João Santos Filipe Manchete PolíticaEnsino | Kou Kam Fai quer pais a difundir patriotismo O deputado propõe uma maior aposta no patriotismo, que diz ser uma das prioridades educativas das escolas de Macau. O director da Escola Pui Ching quer ver também os pais e a comunidade a participar nas acções de amor à pátria Utilizar as escolas para construir um consenso e ter como principal missão amar o país, através de várias iniciativas em que os pais são convidados a participar. É esta a sugestão para a educação do deputado Kou Kam Fai, num artigo publicado no Jornal do Cidadão, em que defende uma maior aposta no ensino patriótico, do estudo do espírito do 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês e das Duas Sessões Magnas. “Como um educador da linha da frente, acredito que o sector da educação de Macau deve estudar afincadamente para entender profundamente o espírito do 20.º Congresso do Partido Comunista Chinês, e o espírito das Duas Sessões”, afirmou o director da Escola Pui Ching. “Por isso, temos de continuar a promover o poder do patriotismo e do amor por Macau. A educação é um elemento chave”, acrescentou. Segundo Kou, as escolas devem ter como uma das principais funções ensinar aos alunos “o espírito e a motivação de manter a missão original do Partido Comunista Chinês”. Esta missão pode ser realizada de várias maneiras, como o estudo da Constituição e da Lei Básica. “Temos de fazer um bom uso das vantagens da educação patriota das escolas de Macau, criar um consenso, reforçar as acções de divulgação e promoção da Constituição da China e da Lei Básica de Macau, a começar pelos campus das escolas”, apontou. “Temos de encorajar os pais e a população a participar nestas acções, todos juntos e de forma compreensiva, para aumentar a divulgação e os conhecimentos [sobre a Constituição e da Lei Básica de Macau]”, acrescentou. Corrigir os enganados Kou Kam Fai sugere também que se corrija os erros “de um pequeno número de residentes de Macau” que “não compreende totalmente” o alcance do princípio um país, dois sistemas. Neste sentido, o deputado nomeado por Ho Iat Seng defende que sejam utilizadas as ferramentas das novas tecnologias para que os professores possam “melhor a compreensão” sobre a Constituição e a Lei Básica dos professores, alunos e da comunidade. Finalmente, o deputado considera que a Grande Baía está ligada “pelo sangue e pela cultura” e sugere a criação de várias “bases do patriotismo”, para que os alunos de Macau e Hong Kong possam ser levados às diferentes cidades do Interior, como a Ilha da Montanha, para aprenderem a história correcta do país.
João Luz SociedadeEscola Pui Ching | Professor ameaça processar críticos após posts polémicos Depois de publicar mensagens com teor e linguagem violenta, um professor da Escola Secundária Pui Ching ameaçou processar judicialmente um ex-aluno que o criticou. As publicações do professor referem-se à situação vivida em Hong Kong. Hoje, um grupo de ex-alunos entrega uma carta e petição na escola [dropcap]O[/dropcap]s que concordam com os manifestantes são heróis, os que discordam são idiotas azuis. Todos os dias falam de 31.8 e de 18.9. Se detestam os polícias porque não usam AK47? Sinto nojo quando os vejo destruir lojas”. Este foi o conteúdo de uma das publicações de Facebook de um professor da prestigiada Escola Secundária Pui Ching que lançou a polémica nas redes sociais desde a semana passada. Além desta publicação, o professor referiu-se ainda aos manifestantes como “baratas”, juntou um emoji coração ao mencionar bombas incendiárias, entre outras mensagens com teor e retórica violentas. Um grupo de ex-alunos entrega hoje uma petição e carta a denunciar o comportamento do docente a “espalhar o ódio”, exigem um pedido de desculpas do professor e pedem que a escola lide com a situação, sem especificar de que forma. “Não temos intenção de interromper o direito do professor de partilhar o seu ponto de vista político, mas temos de salientar que as posições e ideologias diferentes devem ser respeitadas. Comentários irracionais apenas fortalecem o ódio”. Lê-se na missiva que é hoje entregue à direcção da Escola Secundária Pui Ching e à qual o HM teve acesso. O HM contactou a escola no sentido de obter uma reacção, mas até ao fecho da edição não obteve qualquer resposta. Batalha no Facebook Depois da polémica online, o docente passou a insurgir-se contra quem o criticou. Em especial contra um ex-aluno, de apelido Leon, que assinou uma carta de repúdio à actuação pública do professor da escola que frequentou. Depois de publicar a missiva, Leon declarou que ele e a sua família foram pressionados pelo professor, nomeadamente através de chamadas e mensagens de texto a pressionar o ex-aluno a apagar a publicação da carta do Facebook. Segundo o jornal All About Macau, o docente terá escrito “se não retirares a carta, processo-te”. Depois da pressão exercida, Leon apagou a carta e publicou uma declaração a referir que não tinha intenção de difamar ninguém e pediu desculpas se a missiva que escreveu trouxe consequências negativas para alguém. Leon especificou mesmo que esperava que o deixassem a si e à família em paz, sem deixar de enfatizar a veracidade do conteúdo da carta. Leon não foi o único a manifestar-se contra o professor da Escola Pui Ching. Um internauta de apelido Cheong, ex-aluno da escola em questão, criticou a forma como o docente reagiu à polémica, em especial como actuou face à publicação de Leon. “Em vez de resolver o problema, calou a pessoa que o criticou. Não quero acreditar que este seja o estilo da minha alma mater. O professor é o modelo dos alunos em termos de comportamentos, publicou comentários extremos e molestou a família daquele antigo aluno, já foi ultrapassada a norma dum professor. Tenho também pena que a escola não tenha respondido”.
João Luz SociedadeEscola Pui Ching | Professor ameaça processar críticos após posts polémicos Depois de publicar mensagens com teor e linguagem violenta, um professor da Escola Secundária Pui Ching ameaçou processar judicialmente um ex-aluno que o criticou. As publicações do professor referem-se à situação vivida em Hong Kong. Hoje, um grupo de ex-alunos entrega uma carta e petição na escola [dropcap]O[/dropcap]s que concordam com os manifestantes são heróis, os que discordam são idiotas azuis. Todos os dias falam de 31.8 e de 18.9. Se detestam os polícias porque não usam AK47? Sinto nojo quando os vejo destruir lojas”. Este foi o conteúdo de uma das publicações de Facebook de um professor da prestigiada Escola Secundária Pui Ching que lançou a polémica nas redes sociais desde a semana passada. Além desta publicação, o professor referiu-se ainda aos manifestantes como “baratas”, juntou um emoji coração ao mencionar bombas incendiárias, entre outras mensagens com teor e retórica violentas. Um grupo de ex-alunos entrega hoje uma petição e carta a denunciar o comportamento do docente a “espalhar o ódio”, exigem um pedido de desculpas do professor e pedem que a escola lide com a situação, sem especificar de que forma. “Não temos intenção de interromper o direito do professor de partilhar o seu ponto de vista político, mas temos de salientar que as posições e ideologias diferentes devem ser respeitadas. Comentários irracionais apenas fortalecem o ódio”. Lê-se na missiva que é hoje entregue à direcção da Escola Secundária Pui Ching e à qual o HM teve acesso. O HM contactou a escola no sentido de obter uma reacção, mas até ao fecho da edição não obteve qualquer resposta. Batalha no Facebook Depois da polémica online, o docente passou a insurgir-se contra quem o criticou. Em especial contra um ex-aluno, de apelido Leon, que assinou uma carta de repúdio à actuação pública do professor da escola que frequentou. Depois de publicar a missiva, Leon declarou que ele e a sua família foram pressionados pelo professor, nomeadamente através de chamadas e mensagens de texto a pressionar o ex-aluno a apagar a publicação da carta do Facebook. Segundo o jornal All About Macau, o docente terá escrito “se não retirares a carta, processo-te”. Depois da pressão exercida, Leon apagou a carta e publicou uma declaração a referir que não tinha intenção de difamar ninguém e pediu desculpas se a missiva que escreveu trouxe consequências negativas para alguém. Leon especificou mesmo que esperava que o deixassem a si e à família em paz, sem deixar de enfatizar a veracidade do conteúdo da carta. Leon não foi o único a manifestar-se contra o professor da Escola Pui Ching. Um internauta de apelido Cheong, ex-aluno da escola em questão, criticou a forma como o docente reagiu à polémica, em especial como actuou face à publicação de Leon. “Em vez de resolver o problema, calou a pessoa que o criticou. Não quero acreditar que este seja o estilo da minha alma mater. O professor é o modelo dos alunos em termos de comportamentos, publicou comentários extremos e molestou a família daquele antigo aluno, já foi ultrapassada a norma dum professor. Tenho também pena que a escola não tenha respondido”.
João Luz SociedadeDSEJ | Escola Pui Ching ouvida se palavras de docente impactarem alunos [dropcap]E[/dropcap]m declarações ao HM, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) esclareceu que “a gestão disciplinar e de pessoal de escolas privadas cabe às próprias instituições”, uma incumbência decorrente do estatuto legal administrativo que lhes concede autonomia nestas matérias. A resposta da DSEJ responde à questão se estará prevista alguma acção disciplinar para com o docente da Escola Secundária Pui Ching que fez publicações no Facebook a apelidar os manifestantes de Hong Kong de “baratas ou cruzados”. Além disso, o professor não se coibiu de usar retórica violenta nas publicações, fazendo um trocadilho entre o uso de datas que se tornaram simbólicas nas manifestações e a arma AK47. O docente acrescentou ainda que olho por olho não é suficiente para responder aos protestos violentos, e fez acompanhar a referência a bombas incendiárias com um emoji de coração. Apesar de a DSEJ afastar a possibilidade de interferir na gestão de uma escola privada, refere que “vai comunicar e ouvir a escola, dependendo do impacto do alegado comportamento impróprio na educação, saúde e segurança dos alunos”.
João Luz SociedadeDSEJ | Escola Pui Ching ouvida se palavras de docente impactarem alunos [dropcap]E[/dropcap]m declarações ao HM, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) esclareceu que “a gestão disciplinar e de pessoal de escolas privadas cabe às próprias instituições”, uma incumbência decorrente do estatuto legal administrativo que lhes concede autonomia nestas matérias. A resposta da DSEJ responde à questão se estará prevista alguma acção disciplinar para com o docente da Escola Secundária Pui Ching que fez publicações no Facebook a apelidar os manifestantes de Hong Kong de “baratas ou cruzados”. Além disso, o professor não se coibiu de usar retórica violenta nas publicações, fazendo um trocadilho entre o uso de datas que se tornaram simbólicas nas manifestações e a arma AK47. O docente acrescentou ainda que olho por olho não é suficiente para responder aos protestos violentos, e fez acompanhar a referência a bombas incendiárias com um emoji de coração. Apesar de a DSEJ afastar a possibilidade de interferir na gestão de uma escola privada, refere que “vai comunicar e ouvir a escola, dependendo do impacto do alegado comportamento impróprio na educação, saúde e segurança dos alunos”.