Hoje Macau SociedadeTalentos | Manter contacto com quem está fora é importante [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário da Comissão de Desenvolvimento de Talentos, Sou Chio Fai, nota que a área da gestão nos níveis médio e alto é a que mais necessita de talentos em Macau. Sou Chio Fai esteve esta manhã no Fórum Macau da Ou Mun Tin Toi. Estas necessidades fazem sentir também no sector do jogo. Por isso, adianta, “a política é para reduzir as autorizações a trabalhadores não locais nestas áreas para tentar criar mais condições para os locais”. Segundo Sou Chio Fai, o trabalho passa também por explicar quais as necessidades em termos de qualificações exigidas. “Não será qualquer pessoa que pode desempenhar esta função. Depois de falarmos com pessoas da área de recursos humanos, detalhamos as qualificações profissionais destas pessoas”, indicou em declarações à TDM-Rádio Macau. Sou Chio Fai conta que, se entre as exigências estiver uma língua, por exemplo, acrescenta-se “quais são os locais onde se pode tirar os cursos e onde se pode depois de fazer o exame de proficiência dessa língua”. Dos estudantes que estudam fora, 80 por cento regressam ao território, quanto aos restantes, diz Sou Chio Fai, a prioridade é manter o contacto. “Temos um mecanismo para manter a comunicação com estes alunos. Se estes alunos quiserem acabar o curso e fazer um estágio ou ganhar alguma experiência profissional numa empresa grande na Europa, em Portugal ou nos Estados Unidos, é algo bom. Não é preciso logo depois de acabar o curso regressar a Macau. O que é importante é manter o contacto com eles”, afirma o secretário da Comissão de Desenvolvimento de Talentos em declarações à TDM-Rádio Macau.
Angela Ka Manchete SociedadeComissão de Talentos | Hotelaria é o sector que mais precisa de recursos humanos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Comissão de Desenvolvimento de Talentos publicou ontem a lista dos sectores que mais necessitam de recursos humanos até ao próximo ano. O sector da hotelaria surge em primeiro lugar, seguindo-se o jogo, o retalho e a restauração, sem esquecer a área das convenções e exposições. Estes dados vêm mostrar que faltam recursos humanos em sectores-chave da economia de Macau. A lista publicada diz respeito aos trabalhadores necessários entre o período de 2015 a 2017, sendo que o sector da hotelaria surge em primeiro lugar, com uma média de 57 posições em falta. Nas áreas com maiores falhas em termos de funcionários, foi verificada uma alta carência de uma média de 169 posições em 490 cargos. As 57 posições avaliadas com elevada carência pela comissão na área da hotelaria são, a título de exemplo, gerente assistente de banquetes e restaurantes, bem como chefe de cozinha administrativo. No que diz respeito ao pessoal de base, faltam funcionários técnicos superiores e nadadores salvadores para os resorts. Ao nível do sector do jogo, a posição de croupier é classificada como tendo uma carência de segundo nível, sendo que cargos como o de gerente, gerente assistente e gerente superior têm uma carência de terceiro grau. A lista publicada pela comissão mostra o tipo de talentos que mais faltam nestes sectores, classificados em pessoal de gestão, médio e de base. São ainda referidas as posições que mais necessitam de recursos humanos, quais os requisitos básicos, as referências salariais. São ainda atribuídas três classificações diferentes para a carência de recursos humanos em determinadas áreas, de primeiro, segundo ou terceiro grau. Estudo a caminho No comunicado ontem divulgado, a Comissão para o Desenvolvimento de Talentos, criada em 2014, garante que vai realizar um estudo que diz respeito a uma segunda fase, para que a sociedade possa ter pleno conhecimento das necessidades de recursos humanos nos principais sectores da economia. Esse estudo terá como base os dados acima referidos, por forma a elaborar uma lista das necessidades de talentos dos cinco principais sectores. Será ainda feito um trabalho aprofundado numa terceira fase, por forma a concretizar o “programa de acção quinquenal para a formação de talentos”, previsto no Plano de Desenvolvimento Quinquenal da RAEM. A comissão incumbiu, em 2015, quatro instituições de ensino superior para realizar este trabalho de análise.