngai apresentou mais dados. Até 29 de Fevereiro deste ano registaram-se no Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento Contínuo um total de 110 mil pessoas, sendo que cada pessoa se inscreveu duas vezes. Isto representa um aumento da participação em 20% face à primeira edição do programa. Em média, cada residente utilizou quatro mil patacas de um subsídio de seis mil, sendo que “os cursos técnicos registaram uma maior subida de inscrições, enquanto que foi registada uma descida nas inscrições para os exames de condução”, explicou Kong Ngai. Para já a terceira fase do programa está a ser planeada pela DSEJ, não tendo sido avançados dados quanto ao orçamento que será disponibilizado ou o subsídio a atribuir a cada residente. Diversificar é preciso O relatório ontem apresentado, e que foi realizado pela empresa Sociedade Policy 21, de Hong Kong, mostra que 94% dos residentes e 98% das entidades concordam com a continuação do programa. Cerca de 86% dos residentes afirmaram que “o subsídio lhes permitiu fazer a sua aprendizagem contínua, participando nos cursos e exames de credenciação que gostam”. Em relação à terceira edição, 69% dos entrevistados e 77,5% das entidades colaboradoras acreditam que o programa “se deve posicionar em áreas diversificadas”. “O relatório sugere que a terceira fase do programa também pode estabelecer uma linha [de concordância] com o desenvolvimento da indústria económica de Macau, por exemplo, em articulação estreita com o desenvolvimento certificado da economia e das indústrias de Macau, colocando mais recursos nos cursos de formação profissional e na formação de pessoal”, apontou a DSEJ em comunicado. Desde a criação do programa, em 2011, a DSEJ gastou 930 milhões de patacas em subsídios, tendo recebido mais de 520 mil inscrições. Os cursos já possuem a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, reconhecido pelo serviço de acreditação do Reino Unido. Suspensão de aulas devido a temperaturas As aulas vão ser suspensas quando as temperaturas subirem ou descerem acentuadamente. Isso mesmo anunciou ontem a DSEJ, que diz que vai alterar as actuais regras em vigor. “Fixamos um critério de 3ºC ou abaixo para suspender as aulas do ensino infantil, primário e especial. Quando a temperatura for 0º ou menos todo o ensino é suspenso. Com 38º C ou acima, as aulas são também suspensas para as turmas infantil, primário e especial e acima de 40º todas as aulas ficam suspensas.” Reunião com Colégio de São José O aumento de propinas no Colégio de São José, que tem sido contestado pelos encarregados de educação, será alvo de uma análise por parte da DSEJ. “Temos marcada uma reunião para esta ou para a próxima semana”, disse ontem Leong Lai, directora da DSEJ. “As informações estão a ser preparadas e vão ser entregues em breve à DSEJ. O colégio disse que tomou como referência outras escolas que também aumentaram as propinas e temos de procurar saber junto do director para termos mais informações. Temos tentado saber junto do Colégio de São José quanto às cobranças, e temos procurado saber as informações dos últimos dez anos. Temos procurado saber quantas prestações é que os pais têm vindo a pagar”, explicou a directora.