Tradição | Ma Ying-jeou visitou túmulo dos seus antepassados

Ma Ying-jeou, ex-presidente do Partido Kuomintang, que governou Taiwan, e sua família visitaram na manhã de sábado o túmulo de seu avô na província de Hunan e homenagearam os antepassados da família no local. O túmulo está localizado no distrito de Xiangtan, em Hunan.

Ma e as suas quatro irmãs ficaram em frente ao túmulo, que está bem preservado, e realizaram uma cerimónia solene baseada na tradição local para prestar homenagens aos antepassados. Ma apresentou flores e frutas como oferenda e usou um dialecto local de Hunan ao ler um texto de homenagem ao seu avô. Após a cerimônia, a família tirou fotos no local.

Durante uma entrevista, Ma disse que ao longo dos anos sempre desejou visitar o local e prestar homenagem ao seu avô, e esse desejo agora finalmente foi cumprido. Ele também observou que valorizar o respeito pelos antepassados é “uma parte muito importante da educação ética do nosso povo chinês”.

Na sua visita, quando a população local o cumprimentou dizendo “bem-vindo a casa”, Ma usou o dialecto local e respondeu “o menino de Xiangtan está de volta!”

A família também visitou um cais, cuja construção foi financiada pelo avô de Ma e outros moradores na década de 1910, para fornecer um serviço de barcos gratuitos na época.

3 Abr 2023

Taiwan | Ex-Presidente condenado a quatro meses de prisão

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ex-Presidente de Taiwan Ma Ying-jeou foi ontem condenado a quatro meses de prisão pelo Supremo Tribunal de Justiça do país, que o considerou culpado de divulgar informações confidenciais enquanto ainda exercia funções.

Ma Ying-jeou, de 67 anos, vai recorrer da decisão do Supremo, de acordo com um comunicado divulgado pelos advogados após o veredicto. O antigo chefe de Estado tinha sido considerado inocente por um tribunal distrital de Taipé no ano passado, mas o Ministério Público recorreu da decisão.

O caso remonta a 2013, altura em que o Presidente, ainda em funções, divulgou informações sobre uma conversa telefónica entre o ex-presidente do Parlamento Wang Jin-pyng e o legislador do partido da oposição Ker Chien-ming. No poder entre 2008 e 2016, Ma estreitou as relações com a República Popular da China, sendo o terceiro ex-Presidente da ilha a enfrentar acusações criminais depois de deixar o cargo.

16 Mai 2018

Taiwan | Ex-Presidente acusado de fuga de informação secreta

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ex-presidente de Taiwan Ma Ying-jeou (2008-16), próximo da China, foi ontem acusado formalmente de cumplicidade em fuga de informação confidencial num caso de escutas telefónicas em 2013.

O caso das escutas desencadeou divisões dentro do Partido Kuomintang (KMT), então no Governo, entre Ma – que o dirigia – e o presidente do parlamento da altura, Wang Jing-pyng, próximo do independentista Partido Democrata Progressista (PDP).

Durante o seu mandato, Ma promoveu uma aproximação à China que levou à assinatura de 23 acordos entre Taipé e Pequim, bem como a uma histórica reunião com o Presidente chinês, Xi Jinping, em Singapura, em Novembro de 2015.

Ma, que há muito tinha diferenças políticas com Wang, foi informado pelo então procurador-geral Huang Shih-ming sobre um alegado uso indevido de influência, descoberto em conversas entre Wang e o porta-voz do PDP, na altura na oposição, Ker Chien-ming, sobre um caso contra este último.

Huang, que foi condenado a 15 meses de prisão por divulgar informação confidencial, reconheceu no julgamento que tinha comunicado ao então Presidente detalhes sobre a investigação a Ker e Wang, a 31 de Agosto de 2013, e disse ter informado o primeiro-ministro Jiang Yi-hua quatro dias depois, por ordem de Ma.

Após a fuga de informação para a imprensa sobre o possível recurso a influência indevida, Ma fez os possíveis para que o KMT expulsasse Wang, lhe retirasse o assento parlamentar e o cargo de presidente do parlamento, mas um recurso de Wang bloqueou legalmente as intenções do KMT.

Divisões e fracassos

O caso afectou a unidade do partido, e juntamente com o Movimento dos Girassóis de 2014 – protagonizado por estudantes e movimentos sociais preocupados com a aproximação à China – levou à derrota eleitoral do KMT nas eleições municipais de 2015 e nas presidenciais e legislativas de 2016.

O deputado do PDP Ker Chien-ming apresentou uma queixa contra Ma em 2013 acusando o então Presidente de ceder informação sobre uma investigação criminal em curso.

Ker afirmou que Ma divulgou informação obtida pelo então procurador-geral. No entanto, o ex-Presidente defendeu sempre que é inocente e os seus advogados negam que o procurador tenha recebido instruções presidenciais para divulgar informação confidencial sobre essas conversas.

15 Mar 2017