Hoje Macau DesportoTóquio 2020 | Biles culpa “demónios na cabeça” por abandono da prova por equipas A ginasta norte-americana Simone Biles justificou hoje com problemas de saúde mental a saída prematura da prova por equipas feminina de ginástica artística dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, afirmando que tem lutado contra “demónios na cabeça”. “Assim que piso o praticável sou só eu e a minha cabeça a lidarmos com demónios (…). Tenho de fazer o que é melhor para mim e focar-me na minha sanidade mental e não comprometer a minha saúde e o meu bem-estar”, afirmou a tetracampeã olímpica de ginástica artística no Rio2016. A norte-americana Simone Biles desfalcou hoje a seleção dos Estados Unidos em plena final feminina por equipas de Tóquio2020, aparentemente devido a lesão. Biles, de 24 anos, considerada uma das melhores ginastas de sempre, ausentou-se por momentos durante o concurso por equipas, acompanhada pelo médico da seleção dos Estados Unidos, regressando algum tempo depois para abraçar as colegas Grace McCallum, Sunisa Lee e Jordan Chiles. Pouco tempo depois, a Federação Norte-americana de Ginástica informou que Biles seria substituída durante o resto da final, “por razões médicas” – após ter efetuado apenas a prova de salto -, e submetida a “exames médicos”, sem revelar detalhes sobre a possível lesão. Simone Biles, que no Rio2016, além da medalha de ouro por equipas, conquistou também os títulos olímpicos no concurso completo e em dois aparelhos (salto e solo), está qualificada para as cinco finais individuais dos Jogos Tóquio2020. A Rússia conquistou a medalha de ouro na prova por equipas feminina de ginástica artística em Tóquio2020, um título que escapava há 29 anos, quebrando a hegemonia dos Estados Unidos, que arrecadaram a prata.
Hoje Macau China / ÁsiaTóquio 2020 | Presidente da organização desculpa-se por comentários ofensivos sobre mulheres O presidente do comité organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Yoshiro Mori, pediu hoje desculpas públicas pelos comentários ofensivos sobre mulheres, um dia depois de o incidente ter gerado críticas e apelos à sua demissão. “Reconheço que os comentários durante a reunião com o Comité Olímpico do Japão foram contrários ao espírito olímpico. Lamento”, disse hoje Mori, de 83 anos, durante uma conferência de imprensa. Na quarta-feira, Yoshiro Mori defendeu que as mulheres têm dificuldade em ser concisas, observando que os membros femininos do órgão a que preside “sabem colocar-se no seu lugar”. As declarações do responsável máximo do comité organizador da próxima edição dos Jogos Olímpicos (JO), adiada para 2021 devido à pandemia de covid-19, foram feitas durante uma reunião com o Comité Olímpico do Japão, aberta à comunicação social e reproduzidas pelo diário Asahi Shimbun. “As reuniões dos conselhos de administração com a presença de muitas mulheres demoram demasiado tempo. Se for aumentado o número de membros femininos e o tempo de intervenção não for limitado, será mais difícil concluí-las, o que é irritante”, sustentou Mori. “As mulheres têm espírito competitivo. Se uma levanta a mão [para poder intervir], as outras sentem-se na obrigação de se exprimirem também. É por isso que todos acabaram por falar”, acrescentou. O antigo primeiro-ministro japonês (2000-2001) notou que “o comité organizador [dos Jogos Olímpicos Tóquio2020] tem sete mulheres, mas elas sabem colocar-se no seu lugar”, um comentário que motivou sorrisos entre vários responsáveis presentes na reunião. As declarações levaram a uma chuva de críticas na rede social Twitter, com apelos à demissão de Mori, acusando-o de discriminar as mulheres. Questionado sobre se tencionava abandonar o cargo, por causa da polémica, Mori recusou à partida essa possibilidade, mas acrescentou: “Se todos me disserem que estou a incomodar, então deverei pensar nisso”. O responsável máximo do comité que prepara os próximos JO na capital japonesa reiterou as desculpas perante os ofendidos com as declarações e as pessoas que fazem parte da organização, considerando que “estão a fazer tudo o que é possível” para o sucesso da competição. O Japão ocupa o 121.º lugar no mais recente relatório do Fórum Económico Mundial sobre a igualdade de género, entre 153 países, e o 131.º na proporção de mulheres em lugares de topo em empresas, política e administração pública.
Hoje Macau DesportoTóquio 2020 | COI convicto de que os Jogos vão realizar-se e sem plano B O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) mostrou-se convicto de que os Jogos Olímpicos Tóquio2020 vão decorrer no próximo verão, garantindo que não existe um plano B para a realização da competição. “Não temos, neste momento, qualquer razão para acreditar que os Jogos Olímpicos de Tóquio não começarem em 23 de julho no estádio Olímpico de Tóquio”, afirmou Thomas Bach em entrevista à agência de notícias nipónica Kyodo. Bach garantiu que todos estão “comprometidos” com a realização dos Jogos na data prevista, afirmando que “é por isso que não existe qualquer plano B”. A cerca de seis meses do início dos Jogos, a realização da competição, adiada para o verão de 2021 devido à pandemia, volta a ser questionada devido ao aumento do número de casos e mortes por covid-19, que levou o governo de Tóquio a reinstaurar o estado de emergência. Na quarta-feira, o diretor executivo do comité organizador dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 garantiu que “não está em discussão” um cancelamento da competição devido à pandemia de covid-19, admitindo a possibilidade de a realizar sem público. “A realização dos Jogos é o nosso caminho, não discutimos outro”, disse Toshiro Mutu, em entrevista à agência noticiosa francesa AFP, garantindo que o cancelamento da competição, que deverá decorrer entre 23 de julho e 08 de agosto, não está a ser equacionado. Na segunda-feira, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, assegurou que o país continua comprometido em realizar os Jogos Olímpicos Tóquio2020 no verão, apesar do número crescente de casos de covid-19 no mundo. Em 08 de janeiro, o Japão decretou um novo estado de emergência, em vigor em 11 das 47 prefeituras do país, nas quais está concentrada mais de metade da população e perto de 80% dos contágios contabilizados. Devido à pandemia de covid-19, que já provocou pelo menos 2.058.226 mortos em todo o mundo, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio2020 foram adiados para o verão de 2021.