Coronel Mesquita | Casas abertas para celebração dos 20 anos da RAEM

As casas da Avenida Coronel Mesquita que estão sob a alçada do Instituto Cultural (IC), vão estar este ano abertas ao público para comemorar o vigésimo aniversário da transferência de soberania, apontou ontem o presidente do IC. No entanto, a responsável não adiantou datas para o efeito e ainda não se sabe se a cedência destes espaços vai ser concedida a associações ou a particulares

 

[dropcap]A[/dropcap]s casas de arquitectura portuguesa que serviram de residência a funcionários públicos na altura da administração portuguesa, situadas na Avenida Coronel Mesquita, vão estar abertas ao público já este ano. A informação foi adiantada ontem pela presidente do Instituto Cultural (IC), Mok Ian Ian à margem da cerimónia de tomada de posse do novo vice-presidente daquela entidade, Chan Kai Chon. “Este ano celebra-se o estabelecimento dos 20 anos da RAEM pelo que vamos abrir ao público, de forma faseada, as casas da Avenida Coronel Mesquita” apontou.

No entanto, ainda não há datas nem inquilinos definidos para todas as moradias. “Ainda não se sabe se será para serem aproveitadas por associações culturais ou por pessoas particulares”, acrescentou.

Recorde-se que, segundo declarações no passado mês de Setembro da então vice- presidente do IC, Leong Wai Man, quatro das 12 vivendas situadas ao longo da Avenida do Coronel Mesquita estavam agendadas para abrir no início deste ano, estando em processo de restauração para que ficassem disponíveis para acolher os trabalhos “de artistas locais”, apontou. Na altura, a responsável referiu ainda que uma daquelas casas seria aproveitada como memorial do compositor chinês Xian Xing Hai.

Mok Ian Ian salientou também que em 2019 vão ser abertos dez locais para apresentação dos trabalhos levados a cabo por associações culturais. O objectivo é combater a falta de espaço que estas entidades enfrentam no território para desenvolver as suas actividades.

Professores de improviso

Entretanto, a contratação de professores para a Escola de Teatro do Conservatório de Macau só vai acontecer no próximo mês de Setembro. O processo de recrutamento de três docentes está a decorrer desde 2016 e a demora é justificada por Mok Ian Ian, pela dificuldade em encontrar profissionais capazes de preencher os requisitos, sendo que a falta de docentes tem vindo a ser colmatada por funcionários do IC. “Estes colegas também têm, de certa forma, experiência na área de teatro. Neste momento têm competências para a formar novos estudantes”, referiu a responsável.

Por último, Mok Ian Ian salientou que o IC não contribuiu com qualquer verba para o Festival da Travessa do Armazém Velho que envolve o nome da empresária local acusada de burla Isabel Chiang. Recorde-se que Cheang Ka Hang (tradução fonética), sobrinho de Isabel Chiang, é presidente da direcção da Associação de Promoção ao Desenvolvimento de Distritos Históricos de Macau, que tem vindo a organizar o festival. Desde o ano passado que Isabel Chiang está desaparecida. O sobrinho adiantou à TDM que esta não se encontra em Macau.

23 Jan 2019

Trânsito | Governo prepara obras na Coronel Mesquita e na Rua Bacia Norte do Patane

A DSAT quer criar uma terceira via na Avenida do Coronel Mesquita e existe a possibilidade de haver um corredor só para autocarros. Também a Rua Bacia Norte do Patane deve sofrer alterações profundas, com ambas as artérias a perderem lugares de estacionamento para motociclos

[dropcap style≠‘circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) está a elaborar um plano para criar três vias de trânsito na Avenida do Coronel Mesquita, que actualmente só tem duas. O plano preliminar foi revelado, ontem, pelo director da DSAT, Lam Hin San, à saída de uma reunião do Conselho Consultivo do Trânsito.

“Na Avenida do Coronel Mesquita, ouvimos as opiniões de autoridades e pessoas ligadas ao sector da construção, e queremos alargar a faixa de rodagem de duas vias para três. Isto implica remover alguns dos lugares de estacionamento para motociclos”, disse Lam Hin San, em declarações aos jornalistas.

“Naquela zona há cerca de 10 lugares para estacionamento de veículos mas num raio de 300 a 500 metros, temos três a quatro parques de estacionamento como alternativa. Mas antes de tomarmos qualquer decisão queremos ouvir as pessoas”, acrescentou.

No passado, os planos para eliminar lugares de estacionamento das ruas causaram grande polémica, chegando a acontecer inclusive uma manifestação por parte dos residentes, que contou com uma participação de 2.500 a 3.500 pessoas, em Junho deste ano.

De acordo com Lam Hin San, actualmente circulam por dia na Avenida do Coronel Mesquita 14 autocarros diferentes e cerca de 130 mil pessoas. Por esta razão, a DSAT está ainda a equacionar criar um corredor de autocarros na avenida, à semelhança do que já acontece na Zona do Porto Interior.

Ganhar espaço

O director da DSAT defendeu ainda que é necessário aproveitar melhor os terrenos e ruas e que os estacionamentos para motos, no que diz respeito aos parques públicos, “têm uma baixa taxa de utilização”. Lam Hin San deu o exemplo do Parque Central da Taipa, em que a utilização dos estacionamentos para motas é apenas de seis por cento.

Outra zona que poderá sofrer alterações significativas é a Rua Bacia Norte do Patane, que é vista como um dos problemas mais complicados para o trânsito de Macau. “Já temos um plano preliminar, se for para a frente poderá melhorar a situação”, afirmou Lam Hin San. “Vai aumentar a segurança para os peões e a circulação nas estradas”, defendeu.

Ainda em relação à Rua Bacia Norte do Patane, o director da DSAT defende que existem auto-silos públicos num raio de 500 metros, com vagas frequentes, que podem substituir os estacionamentos nas ruas que irão ser eliminados.


Acidentes | Seis mortos até 9 de Setembro

Entre o início do ano e o dia 9 de Setembro foram registados seis mortos devido a acidentes de trânsito o que, comparando com os números da PSP do ano passado, representa um aumento de uma morte. Entre o início do ano passado e Setembro, tinham sido registadas cinco mortes. “Durante três anos consecutivos conseguimos manter esse registo num único dígito. Apelamos para que as pessoas prestem mais atenção à segurança rodoviária”, comentou Lam Hin San

Portas do Cerco |Terminal ainda este ano

Até ao final do ano, o Terminal das Portas do Cerco vai reabrir com alguns autocarros, entre eles o 3X. “Esperamos que até ao final deste ano já haja condições para incluir certas carreiras neste terminal. E até ao Ano Novo Chinês esperamos que tenham melhores condições para levar para lá mais carreiras”, informou, ontem, o director da DSAT. Contudo, além do 3X, não foi explicado que outros autocarros vão passar pelo terminal.

Autocarros | Espera média de 6,6 minutos

Segundo a DSAT, a espera média por um autocarro está actualmente nos 6,6 minutos. Este é um registo que bate o registo em cerca de 20 cidades no Interior da China e nas regiões vizinhas. “Entre Janeiro e Junho, nas horas de pico, o tempo de espera pelos autocarros foi de 6,6 minutos em média. Há três ou quatro anos, a espera, em média, era superior a 7 minutos, e, em alguns casos, até de 11 minutos. Agora temos uma grande redução, em média 6,6 minutos”, apontou o director da DSAT.

21 Set 2018

Cultura | Vivendas na Coronel Mesquita com exposições em 2019

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]o início do próximo ano, quatro das 12 vivendas de estilo português situadas ao longo da Avenida do Coronel Mesquita devem abrir as portas para receber trabalhos de artistas locais. A revelação foi feita, na sexta-feira, pela vice-presidente do Instituto Cultural, Leong Wai Man, num telefonema para o programa Fórum Macau, da Ou Mun Tin Toin. De acordo com a responsável, o instituto já recebeu 11 das 12 vivendas, após as obras nos edifícios. Contudo, até ao final do ano, apenas quatro das 11 casas vão ser restauradas, para ficarem disponíveis para receber trabalhos dos artistas locais. Anteriormente, o Governo já havia anunciado a intenção de fazer das vivendas um espaço para as indústriais culturais e criativas. Mas, na sexta-feira, Leong Wai Man voltou a mencionar este objectivo de frisou o facto das vivendas estarem situados numa zona próxima da comunidade, o que fará com que haja mais residentes a terem acesso ao trabalho dos artistas locais e também de artistas vindos de fora.

A vice-presidente do IC revelou também que, até Dezembro, vai ser também restaurada uma vivenda na Rua Francisco Xavier Pereira, que vai acolher em 2019 a casa-museu do compositor Xian Xinghai.

 

10 Set 2018

Mong-Há | Deputado questiona ausência de pólo cultural

Depois da inauguração do espaço “Anim’Arte Nam Van”, o deputado Si Ka Lon critica a falta de novidades em relação ao anunciado pólo cultural de Mong-Há, onde se situam as vivendas na Avenida Coronel Mesquita

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] deputado Si Ka Lon defendeu ao jornal Ou Mun que o Governo deve prestar mais atenção ao desenvolvimento cultural e artístico da zona de Mong-Há, uma semana após a inauguração da zona de lazer junto ao lago Nam Van, intitulada “Anim’Arte Nam Van”. Em declarações ao jornal Ou Mun, o deputado lembrou que o projecto pensado para a zona de Mong-Há continua por desenvolver, apesar de ter sido prometido nas Linhas de Acção Governativa (LAG).
Por se tratar de uma zona que abrange a Avenida Coronel Mesquita e as tradicionais vivendas de traço colonial, o deputado Si Ka Lon considera que os departamentos públicos devem reforçar a sua cooperação e diminuir as burocracias, para que se possa avançar com o aproveitamento destas casas. Si Ka Lon disse ainda que não houve avanços quanto a esta promessa e que o projecto poderá demorar anos até que seja concretizado.
Ao mesmo jornal de língua chinesa falou Lam Fat Iam, presidente da Associação da História Oral de Macau, que defendeu que a zona de Mong-Há possui muitos recursos turísticos, apelando ao Governo a que não discuta a questão apenas no papel.
Lam Fat Iam referiu que o Governo precisa de apostar em mais mão-de-obra para tratar de toda a documentação histórica relacionada com a zona de Mong-Há, defendendo que, sem esse acervo documental, a transformação em pólo cultural não será um projecto perfeito.

No papel

Em Outubro do ano passado, o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, disse existirem planos para reaproveitar os recursos turísticos e culturais na zona de Mong-Há, as quais incluíam as 12 moradias tradicionais. A ideia seria criar uma nova zona de turismo com uma forte ligação à cultura.
A ideia contida nas LAG fazia referência à realização de um “planeamento geral sobre o conjunto das vivendas situadas no cruzamento entre a Avenida do Coronel Mesquita, a Estrada do Coelho do Amaral e a Rua Francisco Xavier Pereira”. Estará a ser pensada a criação da Casa Memorial de Xian Xing Hai, para que a zona possa albergar um museu para atrair turistas. Alexis Tam prometeu um prazo de dois a três anos para a reutilização destas vivendas, com a inclusão do templo, do Forte de Mong-Há e do espaço artístico Armazém do Boi. O Secretário da tutela prometeu novas informações sobre a área até finais do ano passado, mas, meses depois, nada de novo foi avançado.

8 Jun 2016