Hoje Macau China / ÁsiaImprensa chinesa diz que surtos de covid-19 têm origem em bens importados A imprensa estatal chinesa disse ontem que encomendas enviadas do exterior podem ter espalhado a variante Ómicron do novo coronavírus em Pequim e outras cidades. Especialistas em saúde estrangeiros enfatizaram que o vírus se espalha sobretudo através de gotículas respiratórias, quando as pessoas infetadas respiram, falam, tossem e espirram. No entanto, a China enfatizou repetidamente o perigo de infeção através de bens oriundos do exterior, apesar de apenas vestígios do vírus serem encontrados nesses produtos, e impulsionou os testes a alimentos congelados e outras encomendas. O Global Times, jornal do Partido Comunista Chinês, disse que o Centro de Controlo de Doenças de Pequim descobriu que as pessoas recentemente infetadas tiveram contacto com embalagens oriundas do Canadá e dos Estados Unidos. A China confinou partes do distrito de Haidian, em Pequim, após a deteção de três casos, poucas semanas antes da capital chinesa sediar os Jogos Olímpicos de Inverno. Outra pessoa na cidade de Shenzhen (sul) que testou positivo para a variante Ómicron terá também manuseado pacotes enviados da América do Norte. A China continua em alerta máximo para novos surtos antes dos Jogos Olímpicos de Inverno. Cerca de 20 milhões de pessoas estão confinadas e foram pedidos testes em massa em bairros e cidades inteiras onde existem surtos. Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022 anunciaram na segunda-feira que apenas espectadores “selecionados” terão acesso aos eventos, que abrem oficialmente em 04 de fevereiro. A China evitou grandes surtos do coronavírus com um regime de bloqueios, testes em massa e restrições nas viagens, embora continue a combater surtos em várias cidades, incluindo no porto de Tianjin, a cerca de uma hora de Pequim. As autoridades e imprensa oficial chinesas distorceram anteriormente comentários e estudos sobre a origem do novo coronavírus para sugerir que este começou no exterior e não em Wuhan, a cidade do centro da China onde foram diagnosticados os primeiros casos de covid-19.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Três testes em cinco dias para viajantes de locais de risco máximo A medida aplica-se a países como Brasil, Estados Unidos e Moçambique, mas deixa Portugal de fora. Macau confirmou ontem o segundo caso importado de infecção com a variante ómicron A partir de 6 de Janeiro, quem viajar para Macau vindo de locais classificados como de risco máximo de infecção por covid-19 tem de apresentar três testes com resultado negativo feitos nos últimos cinco dias. A medida foi anunciada ontem na conferência de imprensa dos Serviços de Saúde e não abrange, por agora, Portugal. A imposição aplica-se a países como Brasil, Estados Unidos, Moçambique, Índia, Camboja, Indonésia, Filipinas, entre outros. Além da apresentação de três testes com resultado negativo feitos nos últimos cinco dias, um dos quais nas últimas 24 horas antes da viagem, as pessoas têm depois de cumprir quarentena de 28 dias. A exigência do período de isolamento não sofreu alterações. “Antes tinham de apresentar três resultados negativos nos últimos sete dias. Agora são necessários três resultados negativos em cinco dias”, anunciou Leong Iek Hou, coordenadora do Núcleo de Prevenção e Vigilância da Doença. As alterações não são encaradas como agravamentos das medidas de prevenção da pandemia. Aliás, a responsável acrescentou que chegou a ser proibido viajar para Macau partindo de alguns dos países incluídos na medida. Leong Iek Hou foi questionada sobre o facto de a medida só entrar em vigor a 6 de Janeiro, o que justificou com o tempo necessário para os afectados se prepararem. “Temos de dar tempo às pessoas para marcarem os testes”, completou. Segundo caso de ómicron Ontem foi também confirmado um novo caso de covid-19 em Macau, que fez subir o total, desde o início da pandemia, para 79 infecções, o segundo da variante ómicron. Uma vez que o território deixou de contabilizar os casos assintomáticos como casos, seguindo o padrão do Interior, este caso já tinha sido comunicado anteriormente, mas não entrava nas estatísticas. De acordo com Leong Iek Hou, o caso refere-se a um homem que entrou em Macau a 26 de Dezembro. “No dia 26 estava assintomático, mas teve sintomas hoje [ontem], por isso é um caso confirmado. Depois da sequência genética, foi confirmado que é uma infecção com a variante ómicron”, disse Leong. “Actualmente, o paciente não tem febre nem problemas de maior no tracto respiratório”, acrescentou. Também ontem foi anunciado que o Hotel Lisboeta deixa de ser utilizado para quarentenas, por pedido dos proprietários. Ontem 708 pessoas estavam em isolamentos em hotéis da RAEM.
João Santos Filipe Manchete SociedadeCovid-19 | Encontrado segundo caso importado em dois dias Como está assintomático, o caso do residente de 62 anos vindo dos Estados Unidos ainda não entra nas estatísticas oficiais dos casos importados. A infecção foi detectada quando entrava em Macau Ontem foi registado mais um caso importado de covid-19, referente a um residente que viajou dos Estados Unidos para Macau, via Singapura. Apesar de o caso ter sido divulgado pelos Serviços de Saúde (SSM), o indivíduo de 62 anos não é considerado estatisticamente como infectado por não apresentar sintomas, em resultado da nova classificação adoptadas pelas autoridades. “De acordo com o Centro de Contingência, neste momento, o referido indivíduo não apresenta sintomas suspeitos da covid-19”, foi explicado, em comunicado. “Em articulação com o historial epidemiológico, os desempenhos clínicos e resultados de testes deste indivíduo, foi classificado como caso importado de infecção assintomática e não foi incluído nas estatísticas de casos confirmados de Macau.” O teste que confirmou a infecção foi realizado na segunda-feira, altura em que foi testado em Macau, antes disso, tinha sido testado no Estados Unidos, a 24 de Dezembro, com resultado negativo. “Este residente, do sexo masculino, com 62 anos de idade, administrou 3 doses da vacina de mRNA, produzida pela empresa Moderna em Fevereiro, Março e Novembro deste ano. No dia 24 de Dezembro, foi submetido a teste de ácido nucleico nos Estados Unidos, e o resultado do teste deu negativo”, foi revelado. O homem chegou a Macau, vindo de Los Angeles, no voo n.º SQ037 da companhia Singapore Airlines, do dia 25 e sentou-se no lugar número 62E. No dia 27, embarcou no voo número TR904, da companhia Scoot, no lugar número 20A. Nessa altura, o resultado do teste foi logo positivo. “Logo que entrou em Macau, foi sujeito a um teste de zaragatoa nasofaríngea, cujo resultado deu positivo”, informaram os SSM. Dois dias, dois casos Recorde-se que na segunda-feira foi anunciado que um residente de 23 anos, também vindo dos Estados Unidos, estava infectado e apresentava sintomas. Além de ter sido identificado como o 78.º caso de infecção por covid-19 em Macau, o estudante foi classificado como a primeira ocorrência em Macau da variante Ómicron. O estudante estava vacinado com duas doses da vacina BioNtech, tomadas em Junho e Julho deste ano, e viajou de Nova Iorque para Singapura a 22 de Dezembro, no voo número SQ023 da companhia Singapore Airlines, no lugar 42H. Finalmente no dia 25 apanhou o voo da Scoot para Macau, tendo testado positivo no primeiro teste realizado.