Andreia Sofia Silva Ócios & Negócios PessoasGet Shape, roupa desportiva | “Queremos atingir o público chinês” A Get Shape é uma marca de roupa desportiva que vem do Brasil e que chegou a Macau pela mão de Cácio Borges Inhaia. Desde há três anos para cá que as roupas fazem sucesso, existindo planos para a expansão em Hong Kong e na China [dropcap style≠’circle’]H[/dropcap]oje em dia não basta fazer desporto, há que fazê-lo também com estilo. Foi a pensar nessa tendência que o brasileiro Cácio Borges Inhaia resolveu trazer a marca brasileira “Get Shape” para Macau há três anos. O negócio tem estado a correr tão bem que há até planos para a sua expansão para além das fronteiras da RAEM. “Quando a marca chegou a Macau, a ideia era vender as roupas apenas na loja de depilação brasileira ‘We love wax’. Mas como a marca está a registar um grande fluxo de vendas, estamos a pensar em expandir e vender para Hong Kong e China”, contou o importador ao HM. Cácio Borges Inhaia garante que os clientes sentem de imediato a diferença das roupas. “Ao início não reagem, mas depois o que acontece é que, em vez de levarem uma peça, levam muitas mais. A malha e o corte brasileiro são muito bons. Além de proporcionarem conforto, são peças que ajudam a definir a silhueta, o que faz com que sejam diferentes daquilo que se conhece, não só na Europa, como também em Macau.” A ideia de trazer a representação da marca para Macau partiu da vontade de mostrar o que de diferente existe no mercado do outro lado do mundo. “Hoje em dia temos uma gama de produtos para tentar atingir o público chinês e os estrangeiros que cá vivem. Achamos necessário trazer algo novo para Macau, para além do que existia, baseado num conceito um pouco retro. Quisemos trazer um design completamente novo, tanto no que respeita ao corte e às malhas de confecção, como aos estampados”, explicou Cácio Borges Inhaia. “Estamos a fazer uma nova campanha publicitária e a montar o catálogo para este ano, que já contém colecções para o Verão e o Inverno. A ideia é, com isto, entrar de cabeça no mercado chinês. No início vamos à procura de lojas e ginásios para que possamos tentar chegar directamente ao público-alvo, que são as mulheres”, disse ainda o responsável. Cácio Borges Inhaia garante que os seus produtos prometem aliar o conforto ao lado estético. “Umas calças de ganga não terão o mesmo conforto de umas leggings. As nossas malhas são de elastano que, por serem de elástico, dão muito conforto e são práticas de usar. Como é um design brasileiro, são confortáveis e encaixam bem no corpo, acabando por corrigir algumas imperfeições, como estrias ou celulite.” O responsável garante que esta junção melhora o estado de espírito de quem usa estas roupas. “Quem veste fica em forma, molda o corpo e também o estado de espírito, porque a pessoa se sente bem vestida, fica mais bem disposta e com uma maior auto-estima.” A China e o desporto É certo que a moda há muito que entrou no mundo do desporto, mas só recentemente é que a China aderiu a essa tendência. Para Cácio Borges Inhaia, trata-se de um “mercado pouco misto”, com uma gradual abertura. “Sinto que vamos lentamente introduzindo e mostrando novos conceitos, e os chineses estão à procura de novidades de outros mercados. É uma coisa boa para um país que esteve tanto tempo fechado ao mundo, e agora está a ter esta oportunidade de aceder a coisas e conceitos novos.” Apesar de considerar a moda desportiva retro, Cácio Borges Inhaia nota um aumento da prática de desporto. “Os hábitos desportivos estão a crescer cada vez mais. Temos o Crossfit e maratonas também. Este é já um mercado forte no estrangeiro e isso começa a reflectir-se por cá, não apenas para melhorar a saúde, como também a aparência”, rematou.