Nunu Wu PolíticaCCPPC | Jovens elogiam discurso de Wang Huning Um conjunto de associações de jovens de Macau demonstrou apreço pelas palavras do presidente do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), Wang Huning, que afirmou que as gerações mais novas de Macau e Hong Kong vão ter um papel preponderante na integração das duas regiões administrativas especiais no desenvolvimento nacional. O discurso de Wang proferida na sessão de abertura da CCPPC agradou às associações locais de jovens. O deputado e presidente da associação Aliança do Povo de Instituição de Macau Nick Lei salientou, em declarações ao jornal Ou Mun, que a juventude de Macau não deve desperdiçar oportunidades no sentido de integração na conjuntura nacional. Por seu turno, o presidente da The Youth Elites Association Macau e filho de Stanley Ho e Angela Leong, Arnaldo Ho Yau Heng, salientou que nos últimos anos, muitos jovens de Hong Kong e Macau passaram a trabalhar e estudar no Interior da China, demonstrando a boa cooperação inter-regional de empresas lideradas por jovens de Macau e Hong Kong. Já o presidente da Associação de Nova Juventude Chinesa de Macau, Wong Chi Choi, deseja que o Governo Central elabore políticas que correspondem às caraterísticas e procura dos jovens de acordo com os resultados de inquéritos sobre a integração dos jovens na conjuntura do desenvolvimento nacional.
Hoje Macau China / ÁsiaCCPPC | Wang Huning exige “trabalho” em prol do desenvolvimento de Macau e HK Wang Huning, membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista da China, juntou-se na quarta-feira às discussões com conselheiros políticos nacionais de Hong Kong e Macau, que participam da primeira sessão do 14º Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. Wang exigiu “trabalho” para reforçar a confiança no desenvolvimento de Hong Kong, Macau e de todo o país, e colocar plenamente em prática “os papéis únicos de Hong Kong e Macau no avanço da revitalização da nação chinesa em todas as frentes através de um caminho chinês para a modernização”. Wang sublinhou ainda a importância de implementar de forma plena, fiel e resoluta a política de “um país, dois sistemas”, sob a qual a população de Hong Kong administra Hong Kong e a população de Macau administra Macau, ambos com um elevado grau de autonomia. “Garantir que o governo central exerça jurisdição geral sobre as duas regiões é imperativo, pois isso garante que Hong Kong e Macau sejam administrados por patriotas”, afirmou. Wang pediu ainda aos conselheiros políticos das RAE que participem activamente da salvaguarda da segurança nacional, da promoção do desenvolvimento, da abordagem das preocupações e dificuldades das pessoas na vida diária e da reunião da sabedoria e força para garantir o sucesso constante e contínuo da política de “um país, dois sistemas”.
Hoje Macau China / ÁsiaIdeólogo-chave do regime defende regras equilibradas para a Internet [dropcap style≠’circle’]W[/dropcap]ang Huning, considerado o arquitecto da ideologia oficial do regime chinês nas últimas duas décadas, apelou este fim-de-semana a regras “mais equilibradas” para o ciberespaço, numa rara intervenção pública. Wang, 62 anos, um dos principais assessores políticos para três presidentes da China – Jiang Zemin, Hu Jintao e Xi Jinping -, é visto como um estrategista-chave do regime e teólogo defensor do carácter autocrático da liderança chinesa, mas raramente faz discursos em público. No domingo, durante a Conferência Mundial sobre Internet, que decorre na cidade de Wuzhen, costa leste da China, Wang apelou a “regras mais equilibradas” para o ciberespaço. “A China está contente por trabalhar com a comunidade internacional para definir regras internacionais mais equilibradas e que melhor reflectem os interesses de todas as partes”, afirmou. Wang Huning apelou ainda por “ordem e segurança” na Internet, sublinhando o direito de cada país de controlar o seu ciberespaço, perante executivos de multinacionais como a Apple e Google. A censura imposta por Pequim no ciberespaço resulta no bloqueio de vários portais estrangeiros e alguns serviços de “gigantes” do setor, como o Facebook, Google ou Twitter. A aparição de Wang surge um mês após a sua ascensão ao Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista Chinês (PCC), a cúpula do poder na China, apesar de nunca ter sido governador de província ou tido a tutela de um ministério. Antigo professor de Direito na Universidade de Fudan, em Xangai, o trabalho de Wang Huning começou a ganhar notoriedade nos anos 1980, ao defender que a China precisa de um Estado forte e autoritário para recuperar a sua grandeza. Num artigo publicado em 1988, Wang escreve que um modelo de liderança centralizada é melhor de que o modelo “democrático e descentralizado”, porque permite às autoridades maior eficiência na distribuição de recursos e promoção de um rápido crescimento. Wang entrou para a política pela mão de Jiang Zemin, então chefe do PCC em Xangai, e que se tornou Presidente da China depois da sangrenta repressão do movimento pró-democracia de Tiananmen, em 1989. Uma liderança unificada “pode prevenir conflitos desnecessários entre ideias diferentes”, defende Wang no referido artigo. Um sistema autocrático ajuda as autoridades a “reagir prontamente a todo o tipo de situações urgentes e imprevistas” e adotar “ações contundentes que previnam instabilidades e fragmentação durante a modernização” do país, defende.