SociedadeTáxis|DSAT afinal não recebeu propostas para licenças especiais Tomás Chio - 11 Jan 2016 [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) ainda não terá recebido qualquer proposta de candidatura para os táxis especiais. Apesar de, em Outubro, o organismo ter dito que quase duas dezenas de pessoas ou empresas já apresentaram a sua proposta de candidatura a uma licença para conduzir um táxi amarelo, ao jornal Ou Mun a DSAT vem dizer que não recebeu qualquer candidatura até à semana passada. Amanhã é o último dia para a entrega de inscrições, uma data que chega após um prolongamento do concurso, devido a mudanças nos requisitos de candidatura. Uma das alterações ditava mesmo a redução do número obrigatório de táxis para deficientes de “pelo menos dez” para “pelo menos cinco”, de forma a melhor responder à falta de recursos das empresas que só operam por chamada. Porta-vozes do sector de táxis afirmaram ao jornal chinês que não seria apenas uma empresa na corrida e que é habitual as concessionárias entregarem as propostas em datas perto do fim. Um dos representantes do sector, que não foi identificado no jornal, afirmou que a companhia dos táxis amarelos Vang Iek não vai participar neste concurso. A DSAT decidiu tornar as normas para o concurso público de concessão de licenças especiais de táxis mais brandas porque não havia interesse da parte das empresas. Parte do preço dos táxis para deficientes será suportado pelo Governo, uma vez que este diz haver “pressões no custo de exploração destes táxis”. Pontos de discórdia Recorde-se que no ano passado, o Governo optou por terminar os serviços da empresa de rádio-táxis Vang Iek, depois de ter considerado que a empresa não conseguia cumprir o contrato. Uma das defesas da empresa era precisamente os “problemas” na operação e “o dinheiro perdido”. A Vang Iek queixava-se ainda de falta de ajuda. “Durante o período [de operação] fizemos o melhor que conseguimos, no entanto, não tivemos o apoio do Governo e por isso o nosso trabalho foi muito difícil. Durante a negociação da renovação do contrato não tivemos uma resposta positiva do Governo”, dizia Cheang Veng Chio, director-executivo da empresa em Novembro do ano passado. A obrigação de ter táxis acessíveis a deficientes e a proibição de cobrar taxas extra para os táxis por chamada eram alguns pontos de discórdia entre Governo e a Vang Iek. Conflitos em autocarros aumentam O ano de 2015 contou com mais conflitos entre passageiros e condutores de autocarros, tendo havido 27 destes casos, um aumento de 40%. O Conselho Consultivo do Trânsito sugeriu, na semana passada, que sejam adicionados equipamentos de gravação dentro dos veículos para que se possam recolher provas.