João Santos Filipe SociedadeLawrence Ho fora da lista Forbes dos 50 multimilionários de Hong Kong O multimilionário Lawrence Ho, proprietário da concessionária Melco Resorts, deixou de constar na lista dos 50 multimilionários de Hong Kong, elaborada pela revista Forbes. O ranking mais recente foi revelado na madrugada de ontem, e é liderada por Li Ka-shing, com uma fortuna de 36,2 mil milhões de dólares. Esta é a primeira vez desde 2014 que o filho de Stanley Ho não consta na lista dos 50 multimilionários mais valiosos de Hong Kong. A descida no ranking do empresário responsável por projectos como o casino Studio City e City of Dreams foi explicada com a “tendência no último ano dos investidores para venderem as acções nas empresas com casinos”. A fortuna de Lawrence não aparece contabilizada, mas está actualmente abaixo de 1,1 mil milhões de dólares, que é o valor da fortuna do 50.º multimilionário da lista, o empresário Kenneth Lo, ligado ao sector da roupa. O filho de Stanley Ho não foi o único a ficar mais “pobre”. Esta foi a tendência da maior parte dos multimilionários. Em 2023, a fortuna total dos 50 multimilionários era de 324 mil milhões de dólares americanos. Contudo, este ano não foi além dos 296 mil milhões de dólares, o que representa uma redução de 28 mil milhões (8,6 por cento) em comparação com o ano passado. Com as alterações a lista fica apenas com três empresários relacionados com a principal indústria de Macau. Lui em cima O melhor classificado, tal como no ano anterior, é Lui Che Woo, presidente da concessionária Galaxy. O empresário de 94 anos manteve o 7.º lugar, embora a sua fortuna tenha encolhido de 14,9 mil milhões de dólares para 12,1 mil milhões de dólares. Uma redução de 2,8 mil milhões. No 22.º lugar surge Pansy Ho, irmã de Lawrence Ho, com uma fortuna avaliada em 3,7 mil milhões de dólares. A co-presidente da concessionária MGM China perdeu cerca de 100 milhões de dólares, mas esta redução não afectou a sua posição no ranking. O último empresário na lista com ligações ao sector do jogo de Macau é a deputada Ângela Leong, actualmente na 33.ª posição, quando no ano passado estava no 32.º lugar. A fortuna da quarta mulher do falecido Stanley Ho, para a qual também contribuíram vários investimentos bem-sucedidos no imobiliário, registou uma quebra de 2,7 mil milhões de dólares para 2,4 mil milhões de dólares.
João Santos Filipe Manchete SociedadeJogo | Empresários ligados a casinos sobem na lista dos mais ricos Apesar de um ano difícil para os casinos, vários milionários com ligações a Macau acumularam mais milhões e subiram no ranking das 50 pessoas mais ricas de Hong Kong Vários empresários com ligações ao jogo em Macau surgem na lista das 50 pessoas mais ricas de Hong Kong, elaborada pela revista Forbes. A lista para este ano foi revelada ontem e apresenta Lui Che Woo, empresário ligado à Galaxy, como o melhor colocado. Apesar de o ano passado ter sido o pior desde o início da pandemia para os casinos de Macau, os efeitos não se fizeram sentir na fortuna pessoal do multimilionário que preside à concessionária Galaxy. Segundo os números da Forbes, a riqueza de Lui Che Woo cresceu para 14,9 mil milhões de dólares americanos no início de 2023, um ganho de 2,1 mil milhões de dólares face ao valor de 12,8 mil milhões do ranking 2022. Lui Che Woo é o empresário com ligações ao jogo de Macau mais bem posicionado, ocupando o 7.º lugar, uma subida de um lugar face ao ano passado, quando ocupava a 8.ª posição do top 50. Pansy Ho é a segunda personalidade de Macau mais bem posicionada ao aparecer no 22.º lugar da lista. A filha de Stanley Ho, que é co-presidente da MGM China, tem a fortuna avaliada em 3,8 mil milhões de dólares, um crescimento, face aos 3,4 mil milhões do ano passado. O facto de ter ficado mais rica permitiu-lhe subir seis posições em relação ao 28.º lugar de 2022. Quem também subiu no ranking, foi Ângela Leong, deputada e co-presidente da SJM Holdings. A quarta mulher de Stanley Ho subiu para o 32.º lugar, o ganho de uma posição em comparação com o 33.º posto do ano passado. Contudo, a sua riqueza pessoal caiu de 2,9 mil milhões de dólares para 2,7 mil milhões de dólares. Ainda com ligações a Stanley Ho, surge Lawrence Ho, filho do magnata falecido e presidente da concessionária Melco. Ho viu a sua fortuna crescer de 1,25 mil milhões de dólares para 1,4 mil milhões, Esta alteração não teve impacto no seu ranking que permaneceu no 46.º lugar, o mesmo do ano passado. Finalmente, no 49.º lugar, aparece Pollyanna Chu, empresária que controla o grupo Kingston Financial com participações nos casinos Casa Real, na Península de Macau, e Grandview, na Taipa. Com uma fortuna avaliada em 900 milhões de dólares, os bens da empresária têm perdido valor a ritmo acelerado. Em 2018, a fortuna de Chu estava avaliada em 7 mil milhões de dólares. Outros famosos Além das figuras ligadas ao jogo, a lista dos 50 mais ricos de Hong Kong tem outros nomes bem conhecidos de Macau. Joseph Lau, magnata do imobiliário, ocupa o oitavo lugar com uma fortuna de 13,8 mil milhões de dólares americanos. Impedido de entrar na RAEM, onde arrisca ser preso, Lau foi condenado no âmbito do caso La Scala, que levou o ex-secretário para os Transportes e Obras Públicas, Ao Man Long, para a prisão de Coloane, onde ainda permanece. Or Wai Sheun, empresário ligado à Polytech, responsável pela construção de vários edifícios em Macau, surge no 28.º lugar, com uma fortuna de 3,15 mil milhões de dólares.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente da Fosun desce 35 lugares no ranking dos milionários Com uma fortuna agora avaliada em cerca de 5,5 mil milhões de euros, Guo Guangchang, patrão de várias empresas em Portugal teve um ano desastroso, à semelhança de muitos dos seus “colegas” multimilionários O presidente do grupo Fosun, Guo Guangchang, que detém várias empresas em Portugal, caiu 35 lugares na lista dos mais ricos da China, para a 126.ª posição, no pior ano para os multimilionários do país desde 1998. A fortuna pessoal de Guo, 55 anos, fixou-se, em 2022, no equivalente a cerca de 5,5 mil milhões de euros, de acordo com a lista elaborada pela Hurun Report Inc, unidade de investigação sediada em Xangai e considerada a Forbes chinesa. A Fosun, que soma uma dívida equivalente a cerca de 38 mil milhões de euros, desfez-se já de milhares de milhões de euros em activos este ano, à medida que enfrenta crescentes dificuldades de financiamento nos mercados chinês e internacional. As acções da Fosun International Limited, a principal unidade do grupo cotada na Bolsa de Valores de Hong Kong, afundaram mais de 40 por cento, nos últimos 12 meses. A Fosun realizou, nos últimos dez anos, uma série de aquisições além-fronteiras, adquirindo em Portugal a seguradora Fidelidade, uma participação de quase 30 por cento no banco Millennium BCP e mais de 5 por cento da REN – Redes Energéticas Nacionais. Segundo a lista da Hurun, difundida ontem, o número de multimilionários na China registou, em 2022, a maior queda em 24 anos, reflectindo o impacto da política de ‘zero casos’ de covid-19 e a crise no sector imobiliário. De acordo com este ‘ranking’, 1.305 pessoas na China têm agora uma fortuna estimada em pelo menos 5 mil milhões de yuans, uma queda de 11 por cento, em relação ao ano passado. A fortuna acumulada dos multimilionários chineses é equivalente a cerca de 3,5 biliões de euros, uma queda homóloga de 18 por cento, o que representa também a maior descida homóloga dos últimos 24 anos. O preço a pagar A China é um dos últimos países do mundo a manter rigorosas medidas de prevenção epidémica. Os repetidos bloqueios de bairros, distritos e cidades inteiras implicam uma interrupção das cadeias de produção e abastecimento e do comércio, travando a actividade económica. Os multimilionários chineses também sofreram no mercado de acções, face a uma campanha regulatória lançada por Pequim no sector da tecnologia, as incertezas ligadas à guerra na Ucrânia e a subida das taxas de juro pela Reserva Federal dos Estados Unidos. A fortuna pessoal de Yang Huiyan, que dirige o grupo imobiliário Country Garden Holding, registou a maior perda, no valor equivalente a 15,7 mil milhões de euros. O chinês mais rico continua a ser Zhong Shanshan, fundador da empresa de água engarrafada Nongfu Spring, que viu a sua fortuna aumentar em 17 por cento, para 65 mil milhões de euros. Quase 300 chineses que, no ano passado, estavam nesta lista, deixaram de estar. A maioria pertence ao sector imobiliário, que enfrenta uma crise de liquidez. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia chinesa cresça 3,2 por cento, este ano, o que seria o ritmo mais fraco das últimas quatro décadas, excluindo 2020, o ano em que a pandemia da covid-19 começou.
João Santos Filipe SociedadeSurto de “18 de Junho” custou mais mil milhões de patacas à RAEM O surto de 18 de Junho, que obrigou a população ao confinamento praticamente total, custou 1,08 mil milhões de patacas aos cofres da RAEM. A revelação foi feita pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, na segunda-feira, dia em que foi anunciado mais uma ronda de testes em massa. A informação sobre como o montante foi gasto é praticamente inexistente e não responde à maioria das perguntas colocadas ao longo das conferências de imprensa, durante os quase três meses de surto. O Governo evita assim revelar uma das questões mais polémicas, o pagamento ao pessoal médico que veio do Interior para trabalhar nos postos de testagem durante as várias rondas de testes em massa. O que é possível saber é que o montante de 1,08 mil milhões de patacas serviu para cobrir os custos com as 14 rondas de testes em massa, os testes de ácido nucleico em áreas-alvo e grupos-alvo, a aquisição de conjuntos de teste rápido de antigénios e máscaras KN95, pagar os hotéis de quarentena e ainda o “transporte” e “aquisição de outros materiais e consumíveis anti-epidemia”. Num comunicado em que as despesas surgem praticamente no final do texto, também não é identificada qualquer empresa ou entidade responsável pelos serviços prestados. Revisão do plano A maior parte da nota de imprensa do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus visa a 9.ª versão do “Plano de Prevenção e Controlo da Pneumonia causada pelo novo tipo de Coronavírus” e a elaboração da 2.ª edição do “Plano de Contingência em resposta à Epidemia de Pneumonia causada pelo novo tipo de coronavírus”. A revisão destes planos terá sido feita com base “nas opiniões de 15 grupos especializados de trabalho” e dos “diversos sectores da sociedade”. “O Governo da RAEM, com base nos planos de contingência definidos, através dos 15 grupos especializados, continuará a aperfeiçoar e a pormenorizar todos os trabalhos preparativos para a luta contra a epidemia, a ajustar e optimizar, de forma contínua, as diversas medidas de prevenção de acordo com as características das variantes das estirpes e a evolução real da epidemia”, pode ler-se.
Hoje Macau China / ÁsiaUm em cada mil chineses é milionário [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] República Popular da China tem 1,34 milhões de milionários, segundo uma unidade de investigação com sede em Xangai, o que pressupõe que um em cada mil chineses tem mais de um milhão de dólares. De acordo com a análise da Hurun Report Inc, até Maio deste ano houve mais 130.000 chineses que se tornaram milionários, um aumento de 10,7%, face ao mesmo período do ano passado. Segunda maior economia do planeta, a seguir aos Estados Unidos da América, a China é também o país mais populoso, com 1.368 milhões de habitantes – cerca de 18% da humanidade. No total, 0,1% da população chinesa, ou um em cada mil chineses, tem mais de um milhão de dólares. A Hurun, considerada a Forbes chinesa, estima ainda que existam agora 89.000 de bilionários no país, mais 11.000 do que em 2015. Guangdong, no sul da China, é a província que concentra mais milionários – cerca de 240.000 – destronando Pequim. Mais de metade dos chineses com uma fortuna superior a um milhão de euros vive nas províncias de Guangdong e Zhejiang, no sul e leste do país, respectivamente, e nos municípios de Pequim e Xangai. Já Pequim é a cidade com mais milionários ‘per capita’, com um em cada 100 residentes na capital chinesa a possuir mais de um milhão de dólares. Activos de fora A Hurun destaca ainda que os milionários chineses preferem investir além-fronteiras, principalmente em divisas estrangeiras. O yuan, a moeda chinesa, caiu 9%, desde Agosto de 2015, levando muitos investidores chineses a procurar activos denominados em dólares ou euros. A China representa 10% da riqueza mundial e desde o início do século o Produto Interno Bruto (PIB) chinês quintuplicou. Apesar de a Constituição continuar a definir o país como “um Estado socialista liderado pela classe trabalhadora e assente na aliança operário camponesa”, o fosso social mantém-se acima do “nível alarmante” definido pela ONU. Segundo os critérios do Banco Mundial, cerca de 200 milhões de chineses vivem na pobreza.