Hoje Macau EventosMúsica | Beyoncé torna-se na artista mais premiada de sempre nos Grammys Harry Styles, Lizzo, Adele e Beyoncé foram os grandes vencedores da 65.ª edição dos Grammys, com Bonnie Raitt a animar a grande cerimónia da música na madrugada de segunda-feira em Los Angeles. Harry Styles viu o seu álbum “Harry’s House” ser distinguido com o prémio mais cobiçado da noite, Álbum do Ano, tendo também levado para casa a estatueta de Álbum Pop Vocal do Ano. “Isto não acontece muitas vezes a pessoas como eu”, disse o cantor britânico em palco, mostrando-se surpreendido pelo Grammy quando se previa que a vitória fosse de Beyoncé, com o álbum “Renaissance”. “Sinto-me um pouco arrebatado”, disse Harry Styles, mais tarde, aos jornalistas com a estatueta na mão. “Sinto que é uma validação de que estou no caminho certo”, considerou. “Porque quando entramos no estúdio para gravar um álbum, fazemos a música que queremos fazer”. Em contraste com as parcas palavras de Styles, Lizzo gritou motes entusiasmados e saltitou ao receber o Grammy por Gravação do Ano, com a sua canção “About Damn Time” do álbum “Special”. A cantora dedicou a vitória a um dos artistas que mais a inspirou, Prince, que morreu em 2016. “Quando perdemos o Prince, decidi dedicar a minha vida a fazer música positiva”, contou. “Isto foi numa altura em que música positiva (…) não era a corrente principal e senti-me muito incompreendida. Senti que estava do lado de fora a olhar para dentro”, descreveu. Lizzo emocionou-se ao referir-se a Beyoncé, uma das favoritas a ganhar esta categoria com “Break my Soul”. “Mudaste a minha vida”, afirmou, contando que quando andava no 5.º ano faltou às aulas para ir a um concerto da cantora. A grande vencedora Beyoncé foi uma das vencedoras da noite, conquistando quatro estatuetas e tornando-se na artista mais premiada de sempre, com 32 Grammys. No entanto, a cantora perdeu nalgumas das categorias mais cobiçadas e nas quais era uma das favoritas, incluindo Álbum do Ano, Gravação do Ano e Canção do Ano. Esta última categoria foi uma surpresa total, com a canção “Just Like That” de Bonnie Raitt a vencer contra nomeados como “As It Was” (Harry Styles), “Break my Soul” (Beyoncé) ou “All too Well” (Taylor Swift). “Estou tão surpreendida que não sei o que dizer”, disse Bonnie Raitt em palco, depois de murmurar: “estão a brincar comigo?” quando ouviu a Primeira-dama Jill Biden, que apresentou o prémio, anunciar o seu nome. Na sala de entrevistas, Raitt explicou que não esperava ter vencido, face a músicas que foram grandes sucessos. Nas performances pop, Adele venceu a categoria a solo com “Easy on me”, que dedicou ao filho Angelo, e Kim Petras e Sam Smith venceram dueto ou grupo com “Unholy”. Petras tornou-se na primeira mulher transexual a ser premiada nesta categoria. A revelação do ano foi Samara Joy, que bateu nomeados como a brasileira Anitta e a banda italiana Måneskin (vencedora da Eurovisão em 2021). Joy também ganhou a estatueta para Melhor álbum jazz vocal com “Linger Awhile”. Já o porto-riquenho Bad Bunny voltou a vencer o prémio de Melhor álbum de música urbana, com “Un Verano Sin Ti”, depois de ter ganho esta mesma categoria na edição do ano passado. A 65.ª edição dos prémios Grammy, entregues pela Academia de Artes e Ciências de Gravação, decorreu na Crytpo.com Arena, em Los Angeles, com apresentação do comediante Trevor Noah.
Hoje Macau EventosArtistas femininas são as grandes vencedoras dos Grammy 2021 As artistas femininas, incluindo Beyonce e Taylor Swift, tiveram uma noite de recordes nos prémios Grammy 2021, um espectáculo repleto de música ao vivo, mas com muito distanciamento social devido à pandemia da covid-19. Quatro mulheres ganharam os quatro prémios mais importantes no domingo: Taylor Swift, Billie Eilish e H.E.R.. Swift tornou-se na primeira intérprete feminina a ganhar o Álbum do Ano por três vezes. Nesta edição, venceu a categoria com o álbum “Folclore”. Billie Eilish ganhou o galardão Gravação do Ano com “Everything I Wanted”, repetindo a vitória de 2020 na mesma categoria. “I Can’t Breathe” (Não consigo respirar) de H.E.R. levou para casa o prémio de Canção de Ano, um tema inspirado pelos protestos no verão passado, nos Estados Unidos, na sequência da morte do afro-americano George Floyd. O título remete para a frase que Floyd, sufocado por um polícia durante oito minutos, pronunciou antes de morrer e que se transformou em palavra de ordem contra o racismo e a brutalidade policial. “Somos a mudança que queremos ver e essa luta que tivemos no Verão de 2020 deve continuar”, disse a artista ao receber o prémio. Meghan Thee Stallion recebeu o Grammy de Revelação do Ano, sendo a primeira artista de ‘rap’ a triunfar nesta categoria desde Lauryn Hill em 1999. Beyonce, com a 28.ª vitória, tornou-se a mulher mais premiada na história dos Grammy. Desta vez, a cantora norte-americana conquistou o prémio de Melhor Vídeo Musical com “Brown Skin Girl”. Harry Styles, que abriu a noite com o êxito “Watermelon Suga”, ganhou o Grammy para Melhor Performance Solo Pop. Britanny Howard, anteriormente conhecida com a banda Alabama Shakes, ganhou o Grammy de Melhor Música Rock, enquanto Fiona Apple levou para casa dois prémios pelo álbum “Fetch The Bolt Cutters”. Outros prémios Numa categoria de rock onde artistas femininas voltaram a estar em voga, The Strokes conseguiu ganhar o Melhor Álbum de Rock com “The New Abnormal”. O veterano do ‘rap’ Nas conquistou, no domingo, e depois de 14 nomeações, o primeiro Grammy para Melhor Álbum de Rap. A estrela nigeriana Burna Boy ganhou na categoria Música do Mundo, enquanto Kanye West conquistou o 22.º Grammy, não na categoria ‘rap’ que o tornou famoso, mas com o álbum evangélico “Jesus Is King”, votado Melhor Álbum de Música Cristã Contemporânea. Entre os nomeados havia três portugueses na corrida: a cantora Maria Mendes na categoria de Melhores Arranjos, Instrumentais e Vocais, e o produtor André Allen Anjos na categoria Melhor Gravação Remisturada, enquanto o DJ e produtor Holly produziu oito temas de um álbum na categoria de Melhor Álbum.