MAM | Obras de Zhou Chunya em exposição até Janeiro de 2016

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Museu de Arte de Macau apresenta até ao próximo ano as novas obras de Zhou Chunya, um dos maiores artistas contemporâneos da China. Com inauguração na sexta-feira, a mostra “Zhou Chunya – Novas Obras 2015” apresenta pinturas que beberam do clássico.
“As suas obras revelam um amor pela cultura tradicional e pelo jardim clássico, constituindo também uma tentativa de experimentar a sensibilidade estética chinesa num mundo caótico. Além de uma busca de autenticidade, as suas pinturas regressam ao princípio através de uma transgressão de fronteiras desconhecidas”, explica a organização.
Patente até ao dia 3 de Janeiro, das 10h00 às 19h00, exposição compreende 12 pinturas a óleo e uma escultura de bronze pintado, num total de 13 peças do artista. Todas as pinturas a óleo são peças novas, criadas especificamente para esta exposição no MAM.
Nos círculos de arte contemporânea chinesa, Zhou destaca-se pela sua mestria no uso da cor, sendo uma das características do seu trabalho o uso de “uma palete pouco habitual e não-naturalista”.
O artista nasceu em 1955, durante os primeiros anos da RPC, numa altura de grande agitação social. Desde a infância, experimentou uma série de movimentos e impactos de natureza política, filosófica, cultural e artística. Na década de 1980, decidiu partir para a Alemanha e aí prosseguir os seus estudos procurando um corte com a tradição e buscando novas formas artísticas.MAM_mam
“Alimentado pelo neo-expressionismo germânico, Zhou deu início a uma série de reflexões críticas sobre a pintura tradicional, que enriquece o seu tratamento dos temas, assim como a sua forma e linguagem. A sua criatividade combina a tradição chinesa e a paixão ocidental por uma arte com distintas características individuais”, explica o MAM, que acrescenta que o artista tem “uma visão extraordinária e um estilo audacioso e pleno de humor”, algo que o fez atingir uma posição destacada no meio artístico contemporâneo.
Organizada também pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e pelo Instituto Cultural, a exposição representa ainda a inspiração de Zhou nas obras dos quatro Wangse dos quatro monges (pinturas de século XVII e do sec XVIII China) , usando referências dos símbolos, temas e técnicas tradicionais chinesas. “Ao representar pedras do lago Taihu, torres e terraços, árvores e ramos, flores e outras cenas, Zhou tentou encontrar uma via entre a arte ocidental e a arte chinesa tradicional, procurando ao mesmo tempo distinguir-se das duas.”
A entrada custa cinco patacas, tendo entrada livre aos domingos e feriados.

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