DSEDJ | Estudo aponta que jovens são “altamente patriotas”

Os jovens de Macau são “altamente patriotas”. É esta a conclusão que a Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) destaca do Estudo Social dos Indicadores sobre a Juventude em Macau de 2022, encomendado ao Gabinete Coordenador dos Serviços Sociais Sheng Kung Hui Macau.
“Em termos de valores, o nível de sentimento patriótico global dos jovens inquiridos tende a ser elevado, com uma tendência para reconhecerem e respeitarem o sistema e a cultura do seu país e para atribuírem a importância ao desenvolvimento do país”, pode ler-se nas conclusões.
Numa escala em que a pontuação máxima são 5 pontos, o resultado geral do reconhecimento do patriotismo pelos jovens foi de 3,99 pontos.
As conclusões apontam também que quanto mais jovens, maior é o reconhecimento do sentimento nacionalista. Por outro lado, os desempregados têm menos ligação com o poder instalado.
“Entre os inquiridos de diferentes faixas etárias, os que se encontram em situação de aprendizagem obtiveram a pontuação média mais elevada do sentimento patriótico (4,03 pontos), seguidos de outros grupos, por ordem descendente, em exercício de actividade profissional (3,98 pontos), trabalhadores-estudantes (3,98 pontos) e desempregados (3,78 pontos)”, foi explicados nas conclusões.
O estudo teve como população alvo os jovens com idades entre os 13 e os 35 anos, e foi feito através de questionários electrónicos, complementados por questionários em papel e ainda entrevistas de ruas. A amostra correspondeu a 2.376 questionários válidos.

Pratos nacionalistas
Os resultados indicaram também que a área patriota de maior interesse dos jovens é a gastronomia e que o principal meio de consumo de informação é a Internet.
Face a estas conclusões, o estudo sugere uma maior aposta na gastronomia e informação online, de forma a que se continue a promover o nacionalismo no território e construa uma “confiança cultural”.
“Uma vez que a cultura gastronómica é uma categoria de interesse comum para todas as faixas etárias, pode-se considerar aproveitar a cultura gastronómica como uma base, combinada com outros temas e elementos culturais, para aumentar o interesse dos jovens pela aprendizagem, reforçar a compreensão, respeito e amor dos mesmos pelo seu próprio país e cultura e construir uma confiança cultural”, é sugerido.
No mesmo sentido é recomendado que seja disponibilizada cada vez mais informação sobre o Interior aos jovens, assim como “mais oportunidades de emprego, estágio, formação e intercâmbio para ajudar os jovens a integrarem-se no desenvolvimento do país”, através da Grande Baía e da Zona de Cooperação Aprofundada.

2 Jul 2023

Deputado Mak Soi Kun quer reforço do ensino patriótico

A reboque do centenário do Partido Comunista da China, Mak Soi Kun sugere o reforço da educação patriótica entre os mais jovens e funcionários públicos. Recordando que a Escola Pui Tou foi o primeiro estabelecimento de ensino católico de Macau a hastear a bandeira da China, o deputado frisa que isso teve um “profundo impacto” ao longo da sua carreira

 

Mak Soi Kun questionou, em interpelação escrita, se Governo pondera “preencher as lacunas” existentes ao nível da educação patriótica, nomeadamente através do seu reforço junto dos mais jovens e dos funcionários públicos.

Para o deputado, sendo inquestionável que desde a transição de Macau para a administração chinesa o Governo da RAEM passou a exercer as suas funções sob a liderança do Partido Comunista da China (PCC), é urgente que a educação patriótica promovida no território seja conjugada, de forma mais “orgânica”, com o conhecimento da população sobre o PCC. “Esta é uma lacuna que irá sempre existir e através da qual é fácil tirar partido”, aponta o deputado.

Mak Soi Kun lembra ainda que o centenário da criação do PCC é celebrado este ano e que o vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e primeiro Chefe do Executivo de Macau, Edmund Ho, sublinhou recentemente esse mesmo facto, em concordância com o princípio “Um País, Dois Sistemas”.

O deputado revela ainda que, ao longo do tempo, teve oportunidade de reunir com académicos e antigos membros da Assembleia Popular Nacional (APN), e que, através da partilha de várias histórias, todos veem vantagens no reforço do ensino patriótico. Mak Soi Kun recorda uma história em particular, que afirma ter tido um “impacto profundo” ao longo da sua carreira: O facto de a Escola Pui Tou ter sido o primeiro estabelecimento de ensino católico de Macau a hastear a bandeira da China no território.

“A Escola Secundária Pui Tou foi a primeira do ensino católico de Macau a hastear a bandeira da China. A história sobre educação patriótica inspirada em sentimentos nacionais e, em particular, no amor pela pátria e por Macau, partilhada pela antiga reitora da Escola Pui Tou, Lei Soi I, colheu a aprovação de todos e teve em mim um profundo impacto ao longo da minha carreira, especialmente ao nível do conhecimento de Macau e do país. O que os nossos antepassados fizeram foi construir os alicerces que permitiram o desenvolvimento próspero e estável de Macau nos dias de hoje”, aponta Mak Soi Kun.

Preparar o futuro

É neste contexto que Mak Soi Kun quer saber se o Governo está determinado a integrar o conhecimento sobre o PCC no ensino patriótico, nomeadamente às camadas mais jovens da população e aos funcionários públicos.

“Além de integrar o conhecimento sobre o Partido Comunista da China na educação patriótica, preenchendo assim as suas lacunas, o Governo deveria começar pelos funcionários públicos e pelos jovens. Vai fazê-lo? Qual é a resposta do Executivo?”, lê-se na interpelação escrita pelo deputado mais votado nas últimas eleições legislativas.

Recorde-se que, por ocasião da inauguração da “Exposição de Educação sobre a Segurança Nacional”, o Chefe do Executivo, Ho Iat Seng, afirmou que os residentes de Macau “preservam os valores tradicionais de amor à pátria e de amor a Macau”, têm um forte sentido de identidade nacional, de pertença e de orgulho nacional, sendo “herdeiros, de geração em geração, de sentimentos patrióticos”.

28 Abr 2021