João Santos Filipe PolíticaLei Chan U quer saber resultados da avaliação à Polícia Turística [dropcap]O[/dropcap] deputado Lei Chan U, ligado à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM), quer saber se o Governo tem planos para aumentar o número de agentes da Polícia Turística e se há planos para fazer uma avaliação a estes agentes do Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP). Em causa está o crescente número de visitantes ao território, que deverá chegar pela primeira vez este ano ao 35 milhões de turistas. As questões foram enviadas ao Governo através de um interpelação escrita, com a data de 21 de Dezembro, que foi divulgada ontem. No documento as principais preocupações do deputado prendem-se com o facto dos turistas aumentarem a um ritmo muito rápido. “Nos anos mais recentes, o número de turistas nunca parou de crescer. Em 2017 o número de turistas que entraram no território excedeu os 32,16 milhões, o que foi um aumento de 5,4 por cento, face a 2016, quando entraram 30,95 milhões de visitantes”, começa por realçar Lei Chan U. “Nos primeiros dez meses do ano, o número de visitantes já registava um aumento de 8,4 por cento, em comparação com o mesmo período do ano passado”, é acrescentado. Com esta tendência, o membro da Assembleia Legislativa questiona o Governo se o número de cerca de 60 agentes da Polícia Turística é suficiente para manter a ordem na RAEM. “O número de visitantes para o ano vai alcançar um novo recorde. Mas o número de agentes desta polícia apenas foi aumentado de 40 para os actuais cerca de 60 agentes. Existem dúvidas sobre se este número é suficiente para lidar com o aumento do número de visitantes”, frisa Lei Chan U. Por este motivo, o deputado faz a seguinte questão: “Será que o número de agentes da Polícia Turística consegue actuar de forma eficaz face ao crescimento no número de turistas?”, pergunta. “E será que no futuro as autoridades vão continuar a aumentar o número de agentes?”, acrescenta. Reorganização interna A Polícia Turística, que faz parte do CPSP foi criada em Maio do ano passado. Na altura houve o destacamento de 30 agentes para os lugares mais populares da Península de Macau, como Ruínas de São Paulo, Troço das Antigas Muralhas de Defesa, Largo de Santo Agostinho, entre outros. Na Taipa, foram colocados 10 agentes, entre Rua do Cunha, Rua do Regedor, e Estrada do Istmo. Com o passar do tempo o número de agentes foi aumentado, mas Lei Chan U quer saber se também houve um ajustamento dos lugares patrulhados. Por exemplo, Lei Chan U diz que faz sentido questionar se não é necessário ter estacionados agentes na Ponte Hong Kong- Zhuhai-Macau, uma vez que a infra-estrutura se pode transformar num dos principais pontos de entrada de turistas. Além destas questões, Lei Chan U questiona ainda as autoridades sobre se houve uma avaliação da eficácia e áreas que necessitam de ser melhoradas em relação a esta polícia. “Nestes quase dois anos de operações, já foi feita alguma avaliação às operações da Polícia Turística? E quais são os principais benefícios e áreas que precisam de ser melhoradas?”, pergunta.
Flora Fong Sociedade“Polícia turística” criada ainda este ano [dropcap style=’circle’]A[/dropcap] Polícia de Segurança Pública (PSP) deverá implementar este ano a “polícia turística”, sendo que uma equipa de patrulha especial já está em operações desde o ano passado. O projecto da “polícia turística” foi apresentado no relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para este ano, na tutela da Segurança. Este novo tipo de polícia será responsável por evitar e combater o crime nas zonas turísticas, o controlo do fluxo de turistas e eventuais roubos. Numa resposta ao HM, a PSP disse que ainda não há uma data oficial para a implementação deste novo tipo de polícia. Quanto à equipa de patrulha especial, tem operado sobretudo na zona das Ruínas de São Paulo. A PSP considera que já possui experiência suficiente para implementar as novas equipas. “Na fase inicial da criação da polícia turística, está prevista a patrulha em zonas como as Ruínas de São Paulo, praça Flor de Lótus, templo de A-Má e zona do Leal Senado”, referiu, não estando afastada a hipótese de colocar mais patrulhas noutros locais. Leong Man Cheong, director da PSP, prometeu disponibilizar equipas de polícias que dominem outras línguas alem do Chinês, num total de 30 agentes. No entanto, a PSP nada avançou sobre isso na resposta ao HM.