Hoje Macau PolíticaFilhos maiores | Associação volta a entregar petições [dropcap]A[/dropcap] Associação de Reunião Familiar de Macau, que tem vindo a lutar pela questão do regresso dos filhos maiores da China, entregou novas petições junto da sede do Governo e do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau. Estas acções visam uma mudança de postura por parte do novo Executivo, agora liderado por Ho Iat Seng. Wong, um idoso de 63 anos, luta pelo regresso dos filhos da China desde 2004. Sem respostas por parte do ex-Chefe do Executivo, Chui Sai On, Wong espera que Ho Iat Seng “faça alguma coisa boa”. “Temos confiança no Governo de Ho Iat Seng, ele sabe as razões pelas quais nos recusaram ajuda. Antes de assumir o cargo de Chefe do Executivo reunimos com ele e deu-nos recomendações. [Ho Iat Seng] conhece muito bem a nossa situação”, concluiu Wong.
Tomás Chio SociedadeFilhos Maiores | Lei Yok Lam condenada a três meses de prisão com pena suspensa A Líder da Associação foi ontem condenada prisão com pena suspensa e pagamento de multa. A mulher de 64 anos diz estar a analisar se “vale a pena” interpor recurso num caso “contra o Governo” [dropcap style=’circle’]L[/dropcap]ei Yok Lam, líder da Associação dos Pais dos Filhos Maiores, foi ontem condenada a três meses de cadeia por desobediência qualificada. A pena decidida pelo Tribunal Judicial de Base (TJB) é suspensa por um ano, mas a responsável pondera pedir recurso. O caso remonta ao ano passado, quando a mulher foi detida quando tentava entrar na Assembleia Legislativa (AL) quando Chui Sai On, Chefe do Executivo, estava no plenário. Mais de uma centena de idosos da Associação estavam cá fora por, alegadamente, não lhes ter sido permitida a entrada no hemiciclo. Lei Iok Lan, de 64 anos, foi acusada pelas autoridades de não só ter convocado uma manifestação ilegal para o local, como por ter tentado entrar à força na AL. A defesa argumentou que o “único objectivo” do grupo era entrar para assistir ao plenário, como ficou patente no depoimento das testemunhas e no visionamento de imagens em julgamento. Ontem, na leitura na sentença, a juíza disse que ficou provado que a arguida e as pessoas presentes no local receberam uma mensagem de advertência da polícia no sentido de se afastarem da AL, por se tratar de uma manifestação para a qual não tinham pedido autorização, mas que não cumpriram a ordem. Erro fatal Lei Yok Lam disse que o seu “maior erro” foi dizer, em voz alta, que entraria à força no hemiciclo se lhe fosse vedado o acesso. Ainda assim, a líder considerou a sentença injusta e, ao HM, afirmou já imaginar este desfecho porque o caso era “contra o Governo”, que deveria querer “que a Associação ficasse sem líder”. Lei Yok Lam ainda vai ponderar interpor recurso da decisão, justificando que precisa de saber se vale a pena gastar mais dinheiro num caso contra o Executivo. A mulher foi ainda condenada a pagar mil patacas de multa no espaço de um mês. A Associação dos Pais dos Filhos Maiores é composta por idosos cujos filhos nasceram na China. À data da apresentação do pedido para se reunirem com os pais, preenchiam os requisitos, mas durante a apreciação do requerimento, ultrapassaram a idade permitida para a autorização de fixação de residência em Macau.
Tomás Chio Manchete SociedadeFilhos Maiores | Líder da Associação nega acusações em tribunal O Tribunal Judicial de Base recebeu ontem Lei Yok Lam, do grupo Pais dos Filhos Maiores. Acusada de desobediência qualificada, a idosa nega ter convocado uma manifestação para a AL sem autorização [dropcap style=’circle’]C[/dropcap]omeçou ontem a ser julgada Lei Yok Lam, secretária-geral da Associação Pais dos Filhos Maiores, acusada de desobediência qualificada. A acusação diz que a responsável estava a bloquear as portas da Assembleia Legislativa (AL) juntamente com vários outros membros da Associação, mas esta nega. O caso remonta a Agosto de 2015, quando se realizava na AL uma reunião plenária com Chui Sai On, Chefe do Executivo. Centenas de idosos encontravam-se em frente ao edifício da AL: a Associação diz que era para assistirem à reunião, mas que lhes foi barrada a entrada; o Ministério Público (MP) assegura que os idosos estavam a manifestar-se. O problema gerou conflitos entre a PSP e a Associação, tendo Lei Yok Lam sido detida. Ontem, a acusação voltou a dizer que os idosos estavam a fazer um protesto sem autorização do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) e que até empunhavam um cartaz. Na sessão de audiência, a responsável explicou que chegou à AL para assistir ao plenário, porque gostaria de saber se o Chefe do Executivo iria falar sobre os pedidos da Associação, que há anos pede ao Governo a autorização de residência em Macau para os filhos maiores de 18 anos que se encontram no continente, de forma a que o agregado familiar possa estar junto. Troca de acusações Lei Yok Lam diz que foi impedida de entrar pela polícia que, na altura, lhe disse “que tinham deixado entrar 50 idosos no plenário”. A responsável diz que é mentira e afirma que o caos se instalou quando um idoso desmaiou por se sentir mal. A idosa ameaçou então a PSP de que entraria à força às 15h00, hora do plenário começar, se os agentes não a deixassem entrar antes. Uma das testemunhas ontem ouvidas, um chefe da PSP, assegurou ontem no Tribunal Judicial de Base que tinha alertado os idosos “duas vezes” para que saíssem do local, mas que estes “nunca aceitaram”. O agente diz que os idosos forçaram a entrada, quebrando a barreira da polícia, incitados por Lei Yok Lam, pelo que foi esta responsável que foi detida. Lei Yok Lam nega que o tenha feito, tal como nega que tenha convocado os idosos. Diz que só soube da presença do Chefe do Executivo através dos telejornais e outros três idosos, testemunhas, também disseram que chegaram à AL com o mesmo intuito da colega: ver se o líder do Governo iria falar sobre o seu caso. O caso continua hoje, sendo que vai ser disponibilizada uma gravação sobre o momento.
Flora Fong PolíticaPais dos filhos maiores da China acampam no Senado e prometem manifestação [dropcap style=’circle’]C[/dropcap]erca de cem membros da Associação da União Familiar estão desde o dia 22 acampados na praça do Leal Senado, para reivindicar a autorização da fixação de residência em Macau dos filhos, cidadãos do interior da China, chamados de “filhos maiores”. A Associação pede ainda doações voluntárias dos residentes e turistas que por ali passam. A directora da Associação, Lei Iok Lan, afirmou ao HM que o “acampamento” foi permitido até dia 15 de Novembro, justificando ainda que o pedido de doação voluntária é para uso das despesas do funcionamento da Associação. “Existe uma parte dos residentes que suporta a nossa união” , indicou. Lei recordou ainda que o Chefe do Executivo, Chui Sai On, prometeu durante a campanha eleitoral, do ano passado, solicitar a vinda dos mais de 1200 filhos maiores existentes ao Governo Central. No entanto, até ao momento não existe qualquer novidade. “Já pedi muitas vezes um encontro directo com Chui Sai On mas nunca chegou a acontecer. Agora marcámos uma reunião para dia 6 de Novembro, mas o Gabinete do Chefe do Executivo disse que há possibilidades de alteração”, explicou. A directora avisou ainda que caso não seja realizada a reunião, os encarregados de educação dos filhos maiores “vão manifestar-se à Sede do Governo até a questão estar resolvida”. Alguns dos filhos foram autorizados através de uma medida especial a vir para Macau e a requerer a residência, depois dos pais serem admitidos a viver na RAEM. Mas a outros foi barrada a entrada, continuando assim a política. Os idosos afirmam que a situação é ridícula, uma vez que os filhos, alguns deles formados, poderiam ser uma ajuda para colmatar a falta de recursos humanos.