Pátio da Eterna Felicidade | Exposição sobre arquitectura tradicional de Lingnan

Desde segunda-feira que é possível visitar, no número dez do Pátio da Eterna Felicidade, a exposição “A Memória dos Tijolos Cinzentos – Exposição de Arquitectura Tradicional de Lingnan”, organizada pelo Instituto Cultural (IC).

Esta mostra tem como objectivo “promover a arquitectura tradicional de Lingnan e sensibilizar o público para a arquitectura histórica”, sendo que o complexo do Pátio da Eterna Felicidade “é um dos poucos sítios arquitectónicos de Lingnan em Macau”.

Segundo o IC, este tipo de arquitectura nasceu da necessidade de “melhorar a qualidade de vida” tendo em conta as condições metereológicas da região de Lingnan. Neste sentido, os seus habitantes “conceberam e construíram edifícios à prova de calor, chuva, humidade e vento, com base na sua sabedoria acumulada após anos da prática e experimentação”. Desta forma, “a arquitectura de Lingnan não só possui um elevado valor prático e apelo visual, como também ostenta um estilo único”. A exposição está aberta ao público diariamente das 10h às 19h, incluindo nos dias feriados. A entrada é gratuita.

22 Set 2022

Fotografia | Pátio da Eterna Felicidade recebe exposição de Chan Hin Io

Foi inaugurada, na passada sexta-feira, a exposição “Vizinhança: Fotografia Documental por Chan Hin Io”, organizada pelo Instituto Cultural (IC). Até ao dia 24 de Julho podem ser vistas fotografias que retratam os modos de vida dos vários pátios antigos localizados na zona do Porto Interior, estando a exposição aberta ao público, de forma gratuita, no número 10 do Pátio da Eterna Felicidade.

O público poderá ver de perto 26 obras de fotografia documental da autoria do fotógrafo de Macau Chan Hin Io, que, entre 2004 e 2021, se dedicou a fotografar locais perto da Rua dos Ervanários, Rua das Estalagens e Rua de Cinco de Outubro. O destaque vai para o Pátio da Eterna Felicidade, onde Chan Hin Io reside e trabalha.

Estas fotografias, com o tema “Vizinhança” revelam “momentos amigáveis e harmoniosos no ambiente de convívio comunitário” tendo sido registadas, “de forma simples e natural, a vida quotidiana dos residentes das zonas antigas, o aspecto das ruas e travessas, os edifícios de habitação, lojas tradicionais e vendilhões”. Desta forma, esta mostra “demonstra a capacidade minuciosa de observação do autor”.

Um maior conhecimento

Com esta exposição, o IC pretende “estreitar os laços entre os moradores do Pátio da Eterna Felicidade com a sua comunidade”, além de “aprofundar o conhecimento do público sobre o Pátio da Eterna Felicidade e as zonas contíguas, no sentido de transmitir a história, a cultura e a memória colectiva de Macau”.

Residente em Macau desde 1999, o fotógrafo Chan Hin Io tem sempre a lente da sua câmara apontada para a paisagem cultural e urbanística de Macau. O IC descreve que os seus trabalhos são “dotados de interesse artístico, histórico e cultural significativos”, sendo também “sinónimos da memória colectiva de Macau” ao captarem “a fisionomia desta cidade e as vicissitudes de todos os sectores dos bairros antigos do território”.

9 Mai 2022

Exposição sobre pátios e becos antigos inaugurada este sábado 

A exposição “Memórias do Pátio – Exposição sobre a Vida de Outrora nos Pátios e Becos” será inaugurada no próximo sábado, dia 6. Com esta mostra, o Instituto Cultural pretende recriar “os costumes culturais de Macau do passado”, nomeadamente nos tradicionais pátios e becos

 

O Instituto Cultural (IC) promove, a partir deste sábado, no número 10 do Pátio da Eterna Felicidade, a exposição intitulada “Memórias do Pátio – Exposição sobre a Vida de Outrora nos Pátios e Becos”. O objectivo da mostra é apresentar ao público os resultados da recuperação, valorização e revitalização de edifícios patrimoniais, bem como “dar a conhecer ao público a vida de antigamente dos seus habitantes e aprofundar os conhecimentos do público sobre as características arquitectónicas e a disposição espacial dos edifícios”.

O IC já concluiu a reabilitação da fachada exterior dos edifícios número 8 e 10 no Pátio da Eterna Felicidade, enquanto o espaço exterior do pátio, no número 14, foi aberto para que os visitantes possam apreciar os aspectos arquitectónicos do Pátio da Eterna Felicidade. O IC denota que, das cerca de 200 ruas que existem em Macau com denominação de “pátio” ou “beco”, o Pátio da Eterna Felicidade “é um dos maiores, encontrando-se em bom estado de conservação”.

A exposição contém ilustrações, vídeos e fotografias, focando-se em temáticas como a “alimentação”, “estilo de vida” e “recreação”, dando a conhecer ao público “o quotidiano das pessoas que viviam outrora em pátios e becos e revivendo a vida de antigamente dos habitantes locais”.

Para esta mostra, o IC pediu a colaboração do ilustrador de Macau Un Chi Wai, pelo que o público poderá ver “diversas cenas e personagens inspirados na vida dos pátios e becos”.

Teatro interactivo

Além da exposição, será também realizada a actividade “Narrativa de Histórias”, em parceria com a Cooperativa Sem Distância Zero. A ideia é levar as famílias a conhecer a história dos becos e pátios através do teatro interactivo. As primeiras duas sessões serão conduzidas em cantonense no dia 7 de Fevereiro, pelas 15h30 horas e 16h30 horas, respectivamente, no Pátio da Eterna Felicidade, com uma lotação para dez pais e filhos. A entrada é livre. As inscrições já estão abertas e disponíveis até às 18h desta quinta-feira.

Além destas actividades, o IC pretende, no futuro, “aproveitar os espaços abertos junto ao Pátio da Eterna Felicidade para organizar periodicamente actividades temáticas relacionadas com a cultura dos pátios e becos”. É também objectivo do Executivo “continuar a desenvolver trabalhos de reforço e restauro, a fim de concluir o mais rápido possível o plano de revitalização da área e de a transformar numa futura área cultural e de lazer”.

3 Fev 2021

Pátio da Eterna Felicidade | Sulu Sou denuncia demolição de duas casas

[dropcap]C[/dropcap]om o foco de ontem no 15º aniversário da inscrição do Centro Histórico de Macau na Lista do Património Mundial da UNESCO, Sulu Sou denunciou na rede social facebook a situação em que se encontra o Pátio da Eterna Felicidade. De acordo com o deputado, duas das casas de tijolos foram demolidas no início do mês.

As 13 casas de tijolo existentes no Pátio da Eterna Felicidade e na Rua da Tercena foram doadas pela Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu há um ano ao Governo, mas não foram classificadas como herança cultural e património mundial, pelo que de acordo com o deputado, sofrem “um risco maior de destruição”.

Na publicação, o legislador explica que o pátio foi vedado com um aviso no exterior a alertar para a verificação de estrutura e obras de manutenção. Mas alerta que duas casas foram demolidas no dia 5 de Julho – e que sendo domingo era ilegal fazer obras – restando apenas ruínas. “Os trabalhadores foram ordenados a instalar telas para esconder [o cenário]”, descreve.

Em Junho do ano passado, a presidente do Instituto Cultural (IC), Mok Ian Ian, afirmou que estavam a ser feitos trabalhos de preservação dos edifícios no Pátio da Eterna Felicidade, e que seriam feitas reparações em termos de segurança e avaliada a situação dos edifícios. Depois disso, o plano passava por mostrar a história das propriedades e organizar no local eventos e actividades culturais. O espaço é descrito na página electrónica dos Serviços de Turismo como “rico no contexto histórico e cultural que forma um vibrante espaço urbano original, o qual reflecte a vida da comunidade chinesa nos tempos passados”.

Agora, Sulu Sou questiona como é que um trabalho de manutenção e inspecção estrutural se transformou em demolição, e o impacto desta acção no plano geral para o pátio. Além disso, equaciona a possibilidade de o Governo não ter iniciado a avaliação do património cultural para deixar tempo para demolição de casas.

16 Jul 2020

Pátio da Eterna Felicidade | Casas vão receber projectos culturais, diz secretário

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, reagiu ontem à notícia da entrega ao Governo de 13 casas localizadas no Pátio da Eterna Felicidade, na zona do Porto Interior, e que pertenciam à Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu. Alexis Tam disse estar “satisfeito” com essa decisão, sendo que o Executivo “já a tratar do processo da recepção e que no futuro o referido pátio será vitalizado com educação cultural e artística, bem como com exposições e espectáculos culturais”, lê-se num comunicado oficial.

Alexis Tam afirmou ainda que o Pátio da Eterna Felicidade está localizado perto das Ruínas de São Paulo, pelo que se pode transformar “num espaço cultural e de lazer que se enquadra bem com o património mundial circundantes”. Por essa razão, “é adequado aproveitar o Pátio da Eterna Felicidade para a educação cultural e artística, bem para realizar exposições e espectáculos culturais, promovendo, por exemplo, a ópera cantonense e as canções narrativas Naamyam, entre outros elementos de conservação do património cultural intangível”.

O secretário frisou ainda que o pátio não terá “elementos gastronómicos”, podendo ser apenas “um bairro comunitário com elementos gastronómicos, culturais e criativos”.

O Instituto Cultural (IC) já tinha instalado umas estruturas para garantir a segurança das fracções seculares, sendo que, depois da entrega das casas ao Governo, os Serviços de Saúde e o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais “irão tratar adequadamente da higiene pública do pátio”.

Propostas avaliadas

À margem de um evento público, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura garantiu também que as propostas do concurso público para a reconstrução do antigo Hotel Estoril e piscina municipal do Tap Seac já foram avaliadas. “A concepção mantém o mosaico e alguns elementos arquitectónicos da fachada do antigo hotel”, refere o mesmo comunicado.

13 Ago 2018

Associação do Kiang Wu oferece ao Governo 13 casas no Pátio da Eterna Felicidade

[dropcap style=’circle’]L[/dropcap]iu Chak Wan, presidente da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, decidiu oferecer ao Governo um total de 13 propriedades situadas no Pátio da Eterna Felicidade para assegurar a preservação cultural do local. O dirigente associativo estima que o valor das 13 casas antigas em 200 milhões de dólares de Hong Kong, depois de terem sido adquiridas há 50 anos por 3 mil dólares de Hong Kong.

Segundo o Jornal Exmoo News, numa reunião da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, em Julho, foi decidido pelos membros oferecer as 13 propriedades ao Governo, tendo em conta que o Executivo tem reforçado a aposta no turismo, cultura e protecção das infra-estruturas antigas. Após ter sido enviada uma carta a Chui Sai On, a associação recebeu a resposta de agradecimento do Chefe do Executivo a aceitar as propriedades.

Ainda de acordo com a mesma fonte, o Governo já tinha mencionado anteriormente a ideia de adquirir as 13 casas no Pátio da Eterna Felicidade à associação. O Executivo queria transformar os imóveis em activos valiosos no Centro Histórico da cidade.

Para Chan Su Weng, presidente da Associação de História de Macau, o Pátrio da Eterna Felicidade tem uma história com mais de cem anos e as casas enquadram-se no período final da dinastia Qing (1644-1912). Chan Su Weng explicou também que as casas são um marco histórico e reflectem a arquitectura da comunidade chinesa dessa altura. O presidente espera, por isso, que no futuro o Instituto Cultural (IC) recupere as casas bem como o pátio, sugerindo que se liguem as casas para formar um polo de interesse cultural.

Já Manuel Pui Ferreira, membro do Conselho do Planeamento Urbanístico, acha que o acto da Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu é um bom exemplo, e acredita que se podem incentivar mais organizações no sentido de dinamizar os bairros antigos da cidade em cooperação com o Governo. Além disso, Manuel Pui Ferreira espera que o Governo aproveite a oportunidade para revitalizar o Pátio da Eterna Felicidade.

 

10 Ago 2018

Pátio da Eterna Felicidade | Governo continua sem planos para espaço

O Instituto Cultural já concluiu os trabalhos de reparação das velhas estruturas do Pátio da Eterna Felicidade, mas ainda não sabe que tipo de projecto vai ali desenvolver. O Governo continua sem “planos específicos” para outros pátios semelhantes

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]utrora albergou pessoas, até que estas foram saindo aos poucos, à medida que as paredes das suas casas iam envelhecendo. Já ninguém reside no Pátio da Eterna Felicidade, localizado perto da Rua dos Mercadores, nas imediações das Ruínas de São Paulo.

O HM deslocou-se ao local e viu as portas cerradas e barras de aço a segurar as velhas paredes. Segundo explicou o Instituto Cultural (IC), os trabalhos de reparação das estruturas dos edifícios estão concluídos.

Não há, contudo, ideias sobre os projectos culturais ou artísticos que ali poderão ser desenvolvidos. Nem para o Pátio da Eterna Felicidade, nem para todos os outros espaços semelhantes, que guardam ainda a arquitectura chinesa de outros tempos. “Quanto a esse pátio e a outros pátios ou becos, o IC ainda não tem planos específicos”, apontou.

Interligações

Em 2014, o IC referiu que os trabalhos de reparação das estruturas neste local eram de extrema importância, por estarem relacionados com outros projectos culturais que iriam nascer no mesmo bairro. Um deles era a renovação de um edifício que deu casa à Cinemateca Paixão, entretanto inaugurada.

A renovação das casas do pátio foi mesmo considerada pelo IC como um projecto que seria “um exemplo de defesa do património”. No total, foram recuperados oito edifícios dentro do Pátio da Eterna Felicidade, tendo sido mantidas as estruturas originais, além do reforço que foi feito às colunas e na zona das telhas.

Na zona envolvente, permanecem vários edifícios antigos que correm o risco de ruína. Há meses, ocorreu mesmo a queda de parte de um edifício localizado bem ali ao lado, na Rua da Tercena, sem que tenha havido vítimas ou feridos. Enquanto isso, a zona tem florescido com a abertura de novos espaços comerciais.

Já há poucos pátios de arquitectura chinesa que permanecem habitados, sendo que a maioria continua a ter moradores que residem lá desde sempre e que, já idosos, temem em permanecer. São velhas estruturas que continuam sem um plano definido pelo Governo.

12 Jul 2017