Pedro Arede Manchete SociedadeCrime | Algemou e filmou prostituta para roubar 100 mil RMB Após perder dinheiro no casino, um homem do Interior da China procurou os serviços de uma prostituta, para a chantagear com imagens obtidas ilegalmente, onde a mulher aparece nua e “algemada” com um cabo USB. No final, a vítima acabou por transferir 100 mil renminbis para a conta do suspeito A Polícia Judiciária (PJ) deteve na terça-feira um homem e 43 anos pela prática dos crimes de roubo e captação ilegal de imagens. Em causa, está o facto de o suspeito ter roubado 100 mil renminbis a uma prostituta num quarto de hotel no Cotai, depois de a ter “algemado” com um cabo USB, filmado sem roupa e chantageado com a divulgação das imagens para os amigos e familiares da vítima. De acordo com dados revelados ontem pela PJ em conferência de imprensa, depois de perder o dinheiro que tinha no casino do hotel, o homem, natural do Interior da China, abordou durante a madrugada desse mesmo dia, uma prostituta que estava à procura de clientes no mesmo espaço. A mulher propôs cobrar 2.000 dólares de Hong Kong pelo serviço, montante que o homem aceitou pagar sem contestar. Já no quarto, e após consumado o serviço, o homem pegou num cabo USB usado para carregar telemóveis, a fim de amarrar as mãos da prostituta atrás das costas, sem que esta tivesse sequer tempo para se vestir. Com a mulher imobilizada e sem poder usar as mãos, o suspeito pegou no telemóvel da mulher e começou a gravar um vídeo da mesma, nua e a algemada. Tirando partido da situação, o suspeito pediu à mulher para revelar a password da sua aplicação de home banking, sob pena de divulgar o vídeo onde aparece sem roupa pelos seus amigos e familiares. Chantageada, a mulher acedeu ao pedido do suspeito, que de imediato fez uma transferência de 100 mil renminbis da conta da prostituta para a sua própria conta. De seguida, o homem pôs-se em fuga, deixando a mulher nua e amarrada no quarto, que acabou por conseguir chamar a segurança do hotel e apresentar queixa à polícia. Mais nunca é demais Iniciada a investigação, a PJ descobriu que, após abandonar o hotel, o suspeito dirigiu-se à zona do NAPE, onde trocou ilegalmente o montante que tinha acabado de receber digitalmente por dinheiro e seguiu para outro casino para jogar. Na manhã do mesmo dia, e recorrendo às câmaras de vigilância, a PJ viria a encontrar e deter o homem numa sauna no NAPE, onde estava a dormir. Durante o interrogatório, o homem confessou ter roubado a prostituta por ter perdido todo o dinheiro que tinha no casino e acrescentou ter gasto os 100 mil renminbis novamente em jogo. O caso seguiu ontem para o Ministério Público (MP), onde o indivíduo irá responder pelos crimes de “roubo” e “gravações e fotografias ilícitas”. A confirmar-se a acusação, o suspeito pode ser punido com pena de prisão de 1 a 8 anos pela primeira infracção e com pena de prisão até 2 anos ou pena de multa até 240 dias pelo segundo crime. Também a mulher foi levada para o MP, devido a irregularidades relacionadas com o seu visto de trabalho.
Andreia Sofia Silva SociedadeBurla | Residente gastou mais de 13 milhões com falsa prostituta [dropcap]U[/dropcap]m residente foi burlado em mais de 13 milhões de patacas num caso de falsa prostituição. Segundo o jornal Ou Mun, a Polícia Judiciária (PJ) deteve, na sexta-feira, dois suspeitos de transaccionarem 1,18 milhões de patacas pagos pela vítima, estando os mesmos suspeitos da prática do crime de burla e branqueamento de capitais. O caso remonta a 2017, quando a vítima conheceu uma mulher na Internet que alegou disponibilizar serviços sexuais a troco de dinheiro, pago através de cartões de carregamento. O indivíduo transferiu cinco milhões de patacas sem nunca ter visto a mulher pessoalmente. Mais tarde, recebeu uma chamada telefónica de alguém que se fez passar pelo “patrão” da mulher, e que lhe pediu para fazer o pagamento em bitcoins. O “patrão” alegou ainda que a mulher estava doente e tinha sido presa, sendo necessário o pagamento de 7 milhões de patacas para a libertar sob fiança. A vítima adquiriu então moeda virtual nesse valor, em meados do ano passado em Hong Kong, mas continuava sem se encontrar com a mulher. Meses mais tarde, devido à pandemia, a vítima não conseguiu adquirir mais bitcoins, tendo recebido a ajuda dos dois suspeitos detidos pela PJ para a compra de moeda virtual no valor de 1,18 milhões de patacas. Estes ligaram depois à vítima alegando que não tinham conseguido comprar bitcoins e que o dinheiro estava numa esquadra no NAPE. Quando a vítima se deslocou à esquadra, percebeu que o dinheiro não estava lá e que tinha sido burlado. Os suspeitos são uma mulher, de 27 anos, residente, e um homem de 31 anos, também residente. Ambos recusaram cooperar. A PJ crê que os dois suspeitos são culpados de associação criminosa, vai continuar a investigar o fluxo do montante e se há mais pessoas envolvidas na história. O caso continua a ser investigado pelo Ministério Público, podendo os dois suspeitos serem acusados do crime de burla de valor elevado e crime de branqueamento de capitais.