João Luz SociedadeGoverno Central nega envolvimento em feira do automóvel em Macau O Ministério do Comércio chinês negou o envolvimento ou participação no World Vehicle Congress, um evento que foi anunciado para os dias entre 14 e 16 de Junho em Macau. A organização afirmou que o congresso contaria com o apoio do gabinete de desenvolvimento do comércio externo do Ministério do Comércio, alegação que foi negada por Pequim. O ministério emitiu um comunicado a sublinhar que nunca supervisionou, instruiu ou participou no World Vehicle Congress, realçando que nenhuma organização governamental alguma vez firmou relações com o evento. O ministério lançou ainda um alerta às instituições regionais ligadas ao Governo Central, assim como a organizações privadas, para terem atenção à possibilidade de o evento representar uma fachada fraudulenta. O website oficial do evento, que, entretanto, já não está online, listava ainda entre as instituições associadas a Câmara de Comércio da China para a Importação e Exportação de Maquinaria e Produtos Electrónicos e a Associação de Acessórios de Modificação Automóvel da China, ambas as organizações igualmente associadas ao Ministério do Comércio. Apesar de ter divulgado alguns detalhes sobre o evento no seu website, que também foram apagados, o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) afirmou ao canal chinês da Rádio Macau que nunca participou ou apoiou o World Vehicle Congress. Em todo o lado O World Vehicle Congress 2023 foi amplamente noticiado nos órgãos estatais de comunicação chineses, como na CCTV, na agência Xinhua e no Diário do Povo. Aliás, no website da CGTN ainda aparece a notícia sobre o evento, que cita inclusive um dirigente associativo que, aparentemente, também não está ligada à organização. “O congresso irá convidar concessionários de automóveis, compradores e organizações relacionadas com a indústria dos países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), bem como dos países envolvidos na iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’, disse Li Rengui, director da Associação de Acessórios de Modificação Automóvel da China, num artigo publicado a 19 de Abril. O dirigente associativo afirma ainda que o evento “irá expandir as exportações da China e promover a globalização da indústria automóvel chinesa”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina acusa EUA de prática de dumping [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Ministério de Comércio da China informou neste domingo ter dado início a investigações para apurar uma suposta prática de dumping nas exportações de sorgo dos Estados Unidos. Informações preliminares apontam que grandes volumes do produto têm sido vendidos pelos EUA à China a preços baixos e com subsídios do governo dos EUA, prejudicando os produtores chineses. O ministério disse também que a produção chinesa de sorgo depende de um grande número de pequenos agricultores. Ao anunciar a acção, o governo chinês não mencionou a recente decisão da administração Trump de impor tarifas sobre as importações norte-americanas de painéis solares chineses. Autoridades da China disseram a representantes de empresas dos EUA que Pequim está a preparar medidas de retaliação caso as exportações chinesas sejam afectadas pela política defendida por Trump conhecida como “America First”. Os EUA estão envolvidos também em processos que podem impor à China penalidades relacionadas à propriedade intelectual e comércio de aço e alumínio. Produtos agrícolas dos EUA são um alvo provável na lista do governo chinês, já que Estados agrícolas norte-americanos são vistos como a base política do presidente Donald Trump. A China tem-se destacado como um grande mercado para o sorgo produzido nos EUA. Desde 2013, mais de 27 milhões de toneladas do produto foram vendidas para o país asiático, conforme dados da associação de produtores de sorgo dos EUA.