Hovione distinguida por práticas na gestão de pessoas

A farmacêutica portuguesa Hovione anunciou na quinta-feira que se tornou a primeira empresa em Macau a ser reconhecida como ‘Top Employer’, uma certificação atribuída pela excelência das práticas de gestão de pessoas.

O director de recursos humanos da Hovione Macau, Douglas Lau, disse que esta distinção “é uma verdadeira conquista” e que “demonstra que as empresas em Macau podem oferecer o mesmo ambiente de trabalho de alta qualidade que em qualquer outro lugar do mundo”.

A certificação é “também mais uma demonstração de como a Hovione cria empregos que têm valor real tanto para os membros da nossa equipa como para a sociedade em geral”, acrescentou, em comunicado.

A Hovione, que se estabeleceu em Macau em 1986, recebeu na sexta-feira a medalha de Mérito Industrial e Comercial, atribuída pelo Governo local, nos 24 anos da Região Administrativa Especial chinesa. Em Dezembro, o director-geral da empresa em Macau, Eddy Leong, disse à Lusa que a medalha concedida pelo Governo de Macau é “uma grande honra” e reflecte a “longa e bem-sucedida” história da Hovione no território.

Força de grupo

Ao destacar a “equipa forte” dedicada “à investigação e à qualidade”, com “diversos êxitos” obtidos, o chefe do Governo de Macau, Ho Iat Seng, referiu que a expansão do negócio da Hovione “no mercado asiático está já a aproveitar as oportunidades proporcionadas pelo desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau”, contribuindo para o desenvolvimento da indústria de ‘big health’ de Macau e a diversificação da economia, de acordo com uma nota oficial, divulgada em Dezembro.

Fundada em 1959, a Hovione sublinhou ter recebido a certificação ‘Top Employer’ pelo segundo ano consecutivo, nas outras três fábricas e laboratórios que opera em Portugal, na Irlanda e nos Estados Unidos.

A farmacêutica foi uma das 49 empresas em Portugal a obter esta certificação do Top Employers Institute, uma entidade internacional que distingue e certifica, a nível global, as condições que as empresas criam para os seus trabalhadores.

22 Jan 2024

Hovione | Distinção reflecte “história longa e bem-sucedida”

Com 180 trabalhadores, a empresa portuguesa é a maior unidade farmacêutica de Macau. Para o director-geral, Eddy Leong a distinção é igualmente um sinal de confiança para o futuro

A Hovione considera que a atribuição de uma medalha de Mérito Industrial e Comercial pelo Governo é “uma grande honra” e reflecte a “longa e bem-sucedida” história da farmacêutica no território. Foi desta forma que a empresa reagiu à atribuição anunciada a 19 de Dezembro pelo Executivo.

“É para nós uma grande honra ter recebido esta medalha de mérito”, começou por reagir o director-geral da empresa em Macau, Eddy Leong, em declarações à Lusa, expressando “gratidão ao Governo” e a “todos os sectores da sociedade pelo reconhecimento dos quase 40 anos de trabalho” local.

“Na Hovione, gostamos de dizer que estamos ‘nisto para a vida’ e sinto que este prémio reflecte não só a nossa longa e bem-sucedida história em Macau, mas também aponta para o nosso futuro de sucesso aqui”, acrescentou, numa resposta por email.

A medalha, continuou o director-geral, reflecte, além disso, o compromisso da empresa portuguesa em trabalhar com as “organizações parceiras para criar oportunidades de carreira gratificantes nas ciências da vida”.

Na apresentação dos medalhados deste ano, o executivo de Ho Iat Seng sublinhou em comunicado a “equipa forte” da Hovione dedicada “à investigação e à qualidade” e que “tem obtido diversos êxitos”.

“A empresa tem-se empenhado em melhorar e desenvolver de forma constante e estrategicamente a operação com segurança, trazendo para o mercado mundial medicamentos não patenteados e produtos sintéticos personalizados, seguros, eficazes, especializados e de qualidade elevada, o que lhe granjeou o reconhecimento mundial”, afirma-se na nota de apresentação.

Papel na Montanha

Por outro lado, o Governo referiu que a expansão do negócio da Hovione “no mercado asiático está já a aproveitar as oportunidades proporcionadas pelo desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin”, contribuindo para o desenvolvimento da indústria de ‘big health’ de Macau e, consequentemente, para o desenvolvimento da diversificação económica local.

A Hovione começou a operar em Macau em 1986 e em 1987 foi pela primeira vez inspeccionada e certificada pela FDA [Food and Drug Administration – agência federal americana de saúde nos medicamentos e comida]. A empresa “produz activos farmacêuticos não patenteados, distribuídos no mercado global”. Tem 180 funcionários e segundo a própria empresa “é a maior unidade farmacêutica de Macau”. Além disso, “presta aconselhamento ao Departamento Económico sobre o desenvolvimento da indústria farmacêutica” no território.

27 Dez 2023

Covid-19 | Medicamento da Hovione precisa ser testado

[dropcap]S[/dropcap]egundo um estudo australiano o medicamento Ivermentine, produzido pela Hovione Macau, tem capacidade para inibir o coronavírus.

No entanto, os Serviços de Saúde alertam que é cedo para conclusões e que o fármaco tem de ser testado primeiro em humanos. “É um medicamento desparasitante e um estudo diz que tem efeito contra o coronavírus. Mas, sabemos que para se provar esse efeito é necessário seguir vários procedimentos e testar em humanos”, alertou Alvis Lo.

“Temos esperança que a informação se confirme, até porque falamos de um medicamento barato, mas precisamos de mais dados e testes em seres humanos”, frisou.

8 Abr 2020

Hovione | Avaliação de fumos em actualização

Começou com queixas por parte dos moradores do Edifício do Lago e a discussão já passou para a internet. Qual a composição dos fumos que saem da chaminé da fábrica da Hovione na Taipa? Neste momento nem a própria empresa sabe e mais informações só para o ano

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]Hovione não tem passado despercebida na comunidade virtual. A empresa de produtos farmacêuticos situada na Taipa tem sido alvo de críticas online, nomeadamente no que respeita à emissão de fumos. As queixas juntam-se ao já anunciado descontentamento expresso pelos moradores do Edifício do Lago, que receiam que os conteúdos do fumo sejam prejudiciais à saúde.
Agora, na rede social Facebook, não só a imagem da chaminé da empresa a emitir fumos durante a noite, como também a referência a maus cheiros eventualmente daí advindos, têm causado alguma polémica.
Ao HM Eric Ng, coordenador de Emergência da Hovione Macau, fez saber que se encontra em curso um estudo que divulgará a composição química dos fumos emitidos pela empresa. A resposta que acabou por ser dada pessoalmente, visto os esclarecimentos pedidos por correio electrónico andarem a ser progressivamente adiados, não adianta nada acerca dos gases que chegam aos ares daquela zona. São ou não inofensivos? Eric Ng não responde, mas refere que a actualização desta informação será dada atempadamente estando agendada para o próximo ano, altura em que a empresa realiza o dia aberto e convida elementos da comunicação social para conhecerem as entranhas da indústria farmacêutica local.

Nem sim, nem sopas

Confrontado com as notícias relativamente recentes de que a Hovione havia dado a conhecer de que estes fumos seriam resultado do sistema de abastecimento de gás sem que contivessem qualquer valor tóxico, Eric Ng não confirma nem desmente.
“Não estamos autorizados em dar essa informação neste momento”, afirma o coordenador de Emergência, ao mesmo tempo que diz que apesar da informação dada anteriormente ser válida, não pode ser considerada actual, visto o processo que indica o conteúdo dos fumos da Hovione estar ainda a ser realizado.
“Não podemos adiantar qualquer informação.”
Há cerca de três meses, o HM anunciava que os moradores do Edifício do Lago, complexo de habitação pública na Taipa situado em frente à fábrica, estavam já preocupados com os fumos que diariamente saem das chaminés. Contudo, e segundo o canal chinês da Rádio Macau, a empresa descartou qualquer toxicidade dos fumos expelidos.
Eddy Leong, director-executivo da fábrica da Hovione, explicou que o fumo é oriundo “do sistema de abastecimento de gás”, sendo que nos dias em que os valores de humidade relativa no ar são mais elevados “é normal sair algum fumo branco”.
Na altura, o responsável avançou que “passa-se o mesmo nos hotéis de luxo. Já apresentamos várias explicações junto do público e o Governo tem conhecimento disto”.
Johnny Cheong, responsável pela parte de produção, referiu que é normal que o fumo contenha maus cheiros devido à utilização de alguns materiais, sendo que a Hovione faz testes antes da emissão dos fumos. Johnny Cheong também confirmou que os fumos não são tóxicos nem perigosos para a população.
O director-executivo frisou que é feita uma fiscalização rigorosa das instalações, sendo que a inspecção de segurança é feita por uma entidade de Hong Kong. A Hovione mantém ainda contactos estreitos com a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), enviando relatórios de forma regular ao Executivo, disse Eddy Leong.

Alargamento para breveCimento com menos pó

Após a polémica gerada à volta da poluição gerada pelas poeiras da fábrica de cimento de Ka Hó, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental confirma que as medidas que em 2014 prometeu colocar em vigor estão, na generalidade, concretizadas, de modo a proporcionar uma maior bem estar a trabalhadores e população. Em resposta ao HM, a DSPA afirma que “continua a realizar inspecções e supervisões aos estabelecimentos industriais, os quais têm, gradualmente, melhorado as suas instalações interiores”. Actualmente, já foi plenamente implementada a utilização do tapete rolante para descargas de materiais, os veículos estão equipados com caixas integralmente cobertas, a lavagem de carros é automática e já são utilizados veículos de limpeza também automáticos. A DSPA adianta ainda que estas medidas de melhoramento “já cumprem de forma geral as exigências definidas pelo regulamento administrativo” e vão ao encontro do que foi prometido há dois anos.

22 Set 2016

Hovione | Empresa vai expandir-se. Moradores do Edifício do Lago queixam-se do fumo

Numa altura em que a empresa do sector farmacêutico se prepara para entregar um plano de expansão ao Governo, os moradores da habitação pública na Taipa mostram-se descontentes com os fumos da fábrica. Hovione garante que não são tóxicos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s moradores do Edifício do Lago, complexo de habitação pública na Taipa, estão preocupados com os fumos que diariamente saem das chaminés da Hovione, empresa local do ramo farmacêutico. Contudo, e segundo o canal chinês da Rádio Macau, a empresa descarta qualquer toxicidade dos fumos expelidos.
Eddy Leong, director-executivo da fábrica da Hovione, explicou que o fumo é oriundo “do sistema de abastecimento de gás”, sendo que nos dias em que os valores de humidade relativa no ar são mais elevados “é normal sair algum fumo branco”. “Passa-se o mesmo nos hotéis de luxo. Já apresentamos várias explicações junto do público e o Governo tem conhecimento disto”, referiu. Johnny Cheong, responsável pela parte de produção, referiu que é normal que o fumo contenha maus cheiro devido à utilização de alguns materiais, sendo que a Hovione faz testes antes da emissão dos fumos. Johnny Cheong também confirmou que os fumos não são tóxicos nem perigosos para a população.
O director-executivo frisou que é feita uma fiscalização rigorosa das instalações, sendo que a inspecção de segurança é feita por uma entidade de Hong Kong. A Hovione mantém ainda contactos estreitos com os Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), enviando relatórios de forma regular ao Executivo, disse Eddy Leong.

Expansão em curso

A Hovione está entretanto a preparar a expansão da fábrica, tendo Eddy Leong confirmado ao canal chinês da Rádio Macau que o pedido está a ser feito ao Governo. A expansão será feita com recurso a um espaço vazio que a Hovione já possui, sendo que o processo tem vindo a ser pedido ao Governo desde 2001.
Eddy Leong explicou que tanto a produção como o número de trabalhadores têm vindo a aumentar nos últimos anos, pelo que a Hovione necessita de mais espaço. A empresa promete não pedir mais terrenos ao Governo, e planeia a abertura de mais laboratórios.
O director-executivo espera que a operação da Hovione possa continuar em Macau, pelo facto da maioria dos seus trabalhadores serem locais, afastando, para já, a hipótese de expansão para o interior da China. Eddy Leong referiu, contudo, que está aberto a outras localizações, esperando pelas condições que o Executivo irá oferecer no futuro. Segundo o website da empresa, a Hovione emprega cerca de 140 pessoas de Macau.

20 Jun 2016