Extensão a Macau do DocLisboa em exibição entre 15 e 19 de Novembro

Está aí a Extensão a Macau do festival DocLisboa, com a exibição de dez filmes entre os dias 15 e 19 de Novembro no auditório Dr. Stanley Ho, do Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong. “Meia-Luz”, de Maria Patrão, é a película de abertura do evento e a obra que arrebatou o prémio de “Melhor Filme Português” no Festival Internacional de Cinema Doclisboa

 

 

Na próxima semana, entre 15 e 19 de Novembro, regressa a Extensão a Macau do XIX Festival Internacional de Cinema DocLisboa, o evento que foi ganhando paulatinamente visibilidade no panorama do filme documental. Este ano, serão exibidas 10 obras de realizadores portugueses e estrangeiros da selecção do DocLisboa e duas produções de realizadores locais no auditório Dr. Stanley Ho, no Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong.

A sessão inaugural da mostra, que contará com a presença de alguns realizadores dos filmes do dia, está marcada para 15 de Novembro, cabendo as honras de abertura ao filme “Meia-Luz”, de Maria Patrão, que conquistou o prémio “Melhor Filme Português” no Festival Internacional de Cinema Doclisboa. No mesmo dia serão exibidos os filmes “Empty Sky”, realizado por Chian Kun Ieong, vencedor do Prémio do Público no Festival Internacional de Curtas de Macau, e “Unsettled”, de Ho Cheok Pan, vencedor do prémio Melhor Filme Local também no Festival Internacional de Curtas de Macau.

O filme de estreia, “Meia-Luz”, é inspirado nas imagens que a autora, Maria Patrão, descobriu no primeiro filme de António Reis. O resultado é uma reflexão sobre o cinema, através de imagens, sons, silêncios e a luz.

O dia de estreia espelha bem a maratona de cinema que se espera para a próxima semana, se bem que todas as obras apresentadas no primeiro dia de Extensão a Macau do DocLisboa são curtas-metragens.

Às 21h do dia 15 de Novembro, é ainda exibido “O Resto”, do jovem cineasta brasileiro Pedro Gonçalves Ribeiro, que está radicado em Portugal. “O Resto” conta a estória macabra de Iolanda Bambirra, que foi declarada morta por engano e que vive uma existência fantasmagórica entre a vida e a morte. O filme tem como pano de fundo Belo Horizonte, a metrópole no centro do Estado de Minas Gerais, um dos mais abastados do Brasil, mas que ainda assim é uma cidade em ruínas, onde o tempo perde fluidez.

A fechar o primeiro dia de cinema no auditório Dr. Stanley Ho, é exibido “O Alto do Mártir”, da portuguesa Carolina Costa. Mantendo a toada temática, este filme conta a história de um velho casal que viu o seu bairro inteiro transformar-se num cemitério.

 

De Alcindo a Eunice

No segundo dia do evento, marcado para a próxima quinta-feira, é exibido apenas um filme: “Alcindo”, de Miguel Dores. A sessão começa às 19h.

O documentário recorda a trágica morte de Alcindo Monteiro, um português de origem cabo-verdiano brutalmente assassinado em 1995 por skinheads.

A tragédia aconteceu a 10 de Junho de 1995, quando “para celebrar o Dia da Raça e a vitória na Taça de Portugal do Sporting, um grupo de etno-nacionalistas portugueses sai às ruas do Bairro Alto, em Lisboa, para espancar pessoas negras. O resultado oficial foram 11 vítimas, uma delas mortal”, descreve a organização.

Num artigo de opinião escrito no podcast de jornalismo Fumaça, o cineasta e antropólogo Miguel Dores explicou o processo como nasceu o documentário “Alcindo”.

“Aos 14 anos, levado pelo meu irmão pela primeira vez ao Bairro Alto com um grupo de amigos mais velhos, foi-me contada a história de Alcindo Monteiro, in loco, com o dedo indicador apontado às esquinas onde não deveria passar sozinho, para o caso de estarem por lá grupos nacionalistas”, indicou Miguel Dores.

Na sexta-feira, 18 de Novembro, são exibidos três filmes. Às 19h, o ecrã do auditório Dr. Stanley Ho projecta “Fora da Bouça”, de Mário Veloso, seguido de “Paz” de José Oliveira e Marta Ramos.

O “prato principal” do dia é servido por último, com a exibição de “Eunice ou Carta a Uma Jovem Actriz”, de Tiago Durão. A obra revisita a vida de Eunice Muñoz através das memórias privadas da sua casa.

A organização da mostra de documentários indica que a obra revela “o lado íntimo da actriz, que aqui não representa nenhum papel que não seja o de ser quem é ao lado de quem ama”.

 

Fim de festa

A culminar a Extensão a Macau do DocLisboa, são exibidos no último dia do evento dos filmes “Meio Ano-Luz”, do brasileiro Leonardo Mouramateus, “Distopia” de Tiago Afonso e “Arquitectura em Português – Diálogos Emergentes”, filme que conta com a organização do Conselho Internacional de Arquitectos de Língua Portuguesa e coordenação de Rui Leão.

O evento é uma iniciativa do Instituto Português do Oriente (IPOR), com o apoio do Instituto Cultural.

Numa nota divulgada à imprensa, o director do IPOR, Joaquim Ramos, destaca a importância da realização de eventos como a mostra documental, em particular num momento como este. “O ano de 2022 assinala mais um ano de pandemia cujas limitações teimam em não nos deixar – isto apesar do desenvolvimento de vacinas, das novas abordagens profiláticas e terapêuticas conhecidas e de uma cada vez maior normalização da vida, reconhecidamente aceite a nível internacional”, contextualiza o responsável.

Joaquim Ramos prossegue realçando o papel da cultura neste panorama.

“No contexto de apatia expectante em que, forçosamente, estamos plantados, a cultura e as artes são balões de oxigénio que vão permitindo uma respiração um pouco menos forçada, um pouco menos angustiante. É neste panorama – e também com esta intencionalidade de serviço à comunidade – que emerge a edição 2022 do DocLisboa – extensão a Macau”.

As sessões têm entrada livre.

10 Nov 2022

Cinema | Extensão a Macau do Festival DocLisboa arranca amanhã

[dropcap]O[/dropcap] filme “Macau 20 anos”, de Carlos Fraga, abre amanhã a sétima edição da extensão a Macau do DocLisboa, uma iniciativa organizada pelo Instituto Português do Oriente (IPOR), foi ontem anunciado.

Até 11 de Janeiro vão ser exibidas nove obras de realizadores portugueses, apresentadas no 16.ª edição do Festival Internacional de Cinema DocLisboa 2018, indicou em comunicado o IPOR.

Além destas nove obras de cinema documental, serão também apresentadas duas produções locais, “uma no âmbito da colaboração com a Creative Macau e uma outra sobre os 20 anos de Macau após a transição” da administração do território de Portugal para a China, em 20 de Dezembro de 1999, referiu.

Os filmes de Amaranta Cesar, André Guimar, Leonor Teles, Gonçalo Magalhães, Carlos Miranda, Manuel Botelho, Melanie Pereira, Mariana Santana, e da realizadora de Macau Lam Kin-Kuan, vencedora dos prémios Melhor Realizador, Melhor Filme Local e Melhor filme da competição Identidade Cultural de Macau do Sound & Image Chalenge de 2018, vão marcar esta edição que pretende colocar “em diálogo expressões artísticas oriundas” de Portugal e Macau.

Laura Marques, realizadora de “Vacas e Rainhas”, distinguido com uma menção honrosa do júri da competição portuguesa do Doc Lisboa e com o prémio da Fundação INATEL para melhor filme de temática associada a práticas e tradições culturais e ao património imaterial da humanidade, vai estar em Macau para uma conversa com o público, após a exibição do filme, adiantou o IPOR.

A mostra termina, no sábado, com “Vádio”, de Stefan Lechner, vencedor do Prémio do Jornal Público para Melhor Filme Português da edição do Doclisboa’18. As sessões, com entrada livre, têm início às 19h, no auditório Dr. Stanley Ho, do Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong. No sábado, dia 11, são feitas duas sessões, com início às 17h e às 19h.

6 Jan 2020

Cinema | Extensão a Macau do Festival DocLisboa arranca amanhã

[dropcap]O[/dropcap] filme “Macau 20 anos”, de Carlos Fraga, abre amanhã a sétima edição da extensão a Macau do DocLisboa, uma iniciativa organizada pelo Instituto Português do Oriente (IPOR), foi ontem anunciado.
Até 11 de Janeiro vão ser exibidas nove obras de realizadores portugueses, apresentadas no 16.ª edição do Festival Internacional de Cinema DocLisboa 2018, indicou em comunicado o IPOR.
Além destas nove obras de cinema documental, serão também apresentadas duas produções locais, “uma no âmbito da colaboração com a Creative Macau e uma outra sobre os 20 anos de Macau após a transição” da administração do território de Portugal para a China, em 20 de Dezembro de 1999, referiu.
Os filmes de Amaranta Cesar, André Guimar, Leonor Teles, Gonçalo Magalhães, Carlos Miranda, Manuel Botelho, Melanie Pereira, Mariana Santana, e da realizadora de Macau Lam Kin-Kuan, vencedora dos prémios Melhor Realizador, Melhor Filme Local e Melhor filme da competição Identidade Cultural de Macau do Sound & Image Chalenge de 2018, vão marcar esta edição que pretende colocar “em diálogo expressões artísticas oriundas” de Portugal e Macau.
Laura Marques, realizadora de “Vacas e Rainhas”, distinguido com uma menção honrosa do júri da competição portuguesa do Doc Lisboa e com o prémio da Fundação INATEL para melhor filme de temática associada a práticas e tradições culturais e ao património imaterial da humanidade, vai estar em Macau para uma conversa com o público, após a exibição do filme, adiantou o IPOR.
A mostra termina, no sábado, com “Vádio”, de Stefan Lechner, vencedor do Prémio do Jornal Público para Melhor Filme Português da edição do Doclisboa’18. As sessões, com entrada livre, têm início às 19h, no auditório Dr. Stanley Ho, do Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong. No sábado, dia 11, são feitas duas sessões, com início às 17h e às 19h.

6 Jan 2020

Filme sobre poeta Camilo Pessanha exibido na extensão de Macau do DocLisboa

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] filme “Pé San Ié – O Poeta de Macau”, inspirado na vida e obra do poeta Camilo Pessanha, vai ser exibido na extensão de Macau do Festival Internacional de Cinema DocLisboa.
Depois da primeira exibição no DocLisboa, prevista para 19 de outubro, o filme faz a sua estreia asiática a 05 de novembro, na Cinemateca Paixão, na extensão do festival português dedicado ao documentário, que é organizada em Macau pelo Instituto Português do Oriente.

Trata-se de um projeto da realizadora Rosa Coutinho Cabral e da produtora Maria Paula Monteiro, rodado inteiramente em Macau, em 2017, e finalizado este ano.

A mesma dupla é a responsável pelo documentário “Camilo Pessanha – 150 anos”, que será exibido em Macau no auditório Dr. Stanley Ho, sustentado pelo depoimento de investigadores, biógrafos e historiadores, na sua maioria ilustres figuras de Macau.

Segundo a produtora, nesse documentário surgem as várias dimensões do homem e não só do poeta, revelando-o como jurista eminente, republicano, maçom, professor, sinólogo, colecionador, tradutor e falante de chinês, oscilando sempre entre dois eixos: o mundo a Ocidente, onde nasceu, e a Oriente, onde viria a morrer.

9 Out 2018