Hoje Macau China / Ásia MancheteGreve em Hong Kong | Cancelados mais de 200 voos no aeroporto [dropcap]M[/dropcap]ais de 200 voos de e para Hong Kong foram hoje cancelados devido à greve geral convocada pelo movimento pró-democracia, num dia marcado por um protesto que paralisou parcialmente o serviço de metro na cidade. Um terço dos controladores de tráfego aéreo juntou-se ao protesto contra as emendas à lei da extradição e está a condicionar fortemente as operações no Aeroporto Internacional de Hong Kong, segundo a emissora pública RTHK. Aquele que é um dos aeroportos mais movimentados do mundo reduziu drasticamente as suas operações de voo e está a utilizar apenas uma das duas habituais pistas. A Cathay Pacific e outras companhias aéreas domésticas, como a Hong Kong Airlines, foram as mais afectadas pelos cancelamentos. Os protestos de hoje, após dois dias de confrontos entre manifestantes e a polícia, já causaram a suspensão total ou parcial de pelos menos oito linhas de metro, indicou o jornal South China Morning Post (SCMP). Esta é a terceira vez em três semanas que os manifestantes interrompem o serviço do metropolitano. O serviço de comboio rápido que liga o centro da cidade ao aeroporto também foi suspenso. Os manifestantes bloquearam hoje a circulação do metro durante a hora de ponta, tendo obstruído as portas de acesso e das plataformas para evitarem a saída das carruagens das estações. O operador do metro, o MTR, adiantou que o serviço foi parcialmente suspenso em quatro linhas. Carrie Lam voltou a falar Esta manhã, a líder do executivo de Hong Kong disse que a cidade está “à beira de uma situação muito perigosa” devido aos protestos, mas que o Governo está determinado em garantir a ordem pública. Carrie Lam sublinhou que as acções de protesto estão a atingir sobretudo a classe trabalhadora, a desafiar o princípio “Um País, Dois Sistemas” e a prosperidade da cidade, onde se vive o caos e a violência. Além disso, a Chefe do Executivo de Hong Kong disse que o território está “à beira de uma situação muito perigosa” devido aos protestos, mas o Governo está determinado em garantir a ordem pública. Hong Kong vive há dois meses um clima de contestação social desencadeado pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental. A proposta foi, entretanto, suspensa, mas as manifestações generalizaram-se e denunciam agora aquilo que os manifestantes afirmam ser uma “erosão das liberdades” na antiga colónia britânica.