Autocarros | Deputado exige explicações para renovação de contratos

[dropcap]O[/dropcap] deputado Ho Ion Sang, ligado aos Moradores, pediu ontem ao Governo que venha a público explicar o que falhou na renovação das concessões públicas de transportes públicos.

Depois de um primeiro adiamento na data para concluir as negociações, era esperado que os novos contratos a longo prazo fossem revelados até hoje. Porém, o Governo admitiu que as negociações falharam e resolveu uma nova renovação de 14 meses. Ho exige que o Executivo venha a público falar das negociações e confirmar que as empresas queriam continuar a receber subsídios que totalizam cerca de mil milhões de patacas. “

Se o Governo e as duas companhias de autocarros não conseguirem negociar uma solução que corresponda ao interesse público em geral e às exigências da sociedade, a opção de ‘não renovar por renovar’ é compreensível para os cidadãos. Pelo menos, não vão ser obrigados a aceitar contratos que não satisfazem as exigências da sociedade”, admitiu Ho.

“Neste momento, correm rumores de que as duas concessionárias de autocarros esperam com a renovação do contrato de concessão continuar com um subsídio de mil milhões de patacas, o que foi indeferido pelo Governo […] Se o Governo acha que algumas cláusulas apresentadas pelas concessionárias são inaceitáveis, deve torná-las transparentes e informar a sociedade sobre o problema, em vez de deixar a sociedade adivinhar”, apelou.

31 Out 2019

Autocarros | Deputado exige explicações para renovação de contratos

[dropcap]O[/dropcap] deputado Ho Ion Sang, ligado aos Moradores, pediu ontem ao Governo que venha a público explicar o que falhou na renovação das concessões públicas de transportes públicos.
Depois de um primeiro adiamento na data para concluir as negociações, era esperado que os novos contratos a longo prazo fossem revelados até hoje. Porém, o Governo admitiu que as negociações falharam e resolveu uma nova renovação de 14 meses. Ho exige que o Executivo venha a público falar das negociações e confirmar que as empresas queriam continuar a receber subsídios que totalizam cerca de mil milhões de patacas. “
Se o Governo e as duas companhias de autocarros não conseguirem negociar uma solução que corresponda ao interesse público em geral e às exigências da sociedade, a opção de ‘não renovar por renovar’ é compreensível para os cidadãos. Pelo menos, não vão ser obrigados a aceitar contratos que não satisfazem as exigências da sociedade”, admitiu Ho.
“Neste momento, correm rumores de que as duas concessionárias de autocarros esperam com a renovação do contrato de concessão continuar com um subsídio de mil milhões de patacas, o que foi indeferido pelo Governo […] Se o Governo acha que algumas cláusulas apresentadas pelas concessionárias são inaceitáveis, deve torná-las transparentes e informar a sociedade sobre o problema, em vez de deixar a sociedade adivinhar”, apelou.

31 Out 2019

Ella Lei pede ponto de situação das negociações sobre contratos dos autocarros

De modo a evitar que as informações sejam conhecidas depois de estarem tomadas as decisões, a deputada Ella Lei pretende saber o ponto de situação das negociações sobre os contratos das duas operadoras de autocarros, que expiram dentro de poucos meses

[dropcap]”Q[/dropcap]ual é o ponto de situação das negociações sobre os contratos relativos ao serviço de autocarros?” Quem pergunta é Ella Lei, numa interpelação oral endereçada ao Governo, datada de 31 de Janeiro.

Recordando que faltam aproximadamente nove meses para o termo dos contratos provisórios com as operadoras de autocarros (Transmac e TCM), a deputada dos Operários lamenta a ausência de informações, expressando receios de que se repita o que sucedeu, a 31 de Julho, com a renovação dos contratos, por apenas 15 meses, ou seja, até Outubro próximo. Feito o anunciado “apenas dois dias antes” pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT), algo que, recorda Ella Lei, foi “criticado pela sociedade”.

“O Governo nunca ouviu o público sobre a sua renovação nem revelou qual o andamento das negociações com as companhias de autocarros. Por isso, é preocupante que tal renovação provisória possa vir a ser repetida num curto espaço de tempo”, aponta Ella Lei, indagando ainda o Governo sobre os “principais problemas” e como vão ser “resolvidos” nos futuros contratos. ”De que medidas de longo prazo dispõe o Governo para melhorar a qualidade dos serviços de autocarros é também uma questão que merece a nossa atenção”, realça.

“Os serviços públicos têm estreitamente a ver com a vida da população, pois os problemas surgidos nos contratos de concessão não afectam apenas a vida quotidiana dos residentes, podendo também prejudicar os interesses dos trabalhadores”, sublinha Ella Lei, qualificando de “lamentável” que “os trabalhos relativos à abertura de concursos públicos e à concessão de serviços nunca fiquem prontos a tempo”, algo que “se tem repetido constantemente”. Tal faz com que os contratos sejam renovados temporariamente, quando se encontram quase no termo, “com o pretexto da falta de tempo” ou que devido à “falta de capacidade de negociação dos preços” sejam mantidas “cláusulas injustas”, “prejudicando gravemente o interesse público”.

Falta de transparência

Neste sentido, a deputada condena “a falta de transparência no processo de concessão, a falta de um mecanismo de auscultação pública aperfeiçoado”, bem como “a divulgação das coisas só depois de estarem prontas”. Prolongadas negociações realizadas após os contratos, passíveis de “levantar suspeitas de esse concessionário estar a ser beneficiado de forma propositada ou a crítica às cláusulas contratuais por não conseguirem salvaguardar os interesses da população” foram outras das questões “mais criticadas pela sociedade”. Mas, “mesmo assim nada se pôde fazer, a não ser aceitá-las”, lamenta.

Dado que, antes do termo do mandato do actual Governo, a 19 de Dezembro, há sete contratos de concessão por tratar, incluindo os dos autocarros, como reconheceu durante as Linhas de Acção Governativa (LAG) o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, a deputada pede também mais informações. “O Governo vai ouvir primeiro a população antes de avançar com as novas concessões?”, questiona, instando à definição clara de mecanismos de consulta, apreciação e autorização e divulgação dos contratos.

Observando ainda que “apenas alguns contratos de concessão exclusiva e de concessão pública exigem a realização de negociações dois ou três anos antes do termo, de que é exemplo o relativo à Air Macau, Ella Lei questiona ainda o Executivo sobre a possibilidade de essa exigência ser estendida a todos os contratos do género.

19 Fev 2019

Autocarros | Anunciadas medidas para o novo ano lectivo

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo deu ontem a conhecer medidas para os transportes no próximo ano lectivo. A Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) e o Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) estiveram reunidos com as três operadoras de autocarros da região, de modo a garantir um melhor serviço de transportes públicos quando as aulas começarem.

Prevendo-se uma maior afluência, as três operadoras de autocarros já concluíram a planificação para o início do próximo ano lectivo”, lê-se em comunicado enviado à comunicação social.

Das medidas definidas entre as entidades, um escoamento de passageiros mais rápido, através de um aumento da frequência das partidas de autocarros com maior capacidade, e o aumento do número de veículos de reserva encabeçam a lista. Para que não haja demoras desnecessárias vai também ser suspenso o direito a férias dos trabalhadores naquela altura.

Por outro lado, as operadoras vão contar com autocarros especiais e com funcionários destacados para prestarem serviço nas paragens com maior afluência. O objectivo, aponta a DSAT, “é permitir o escoamento dos passageiros, procedendo, ao mesmo tempo, à supervisão nas zonas”.

De acordo com os planos apresentados pelas operadoras, cerca de 40 carreiras de autocarros irão, nos primeiros dias de aulas, aumentar a frequência de partidas, durante as horas de ponta da parte da manhã e da tarde.

O estorvo das obras

Com as obras que estão em andamento no território, as operadoras de transportes públicos fizeram saber à DSAT que o bom funcionamento dos autocarros está, muitas vezes, ameaçado.

Para atenuar as dificuldades, as entidades envolvidas estão a pensar “saltar paragens”. A medida ainda não está definida, mas a ideia será fazer com que alguns veículos passem a fazer escala apenas em determinadas paragens, de modo a diminuir o número de autocarros que circulam nos troços mais movimentados. As Portas do Cerco e a Praça Ferreira do Amaral são zonas apontadas como espaços “críticos”.

Paralelamente, CPSP e DSAT garantem a manutenção de “um diálogo estreito para fiscalizar de perto as intersecções ou troços onde ocorram congestionamentos de trânsito” e as obras também vão ter um acompanhamento de perto. “A DSAT irá ainda fiscalizar de perto o andamento de obras viárias realizadas em cada zona, procurando a sua conclusão antes do fim de férias de Verão com o intuito de aliviar a pressão do trânsito”, rematam os Serviços para os Assuntos de Tráfego.

13 Ago 2017

Tráfego | Kaifong apelam a “primazia dos transportes públicos”

Ho Ion Sang pede medidas eficazes para um melhor funcionamento dos transportes públicos em Macau. Um planeamento geral, melhores condições para os trabalhadores do sector e uma avaliação real das necessidades da sociedade são algumas das sugestões deixadas pelo deputado

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] aperfeiçoamento do funcionamento dos transportes públicos é o tema de mais uma interpelação ao Executivo. O deputado Ho Ion Sang pede ao Governo que estabeleça medidas efectivas de modo a dar lugar à “primazia dos transportes públicos” em Macau.

Para o tribuno, as acções que têm vindo a ser tomadas têm-se mostrado ineficazes e insuficientes. Os problemas continuam a manter-se e a acumular-se. “Os serviços de autocarros não correspondem à realidade da sociedade nem às suas expectativas, nomeadamente quanto à razoabilidade das carreiras, à insuficiência da sua frequência e ao longo tempo de espera pelo autocarro. Estes problemas não foram resolvidos com a entrada em funcionamento do novo modelo de serviços”, lê-se no documento.

As situações de insuficiência são confirmadas em algarismos. “Em 2016, o número de passageiros de autocarros ultrapassou os 200 milhões e, diariamente, foram efectuados mais de 555 mil transportes de passageiros.”

Paralelamente às deficiências dos transportes públicos, Ho Ion Sang frisa o aumento de veículos e a desactualização do planeamento enquanto “factores desfavoráveis” à implementação eficaz da “primazia dos transportes públicos”.

De uma vez por todas

O deputado não deixa de recordar as tentativas falhadas que o Executivo já terá tomado, desde 2011, de modo a optimizar o sistema público. As acções mostraram-se “sem resultado, não conseguindo alcançar os efeitos previstos, antes pelo contrário”. Com a implementação do modelo, uma das operadoras faliu e a detecção de ilegalidades por parte do Comissariado contra a Corrupção não tardou.

Por outro lado, o dirigente dos Kaifong, associação que representa os moradores, alerta para o término dos contratos com as operadoras, sendo que questiona o Governo se já tem algum plano quanto ao futuro modelo de exploração de autocarros a adoptar.

De modo a melhorar definitivamente a rede de transportes públicos, Ho Ion Sang apela ao Executivo que debruce mais a sua atenção sobre as reais necessidades da população, que proceda ao reforço de um planeamento geral da rede e crie condições de mobilidade acessível. Ao mesmo tempo, é necessária, dada a demanda, a criação de melhores condições de trabalho para os motoristas, de modo a atrair profissionais para o sector.

22 Fev 2017