Sérgio Fonseca DesportoJovens de Macau podem habilitar-se a um lugar na Renault Academy Aproveitando o último Grande Prémio da China de Fórmula 1, o Groupe Renault confirmou que irá ajudar a promover o desporto automóvel na China, quase duas décadas depois do seu primeiro envolvimento nesta região, na altura com os Renault Spyder. A Renault Sport e a Dongfeng Renault Automotive Company anunciaram que o jovem chinês de 15 anos Sun Yue Yang fará parte daqui em diante da Renault Sport Academy. Ao mesmo tempo, o grupo francês prometeu que irá também oferecer um lugar na sua academia de pilotos em 2017 para o piloto de nacionalidade chinesa que mostrar melhor potencial nas últimas três provas do Campeonato Asiático de Fórmula Renault que realizam todas no continente chinês: Xangai, Zhuhai e Zhejiang. Na conferência de imprensa do projecto, em Xangai, François Provost, Director de Operações da Renault China, disse que: “nos últimos anos, houve muito poucos pilotos chineses que conseguiram sair das categorias juniores do automobilismo e nenhum chinês competiu num Grande Prémio. Há muitas razões para tal, mas uma das razões recorrentes é a falta de fundos para correr além fronteiras”. Esta bolsa está ao alcance de qualquer jovem piloto da China continental, mas também de Macau e Hong Kong. Para Rodolfo Ávila, campeão asiático da Fórmula Renault em 2003 e único piloto da RAEM a vencer esta competição, esta é “sem dúvida” uma excelente oportunidade para qualquer jovem piloto do território com sérias ambições no automobilismo. “Na realidade actual de Macau, dificilmente um jovem piloto poderá pretender correr ao mais alto nível se não tiver um apoio desta natureza, no entanto, só aqueles que realmente tiverem talento e empenho poderão sonhar com este tipo de oportunidades”. O Campeonato Asiático de Fórmula Renault nasceu em 2000, tendo feito parte do programa do Grande Prémio de Macau entre 2002 até 2005. O HM sabe que o ano passado o organizador do campeonato, a Formula Racing Development de Hong Kong, voltou a arriscar entrar no programa de provas do Grande Prémio, mas tal como outras competições candidatas, foi preterida pela corrida de celebridades. Germânicos foram os primeiros O primeiro construtor automóvel a apostar na formação nacional foi a Volkswagen China, com o seu programa “Star Racing Academy” nascido em 2012 e que ainda vinga na Fórmula Master China. Após um processo criterioso de selecção, o construtor germânico apoia dois pilotos chineses com um subsídio equivalente a meia temporada na competição que visitou o Grande Prémio de Macau uma única vez em 2013. Ao mesmo tempo, o construtor germânico oferece oportunidade os seus protegidos de participarem nas competições seniores promovidas pelo Grupo VAG na região, como a Taça Porsche Carrera Ásia, a Taça Audi R8 LMS ou o Super Troféu Lamborghini. Curiosamente, os pilotos, mesmo aqueles chineses, nascidos em Hong Kong ou Macau, não estão habilitados a participar neste programa. O exemplo chinês Quem também não quis ficar atrás nesta corrida foi a Geely, o fornecedor de motores do Campeonato da China de Fórmula 4 e que cuja holding Mitime organiza o campeonato agraciado pela FIA. Para atrair sangue novo ao seu campeonato, o gigante automóvel chinês, dono da marca sueca Volvo, subsidia esta época os pilotos menores de 19 anos que participem no campeonato, com prémios monetários e descontos em material. Ao mesmo tempo, a Geely irá ajudar a promover os melhores jovens pilotos que aceitem este desafio, não sendo no entanto claro como estes poderão dar o “salto” para outras paragens, já que o construtor chinês não tem qualquer actividade automobilística fora de portas, apesar de ter adquirido recentemente um circuito nos Estados Unidos da América.