Hoje Macau SociedadePearl Horizon | Polytec disponibiliza empréstimos sem juros O Grupo Polytec vai disponibilizar um plano de empréstimos sem juros aos compradores de casa no empreendimento Pearl Horizon. A medida é bem-vinda, no entanto, para Zheng Anting, o montante não é o suficiente [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Grupo Polytec avançou com um plano de empréstimo sem juros aos compradores de fracções no Pearl Horizon. De acordo com o jornal Ou Mun, a medida destina-se aos compradores que estão a pagar pelas casas que compraram no empreendimento. O Grupo Polytec vai oferecer 8 mil patacas em empréstimo sem juros que podem ser pagas num máximo de quatro prestações. Para Zheng Anting, esta é uma medida que pode vir a atenuar a pressão vivida pelos compradores de fracções, apesar de não corresponder ao desejado. “O montante de empréstimo é menor do que o falado nas reuniões com o Grupo Polytec, mas vai aliviar aqueles que estão sob uma situação urgente de pagamento”, disse. Zheng Anting prevê que os apoios possam estar disponíveis no final do mês, sendo que o Grupo Polytec alerta para a total devolução dos apoios concedidos aquando da entrega das fracções. Com fundamento O n.º 2 da União Macau Guandong, refere ainda que a situação vem na sequência de alguns dos proprietários do Pearl Horizon se terem mostrado muito preocupados com os pagamentos mensais a que têm vindo a ser sujeitos numa altura em que não sabem ainda se as obras vão ser retomadas. Quando Zheng Anting entrou em contacto com o Grupo Polytec o montante falado era de 10 mil a 15 mil patacas de empréstimo, o que não veio a acontecer. O candidato não está satisfeito, e frisa que no futuro vai lutar pela extensão do período de apoio até que as obras sejam retomadas. Os formulários de pedido de apoio já começaram a ser distribuídos e prevê-se que cerca de 80 por cento dos proprietários se inscrevam. Em resposta ao plano de apoio do Grupo Polytec, Kou Meng Pok, presidente da União dos Proprietários do Pearl Horizon, disse ao Jornal Ou Mun que esta medida veio aumentar o trabalho da associação que lidera e não se mostrou agradado com o montante, nem com o número de prestações. Para Kou Meng Pok, os proprietários só deveriam pagar de volta o empréstimo quando estivessem na casa que compraram.
Andreia Sofia Silva PolíticaPrograma político dedicado à defesa dos lesados do Pearl Horizon [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] defesa dos compradores de casa ao grupo Polytec é quase objectivo único da União dos Promitentes-Compradores do “Pearl Horizon” para Defesa dos Direitos. A lista 24 apresentou ontem o seu programa político e comparou o caso ao tufão Hato. Na corrida eleitoral, a lista 24 é aquela que tem como objectivo a defesa dos compradores de casa do Pearl Horizon. A União dos Promitentes-Compradores do “Pearl Horizon” para Defesa dos Direitos, liderada por Kou Meng Pok, apresentou ontem o seu programa eleitoral e reforçou o propósito que levou os cinco candidatos que a compõem, a avançar para o voto. Em conferência de imprensa, o número um da lista candidata foi claro: “o objectivo de candidatura é intensificar forças de modo a resolver o caso”, disse. Kou Meng Pok admite que apesar de o programa político ser simples, em que o destaque vai apenas para o caso que levou os deputados a apresentarem candidatura, não deixa de ter importância, visto tratar-se de uma causa que diz respeito a muitos residentes do território. “O caso de Pearl Horizon é um dos assuntos maiores na sociedade e envolve mais de 10 mil indivíduos directamente, e indirectamente, dezenas de milhares das pessoas”, argumentou o cabeça de lista. Kou Meng Pok não deixou de comparar o caso que defende com o tufão Hato que teve um efeito devastador no território há duas semanas. “É uma bomba relógio, que pode ter efeitos semelhantes aos provocados pelo tufão”, referiu, sendo que considera prioritária a resolução do caso que envolve os compradores de casa no projecto que não vai avante. A ideia é evitar “a repetição de um desastre e salvar a reputação de Macau a nível internacional”. Caso pessoal Durante a conferência de imprensa, Kou Meng Pok mencionou o seu caso pessoal no processo Pearl Horizon. O candidato comprou casa ao grupo Polytec, e está neste momento sem ela e sem solução para o dinheiro que avançou. Esta, considera, é a razão principal que o move há cerca de dois anos e meio e à qual as autoridades não têm dado importância. “O Pearl Horizon não tem sido tratado de forma razoável”, referiu. “Os compradores lesados adquiriram casa entre 2010 e 2013, mas em 2015 o Governo recuperou as nossas fracções residenciais com a lei de terras aprovada em 2014”, recordou Kou Meng Pok. O candidato afirma que não fez nada que fosse contra a lei, mas que, ainda assim, acabou por sofrer as consequências. Defendendo aqueles que se encontram em situação semelhante à sua, Kou Meng Pok lamenta que “nem todas as pessoas são capazes de aguentar tal sofrimento”. Outro dos aspectos referidos como parte do programa político da União dos Promitentes-Compradores do “Pearl Horizon” para Defesa dos Direitos é a “luta pelo aumento do nível e felicidade dos residentes de Macau”. Kou Meng Pok deu alguns exemplos de sectores que podem ser melhorados neste sentido, e destacou a necessidade de uma melhor dinâmica comercial, de uma distribuição justa de recursos e de um aumento de eficácia por parte do Governo. Mesmo que não seja eleito, Kou Meng Pok garante que o a luta não vai terminar até que os proprietários lesados consigam reaver as suas casas.
Hoje Macau SociedadeGrupo Polytec perde direito a prosseguir com a obra do Pearl Horizon [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Grupo Polytec, responsável pela construção do empreendimento habitacional Pearl Horizon, voltou a perder a segunda acção em tribunal, noticiou a Rádio Macau. A empresa avançou com uma providência cautelar para suspender a reversão do terreno para o Governo até que o tribunal decrete a última decisão sobre o processo. Esta providência cautelar tinha sido apresentada em Novembro, tendo sido rejeitada pelo Tribunal de Última Instância. Veio agora confirmar-se a negação do pedido da empresa. Segundo o acórdão do tribunal, a empresa apresentou vários argumentos para pedir a autorização para continuar a obra, tal como a possibilidade de falência da Polytec e o facto do tribunal não se ter debruçado sobre essa possibilidade. Algo que os juízes negaram. “Entende a reclamante (Polytec) que a não suspensão do acto administrativo em causa (recuperação do terreno) implica necessariamente a sua falência. Não se trata, a nosso ver, duma questão propriamente dita. A verdadeira questão colocada ao tribunal reside em saber se se verifica o requisito de prejuízo de difícil reparação, sobre a qual o tribunal não deixou de tomar uma decisão.” Para o tribunal, a Polytec não depende do terreno localizado na zona da Areia Preta para prosseguir os seus negócios na área do imobiliário. “Não nos parece que a não suspensão irá necessariamente provocar a inactividade da requerente. Quer dizer, o facto de não ser decretada a suspensão de eficácia apenas impedirá a requerente de continuar esta obra em concreto nos tempos mais próximos, mas não a impedirá de prosseguir a sua actividade noutras obras e noutros empreendimentos em curso ou em projecto. Na realidade o despacho em causa tem os seus efeitos confinados ao terreno em causa e não implica a cessação da sua actividade construtiva e de comercialização imobiliária noutros terrenos – a sua ou a outrem concessionados – em Macau ou noutras paragens mais ou menos próximas”, lê-se no acórdão.
Hoje Macau SociedadePolytec perde lucros e culpa Governo [dropcap style=’circle’]S[/dropcap]egundo a Rádio Macau, a empresa Polytec contava ter um lucro de, pelo menos, 19 mil milhões de dólares de Hong Kong com o empreendimento Pearl Horizon. O valor foi avançado pela construtora ao Tribunal de Segunda Instância (TSI) e que alega que os elevados prejuízos são devido à decisão do Governo de recuperar os terrenos onde estava a ser construída a obra. Através da justiça, a Polytec está a tentar reverter a declaração do Chefe do Executivo que deu por terminada a concessão dos lotes, ao fim de 25 anos sem aproveitamento. A acção principal ainda decorre, mas a empresa perdeu já duas batalhas. Ainda na quarta-feira, o TSI indeferiu uma providência cautelar e já em Fevereiro, o Tribunal Administrativo tinha rejeitado a primeira acção da empresa que tenta estender o prazo de concessão do terreno por mais cinco anos. A Polytec apresentou recurso para o TSI mas novamente sem sucesso. A decisão foi tomada por um colectivo do TSI presidido pelo juiz José Cândido de Pinho. A caducidade da concessão do terreno foi declarada em Janeiro deste ano pelo Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário O colectivo de juízes reconhece que os prejuízos para empresa são elevados, mas diz que os danos podem ser recuperados através de indemnização, caso a construtora acabe por ganhar o recurso que contesta a caducidade da concessão. No acórdão que indeferiu a providência cautelar publicado na passada sexta-feira, é ainda tornado público que a Polytec fez um investimento directo de 3,6 mil milhões de patacas no projecto Pearl Horizon. A empresa celebrou ainda cerca de três mil contratos promessa de compra e venda de apartamentos e concedeu créditos no valor de 90 milhões de patacas aos compradores. Há ainda um acordo de co-investimento com a New Bedford Properties Limited, que financiou parte do projecto em troca de uma percentagem dos lucros da venda de fracções.
Flora Fong SociedadePearl Horizon | Grupo Polytec critica protesto dos proprietários Os manifestantes entraram dentro do escritório da empresa, destruíram vasos de flores e ameaçaram ferir-se, atirando-se do terceiro andar. Para além disso, sujaram a piscina [dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Grupo Polytec, construtor do edifício Pearl Horizon, criticou a “forma violenta” de manifestação dos proprietários de fracções no edifício. Depois de um protesto, no sábado passado, houve vários danos financeiros e muita desordem, diz ainda o grupo. Mais de uma centena de proprietários do Pearl Horizon organizaram uma manifestação junto aos escritórios do Grupo Polytec, convocando o presidente, Or Wai Sheum, para conversar com os manifestantes. A ideia era clara: os protestantes queriam que o presidente resolvesse a questão do fim da concessão do terreno, que acontece este mês. O Governo, recorde-se, tem direito a ficar novamente com os lotes, já que passou o prazo de aproveitamento da terra. Mas algumas pessoas compraram já apartamentos em regime de pré-venda. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, os manifestantes entraram dentro do escritório da empresa, destruindo vasos de flores e ameaçando ainda ferir-se, atirando-se do terceiro andar. Numa declaração publicada no Jornal do Cidadão, o Grupo Polytec reage aos acontecimentos e indica que esta manifestação não respeitou os direitos e deveres civis sendo um “desafio à lei”. O grupo considera que os protestos devem ser feitos de forma pacífica e racional, sem invadir propriedades privadas sem autorização e sem causar qualquer desordem ou incómodos a outros moradores. “Entre os manifestantes, existiam moradores do edifício Ville de Mer que abriram a porta da entrada para que os protestantes entrassem. O nosso grupo verificou que a água da piscina ficou suja por causa do protesto. Perdemos pelo menos 30 mil patacas”, pode ler-se no comunicado. O Grupo Polytec não exclui a possibilidade de avançar com uma acusação em tribunal, mas garante que irá tentar procurar uma resolução que também proteja os direitos dos próprios proprietários. “Acreditamos que existem meios suficientes para os compradores expressarem a sua opinião, não sendo a manifestação a única forma para o fazer. Nós devemos resolver o problema juntos, não ficar em posições opostas e causar este tipo de conflitos”, indica o grupo. O Governo já prometeu que irá publicar, no dia 10 deste mês, a decisão sobre o anúncio de caducidade da concessão de arrendamento do terreno, passados 25 anos. Segundo a Lei de Terras, o Governo deveria recuperar o terreno apesar de o projecto não estar concluído.