João Santos Filipe DesportoTaça de Macau | Formato de liga marca regresso da competição Os jogadores e as equipas técnicas vão ter de fazer os testes de ácido nucleico e apresentar os resultados antes de poderem entrar em campo. O início da competição está marcado para 18 de Setembro [dropcap]O[/dropcap] futebol oficial vai regressar a 18 de Setembro com a Taça de Macau da Primeira Divisão, que este ano se realiza num formato de liga. Os planos para o futebol foram apresentados ontem, numa conferência de imprensa agendada pela Associação de Futebol de Macau. Segundo o vice-presidente, Kwok Po Chuen, todas as dez equipas da primeira divisão mostraram interesse em participar na competição e os jogadores e equipas técnicas vão ter de fazer os testes de ácido nucleico e apresentar resultados negativos. “Uma vez que a competição vai começar brevemente temos de seguir as instruções dos Serviços de Saúde para garantir que o desporto é praticado em condições de segurança”, afirmou Kwong. “Vai ser exigido a todos os jogadores, equipa técnica e aos responsáveis das equipas que façam o teste de ácido nucleico e que apresentem os resultados negativos antes dos jogos”, acrescentou. Esta foi uma exigência que mereceu elogios da associação: “São instruções que consideramos muito importantes porque vão criar um ambiente seguro para todos os participantes”, considerou. Em caso de haver um agravamento da pandemia, a AFM admite que a competição possa ser cancelada, não havendo suspensão. Porém, se tudo correr dentro do previsto, sem imprevistos como tufões, a competição deverá terminar por volta do mês de Novembro. Os jogos da Taça de Macau para a primeira divisão vão ser realizados no Estádio de Macau. Em relação aos jogos da Taça para a Segunda Divisão, o recinto escolhido é o Estádio Lin Fong. As partidas são abertas ao público, que antes de entrar tem de apresentar a declaração de saúde e a quem é ainda medida a temperatura. Novos formatos A Taça de Macau para a Primeira Divisão vai ser disputada a uma volta entre as dez equipas participantes. As inscrições só começam a partir de sexta-feira, mas a AFM garante que todas as formações mostraram interesse em alinhar na competição. Os resultados não têm impacto a nível interno para a época de 2021, mas a AFM admite que possam ser utilizados para escolher as equipas de Macau que podem participar nas competições continentais, ou seja a Taça AFC. Segundo a AFM, a confederação asiática vai ter duas opções para escolher os participantes de Macau na Taça AFC: com base na classificação do campeonato do ano passado ou com base nesta taça. Quanto às taças para a segunda e terceira divisões, as competições arrancam a 19 de Setembro e as equipas vão ser divididas em grupos, que realizam duas voltas. “Sabemos que as taças não são campeonatos, mas mesmo que este ano não haja liga queríamos dar a oportunidade aos jogadores de praticarem este desporto”, explicou o vice-presidente da AFM.
João Santos Filipe DesportoFutebol | Associação aceita decisão da FIFA e prepara-se para pagar multa O castigo imposto pela FIFA foi aceite pela AFM, que não abre o jogo sobre eventuais responsabilidades internas. No entanto, a associação castigou o Ka I com desclassificação da Taça devido à vitória por 21-18 no jogo de protesto [dropcap]A[/dropcap] Associação de Futebol de Macau (AFM) respeita a multa imposta pela FIFA e vai proceder ao pagamento da multa de 10 mil francos suíços. A posição foi comunicada ontem ao HM, pela entidade que coordena o futebol local. Em causa está o encontro da 2.ª mão de pré-qualificação para o Mundial de 2022, no Sri Lanka, que a selecção da Flor do Lótus perdeu por falta de comparência, após ter optado por não participar. A decisão foi justificada com “motivos de segurança” relacionados com os atentados terroristas ocorridos no Sri Lanka na época da Páscoa. “Respeitamos a decisão tomada pela FIFA face à não-participação e respeitamos o montante imposto como multa, que vamos pagar”, disse, ao HM, um porta-voz da AFM. Depois de ter vencido a primeira mão por 1-0 diante do Sri Lanka, a selecção de Macau foi castigada com falta de comparência e a respectiva derrota por 3-0, pelo Comité Disciplinar da FIFA. A direcção liderada por Cheong Coc Veng ainda tentou levar o jogo para campo neutro, mas a hipótese foi rejeitada pela FIFA. Por esse motivo, a AFM foi multada. Contudo, os dirigentes da AFM recusam assumir responsabilidades na sequência do caso e quanto a possíveis demissões a resposta dada pela porta-voz da associação cingiu-se a “não há comentários a fazer”. A decisão do castigo da FIFA foi tomada a 27 de Junho e até ontem ainda não tinha havido uma posição por parte da AFM. Hang Sai e Ka I castigados Também ontem foi divulgado o castigo aplicado ao Hang Sai e ao Ka I na sequência do encontro em que as equipas protestaram a decisão da AFM de abdicar do jogo de qualificação para o Mundial. Na partida a contar para a Taça de Macau, o Ka I acabou por derrotar o Hang sai por 21-18, num encontro com 39 golos. Porém, ontem a AFM comunicou que após investigação ao incidente que o Ka I, apesar de ter vencido, foi desclassificado, assim como o Hang Sai. Por outro lado, as formações foram advertidas e em resposta, as direcções dos clubes prometerem coordenar no futuro e controlar melhor os atletas para evitar este tipo de situações. Com esta decisão a Taça ainda não tem o calendário da próxima ronda definido, mas estão apuradas as seguintes equipas: Benfica de Macau, Ching Fung, Chao Pak Kei, Monte Carlo e Tim Iec.
Hoje Macau DesportoMacau multado pela FIFA e fora da qualificação para o Mundial 2022 [dropcap]M[/dropcap]acau foi ontem multado pelo Comité Disciplinar da FIFA em cerca de nove mil euros, por falhar o jogo da segunda mão da qualificação asiática para o Mundial 2022, agendado para 11 de Junho. A FIFA atribuiu uma derrota a Macau por 3 – 0, no jogo agendado para Colombo, referente à segunda mão da primeira pré-eliminatória do apuramento asiático, e multou a federação de Macau. Na nota ontem publicada na sua página oficial, o Comité Disciplinar da FIFA considera a Federação de Futebol de Macau responsável pela quebra dos artigos 5 e 56 dos regulamentos. O artigo 5 dos regulamentos para Mundiais diz respeito a desistências, jogos não realizados ou abandonados, e o 56 aplica-se ao regulamento disciplinar em jogos não disputados ou abandonados. A situação teve ainda como consequência o apuramento do Sri Lanka, e quando Macau tinha vencido a primeira mão por 1-0, para a fase seguinte na qualificação asiática. Na última quinta-feira, em 20 de Junho, o deputado Sulu Sou pediu à FIFA, em carta enviada ao presidente Gianni Infantino, o reagendamento do segundo jogo. Também Nicholas Torrão, capitão da selecção de Macau, escreveu uma carta aberta à FIFA, entidade internacional responsável pelo futebol, a apelar a um novo agendamento da segunda mão frente ao Sri Lanka. A carta está assinada em nome individual e refere que os jogadores “ficaram totalmente devastados” com o cancelamento da segunda mão da eliminatória. “Nós, os jogadores, ficamos totalmente devastados com o cancelamento do jogo da segunda mão frente ao Sri Lanka, que seria jogado no terreno deles, devido à Associação de Futebol de Macau se ter recusado a viajar”, pode ler-se no documento. A falta de comparência da selecção de Macau em Colombo aconteceu depois de a Associação de Futebol de Macau (AFM) ter bloqueado a viagem dos jogadores à capital do Sri Lanka, alegando “razões de segurança”. A decisão da AFM foi conhecida no dia 8 e reiterada no dia 9 de Junho, apesar da desilusão generalizada dos jogadores, que chegaram a assumir total responsabilidade pela própria segurança na deslocação ao Sri Lanka.
João Santos Filipe PolíticaFutebol / Sri Lanka | Sulu Sou exige a Chong Coc Veng que cumpra promessa [dropcap]O[/dropcap] deputado Sulu Sou enviou uma carta à Associação de Futebol de Macau (AFM) a exigir que esta cumpra a promessa da conferência de imprensa 9 de Junho e que revele todas as comunicações tidas com os organismos internacionais. Foi nesse dia que a AFM marcou uma conferência para “explicar” a decisão de não viajar para o Sri Lanka para participar num jogo de apuramento para o Mundial de 2022, no Qatar. Numa carta ao estilo de uma interpelação escrita, Sulu Sou pede a Chong Coc Vong, presidente da AFM, que dê uma resposta às insinuações de que a decisão terá tido como base a “falta de fundos” ou “outros interesses pessoais”. “Em relação às suspeitas levantadas de que a decisão não se deveu inteiramente a razões de segurança, houve pessoas a dizer que foi motivada pela ‘falta de fundos’ para viajar ou mesmo ‘por outros interesses pessoais’. Como é que a AFM responde a estas dúvidas?”, pergunta Sulu Sou no sétimo dos oito pontos. No mesmo documento, o legislador ligado à Associação Novo Macau pede uma lista das medidas que vão ser tomadas pela AFM a nível interno para motivar os jogadores, que depois de terem sido impedidos de viajar já disseram não querer representar a equipa de futebol. “Este acidente foi um golpe na confiança que os jogadores da selecção, o sector do futebol e o público têm na AFM. Será que a AFM vai fazer um inquérito interno sobre o assunto? E o que vão fazer ao nível de planos para reestabelecer a confiança de todos?”, questionou. AFM acima da FIFA? Outro do aspectos que Sulu Sou quer ver explicado é o facto de tanto a FIFA, federação internacional de futebol, como a Confederação Asiática de Futebol (AFC, em inglês) terem considerado que o Sri Lanka reunia as condições para organizar a segunda mão da eliminatória. No entanto, a AFM recusou-se a jogar, citando falta de condições de segurança e sustentou que não havia entidades seguradoras que cobrissem qualquer evento. A AFM também afirmou que a decisão foi tomada depois de terem negociado a segunda mão da eliminatória num campo neutro. Agora, Sulu Sou quer ver toda a correspondência trocada e respectivos documentos e respostas das entidades. Além disso, o deputado questiona a AFM sobre quando foi a primeira vez que a hipótese de não viajar foi colocada em cima da mesa e o que se fez a partir desse momento. A decisão de Chong Coc Veng contou com o apoio do Instituto do Desporto, Pun Weng Kun, e do secretário para os Assuntos Sociais e Cultural, Alexis Tam. A FIFA e a AFC vão agora analisar o caso.
João Santos Filipe DesportoFutebol | Selecção focada na qualificação para o Mundial do Qatar Os jogos de qualificação para o campeonato mundial vão marcar o ano ao nível do futebol no território. O seleccionador Iong Cho Ieng aponta os desafios para a renovação da equipa [dropcap]A[/dropcap] primeira fase de qualificação para o Mundial do Qatar de 2022 é a grande prioridade da selecção de Macau para 2019. No entanto, o seleccionador Iong Cho Ieng reconhece que se está a atravessar uma fase de renovação, que poderá acarretar outros desafios. Segundo os dados agendados pela Confederação Asiática de Futebol (AFC), os encontros deverão ocorrer a 6 e 11 de Junho. “Este ano vamos atravessar uma nova fase de transição de uma geração mais velha para uma geração mais nova. Por exemplo, o capitão de vários anos, o Paulo Cheang, é um dos atletas que deixou de representar o território”, afirmou o seleccionador. “As nossas grandes atenções vão estar concentradas em Junho, quando começa a qualificação para o Mundial”, sublinhou. No que diz respeito à participação para a primeira fase de qualificação, vai haver uma partida de carácter particular em Março. Depois, já em Abril, vai começar a concentração da selecção, com vista a preparar a qualificação. Segundo Iong, nessa altura, também deverá acontecer pelo menos um outro encontro de preparação. Ainda em Setembro e Outubro haverá mais dois amigáveis para a selecção principal de Macau. Estádios em obras O evento de ontem serviu igualmente para a AFC explicar a situação dos campos de futebol e o agendamento de jogos para o horário das 19h00, em dias da semana. Esta foi uma situação criticada pelos clubes, uma vez que os atletas não profissionais enfrentam muitas dificuldades para saírem dos respectivos trabalhos a tempo das concentrações para os jogos, que acontecem uma hora antes do apito inicial. Segundo o presidente da Associação de Futebol de Macau (AFM), Chong Coc Veng, a situação deve-se à legislação actual. “Escolhemos os horários das 19h00 e 21h00 porque o Canídromo fica numa zona com muitas residências. Por isso, há muita gente nas imediações e a legislação em vigor faz com que tenhamos de apagar as luzes e encerrar o estádio às 23h00”, explicou. De resto, o Canídromo vai ser o espaço privilegiado ao longo do ano para os encontros da selecção do território e da Liga de Elite. Isto porque o campo da MUST deixou de estar aberto às actividades e o Estádio de Macau está em obras, que se vão prolongar até Julho. No que diz respeito às obras de manutenção dos estádios, a AFM indicou também que em Março tanto o Canídromo como o Estádio de Macau vão estar indisponíveis durante duas semanas, devido ao trabalhos de renovação. De pequenino… Ainda no que diz respeito às políticas da Associação de Futebol de Macau (AFM) para o desenvolvimento da modalidade, o presidente Chong Coc Veng explicou que a aposta passa pelo futebol de bases, ou seja pelo maior desenvolvimento deste desporto nas escolas. “Vamos focar-nos no desenvolvimento do futebol de bases. Vai ser a grande prioridade para 2019”, apontou o dirigente. “A outra grande prioridade é a aposta na arbitragem e vamos ter cursos de formação em Abril e Agosto”, acrescentou. Esta opção passa por uma maior aposta no futebol entre as escolas, com a realização de vários torneios. Orçamento de 10 milhões Para este ano a AFM vai ter como referência orçamental o valor de 10 milhões de patacas. O montante poderá aumentar de acordo com as actividades realizadas. Segundo a explicação do presidente da AFM, serão promovidos eventos para celebrar o 70.º aniversário da associação e o 20.º ano do estabelecimento da RAEM, mas os planos ainda não estão totalmente definidos e só vão ser revelados mais tarde.