Steve Wynn critica limite a mesas de jogo

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] presidente da Wynn Resorts, o norte-americano Steve Wynn, disse que em 45 anos de ligação ao negócio dos casinos, nunca viu nada como aquilo que está acontecer em Macau e criticou o Executivo local. Wynn considerou “irracional” a introdução por parte das autoridades de Macau de limites às mesas de jogo em novos ‘resorts’ no território e que as operadoras só saibam quantas mesas poderão criar poucas semanas antes de abrirem os novos casinos.
“Construímos dezenas de milhares de quartos, restaurantes e atracções, mas dizemos [às pessoas]: ‘vocês não podem jogar porque não há mesas’. Bem, essa é uma das razões por que elas vêm a Macau. Se quiserem minar e sabotar a viabilidade desta indústria, imponham limites às mesas. Sou muito crítico desta decisão, porque não a entendo de maneira nenhuma”, afirmou, sublinhando que tem 45 anos de experiência neste negócio e nunca viu uma situação semelhante.
Steve Wynn, citado pela agência Bloomberg, falava numa conferência telefónica com analistas, a partir dos Estados Unidos, no dia em que foram divulgados os resultados da empresa que lidera relativos ao terceiro trimestre do ano. A Wynn Macau teve uma quebra homóloga de 37,9% das receitas líquidas no terceiro trimestre, para 585,1 milhões de dólares. Já a operação em Las Vegas caiu 3,9%. Com dois casinos em Macau – Wynn e Encore – a operadora tem actualmente em construção um ‘resort’ integrado, com um orçamento global de 4,1 mil milhões de dólares e que deverá abrir portas na primeira metade do próximo ano.
As receitas dos casinos de Macau, o maior centro de jogo do mundo, estão em queda desde Junho de 2014, tendo registado em Setembro o valor mais baixo dos últimos cinco anos. A quebra do negócio está a ser associada à campanha anti-corrupção lançada por Pequim e a um abrandamento da economia chinesa.

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