Andreia Sofia Silva SociedadeGrand Hotel, em frente ao Sofitel, abre portas em 2019 A arquitecta Joy Choi é a responsável pela renovação do histórico Grand Hotel e garante que a obra deverá estar concluída em 2019. O edifício obrigou a um estudo de um ano, pois havia o risco de demolição. A obra que obriga os trausentes a circular fora do passeio deverá estar concluída a partir do dia 10 [dropcap style≠‘circle’]S[/dropcap]erá um hotel boutique de duas estrelas, com a antiga fachada renovada e com um estilo clássico. Eis alguns detalhes do histórico Grand Hotel, localizado na zona do Porto Interior, em frente ao empreendimento Ponte 16, e que há anos não passa de um velho edifício abandonado e vazio. Ao HM, a arquitecta Joy Choi, responsável pelo projecto, adiantou que as obras deverão estar concluídas em 2019 e que chegou a existir o risco de demolição de todo o edifício, o que acabou por não se verificar. “Antes deste trabalho a nossa equipa demorou cerca de um ano a estudar as condições do edifício, uma vez que tem cerca de 80 anos. Tínhamos de saber quais eram as condições, se necessitava de ser demolido ou se podia haver uma remodelação. Também fizemos alguns estudos e pesquisas sobre o futuro uso da estrutura. Todos nós estamos contentes com o facto de não termos de demolir o edifício”, apontou a arquitecta. Joy Choi lembrou também que o seu cliente e proprietário do espaço, International Weng Fu Investment Company Ltd, não teve problemas em esperar mais tempo. “Uma parte muito importante é o cliente, que é muito bom e que compreendeu toda a situação. Ele aceitou pagar mais dinheiro para fazer os trabalhos de restauro e reparação de todo o edifício, o que exige mais tempo e dinheiro. Tudo para garantir a segurança das infra-estruturas do hotel no futuro.” O actual proprietário adquiriu o antigo hotel em 2014 e 2015 à família Fok em duas transacções. “Vamos manter a fachada original e vai estar totalmente renovada, com novas janelas, num estilo elegante. Uma parte interessante serão os interiores, pois será um hotel boutique de duas estrelas”, disse Joy Choi. Passeio pronto dia 10 Os trabalhos de fundações levaram ao corte de acesso dos trausentes ao passeio, o que faz com que tenham de andar numa parte da estrada na avenida Almeida Ribeiro. Contudo, Joy Choi assegura que os trabalhos deverão ficar prontos no próximo dia 10. “O passeio vai voltar a estar operacional no dia 10 deste mês. Claro que compreendemos que o público, que não conhece os detalhes, se vá queixar desta obra, mas sem isto não conseguíamos fazer os trabalhos com as fundações. Trata-se de um trabalho de curto prazo e está quase concluído”, concluiu. Ao jornal Ou Mun, o proprietário garantiu que vai demorar cerca de 20 anos a recuperar o investimento feito neste novo projecto hoteleiro.
Victor Ng SociedadeCheoc Van | Alteração de utilidade de edifício causa polémica O pedido de alteração de utilidade de um edifício em Cheock Van é bem visto pelo Conselho de Planeamento Urbanístico. A ideia é poder ter uma utilização comercial com a construção de um hotel de duas estrelas. Os moradores do local, porém, não têm a mesma opinião dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]onviver com um hotel parece não ser do agrado dos residentes dos Jardins de Cheoc Van. A ideia foi deixada numa carta publicada hoje no jornal Ou Mun, em que os moradores se manifestam contra a mudança de utilidade de um edifício residencial que passará a ter finalidade comercial. Os habitantes consideram que, se estava previsto para aquela área a construção de fracções com fins residenciais, o propósito não deve ser alterado. A história é longa. De acordo com a missiva publicada no diário de língua chinesa com maior expressão no território, a Companhia de Investimento Imobiliário Nissan assinou, em 1991, um contrato com as autoridades que definia a utilização daqueles terrenos para a construção de um conjunto de edifícios residenciais. O projecto era de luxo e estes edifícios teriam à sua volta vários equipamentos destinados aos moradores. A construção de estabelecimentos dedicados ao comércio, de um clube náutico, de uma piscina, e de espaços de lazer e desportivos eram algumas das promessas deixadas pelo promotor do empreendimento. Os autores da missiva recordam ainda que, aquando da venda das fracções, a Investimento Imobiliário Nissan distribuía vários panfletos a anunciar este tipo de estruturas naquela área como uma forma de atrair compradores. Direitos de todos As residências foram feitas e vendidas, mas os equipamentos sociais e comerciais continuam sem aparecer. Os moradores queixam-se da espera que já tem mais de duas décadas e acusam o responsável pela empresa de estar agora a tentar alterar os destinos daquela zona sem ter em conta os residentes. Em causa está ainda o facto de a companhia de administração dos Jardins de Cheoc Van, estabelecida pela Companhia de Investimento Imobiliário Nissan, ter solicitado anualmente o pagamento de condomínio que sustenta estas estruturas, alegam os moradores, explicando que se trata de uma situação que vem já de 1995. Para os residentes, caso a aprovação da alteração da utilidade venha a ser concretizada, os equipamentos sociais e desportivos devem ser abertos aos residentes de todo o complexo dos Jardins de Cheoc Van. O pedido para alteração da função do edifício em causa foi discutido numa reunião do Conselho de Planeamento Urbanístico realizada no final de Julho. Na mesa esteve a troca de opiniões acerca da carta do proprietário do edifício e dos argumentos que utilizou para pedir a alteração de finalidade. O presidente do Conselho, Li Canfeng, considerou que o pedido está de acordo com a lei. Habitação | Preços a subir há mais de um ano [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] índice global de preços da habitação subiu 3,7 por cento no segundo trimestre deste ano, em comparação com os três meses imediatamente anteriores. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o índice está agora fixado em 253, tendo-se registado aumentos em cinco trimestres consecutivos. A DSEC destaca que o índice da península de Macau (253,7) e o índice da Taipa e Coloane (249,9) subiram 3,6 por cento e 4,3 por cento, respectivamente. O índice de preços de habitações construídas (259,6) cresceu 4,4 por cento em termos trimestrais. Já o valor das habitações em construção (247,2) aumentou seis por cento. Chuvas | IACM promete melhor escoamento de águas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) anunciou ontem que vai melhorar, de “forma sustentável”, as estações elevatórias de águas pluviais, bem como o sistema de supervisão, para diminuir a possibilidade de ocorrência de inundações durante os períodos de chuva intensa. No passado domingo, a forte pluviosidade que se sentiu no território fez com que se tivessem registado inundações em vários pontos da cidade. O túnel rodoviário das Portas do Cerco foi uma das zonas afectadas. Sobre este caso, o IACM refere que enviou pessoal para acompanhar a situação e drenar as águas estagnadas rapidamente. A inundação foi causada por uma estação elevatória nas proximidades, danificada por um trovão que afectou o sistema eléctrico total.
Joana Freitas SociedadePrédio na Avenida Rodrigo Rodrigues transformado em hotel [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo permitiu à Huge Rich Investments Limited, do filho de Pedro Chiang, a criação de um hotel de duas estrelas na Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues. A autorização foi dada através de um despacho publicado em Boletim Oficial, que prevê a revisão do contrato de concessão de um lote com 812 metros quadrados. O terreno, que se junta na Avenida Dr. Rodrigo Rodrigues e na Rua de Xangai e onde está construído o “Edifício de Seguros da China Vida”, pertence à Huge Rich Investments, registada nas Ilhas Virgens Britânicas, por arrendamento, mas não o foi desde sempre. O lote foi concedido primeiramente à Companhia de Transportes de Passageiros Macau e Ilhas Lda, cujos representantes eram os empresários Ng Fok e Wong Chu Keong, como é possível verificar em BO datados de 1992 e 1994. Não foi possível ao HM apurar quando foi feita a transmissão para a Huge Rich. O lote foi utilizado para a construção de um edifício de 27 pisos destinado a comércio, escritórios e estacionamento, mas em 2013 a concessionária apresentou na Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) projectos de alteração de obra para a instalação de um hotel de duas estrelas e estacionamento, mantendo-se, contudo, o edifício actual no local. A favor A Comissão de Terras emitiu parecer favorável ao deferimento do pedido em 2015 e, por despacho do Chefe do Executivo, foi autorizado o pedido de revisão da concessão. Chiang Kin Tong, filho de Pedro Chiang, foi quem assinou o contrato como “representante” da empresa. É também Chiang Kin Tong quem é responsável pelas empresas do pai, envolvido e condenado no caso de corrupção do ex-Secretário para os Transportes e Obras Públicas Ao Man Long e actualmente em Portugal. O arrendamento é válido até 2 de Junho de 2019, sendo que a renda anual é de 137 mil patacas. O hotel terá 10.973 metros quadrados e a empresa tem 36 meses para alterar a finalidade do edifício.