Andreia Sofia Silva EventosTIMC | Wu Tiao Ren destacam entusiasmo do público português Terminou ontem a primeira digressão em Portugal da banda chinesa Wu Tiao Ren, promovida pelo festival This is My City. O HM conversou com Neon, membro da banda, depois do concerto no espaço MusicBox, em Lisboa. Este falou da parceria com músicos de Leiria e da liberdade que há em Portugal para desfrutar dos concertos ao vivo [dropcap]S[/dropcap]exta-feira à noite, MusicBox. Quatro rapazes chineses enchem o espaço deste pequeno clube nocturno situado na zona do Cais do Sodré e põem uma pequena plateia a dançar com as suas sonoridades contemporâneas e, ao mesmo tempo, tradicionais. O acordeão faz-se ouvir ao lado do baixo, numa mistura perfeita de folk e rock. Foi assim o concerto dos Wu Tiao Ren em Lisboa, parte integrante de uma digressão promovida pelo festival This is My City (TIMC) que começou no Porto, chegou a Leiria e a Coimbra, e terminou na pequena cidade de Montemor-o-Novo, perto de Évora, no espaço Oficinas do Convento. Neon, membro dos Wu Tiao Ren, conversou com o HM depois do concerto no MusicBox, tendo feito um balanço positivo da primeira digressão que realizaram em Portugal, uma vez que houve espaço para a criação de novas músicas com artistas portugueses. Surma, nome artístico de Débora Umbelino, natural de Leiria e uma das novas vozes da música portuguesa, foi uma delas. Esta parceria partiu de uma residência artística promovida pela editora Omnichord Records. “Surma foi maravilhosa, mas apenas trabalhámos com ela em estúdio. Queríamos que ela se juntasse a nós aqui em Lisboa, mas não tinha disponibilidade. Trabalhamos muito bem em estúdio, fizemos boas canções, muito à base da improvisação”, contou. Neon destaca também a presença no Salão Brasil, em Coimbra, e do entusiasmo que sentiu no público português. “Esta digressão foi muito boa para nós. Foi a primeira vez que estivemos em Portugal e as pessoas são muito simpáticas. No concerto de Coimbra, foi engraçado ver que, no público, não havia apenas pessoas jovens, sentia-se um ambiente muito rock and roll, muito cool. O público parecia muito entusiasta, e aqui no Music Box também.” Questionado sobre as eventuais diferenças entre o público português e o chinês, Neon destacou a vivacidade com que se desfruta da experiência de ouvir música ao vivo. “As pessoas, nos concertos, desfrutam verdadeiramente da música. É uma grande diferença em relação à China. Porque na China ainda estamos no início. Aqui em Portugal há mais liberdade para isso”, confessou. Olhar o Ocidente Os Wu Tiao Ren falam de amor, contam histórias da sua cidade natal, situada na província de Cantão, mas também dão voz ao impacto da globalização na China e de como isso mudou quase tudo. A mistura de sonoridades aconteceu quase por acaso. “Uma das coisas engraçadas da nossa banda é que começámos há 11 anos e no início eramos apenas duas pessoas. Depois de terminarmos o primeiro álbum, juntou-se o baixista, que tinha outra banda, mais ligada ao punk, ao rock and roll. Eu estudei jazz. Quando nos juntamos fazemos coisas muito diferentes… a nossa música é folk, mas misturada com jazz e algum rock and roll. É diferente.” Depois de uma experiência em São Paulo, também pela mão do TIMC, Neon confessa que os Wu Tiao Ren gostariam de passar por outros países, como o Reino Unido, Alemanha, EUA ou Japão. “Ainda estamos à espera de uma oportunidade”, frisou. Além da experiência musical, os Wu Tiao Ren levam também de Portugal uma intensa experiência gastronómica. “Gostamos muito da comida portuguesa, é maravilhosa. Adoro queijo e Portugal tem o melhor queijo do mundo, tal como o marisco. A nossa cidade na China é junto ao mar, mas aqui é diferente”, apontou Neon.
Andreia Sofia Silva EventosTIMC | Wu Tiao Ren destacam entusiasmo do público português Terminou ontem a primeira digressão em Portugal da banda chinesa Wu Tiao Ren, promovida pelo festival This is My City. O HM conversou com Neon, membro da banda, depois do concerto no espaço MusicBox, em Lisboa. Este falou da parceria com músicos de Leiria e da liberdade que há em Portugal para desfrutar dos concertos ao vivo [dropcap]S[/dropcap]exta-feira à noite, MusicBox. Quatro rapazes chineses enchem o espaço deste pequeno clube nocturno situado na zona do Cais do Sodré e põem uma pequena plateia a dançar com as suas sonoridades contemporâneas e, ao mesmo tempo, tradicionais. O acordeão faz-se ouvir ao lado do baixo, numa mistura perfeita de folk e rock. Foi assim o concerto dos Wu Tiao Ren em Lisboa, parte integrante de uma digressão promovida pelo festival This is My City (TIMC) que começou no Porto, chegou a Leiria e a Coimbra, e terminou na pequena cidade de Montemor-o-Novo, perto de Évora, no espaço Oficinas do Convento. Neon, membro dos Wu Tiao Ren, conversou com o HM depois do concerto no MusicBox, tendo feito um balanço positivo da primeira digressão que realizaram em Portugal, uma vez que houve espaço para a criação de novas músicas com artistas portugueses. Surma, nome artístico de Débora Umbelino, natural de Leiria e uma das novas vozes da música portuguesa, foi uma delas. Esta parceria partiu de uma residência artística promovida pela editora Omnichord Records. “Surma foi maravilhosa, mas apenas trabalhámos com ela em estúdio. Queríamos que ela se juntasse a nós aqui em Lisboa, mas não tinha disponibilidade. Trabalhamos muito bem em estúdio, fizemos boas canções, muito à base da improvisação”, contou. Neon destaca também a presença no Salão Brasil, em Coimbra, e do entusiasmo que sentiu no público português. “Esta digressão foi muito boa para nós. Foi a primeira vez que estivemos em Portugal e as pessoas são muito simpáticas. No concerto de Coimbra, foi engraçado ver que, no público, não havia apenas pessoas jovens, sentia-se um ambiente muito rock and roll, muito cool. O público parecia muito entusiasta, e aqui no Music Box também.” Questionado sobre as eventuais diferenças entre o público português e o chinês, Neon destacou a vivacidade com que se desfruta da experiência de ouvir música ao vivo. “As pessoas, nos concertos, desfrutam verdadeiramente da música. É uma grande diferença em relação à China. Porque na China ainda estamos no início. Aqui em Portugal há mais liberdade para isso”, confessou. Olhar o Ocidente Os Wu Tiao Ren falam de amor, contam histórias da sua cidade natal, situada na província de Cantão, mas também dão voz ao impacto da globalização na China e de como isso mudou quase tudo. A mistura de sonoridades aconteceu quase por acaso. “Uma das coisas engraçadas da nossa banda é que começámos há 11 anos e no início eramos apenas duas pessoas. Depois de terminarmos o primeiro álbum, juntou-se o baixista, que tinha outra banda, mais ligada ao punk, ao rock and roll. Eu estudei jazz. Quando nos juntamos fazemos coisas muito diferentes… a nossa música é folk, mas misturada com jazz e algum rock and roll. É diferente.” Depois de uma experiência em São Paulo, também pela mão do TIMC, Neon confessa que os Wu Tiao Ren gostariam de passar por outros países, como o Reino Unido, Alemanha, EUA ou Japão. “Ainda estamos à espera de uma oportunidade”, frisou. Além da experiência musical, os Wu Tiao Ren levam também de Portugal uma intensa experiência gastronómica. “Gostamos muito da comida portuguesa, é maravilhosa. Adoro queijo e Portugal tem o melhor queijo do mundo, tal como o marisco. A nossa cidade na China é junto ao mar, mas aqui é diferente”, apontou Neon.
Andreia Sofia Silva EventosTIMC | Wu Tiao Ren em Portugal para concertos em cinco cidades A banda chinesa Wu Tiao Ren aterrou ontem em Lisboa e prepara-se para realizar a sua primeira digressão em Portugal. Manuel Correia da Silva, do festival This is My City – Global Creative Network, pretende transformar estes concertos numa iniciativa permanente e até levá-los aos festivais de Verão que anualmente acontecem no país [dropcap]C[/dropcap]omeça hoje a digressão em Portugal da banda chinesa Wu Tiao Ren, oriunda de Shenzen, que termina a 8 de Setembro. Hoje os Wu Tiao Ren protagonizam um concerto na redacção do Jornal de Notícias do Porto e, no sábado, na sala de espectáculos Casa da Música. Segue-se uma residência artística em Leiria, graças a uma parceria com a editora Omnichord Records, estando previsto um concerto no Atlas Hostel Leiria. Na próxima quinta-feira, 5 de Setembro, é a vez da banda actuar no Salão Brazil, em Coimbra, seguindo-se o concerto no MusicBox, em Lisboa, no dia seguinte. A 8 de Setembro os Wu Tiao Ren tocam no interior do Alentejo, na cidade de Montemor-o-Novo, no espaço artístico das Oficinas do Convento. Em declarações ao HM, Manuel Correia da Silva, responsável pelo TIMC, declarou que esta é a primeira vez que promovem uma digressão com uma banda chinesa e não pretendem ficar por aqui. “Queremos alargar esta rede e poder trazer bandas chinesas com mais frequência para estes circuitos. Estes artistas não são conhecidos e temos de fazer um grande trabalho de promoção para conseguirmos alcançar os festivais de Verão. Acho que faz todo o sentido chegar a esse mercado e acreditamos que para o ano isso já se vai conseguir, estamos a trabalhar para alcançar esse objectivo.” Acima de tudo, trazer os Wu Tiao Ren a Portugal significa mostrar um outro lado da cultura e música chinesas ainda desconhecidas do grande público português. “A nível de expressão artística e de música indie é muito raro acontecer algo em Portugal. Fala-se muito da China mas só se fala de um certo tipo de coisas, e queremos mostrar ao vivo artistas que pertencem a uma geração mais recente, de uma cultura urbana, que em muitas coisas são parecidos connosco mas ao mesmo tempo tem uma cultura diferente, e os Wu Tiao Ren fazem bem esse jogo, porque apesar de terem uma base musical bastante universal, que é o rock, têm muitos pormenores da cultura deles, porque cantam em chinês e têm muitos pormenores da cultura folclórica do sul da China, como a ópera chinesa e tudo mais. Esta conjugação parece-nos única e de valor para ser apresentada cá.” Também para chineses Apesar de esta ser uma digressão em Portugal, Manuel Correia da Silva admite que gostaria de encontrar, na audiência, rostos da comunidade chinesa residente em Portugal. “Gostava muito de conseguir encontrar a comunidade chinesa nestes concertos, pois acho que também é para eles. Estamos a tentar colmatar o desafio que é chegar essas comunidades. Não é fácil.” Os Wu Tiao Ren nasceram em 2008, sendo oriundos da cidade de Shantou, na província de Guangdong. As suas músicas versam sobre as vidas marginais da China e são marcadas pela influência da ópera local e por canções de pescadores. Além disso, “a sonoridade desta banda chinesa incorpora ainda gravações das ruas da cidade, buzinas de autocarros, ruídos de motorizadas e encenações de discussões entre vizinhos”, aponta um comunicado. Além da digressão dos Wu Tiao Ren, o TIMC tinha o plano de trazer o projecto NOYB, mas por motivos de doença de um dos protagonistas da iniciativa o projecto teve de ser adiado. “Este é um projecto de Macau, liderado pelo Rui Farinha e por mim. É um trabalho de curadoria e um projecto multimédia que envolve música e video e que constitui também uma tentativa de reflectir a região onde estamos. Era um espectáculo que ia ser feito de propósito para Macau, mas é provável que aconteça ainda este ano”, frisou.