Hoje Macau China / ÁsiaShenzhen | Presidente do Peru inicia visita oficial A líder do país sul-americano vai estar na China até amanhã, com passagens por Xangai e Pequim, onde deve reunir com o Presidente chinês Xi Jinping e o primeiro-ministro, Li Qiang A Presidente do Peru, Dina Boluarte, chegou ontem à cidade de Shenzhen, no sudeste da China, onde vai reunir com representantes de empresas chinesas, após assistir à inauguração de uma exposição de arte pré-colombiana. Durante a estadia em Shenzhen, a Presidente peruana visitará os escritórios de empresas chinesas, incluindo a gigante tecnológica Huawei e a fabricante de veículos eléctricos BYD. A primeira paragem de Boluarte na cidade foi o Museu Nanshan, onde participou na inauguração da exposição “Os Incas e o Tawantinsuyo”, uma mostra de mais de 150 peças pré-colombianas peruanas que o público chinês poderá visitar até Março de 2025. Durante a viagem oficial à China, que se prolongará até amanhã, Boluarte vai visitar também Xangai e Pequim, onde deve reunir-se na sexta-feira com o Presidente chinês, Xi Jinping, e o primeiro-ministro, Li Qiang. Laços reforçados Em Xangai, a Presidente terá um encontro hoje com o presidente da empresa chinesa Cosco Shipping, principal accionista do porto de Chancay, no centro do Peru, que será inaugurado em Novembro. Em Março, a Cosco exigiu estabilidade jurídica no Peru, depois do Ministério Público dos Transportes e Comunicações peruano ter apresentado uma acção judicial para anular uma cláusula do contrato que dá à empresa chinesa direitos exclusivos sobre os serviços portuários em Chancay, uma questão que ainda está em debate no país andino. Durante a reunião entre Boluarte e Xi, serão assinados acordos para fortalecer o diálogo político, os investimentos, a transferência de tecnologia, o turismo e um maior acesso dos produtos peruanos ao mercado chinês, de acordo com a presidência peruana. Estas reuniões terão como objectivo “reforçar a confiança política mútua e aprofundar a cooperação prática em todas as áreas”, a fim de “impulsionar os resultados positivos da parceria estratégica abrangente para o bem-estar dos povos de ambas as nações”, disse na segunda-feira a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning. Boluarte chefia uma delegação composta pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Javier González Olaechea; da Economia e Finanças, José Arista; da Habitação, Construção e Saneamento, Hania Pérez de Cuéllar; dos Transportes e Comunicações, Raúl Pérez Reyes, e da Saúde, César Vázquez.
Hoje Macau Manchete PolíticaEdmund Ho em Portugal | Destacada importância da comunidade portuguesa [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]dmund Ho, o primeiro Chefe do Executivo da RAEM e actualmente vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) está em Lisboa onde participa numa visita oficial, no âmbito dos 15 anos do Fórum Macau. Edmund Ho reuniu-se esta terça-feira com o ministro dos Negócios e Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, tendo “trocando opiniões sobre o reforço da cooperação económico-comercial, turística, cultural e educação, entre outras áreas”, aponta um comunicado oficial. De acordo com o mesmo documento, serão assinados 25 acordos de cooperação durante esta viagem, “entre os quais a assinatura entre Macau e Portugal do novo acordo para evitar a dupla tributação, que vai ajudar a construção da plataforma de serviços financeiros entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. No seu encontro com Augusto Santos Silva, Edmund Ho destacou a importância da comunidade portuguesa no território, tendo dito que “a cultura portuguesa e os portugueses residentes são parte integrante e importante de Macau”. Quanto à política “Uma Faixa, Uma Rota”, esta “tem grandes potencialidades de desenvolvimento, bem como o valor do apoio e envolvimento de Portugal no ensino da língua portuguesa em Macau”. No que diz respeito à Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, o ex-Chefe do Executivo garantiu que, numa fase inicial, “este será um projecto-piloto, havendo ainda a adopção de medidas e políticas de bonificação que contribuirão para a entrada de produtos dos países de língua portuguesa no mercado da Grande Baía”. Portugal está atento Augusto Santos Silva optou por frisar que “o investimento das empresas chinesas, em Portugal, é bem-sucedido e está a caminhar em bom sentido”, esperando que, no futuro, “mais produtos portugueses, nomeadamente carnes, possam entrar nesse grande mercado que é a China”. Quanto à política “Uma Faixa, Uma Rota”, lançada por Pequim, está a ser analisada pelo Governo português ao nível das oportunidades, adiantou. Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, “a cultura portuguesa está presente em muitas coisas em Macau, e o território é um local de interesse para Portugal, cultural e economicamente”. No que diz respeito às acções do Governo de Chui Sai On, este “tem apostado muito no ensino da língua portuguesa com sucesso”, pelo que o reforço da cooperação com o território é para manter. Por sua vez, Eurico Brilhante Dias, secretário de Estado da Internacionalização, afirmou que o Governo português tem um “enorme interesse nas actividades de convenções e exposições de Macau”. Lionel Leong, secretário para a Economia e Finanças, e um dos governantes que integra a comitiva nesta viagem oficial, frisou que “o Fórum Macau já se tornou num cartão de visita de Macau”, além de que o Governo “está determinado em fazer bem o trabalho quanto à plataforma de serviços financeiros entre a China e os Países de Língua Portuguesa”. O encontro contou ainda com a presença do embaixador da República Popular da China em Portugal, Cai Run.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente francês promete visitar China “pelo menos uma vez por ano” Emmanuel Macron começou a sua visita por Xian, a cidade de onde partia a Rota da Seda. A França quer fazer parte do plano global chinês [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente da França, Emmanuel Macron, prometeu ontem voltar “pelo menos uma vez por ano” à China, durante um discurso que proferiu em Xian, primeira etapa da visita de Estado de três dias que iniciou ao país. Isto “porque é a condição” para que a relação entre a França e a China “entre numa nova era”, afirmou Emmanuel Macron, num discurso de mais de uma hora. Na sua intervenção, o chefe de Estado francês pediu uma aliança entre a França e a China para “o futuro do mundo”, em particular no domínio do ambiente, e para a Europa cooperar no colossal projecto chinês de criar novas rotas da seda. Neste sentido, reveste-se de particular importância o facto de Emmanuel Macron, que realiza a sua primeira viagem oficial à Ásia, ter escolhido visitar Xian, no norte da China, dado que aquela cidade milenar figurou como ponto de partida da antiga rota da seda. A iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, do Presidente chinês, Xi Jinping, pretende recriar “novas rotas da seda”, um conjunto de ligações terrestres e marítimas entre a Europa e a Ásia, com a construção de uma série de infra-estruturas, como estradas, portos ou caminhos-de-ferro, em 65 países, um projecto avaliado em mais de um bilião de dólares. Depois de Xian, Emmanuel Macron, que se faz acompanhar pela mulher, Brigitte, e de seis dezenas de líderes de empresas e instituições, deslocar-se-á a Pequim, onde permanecerá até quarta-feira. Ainda ontem terá tido uma reunião com o seu homólogo chinês e a sua mulher, antes de um jantar a quatro. Na terça-feira, ponto forte da agenda, Macron vai ser recebido de maneira mais formal, com o programa a incluir uma visita à Cidade Proibida, um encontro com o presidente da Assembleia Popular Nacional e com o primeiro-ministro, uma cerimónia de boas-vindas no Grande Palácio do Povo, bem como a assinatura de acordos e uma declaração conjunta, além de um jantar de Estado. Emmanuel Macron vai reunir-se igualmente com empresários e chefes de cozinha franceses radicados na China. Já na quarta-feira vai realizar uma visita à Academia de Tecnologia Espacial chinesa, onde os dois países trabalham juntos no desenvolvimento de um satélite de observação da Terra. Esta primeira viagem à Ásia marca uma nova etapa na diplomacia do Presidente francês, concentrada até aqui na Europa e em África, com Emmanuel Macron a querer fazer de Xi Jinping um aliado em várias frentes: ambiente, luta contra o terrorismo, apoio à força do G5 no Sahel e ao desenvolvimento de energias renováveis em África. Macron propõe “relançar a batalha climática” O Presidente francês, Emmanuel Macron, propôs ontem à China “relançar a batalha climática” e “preparar um aumento dos compromissos” contra o aquecimento global durante a próxima COP24, prevista para o final do ano, na Polónia. Invocando a necessidade de uma co-liderança franco-chinesa neste domínio, Emmanuel Macron anunciou para 2018-2019 a organização de um “ano franco-chinês da transição ecológica” durante um discurso em Xian, primeira etapa de uma visita de Estado de três dias à China. HRW pede respeito pelos direitos humanos A organização não-governamental Human Rights Watch apelou ao Presidente francês para que “cumpra a sua promessa” e peça a Pequim para melhorar a situação dos direitos humanos na China, durante a visita oficial ao país. A directora para França da Human Rights Watch (HRW), Bénédicte Jeannerod, afirmou que o líder francês “deve cumprir” o compromisso de exigir maior respeito pelos direitos humanos na China. Jeannerod lembrou que Macron tinha afirmado anteriormente que “os imperativos diplomáticos e económicos” franceses para a China “não podem justificar o encobrimento da questão dos direitos humanos”. “Se Macron levar a sério a promoção da liberdade e da democracia em todo o mundo, deverá levar uma longa lista para o Presidente Xi e outros líderes chineses”, afirmou a responsável da HRW, em comunicado. A HRW pediu a Macron, por exemplo, que reitere publicamente o apelo francês para que seja dada total liberdade de movimento a Liu Xia, viúva do falecido dissidente e prémio Nobel da Paz Liu Xiaobo.
Hoje Macau China / ÁsiaVisita | Crianças e guarda de honra dão boas-vindas a Trump [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, foi ontem recebido no aeroporto em Pequim com uma cerimónia que incluiu guarda de honra, banda de marcha e crianças a entoar bem-vindo. Chefes de Estado em visita a Pequim têm geralmente uma recepção discreta no aeroporto, reservando-se a pompa e circunstância para o Grande Palácio do Povo, no centro da capital chinesa. Ao sair do avião, o líder norte-americano e a sua mulher, Melania Trump, foram recebidos por dignitários chineses e dos EUA, guarda de honra, música marcial e crianças que agitaram as bandeiras dos dois países enquanto entoavam bem-vindo. As cerimónias de boas-vindas na China têm-se tornado cada vez mais elaboradas, desde a ascensão ao poder do Presidente chinês, Xi Jinping, cuja política externa se tem revelado mais assertiva do que a dos seus antecessores. Mais tarde, Donald Trump e Xi Jinping tomaram chá juntos, acompanhados pelas suas mulheres. A Cidade Proibida, um antigo complexo imperial situado no coração de Pequim, está normalmente repleto de turistas, mas ontem encontrava-se vazio para receber Trump. Os líderes das duas maiores economias do planeta terão entre várias reuniões, centradas em questões comerciais e no programa nuclear da Coreia do Norte. Pressões habituais Trump aterrou em Pequim horas após ter feito um discurso na Assembleia Nacional da Coreia do Sul, onde voltou a pressionar a China a parar de apoiar a Coreia do Norte. Pequim é o principal aliado diplomático e parceiro comercial de Pyongyang. A visita ocorre também numa altura de crescente tensão entre Washington e Pequim em torno de questões como o acesso ao mercado e transferência de tecnologia. Durante a sua campanha eleitoral, Trump acusou várias vezes a China de concorrência desleal. Antes de partir para a visita à Ásia em curso, o líder norte-americano afirmou que o défice norte-americano na balança comercial com Pequim – 347 mil milhões de dólares em 2016 – “é tão mau que dá vergonha”. Um óptimo momento” O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que está a ter um “óptimo momento” na China, horas após ter aterrado em Pequim para aa visita oficial de dois dias. O comentário de Trump aos jornalistas foi feito após o chefe de Estado e a mulher, Melania Trump, terem assistido a uma ‘performance’ com música e dança na Cidade Proibida, antigo complexo imperial situado no coração de Pequim, por jovens estudantes de ópera vestidos com trajes tradicionais chineses. Trump e Melania foram acompanhados pelo Presidente chinês, Xi Jinping, e a mulher, Peng Liyuan. Acordos assinados Empresas chinesas e norte-americanas assinaram acordos de negócios no valor de 9 mil milhões de dólares (7,7 mil milhões de euros), anunciaram os dois países, no arranque da visita do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Pequim. Até ao momento, não foram avançados detalhes sobre os 19 acordos assinados ontem, durante uma cerimónia que contou com a presença do Secretário do Comércio norte-americano, Wilbur Ross.
Hoje Macau Manchete PolíticaVisita | Presidente do Comité Permanente da APN já está em Macau Os resultados alcançados por Macau foram cobiçados por muitos, mas agora está na altura de a RAEM passar para um desenvolvimento diferente. A ideia foi deixada ontem por Zhang Dejiang, à chegada ao território. O Governo Central existe para ajudar [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN) da China disse ontem que Macau “está a encarar uma viragem no desenvolvimento”, e a economia e vida da população “melhoraram substancialmente” desde 1999. Zhang Dejiang falava aos jornalistas à chegada ao território, onde efectua uma visita de três dias. O responsável de Pequim sublinhou que “desde o estabelecimento da RAEM, [Macau] conseguiu alcançar resultados que [causam] inveja em muitas pessoas, mas agora também está a encarar uma viragem do desenvolvimento”, acrescentando que “a vida da população melhorou substancialmente” desde 1999. O presidente do Comité Permanente da APN disse que, enquanto responsável pelos assuntos de Hong Kong e Macau, acompanha diariamente os assuntos da RAEM e o seu desenvolvimento, mas uma visita permite ir mais além. “É necessário ouvir mais, sentir mais, ver mais, para com os compatriotas compartilhar os resultados alcançados após o estabelecimento da RAEM”, na sequência da transferência do exercício de administração de Portugal para a China em 1999. O responsável chinês afirmou que o apoio do Governo Central a Macau tem sido reforçado nos últimos anos e esta visita serve também para ver “o andamento de todas as medidas favoráveis”. Sem se referir directamente ao jogo, principal motor da economia de Macau, Zhang Dejiang afirmou a importância de a sociedade “colaborar com o Governo Central para, em conjunto, aperfeiçoar o desenvolvimento que já existe”. “Como é que vamos intensificar [a colaboração] para que o desenvolvimento de Macau seja ainda melhor? A minha vinda é demonstrativa: o Governo Central quer apoiar o desenvolvimento social e económico de Macau”, acrescentou. Nascido em 1946, Zhang Dejiang sucedeu a Wu Bangguo, no cargo de presidente do Comité Permanente da APN, em 2013. Esta é a primeira visita de Zhang Dejiang a Macau na qualidade de presidente do parlamento chinês. Zhang Dejiang recordou que visitou a cidade em 2004 para promover o Fórum do Pan Delta, numa altura em que desempenhava funções de secretário do Partido Comunista Chinês na província de Guangdong. “Na altura, Guangdong e Macau planearam activamente a promoção da diversificação adequada da economia de Macau, incluindo o desenvolvimento da Ilha de Montanha e a transferência [do campus] da Universidade de Macau” para essa localização, refere um comunicado divulgado após as declarações. A causa habitual Durante a manhã, activistas pró-democracia protestaram junto do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, instando Pequim a lançar uma discussão para a introdução do sufrágio universal na eleição do Chefe do Executivo e os deputados à Assembleia Legislativa. Nas semanas antes da visita de Zhang, pelo menos quatro deputados pró-democratas de Hong Kong, incluindo Kenneth Leung e Andrew Wan Siu-kin, viram negada a entrada em Macau. A comitiva que acompanha o presidente do Comité Permanente da APN é composta pelo diretor do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau junto do Conselho de Estado, Wang Guangya, pelo vice secretário-geral do Comité Permanente da APN, Li Fei, e pelo vice secretário-geral do Conselho de Estado, Jiang Zelin, entre outras personalidades. Recado a quem manda Logo no primeiro dia de visita a Macau, o presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN) teve oportunidade de se reunir com o principal responsável político do território. Tecendo elogios a Chui Sai On, Zhang Dejiang disse, no entanto, que a RAEM “enfrenta alguns problemas e desafios”. De acordo com um nota oficial, o representante de Pequim afirmou que “o desenvolvimento económico-social exige uma capacidade de governação maior e a população tem uma expectativa alta perante o Governo da RAEM”. Zhang sublinhou que espera do Governo “união” e que “assuma as suas responsabilidades para elevar continuamente a eficácia, e assim promover gradualmente o sucesso da concretização do princípio ‘Um País, Dois Sistemas’”.
Angela Ka Manchete PolíticaVisita | Deputados procuram referências em regiões vizinhas Deputados da AL deslocaram-se a Cantão, Shenzhen e Zhuhai para recolher informações que sirvam de referência às políticas a adoptar com a abertura da nova ponte e estratégias adequadas de execução orçamental [dropcap style≠’circle’]“A[/dropcap]s oportunidades são para ser aproveitadas”, afirma o deputado Si Ka Lon após a visita de três dias a Cantão, Shenzhen e Zhuhai. Si Ka Lon considera que a conclusão da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau vai trazer muitas oportunidades de desenvolvimento mas é necessário ter em conta a gestão uma série de situações. Para o deputado, assuntos prementes são os modelos e a gestão da circulação, os transportes por parte de veículos pesados das três regiões e a possibilidade de passagem de carros privados locais pela infra-estrutura, na medida em que são questões que não reúnem consenso. Si Ka Lon espera que o Executivo tenha em consideração as necessidades e vontades locais e que consiga propor a Pequim sugestões pertinentes de modo a assegurar a economia e o bem estar da sociedade civil de Macau e a aproveitar da melhor forma a existência desta ponte. “Se não se lutar pelas oportunidades voluntariamente, muitas delas poderão ser perdidas e, esse facto, poderá contribuir para a marginalização gradual da RAEM”, frisa o deputado ao jornal Ou Mun. Si Ka Lon refere ainda que com a reabertura da Assembleia Legislativa (AL) e o examinar da proposta de Lei do Enquadramento Orçamental, irá propor que o Executivo passe a ter como referência alguns dos métodos de trabalho de Cantão. Atenção aos gastos De modo a que não aconteça mais um derrape orçamental, a deputada Ella Lei, que também fez parte do comité que visita regional, salienta que há necessidade de transparência e de fiscalização dos orçamentos públicos. “Embora seja difícil Macau utilizar directamente o modelo de fiscalização da China continental, há muitos métodos que podem servir como referência”, afirma Ella Lei. Para a deputada, o país já começou a atribuir uma importância crescente à fiscalização e execução dos orçamentos de que dispõe e já tem medidas detalhadas para agir antecipadamente e antes que os problemas sejam efectivos. Para o efeito, Pequim recorre à ajuda de empresas para acompanhar os processos de fiscalização, sugestão que poderia ser recebida pelo Governo local. Pelo contrário, Macau, com os sucessivos casos de gastos excessivos e de alterações orçamentais está a criar um descontentamento social crescente, ao qual o Executivo deveria estar atento, afirma Ella Lei. Os deputados da AL terminaram uma visita de três dias a Cantão, Shenzhen e Zhuhai em que visaram conhecer as referências que são tomadas nas regiões vizinhas e trocar opiniões sobre o planeamento, legislação, fiscalização e execução orçamental.