Huawei admite quebra de receitas superior a 30 mil milhões de dólares

[dropcap]O[/dropcap] fundador da Huawei admitiu hoje uma quebra de receitas em 30.000 milhões de dólares, face à pressão de Washington, que acusa o grupo de telecomunicações de estar exposto à espionagem chinesa.

Ren Zhengfei admitiu que a empresa reduzirá a sua capacidade, mas que a campanha lançada pelos Estados Unidos, para restringir os seus negócios, não a vai fazer parar.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, emitiu, no mês passado, uma ordem executiva que exige às empresas do país que obtenham licença para vender tecnologia crítica à Huawei, num golpe que se pode revelar fatal para a gigante chinesa.

Numa mesa redonda, organizada na sede da empresa, em Shenzhen, sul da China, Ren previu que a facturação das vendas cairá para 100.000 milhões de dólares neste ano e no próximo, uma queda de 10%, face a 2018.

 

17 Jun 2019

Diplomacia | Washington emite alerta após lesão de funcionário

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] embaixada norte-americana na China emitiu ontem um alerta depois de um funcionário do seu Governo ter sofrido uma lesão cerebral, com sintomas semelhantes aos sofridos por diplomatas dos Estados Unidos em Cuba, que mais tarde adoeceram.

As autoridades norte-americanas e chinesas estão actualmente a investigar o caso do funcionário, que trabalhava em Cantão, sul do país, onde os EUA têm um consulado, e que foi diagnosticado com lesão cerebral traumática leve, segundo Jinnie Lee, porta-voz da embaixada. O alerta de saúde foi enviado via correio electrónico para cidadãos norte-americanos residentes na China.

A embaixada diz desconhecer o motivo dos sintomas, ou se há outros casos no país.

No ano passado, os Estados Unidos anunciaram que 24 diplomatas e respectivos familiares estacionados em Cuba experimentaram misteriosos “ataques acústicos”, que provocaram sintomas como perda auditiva, náuseas, tonturas, dor facial, dor abdominal, problemas cognitivos e danos cerebrais. Também o Canadá reportou dez pessoas com sintomas semelhantes.

“Não podemos relacionar (o incidente na China) com o que aconteceu em Havana, mas estamos a estudar todas as possibilidades”, disse um representante da embaixada dos EUA, que pediu anonimato, aos jornalistas em Pequim.

24 Mai 2018