Andreia Sofia Silva EventosLanternas | Terceiro festival internacional inaugurado este sábado Carlos Marreiros e Ana Jacinto Nunes são dois artistas portugueses que participam na terceira edição do Festival Internacional de Lanternas, a decorrer no espaço Anim’Arte Nam Van e One Central. A inauguração está marcada para este sábado São esculturas enormes, cujas cores e luminosidade se destacam da restante paisagem. Este ano a terceira edição do Festival Internacional de Lanternas tem um espaço novo, além do habitual em frente ao empreendimento Macau Promenade – One Central. A edição deste ano vai igualmente tomar de assalto o espaço recreativo Anim’Arte Nam Van. O arquitecto Carlos Marreiros e a pintora e escultora Ana Jacinto Nunes são dois nomes portugueses que acompanham os restantes artistas como o pintor de Macau Lio Man Cheong, Mei Lei, oriunda de Pequim, a arquitecta e artista britânica Farah Carolina e o artista italiano Ugo Re. No total, o público pode ver dez esculturas luminosas em exposição. De acordo com um comunicado, o evento irá mostrar “uma instalação de arte interactiva e impressionante com vibrantes borboletas e bonitas flores”, cujo tema é “Wynn Butterfly Story”. Esta iniciativa visa celebrar o conceito de “arte sem fronteiras”, pelo que tem também a colaboração da Associação de Reabilitação Fu Hong, que trabalha com portadores de deficiência e que tem como objectivo a inserção no mercado de trabalho. É neste contexto que acontece a participação de Leong Ieng Wai, natural de Macau e que sofre de autismo. Este pintor assina com o nome artístico de “0.38” e, de acordo com o mesmo comunicado, criou a escultura intitulada “Landing on the 0.38 Kingdom of Happiness”. O espaço Anim’Arte Nam Van vai também acolher esculturas luminosas criadas pela marca de design de Macau “Meet”, com o tema “Tour & Play The Lantern”. Criar marca Tal como nos anos anteriores, o festival estende-se pelo período de um mês, coincidindo com as festividades do Bolo Lunar e do Concurso Internacional de Fogo de Artifício de Macau. Na primeira edição do festival, em 2016, a zona ribeirinha do lago Nam Van do casino Wynn até ao Mandarin Oriental foi enfeitada com vários coelhos de grande dimensão, incluindo um coelho gigante da autoria de Carlos Marreiros. O ano passado o festival teve ainda obras de Alexandre Marreiros e Konstantin Bessmertny. Ao HM, Carlos Marreiros contava o objectivo era fazer deste um evento de cariz internacional, com base no já tradicional festival das lanternas do coelhinho do Albergue SCM. “Não queria que este evento fosse tradicional, mas que caminhasse para uma mostra de esculturas urbanas luminosas. É uma iniciativa local, não no sentido de ser mais uma actividade de Macau, mas de ser a actividade de Macau. Não existe no mundo um festival, ou uma exposição, que esteja relacionado com lanternas de grande porte ou instalações artísticas urbanas”, disse Marreiros
Andreia Sofia Silva EventosOne Central | Carlos Marreiros traz “esculturas urbanas luminosas” à cidade O 2º Festival de Lanternas de Macau decorre na Promenade do One Central e conta este ano com dez esculturas iluminadas, decoradas por vários artistas, incluindo Alexandre Marreiros e Konstantin Bessmertny. O arquitecto Carlos Marreiros pretende fazer deste um evento anual de relevo, que mostre a cultura local ao mundo “Como dizem os americanos, ‘The size does matter’ (o tamanho realmente importa).” É desta forma que o arquitecto Carlos Marreiros começa por falar do seu mais recente projecto, que mostra as tradicionais lanternas do Festival do Bolo Lunar numa versão mais contemporânea, de maior dimensão. “Não queria que este evento fosse tradicional, mas que caminhasse para uma mostra de esculturas urbanas luminosas”, contou ao HM. “É uma iniciativa local, não no sentido de ser mais uma actividade de Macau, mas de ser a actividade de Macau. Não existe no mundo um festival, ou uma exposição, que esteja relacionado com lanternas de grande porte ou instalações artísticas urbanas”, disse Marreiros. O ano passado, a primeira edição contou com 38 lanternas de grande porte, tendo sido convidados artistas locais para a decoração. Este ano são dez, sendo que cinco delas são decoradas por cinco artistas, dois deles locais: Alexandre Marreiros e Konstantin Bessmertny. “Fiz uma instalação urbana, de arte pública, com lanternas que são esculturas, e que são iluminadas por dentro, com pintura de artistas. Este ano mudei e propus que fosse menos lanternas, mas com um tamanho mais significativo, pois têm entre cinco a oito metros”, explicou. Para o arquitecto e membro do Conselho do Património Cultural, está em causa a criação de uma iniciativa que tenha “interesse turístico e de entretenimento”. “A nossa ideia é que haja anualmente uma grande instalação de esculturas de luz, com estilos de artistas convidados de todo o mundo e excursões plásticas muito variadas, do mais figurativo ao mais abstracto.” O que é local é bom Carlos Marreiros considera que o território não tem capacidade para competir com as bienais de arte que acontecem um pouco por todo o mundo, mas sobretudo na Ásia. Daí a aposta nas esculturas cheias de luz, por representarem algo novo. “Macau tem recursos, mas tem as suas limitações. Caso fosse feita outra bienal, [o território] não iria conseguir competir com outras regiões e países, e até mesmo com a China. A história e a cultura são um atractivo, esta miscigenação cultural, e isso tem de ser explorado.” Na ideia de Marreiros, este objectivo pode ser atingido se for associado o conceito de lanterna tradicional “a uma dimensão contemporânea, de vanguarda”. “A tradição das lanternas chinesas é lindíssima e pego nesta tradição e reformo-a em fórmulas contemporâneas, mostradas em locais bonitos, que não são os habituais”, frisou. O arquitecto garante que, com este projecto em mente, não está “preocupado com a arte de massificação”. “Estas esculturas estão num sítio bonito, têm tamanho e dimensão. Macau deve ser animada com qualidade e a tradição deve ser renovada”, adiantou. Até porque, na sua visão, os museus e a própria arte têm de sair das paredes em que vivem enclausuradas e encontrar-se com as pessoas, o público. “A arte deve ir de encontro à população. As pessoas vêm aos museus mas os promotores das artes têm de ir ter com o povo. E isso faz com que as pessoas sejam mais selectivas a frequentarem museus e galerias. Não estou interessado no produto massificado, para ser arte é porque é único e original.” Marreiros já pensa noutras edições, e espera que, nos próximos anos, “haja mais esculturas de luz, com mais artistas internacionais”. “Gostava de produzir lanternas em menor número e convidar os artistas a fazer a escultura e a decorá-las”, concluiu.
Hoje Macau EventosAlbergue SCM | “Lanternas do Coelhinho” voltam a marcar Celebração da Lua Abre ao público no dia 4 de Outubro um clássico do Albergue SCM: a Exposição “Lanternas do Coelhinho” – Uma Exposição de Carlos Marreiros e Amigos, um evento que já vai na 13ª edição. A inauguração será acompanhada pela festa de Celebração da Lua que decorre entre as 18:30h e as 21:30h, onde vão ser servidas comidas e bebidas, e distribuídas caixas de oferendas (reservadas às primeiras 300 pessoas). O evento será musicado por um concerto de música chinesa, assim como com a actuação da Tuna Macaense a fechar a festa. Haverá ainda demonstração de caligrafia chinesa, distribuição de lanternas do coelhinho e balões a crianças e jogos de enigmas para entreter os participantes. A exposição insere-se na celebração do 68º aniversário da República Popular da China e este ano reúne lanternas criadas por 26 artistas e designers de várias partes do mundo. Além disso, serão ainda expostos trabalhos de estudantes do “Workshop de Lanternas Criativas de Macau”. O Festival de Meio-Outono tem origem na veneração aos Deuses da Montanha, que era feita findas as colheitas, um dos momentos chave da mitologia chinesa. A festividade ganhou popularidade durante das dinastias Ming e Qing, tornando-se um dos momentos de celebração incontornáveis na cultura do Interior da China. A exposição estará patente ao público de 4 de Outubro a 6 de Dezembro de 2017, na galeria A2 do Albergue SCM.