Filipina com gripe A morre após tratamento cosmético

Uma mulher oriunda das Filipinas morreu no sábado em circunstâncias que as autoridades ainda estão a investigar, sem haver, para já, uma causa de morte apurada. De acordo com a Polícia Judiciária (PJ), a mulher, com idade na casa dos 30 anos, sentiu-se mal depois de ter sido submetida a um tratamento cosmético clandestino de clareação da pele.

A vítima deu entrada nos serviços de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário na sexta-feira, com sintomas de febre alta sem conseguir responder a questões, apesar de estar consciente, onde lhe foi diagnosticada gripe A.

A sua colega de quarto informou as autoridades de que no dia em que se sentiu mal, a mulher teria recebido uma de três doses intravenosas de um produto para clarear a pele num apartamento na Travessa dos Calafetes, perto do Jardim Camões. As autoridades sublinham que já no dia anterior ao “tratamento” cosmético, a vítima teria sido afectada por febre.

Branca da cobra

De acordo com a PJ, a administração das injecções terá sido feita por uma empregada doméstica, oriunda da Indonésia. No apartamento, foram encontradas grandes quantidades de material de clareação de pele, assim como seringas para administrar os produtos, que terão chegado a Macau por via postal.

A mulher acabou por ser detida e admitiu ter servido dez outras pessoas, cobrando 1.000 patacas por tratamento. Quanto às habilitações para administrar as clareações, apesar de não ter qualificações profissionais para o fazer, a suspeita argumentou ter efectado alguns cursos de enfermagem, onde aprendeu a administrar injecções, na Indonésia há mais de uma década.

Segundo o jornal Ou Mun, a PJ indicou que se as autoridades apurarem que a causa de morte foram as injecções, a mulher pode responder criminalmente. Para já, o caso foi encaminhado para o Ministério Público pela suspeita dos crimes de usurpação de funções e por praticar actos médicos sem licença para o fazer.

9 Mai 2023