China / ÁsiaPequim convidou tropas estrangeiras para parada militar Hoje Macau - 24 Jun 2015 [dropcap style=’circle’]A[dropcap] China convidou militares estrangeiros para participarem na parada comemorativa do 70.º aniversário do final da II Guerra Mundial, numa iniciativa inédita no país, marcada para 3 de Setembro em Pequim, anunciou ontem um responsável da organização. É também a primeira vez que a efeméride vai ser assinalada com uma parada militar e este ano, igualmente pela primeira vez, o dia 3 de Setembro será feriado nacional na China. “Esperamos que através desta parada deste ano, história e futuro fiquem ligados”, disse Qu Rui, vice-chefe de operações do estado-maior do Exercito Popular de Libertação (o nome oficial das Forças Armadas chinesas), numa conferência de imprensa em Pequim. O responsável não identificou os países convidados. “Enviámos os convites e as tropas estrangeiras que desejem participar na parada são bem-vindas. O convite mostra o desejo da China e de todos os povos de manter a paz mundial”, afirmou Qi Rui. Saudações cordiais Na mesma conferência de imprensa, Wang Shiming, vice-director do Departamento de Propaganda do Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC), saudou o “o precioso apoio” que outros países deram à China durante os oito anos da “guerra contra a agressão japonesa” (1937-45). Além da antiga União Soviética, que descreveu como “o primeiro país a ajudar a China”, Wang Shiming mencionou os Estados Unidos, Reino Unido e França, e ainda “pessoas de dezenas de outros países”. “O povo chinês nunca esquecerá o precioso contributo de pessoas de muitos países”, disse. Wang Shiming considerou, contudo, que “falta a alguns ocidentais uma objectiva e justa avaliação do papel da China na guerra mundial contra o fascismo”. Segundo estimativas chinesas, o número de baixas, civis e militares, sofridas pela China durante a guerra excede os 35 milhões. O 3 de Setembro foi instituído o ano passado como Dia Nacional da Vitória da China na Guerra de Resistência contra a Agressão Japonesa. A data evoca a rendição do Japão, assinada a 2 de Setembro de 1945 a bordo de um navio da marinha norte-americana pelo então ministro japonês dos Negócios Estrangeiros