Hoje Macau SociedadeTransportes | Encontro empresarial sobre carris vai ligar Portugal à China Várias associações empresariais europeias e chinesas estão a organizar um inédito evento de ‘networking’ que vai decorrer ao longo de viagens de comboio na China e Europa, abrangendo Lisboa, Porto e Macau [dropcap]O[/dropcap] conceito, designado Business Rail, visa juntar empresários de diferentes sectores e países em viagens de comboio. A próxima edição, que decorre na China, entre 9 e 20 de Outubro, arranca em Pequim e termina em Macau, com passagens por Xangai, Shenzhen e Hong Kong. Em Macau, os empresários vão participar na Feira Internacional de Comércio e Investimento. Outros itinerários, que se realizarão na Europa, incluem a península ibérica – Barcelona, Madrid, Lisboa e Porto – e a Europa Central – partida em Bruxelas e destino final Roma. “A ideia é sempre promover Portugal”, disse à agência Lusa o presidente da Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC) e cofundador da iniciativa, Alberto Carvalho Neto. “A grande vantagem de uma viagem de comboio é que podes entrar e sair, mudam as pessoas, e acaba por ser um evento giro a nível cultural e de ‘networking'”, descreveu. A primeira edição realizou-se na Península Ibérica, em 2018, com partida em Barcelona e destino final no Porto, onde os empresários participaram na Feira Internacional de Negócios. Rota das carruagens No futuro, Carvalho Neto quer aproveitar a iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota”, que inclui a construção de uma malha ferroviária entre China e Europa, através da Ásia Central, para alargar a iniciativa a mais países. “A ideia é que, em 2024, se consigam fazer viagens da China para a Europa: o transiberiano, que demora 10 dias, entre Pequim e São Petersburgo, e outra pelo sul, que passará pelo Cazaquistão, Uzbequistão, Turquia e Arménia”, revelou. Os empresários não têm que fazer todo o itinerário, podendo embarcar e sair em qualquer umas das cidades abrangidas. A iniciativa é organizada em conjunto pelas associações Centro Internacional de Cultura, Young Entrepreneurs Organization of the European Union e Federação SINO PLPE (Países de Língua Portuguesa e Espanhola). A partir do próximo ano, Alberto Neto quer alargar o projecto aos países de língua portuguesa. “Quando as pessoas se inscrevem têm de indicar o que estão à procura e por vezes pode haver correspondência dentro da delegação empresarial, mas acima de tudo é importante sabermos o que as pessoas querem e do que estão à procura, para fazermos ligação com as delegações locais”, explicou.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Jovens empresários receberam 20,5 milhões em subsídios [dropcap]O[/dropcap] Plano de Apoio a Jovens Empreendedores (PAJE) atribuiu 20,5 milhões de patacas, de Janeiro a Junho de 2019, para ajudar projectos de empresários em início de carreira, conforme revela a Direcção dos Serviços de Economia (DSE) na sua página electrónica. De acordo com os dados oficiais disponíveis, durante a primeira metade do ano foi acusada a recepção de 121 pedidos de apoio financeiro, dos quais 104 foram já aprovados e 11 indeferidos. Os jovens empresários de Macau, que recorreram aos subsídios, fizeram-no para investir maioritariamente em negócios de comércio a retalho, ou seja 7,5 milhões de patacas, a que corresponde a maior quantia das verbas atribuídas durante o primeiro semestre (36,7 por cento). Outras actividades económicas que motivaram a candidatura ao subsídio foram a prestação de serviços a empresas, que conseguiram 2,4 milhões de patacas (11,8 por cento); a reparação de automóveis e motocicletas, barbearias e outros não especificados, aos quais foram concedidos 2,3 milhões (11,3 por cento); a educação, serviços médicos e assistência social, que receberam 2 milhões (10 por cento); e a restauração e hotelaria, que arrecadaram 1,9 milhões (9,5 por cento do total) das verbas da DSE. O plano de apoio existe desde 2013 e recebeu um total de 1854 pedidos até ao final do ano passado, com aprovação de 1364. O montante global concedido até 2018 foi de 317,7 milhões de patacas. Esta ajuda financeira a jovens para a criação de negócios próprios, quando não dispõem de capital suficiente, tem um tecto individual máximo de 300 mil patacas e deverá ser reembolsada na íntegra no prazo de oito anos, isenta de juros.