Hoje Macau China / ÁsiaChina condena venda de mísseis dos Estados Unidos a Taiwan A China condenou a venda a Taiwan de sistemas de mísseis norte-americanos, denunciando uma acção que “prejudica seriamente as relações” com os Estados Unidos e “põe em perigo a paz” na região. A venda de sistemas de mísseis terra-ar a Taiwan “viola seriamente a soberania e os interesses de segurança da China, prejudica seriamente as relações sino-americanas e põe em perigo a paz e a estabilidade” no estreito, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, num comunicado divulgado no sábado à noite. Pequim poderá tomar “todas as medidas necessárias para defender firmemente a soberania nacional, a segurança e a integridade territorial”. O negócio de 1,16 mil milhões de dólares, aprovado por Washington na sexta-feira e que ainda tem de ser aprovado pelo Congresso, inclui vários sistemas antiaéreos e 123 mísseis, de acordo com a agência norte-americana responsável pelas vendas militares ao estrangeiro. Outra venda anunciada na sexta-feira, envolve sistemas de radar no valor total de 828 milhões de dólares. O equipamento será retirado diretamente dos ‘stocks’ da Força Aérea dos EUA. Taiwan expressou, no sábado, “sincera gratidão” pela venda, que ajudará o exército a “continuar a melhorar a capacidade de defesa e a manter conjuntamente a paz e a estabilidade no estreito”. Os Estados Unidos não reconhecem Taiwan como um Estado e consideram a República Popular da China como o único governo legítimo, mas fornecem a Taipé uma ajuda militar substancial. Paz tremida Pequim opõe-se regularmente ao apoio dos EUA a Taiwan e acusa Washington de se intrometer em assuntos que são do interesse da China. As relações entre Pequim e Taipé têm-se deteriorado desde 2016, altura em que Tsai Ing-wen se tornou líder de Taiwan. William Lai, que era vice-líder na administração de Tsai, e que posteriormente assumiu a liderança do país manteve a posição de defesa da soberania do território. A China acusou ambos de procurarem aprofundar o fosso entre a ilha e o continente. Em resposta, Pequim intensificou a pressão diplomática e a actividade militar em torno do território.
Hoje Macau China / ÁsiaJapão | Investidos 2.600 Milhões de euros em mísseis de longo alcance O Japão assinou contratos no valor de 2.600 milhões de euros com a principal empresa de defesa do país, para o desenvolvimento e produção em massa de mísseis de longo alcance para implementação em 2026, divulgou ontem o Governo. O Ministério da Defesa referiu que os contratos incluem versões modernizadas dos mísseis Type 12 da empresa Mitsubishi Heavy Industries, para lançamentos em terra, mar e ar, e um míssil balístico hipersónico para a defesa de ilhas remotas, noticiou a agência Associated Press (AP). A produção em massa de mísseis guiados terra-navio Type 12 e mísseis hipersónicos, que já foram desenvolvidos, começará este ano, acrescentou a mesma fonte. As autoridades recusaram-se a indicar o número de mísseis que o Japão planeia implementar, mas indicaram que a produção deve aumentar gradualmente nos próximos cinco anos. Devido ao espaço terrestre limitado, o Japão planeia realizar testes de mísseis em bases militares nos Estados Unidos, destacou ainda o Governo japonês. Outro contrato assinado prevê o desenvolvimento de mísseis guiados antinavio de longo alcance, lançados por submarinos, que começará este ano até 2027. O momento para a sua implantação ainda é incerto. O plano de desenvolvimento é baseado numa nova Estratégia de Segurança Nacional que o Japão anunciou em Dezembro, enquanto procura aumentar significativamente o seu poder militar. A nova estratégia inclui o desenvolvimento de uma capacidade de ataque preventivo, uma ruptura acentuada com o compromisso pós-guerra do Japão de limitar as suas Forças Armadas à autodefesa.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte dispara dois mísseis de cruzeiro A Coreia do Norte disparou hoje dois mísseis de cruzeiro, disse o Ministério da Defesa sul-coreano, o primeiro teste de armas realizado por Pyongyang em semanas. “A Coreia do Norte disparou dois mísseis de cruzeiro em direção ao mar Amarelo a partir de Onchon, na província de Pyongan do Sul”, disse um funcionário do ministério à agência de notícias France-Presse (AFP). “As autoridades militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul estão a analisar pormenores como a distância de voo”, acrescentou. O mar Amarelo é um dos mares do Oceano Pacífico, entre a China, Coreia do Norte e Coreia do Sul.
Hoje Macau China / ÁsiaParada | Míssil com potência inédita será exibido nos 70 anos da revolução [dropcap]A[/dropcap] China deverá apresentar novos mísseis balísticos, com uma potência “sem precedentes”, durante a parada militar em celebração do 70.º aniversário do regime comunista, segundo um relatório divulgado ontem e baseado em imagens de satélite. “Vão ser exibidas capacidades balísticas convencionais e nucleares sem precedentes (…), que demonstram a modernização quantitativa e qualitativa do arsenal balístico da China”, prevê um relatório divulgado pela Fundação para Pesquisa Estratégica, com sede em Paris. O chefe de Estado chinês, Xi Jinping, presidirá, em Pequim, na próxima terça-feira, ao evento que marca a fundação da República Popular da China, em 1949. O relatório revela que armas extremamente rápidas deverão ser reveladas, “indicando que a China está, em alguns segmentos, na vanguarda da inovação global”, lê-se no relatório. Entre os principais equipamentos que deverão ser exibidos na avenida da Paz Celestial, a principal artéria de Pequim, mesmo ao lado do Grande Palácio do Povo, o parlamento chinês, da Cidade Proibida e da praça de Tiananmen, está o míssil DF-41, já pronto a ser usado, mas que nunca foi apresentado ao público. O DF-41 pode “ser armado com um número relativamente grande de ogivas, até um máximo de 10 cabeças (nucleares) contra as três” dos modelos anteriores, detalha o estudo. Descrito por alguns especialistas como tendo um alcance de entre 12.000 e 14.000 quilómetros, aquele míssil de longo alcance poderia “atingir qualquer parte do território dos EUA”. Outra arma que deve ser apresentada é o DF-17, o primeiro míssil capaz de transportar um veículo hipersónico, que pode ser equipado com armas convencionais ou nucleares, e que é capaz de ultrapassar sistemas antimísseis. “Um sistema deste tipo significaria um impacto considerável, destacando o progresso da China (…) num segmento em que russos e norte-americanos estão atrasados”, observa o relatório. A análise baseia-se em fotos registadas nas ruas de Pequim, durante os ensaios para a parada militar, e imagens de satélite tiradas numa base do exército pela empresa Geo4i. Outras máquinas Também foram alcançados progressos no fabrico de veículos aéreos não tripulados (drones), principalmente o WZ-8, uma máquina de reconhecimento supersónico, que poderia ser usada para identificar alvos antes de um ataque. O Lijian, outro veículo aéreo não tripulado que pode ser usado em apoio a operações navais, também deve ser apresentado. Todas estas novas armas devem “aumentar drasticamente a capacidade convencional de dissuasão da China”, segundo o FRS. A China afirma regularmente que nunca usará armas nucleares primeiro, mas sempre em resposta, face a um ataque atómico por outro país. O exército chinês disse ontem que não pretende “mostrar os músculos” com a parada militar da próxima semana.
Hoje Macau China / ÁsiaParada | Míssil com potência inédita será exibido nos 70 anos da revolução [dropcap]A[/dropcap] China deverá apresentar novos mísseis balísticos, com uma potência “sem precedentes”, durante a parada militar em celebração do 70.º aniversário do regime comunista, segundo um relatório divulgado ontem e baseado em imagens de satélite. “Vão ser exibidas capacidades balísticas convencionais e nucleares sem precedentes (…), que demonstram a modernização quantitativa e qualitativa do arsenal balístico da China”, prevê um relatório divulgado pela Fundação para Pesquisa Estratégica, com sede em Paris. O chefe de Estado chinês, Xi Jinping, presidirá, em Pequim, na próxima terça-feira, ao evento que marca a fundação da República Popular da China, em 1949. O relatório revela que armas extremamente rápidas deverão ser reveladas, “indicando que a China está, em alguns segmentos, na vanguarda da inovação global”, lê-se no relatório. Entre os principais equipamentos que deverão ser exibidos na avenida da Paz Celestial, a principal artéria de Pequim, mesmo ao lado do Grande Palácio do Povo, o parlamento chinês, da Cidade Proibida e da praça de Tiananmen, está o míssil DF-41, já pronto a ser usado, mas que nunca foi apresentado ao público. O DF-41 pode “ser armado com um número relativamente grande de ogivas, até um máximo de 10 cabeças (nucleares) contra as três” dos modelos anteriores, detalha o estudo. Descrito por alguns especialistas como tendo um alcance de entre 12.000 e 14.000 quilómetros, aquele míssil de longo alcance poderia “atingir qualquer parte do território dos EUA”. Outra arma que deve ser apresentada é o DF-17, o primeiro míssil capaz de transportar um veículo hipersónico, que pode ser equipado com armas convencionais ou nucleares, e que é capaz de ultrapassar sistemas antimísseis. “Um sistema deste tipo significaria um impacto considerável, destacando o progresso da China (…) num segmento em que russos e norte-americanos estão atrasados”, observa o relatório. A análise baseia-se em fotos registadas nas ruas de Pequim, durante os ensaios para a parada militar, e imagens de satélite tiradas numa base do exército pela empresa Geo4i. Outras máquinas Também foram alcançados progressos no fabrico de veículos aéreos não tripulados (drones), principalmente o WZ-8, uma máquina de reconhecimento supersónico, que poderia ser usada para identificar alvos antes de um ataque. O Lijian, outro veículo aéreo não tripulado que pode ser usado em apoio a operações navais, também deve ser apresentado. Todas estas novas armas devem “aumentar drasticamente a capacidade convencional de dissuasão da China”, segundo o FRS. A China afirma regularmente que nunca usará armas nucleares primeiro, mas sempre em resposta, face a um ataque atómico por outro país. O exército chinês disse ontem que não pretende “mostrar os músculos” com a parada militar da próxima semana.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Seul atenta a actividade em base de mísseis [dropcap]O[/dropcap] Exército da Coreia do Sul anunciou ontem que vigia atentamente a actividade nas instalações de lançamento de mísseis da Coreia do Norte porque suspeita da preparação de um lançamento balístico. “Em cooperação com os Estados Unidos estamos a vigiar e a seguir todos os movimentos [do Exército norte-coreano], incluindo os possíveis preparativos para o lançamento de mísseis”, disse ontem o porta-voz do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, Kim Joon-rak, durante uma conferência de imprensa em Seul. “Não podemos comentar detalhes em concreto”, acrescentou Kim Joon-rak quando confrontado com as notícias da agência Yonhap sobre eventuais movimentações detectadas na estação de lançamento de Sohae, noroeste da Coreia do Norte, na semana passada. Imagens captadas por satélite mostraram que o regime da Coreia do Norte está supostamente a reconstruir algumas das estruturas da base o que leva Seul a considerar que está em preparação o lançamento de um satélite a bordo de um foguetão especial. O lançamento do alegado satélite é apontado como um ensaio encoberto de mísseis intercontinentais para pressionar os Estados Unidos, sobretudo no quadro das recentes negociações inconclusivas entre Washington e Pyongyang que decorreram na capital do Vietname.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Desfile militar deixou de lado mísseis de longo alcance A Coreia do Norte realizou ontem um desfile militar para assinalar o 70º aniversário da fundação do país, mas não apresentou mísseis balísticos intercontinentais, que estiveram na origem de várias sanções internacionais [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]oldados, artilharia e tanques integraram o desfile perante o líder norte-coreano Kim Jong-un no centro de Pyongyang, a capital do país, numa cerimónia em que apenas foram expostos mísseis de curto alcance, segundo a agência de notícias France-Presse. O desfile militar, que durou cerca de uma hora e meia, foi o primeiro desde que Kim Jong-un e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinaram em Junho uma declaração conjunta em Singapura, prometendo trabalhar para a desnuclearização do regime de Pyongyang. Kim não se dirigiu à multidão, numa cerimónia em que marcaram presença o chefe do parlamento chinês e delegações ao mais alto de países que mantêm relações diplomáticas próximas do regime norte-coreano. O líder do parlamento da Coreia do Norte, Kim Yong-nam, deu o tom a uma retórica relativamente mais suave para o que foi sendo habitual em eventos anteriores, com um discurso de abertura que enfatizou os objectivos económicos do regime, em detrimento do seu poderio nuclear. Os aliados Os presidentes da China e da Rússia, Xi Jingping e Vladimir Putin, enviaram mensagens de felicitações ao líder norte-coreano Kim Jong-un, informou agência estatal de notícias KCNA. Xi destacou a “política inabalável” do seu país para melhorar as relações com a Coreia do Norte, pode ler-se na mensagem publicada pela KCNA. “O Partido [Comunista] e o Governo chinês dão a máxima prioridade às relações de amizade e cooperação entre a China e a República Popular Democrática da Coreia, e à sua política firme para defender, construir e desenvolver com sucesso relações bilaterais”, referiu o Presidente chinês. Já Vladimir Putin sublinhou na mensagem enviada a Kim a importância de aprofundar os laços e promover a paz na região. O presidente russo disse estar convencido de que “o diálogo bilateral e a cooperação construtiva em várias áreas serão melhorados graças aos esforços conjuntos”, o que contribuirá para fortalecer a estabilidade e a segurança na península coreana e no nordeste da Ásia.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Morreu figura-chave do programa de mísseis [dropcap style=’circle’]J[/dropcap]u Kyu-chang, figura-chave do programa de mísseis balísticos da Coreia do Norte no início desta década, morreu segunda-feira aos 89 anos, informou ontem a agência de notícias estatal KCNA. Ju Kyu-chang, descrito no obituário como um “soldado revolucionário” pela sua contribuição para desenvolver as “capacidades de defesa” do país, morreu de pancitopenia, um problema no sangue. Ju nasceu na província do Sul do Hamgyong, em 1928, e formou-se em engenharia pela Universidade de Kim Chaek, um dos centros tecnológicos de maior prestígio da Coreia do Norte. Em 2010 foi nomeado director do Departamento de Construção de Maquinaria do Partido dos Trabalhadores e membro do Comité Central, tendo desempenhado um papel importante no desenvolvimento bem sucedido do Unha-3, o primeiro veículo de transporte espacial que conseguiu colocar em órbita um satélite norte-coreano, em Dezembro de 2012.
Hoje Macau China / ÁsiaDefesa | Taiwan desenvolve mísseis para reduzir vantagem chinesa Taiwan está a desenvolver mísseis e um sistema de intercepção deste armamento para reduzir a vantagem militar da China, afirmaram especialistas em defesa citada pela agência de notícias Associated Press [dropcap style=’circle’]A[/dropcap]esde que o presidente Tsai Ing-wen assumiu o cargo em 2016, Taiwan desenvolveu um conjunto de mísseis, aperfeiçoou outro e acelerou a produção de um terceiro, dizem os analistas, num sinal de como a Ilha Formosa está a lidar com a ameaça militar chinesa, aumentando as possibilidades de um confronto armado. O presidente chinês, Xi Jinping, definiu uma linha dura contra os defensores da independência de Taiwan e enviou navios de guerra, bombardeiros e aviões de combate para exercícios ao largo da ilha, numa clara demonstração de força. Enquanto Pequim apresenta uma vantagem militar cada vez mais avassaladora, os sistemas de mísseis de Taiwan aumentam a possibilidade de conter a China numa guerra assimétrica, disse Alexander Huang, professor de estudos estratégicos da Universidade Tamkang, em Taiwan. O termo refere-se à resistência efectiva de um inimigo com poder de fogo direcionado. “Taiwan, com recursos limitados, só pode investir na área que criaria algum tipo de vantagem assimétrica, o que dissuadiria os chineses de agir”, disse Huang. “O presidente Tsai comprometeu-se mais ou pelo menos expressou vontade de investir mais na capacidade assimétrica”, acrescentou. Raio de alcance Os dois lados foram governados separadamente desde a guerra civil chinesa dos anos 1940 e a China ainda reivindica soberania sobre Taiwan. Pequim não descartou o uso da força para unificar os lados, confrontada com a contínua recusa do presidente de Taiwan à exigência chinesa. Os mísseis Hsiung Feng IIE, construídos em Taiwan, podem atingir bases militares na China, até 1.500 quilómetros de distância, disse David An, especialista do Global Taiwan Institute, em Washington, Estados Unidos. Estes mísseis também passaram por uma “actualização substancial” no ano passado para aumentar sua eficiência contra navios, disse An. Enquanto isso, Taiwan intensificou a produção dos mísseis de cruzeiro Wan Chien, referiu An. Já o sistema Tien Kung pode agora interceptar mísseis chineses em distâncias até 200 quilómetros, acrescentou.
Hoje Macau China / ÁsiaDiplomacia | Coreia do Norte anuncia suspensão de testes nucleares e de mísseis A Coreia do Norte anunciou durante o fim-de-semana que suspendeu os testes nucleares e o lançamento de mísseis de longo alcance e que tem planos para encerrar as suas instalações de testes nucleares, adiantou a Associated Press [dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] agência de notícias oficial da Coreia do Norte adiantou que a suspensão dos testes nucleares tem efeito a partir de sábado, 21 de abril, na Coreia do Norte. O país disse estar a mudar o foco da sua política nacional e concentrado em melhorar a sua economia. O anúncio acontece dias antes de o líder norte-coreano Kim Jong-un se encontrar com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in numa localidade fronteiriça para uma rara cimeira entre os dois países que tem por objectivo resolver a disputa nuclear com Pyongyang. A decisão da Coreia do Norte foi tomada numa reunião do Comité Central do partido no poder, que acordou discutir “um novo período” de políticas no país. A Coreia do Sul felicitou a decisão de Kim Jong-Un, líder norte-coreano, de suspender os testes nucleares, salientando tratar-se de um “passo significativo” para a desnuclearização da península coreana. “A decisão da Coreia do Norte representa um passo significativo para a desnuclearização da península coreana, que o mundo aguarda”, afirmou a presidência da Coreia do Sul, em comunicado, elogiando o “ambiente muito positivo para as próximas cimeiras entre as duas Coreias e entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos”, que a decisão de Pyongyang “irá criar”. Resposta de Tóquio O ministro da Defesa japonês considerou insatisfatória a decisão da Coreia do Norte em suspender os testes nucleares, já que Pyongyang não mencionou “o abandono dos mísseis balísticos de curto e médio alcance”. “Não podemos ficar satisfeitos”, afirmou Itsunori Onodera aos jornalistas, adiantando que Pyongyang não fez qualquer referência “ao abandono dos mísseis balísticos de curto e médio alcance”, pelo que Tóquio irá manter pressão sobre a Coreia do Norte. Ainda assim, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, celebrou a decisão da Coreia do Norte de suspender os testes nucleares e expressou a esperança que esta sirva para o desarmamento “completo, verificável e irreversível” do país vizinho. O chefe do Executivo japonês considerou a decisão como um “movimento positivo”, mas manifestou cautela, afirmando que “a única coisa importante (agora) é ver se esta acção levará a uma eliminação completa, verificável e irreversível das armas nucleares e mísseis” do país vizinho, de acordo com declarações divulgadas pela emissora pública NHK. Abe adiantou que o seu Governo “estará atento” ao assunto e deixou claro que o Japão e os Estados Unidos coordenaram a sua actuação perante os vários cenários possíveis com a Coreia do Norte, durante a cimeira que teve com o Presidente norte-americano, Donald Trump, esta semana na Florida. A cautela do primeiro-ministro japonês foi partilhada por outros membros do seu gabinete, como o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Taro Aso, que de Washington, onde está a participar numa reunião ministerial do G20, disse que ainda é cedo para saber se a Coreia do Norte irá abandonar as armas. Taro Aso disse que em outras ocasiões foram feitas concessões económicas e de outra índole para que Pyongyang abandonasse o seu programa nuclear, “mas os testes continuaram”, de acordo com a agência Kyodo. Já o ministro da Defesa japonês, Itsunori Onodera, qualificou a decisão da Coreia do Norte “insuficiente” e afirmou que “este não é o momento para relaxar a pressão sobre o país”. “Não podemos ficar satisfeitos”, afirmou Itsunori Onodera aos jornalistas, adiantando que Pyongyang não fez qualquer referência “ao abandono dos mísseis balísticos de curto e médio alcance”, pelo que Tóquio irá manter pressão sobre a Coreia do Norte. Xi & Trump O Presidente norte-americano, Donald Trump, também já reagiu a este anúncio, tendo considerado uma “muito boa notícia” a decisão da Coreia do Norte, e manifestou-se desejoso de se encontrar com o líder norte-coreano, o que poderá acontecer em Maio ou Junho. A China, principal aliado da Coreia do Norte, saudou o anúncio de Pyongyang de que irá suspender os seus ensaios nucleares e de mísseis intercontinentais, afirmando que isso contribuirá para a desnuclearização da península coreana. “A China pensa que a decisão de suspender os ensaios nucleares e de se concentrar no desenvolvimento económico e na melhoria das condições de vida vai ajudar a apaziguar a situação na península coreana e fará avançar o processo de desnuclearização, assim como os esforços no sentido de uma solução política”, disse Lu Kang, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaSeul, Washington e Tóquio vão realizar exercícios antimísseis [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Coreia do Sul, Estados Unidos e o Japão vão realizar um exercício antimísseis no final deste mês, perante contínuos lançamentos da Coreia do Norte, disse ontem um porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano. O exercício está incluído num relatório que o Ministério enviou para a Assembleia Nacional devido ao último míssil de médio alcance lançado na sexta-feira pela Coreia do Norte, que percorreu 3.700 quilómetros e sobrevoou o norte do arquipélago japonês. O documento sublinhou que Pyongyang parece aproximar-se da “fase final” de desenvolvimento de um míssil balístico intercontinental (ICBM), com o qual poderia atingir o território norte-americano, e estimou que o regime continue a realizar “provocações estratégicas adicionais” a curto prazo com novos testes de armamento. O exercício conjunto anti-mísseis vai realizar-se depois de dois projécteis norte-coreanos terem sobrevoado o Japão no último mês e num momento em que existem dúvidas sobre as capacidades reais dos aliados para interceptar um míssil de Pyongyang. O relatório também explicou que o Pentágono planeia enviar um porta-aviões nuclear e um grupo de ataque para participar em manobras com as Forças Navais sul-coreanas em Outubro, apesar de porta-vozes das Forças Armadas dos Estados Unidos na Coreia do Sul e do Comando do Pacífico terem afirmado que o destacamento não está confirmado. O texto também não indicou qual dos porta-aviões da VII Frota será enviado para a península coreana. O porta-aviões nuclear norte-americano Carl Vinson já foi destacado, na passada Primavera, para a região em resposta aos repetidos testes de armamento realizados este ano pela Coreia do Norte.
Hoje Macau China / ÁsiaCrise coreana | Apelo ao diálogo em vez de sanções [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China apelou ontem ao diálogo para pôr fim à crise em torno do programa nuclear e de mísseis balísticos da Coreia do Norte, considerando que as sanções ao regime não contribuem para encontrar uma solução. “Os factos demonstraram que a pressão e as sanções não podem solucionar o fundo da questão”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying, em conferência de imprensa. “A única via é a do diálogo e consultas”, acrescentou Hua, horas após a Coreia do Norte ter lançado um míssil que sobrevoou o norte do Japão. O Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou, ontem, uma reunião de emergência em Nova Iorque, a pedido de Tóquio e de Washington, na sequência do lançamento de um míssil pela Coreia do Norte que, pela primeira vez desde 2009, sobrevoou o Japão. O míssil disparado ontem de manhã, pelas 06:30, a partir das proximidades de Pyongyang, caiu a cerca de 1.180 quilómetros do cabo de Erimo, na ilha de Hokkaido, após percorrer mais de 2.700 quilómetros e alcançar cerca de 550 quilómetros de altura antes de cair no mar, de acordo com informações do executivo japonês. Este mês, os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, incluindo China e Rússia, aprovaram novas sanções contra o regime norte-coreano de Kim Jong-un. Estima-se que as novas sanções reduzam em mil milhões de dólares os três mil milhões anuais que o país de Kim Jong-un obtém em receitas de exportações. Grande parte desse valor é oriundo das vendas para a China, destino de 90% das exportações da Coreia do Norte.
Hoje Macau China / ÁsiaAustrália insta China a pressionar Coreia do Norte para pôr fim a testes com mísseis [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro australiano pediu ontem à China para usar a sua influência junto da Coreia do Norte para pôr fim aos testes de mísseis do regime. Malcolm Turnbull disse aos jornalistas, em Sydney, que a conduta da Coreia do Norte é “imprudente, provocadora e ilegal” e que a Austrália vai trabalhar com os Estados Unidos e outros países para impor sanções a Pyongyang. “A maior responsabilidade de trazer a Coreia do Norte à razão (…) é da China”, disse Turnbull. “Eles têm uma relação económica dominante com a Coreia do Norte e devido ao facto de terem uma grande influência, têm a maior responsabilidade”, acrescentou. A Coreia do Norte disparou um novo míssil balístico no domingo, que disse ser um novo modelo de “médio e longo alcance”. De acordo com a agência de notícias estatal KCNA, trata-se de “um novo modelo de míssil balístico estratégico de médio e longo alcance, o Hwasong-12”. A agência sublinhou que o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, “supervisionou pessoalmente o teste”. O novo míssil – disparado pelas 05:30 locais de domingo – atingiu uma altitude de 2.111 quilómetros, percorreu cerca de 700 quilómetros e caiu no Mar do Japão. A KCNA acrescentou que o disparo do míssil visou fazer um teste “às características e pormenores técnicos” da nova arma, “capaz de transportar uma grande e potente ogiva nuclear”. O míssil seguiu a trajectória planeada e caiu “exactamente no local previsto”. Criticas gerais O teste do novo míssil balístico norte-coreano motivou reacções críticas de vários quadrantes: os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul pediram uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações, que foi já marcada para a tarde de terça-feira. A confirmação da reunião de urgência foi avançada nas Nações Unidas pela representação do Uruguai, país que preside ao Conselho de Segurança em Maio. O disparo do míssil balístico – o segundo no espaço de 15 dias – foi interpretado como um desafio, na sequência da recente eleição do novo Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-In. A NATO criticou o lançamento do míssil e apelou a Pyongyang para que incentive o desanuviamento da tensão, em vez de insistir “nas provocações”. O míssil constitui “um incumprimento flagrante de várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, o que pressupõe “uma ameaça à paz e à segurança internacional”. A União Europeia considerou o disparo “uma ameaça à paz e segurança internacional”, numa escalada da tensão na região. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu o agravamento de sanções contra a Coreia do Norte, na sequência deste último disparo. Também a China e a Rússia já reagiram, mostrando-se “preocupadas com a escalada de tensão” na península coreana. O Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo chinês, Xi Jinping, “discutiram em pormenor a situação na península coreana” durante um encontro, em Pequim, e “as duas partes exprimiram a sua preocupação para com uma escalada de tensão”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas.