Hoje Macau China / Ásia MancheteClima | Onze províncias em alerta devido à chuva. Retiradas 10 mil pessoas As condições climáticas extremas já provocaram inundações que levaram à evacuação de mais de 10 mil pessoas em Hunan. Por outro lado, em Pequim prevê-se a chegada de mais uma invulgar onda de calor. Os serviços de meteorologia chineses alertaram ontem que 11 províncias, ou cerca de metade da área terrestre do país, devem ser afectadas por chuva forte nos próximos dias. As autoridades da província de Hunan, no centro da China, indicaram, no domingo, que mais de 10 mil pessoas tiveram de abandonar as suas casas e foram transferidas com urgência para um local seguro devido a inundações. Em Hunan, cerca de 70 casas desabaram, 2.283 ficaram danificadas e campos agrícolas ficaram inundados. As perdas foram até agora estimadas em 575 milhões de yuan, indicou o Departamento de Gestão de Emergências da região de Xiang’xi. Na região de Zhenba, na província de Shaanxi, as autoridades relataram que as piores inundações em 50 anos devastaram estradas e danificaram casas. Nenhuma morte foi registada até ao momento. De um extremo ao outro A Agência Meteorológica chinesa disse acreditar que a falta de chuva pode estar a contribuir para o calor extremo, uma vez que Pequim, cidade já habitualmente seca, está a registar menos precipitação do que o normal este ano. As inundações na China seguem-se a uma invulgar vaga de calor, durante a qual Pequim registou dez dias em que a temperatura ultrapassou 35 graus Celsius, indicou o Centro do Clima chinês, sob a tutela da agência meteorológica chinesa. A última vez que Pequim sentiu uma vaga de calor semelhante foi em 1961, décadas antes de a maioria dos residentes da capital chinesa ter acesso a ar condicionado ou mesmo a ventoinhas. Embora as temperaturas na capital tenham acalmado para os 33 graus Celsius ontem ao meio-dia, os meteorologistas avisaram que devem subir novamente esta semana para até 39,6 graus Celsius em Pequim e em outras partes da China. Em 2021, mais de 300 pessoas morreram na província central de Henan, com chuvas torrenciais a inundar a capital provincial de Zhengzhou em 20 de Julho, transformando ruas em rios e cobrindo parte de uma linha de metropolitano. As piores inundações da história recente da China ocorreram em 1998, quando 4.150 pessoas morreram, a maioria delas ao longo do Yangtze, o terceiro maior rio do mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaHunan | Atropelamento intencional faz 11 mortos e 44 feridos As autoridades chinesas elevaram ontem para 11 mortos e 44 feridos o número de vítimas de um atropelamento intencional seguido de ataque com um punhal e uma pá na cidade de Hengyang [dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Governo da cidade de Hengyang, na província de Hunan, revelou que o suspeito do ataque tem antecedentes criminais, incluindo tráfico de droga, roubo e agressões físicas e que, “agindo sozinho”, procurou “vingar-se da sociedade”.A polícia identificou o homem como Yang Zanyun, de 54 anos, e natural do condado de Hengdong, que pertence a Hengyang. Na terça-feira à noite – e não na quarta, como inicialmente noticiado – o homem subiu a calçada ao volante de um desportivo e embateu contra a multidão numa praça pública onde os residentes geralmente se juntam para dançar em grupo ou conviver. De seguida, o homem atacou as vítimas com um punhal e uma pá, informaram ontem as autoridades. Imagens de vídeo captadas por testemunhas mostram dezenas de pessoas a correr, em pânico, a fugir da praça, pessoas feridas no chão e outras a tentar ajudá-las. As autoridades locais consideraram, num comunicado, que se tratou de um “acto deliberado” e com a intenção de causar danos máximos, mas não referiram estar em causa um ataque terrorista. Yang teria antecendentes criminais por delitos relacionados com drogas e fogos postos, segundo o comunicado do Governo local, que referiu que a polícia prossegue as investigações e os feridos foram investigados. Exemplos de trás A China tem registado vários incidentes do género, normalmente ligados a pessoas com problemas psicológicos ou ressentimentos com vizinhos ou a sociedade em geral. Em Junho passado, uma pessoa morreu e dez ficaram feridas quando um homem conduziu uma empilhadora contra peões numa cidade do leste da China, e acabou por ser abatido pela polícia. Em Abril, um homem armado com uma faca matou sete estudantes e feriu 19, quando os jovens regressavam a casa, no norte do país. A lei chinesa proíbe rigorosamente a venda e posse de armas de fogo, pelo que os ataques são geralmente feitos com facas, explosivos de fabrico artesanal ou por atropelamento.