China / ÁsiaMNE Britânico | “Liberdade de navegação no Mar do Sul da China não é negociável” Hoje Macau - 8 Jan 2016 [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Philip Hammond, afirmou ontem, durante uma visita às Filipinas, que qualquer tentativa de limitar a circulação aérea e marítima no Mar do Sul da China seria vista como “sinal de alerta”. A China anunciou ter feito aterrar três aviões no recife Yongshu Jiao, motivando protestos por parte do Vietname e Filipinas, que reivindicam o território, e gerando receios de que Pequim imponha um controlo militar na zona. “A liberdade de navegação e sobrevoo não são negociáveis. São sinais de alerta para nós”, disse Hammond, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo filipino, Albert del Rosario, em Manila. Hammond não elaborou sobre o tipo de medidas que podem ser tomadas caso o “sinal de alerta” seja activado, afirmando apenas que o Reino Unido vai continuar a defender o seu direito de navegar na zona. Albert del Rosario manifestou-se preocupado com os testes de voo, que acredita serem prova de que a China está a preparar terreno para a declaração de uma Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ, na sigla inglesa), semelhante à declarada no Mar da China Oriental. “Se isto não for contestado, a China vai assumir uma posição em que a ADIZ seria imposta”, disse. O Vietname, que também reclama território no Mar do Sul da China, condenou os testes de voo, considerando-os uma violação da sua soberania. A China tem alarmado os seus rivais com a construção de enormes aterros e instalação de estruturas em recifes disputados, incluindo uma pista de aterragem em Yongshu Jiao. As Filipinas pediram a um tribunal apoiado pelas Nações Unidas para invalidar a reivindicação da China sobre a quase totalidade do Mar do Sul da China. Uma decisão é esperada este ano.