Andreia Sofia Silva EventosExposição | Associação promove mostra itinerante pela vila da Taipa “Walking Culture – Outdoor and Indoor Collective Exhibition” é o nome da nova mostra itinerante promovida pelo espaço Taipa Village Art Space e que pode ser visitada a partir da próxima quarta-feira, dia 3 de Fevereiro. O público poderá ver cartazes nas ruas da vila da Taipa com obras de arte de artistas como Ana Aragão e Maxim Bessmertny, entre outros Levar uma exposição para fora de portas de uma galeria de arte era um objectivo que João Ó queria atingir há muito. Mas só agora foi possível ao espaço Taipa Village Art Space cumprir esta ideia, que se materializa com a exposição itinerante “Walking Culture – Outdoor and Indoor Collective Exhibition”, inaugurada na próxima quarta-feira, dia 3 de Fevereiro, às 17h30, e que se mantém até ao dia 31 de Março. Naquela que é a primeira exposição colectiva promovida pela galeria, a ideia é também mostrar a génese da vila da Taipa, do ponto de vista cultural e também do património. Desta forma, serão exibidos cartazes em locais como a rua dos mercadores, largo Camões ou rua dos clérigos. “O próprio cartaz terá uma imagem da obra de arte e será maior do que a obra de arte em si”, descreveu João Ó, curador da mostra, ao HM. “A parte interessante desta exposição é a ampliação da obra e a sua exposição pública, o contacto inesperado com o visitante. Há esta ideia de uma vila que é única, a sua dimensão fora da cidade. As pessoas sentem-se à vontade”, apontou. O visitante terá acesso a um mapa itinerante que explica a localização dos cartazes pelas ruas, e que ao mesmo tempo revela os edifícios emblemáticos da vila da Taipa. “Há uma mistura de toda a parte cultural que existe na vila. Estamos muito habituados a ir a uma exposição dentro de um espaço, e eu queria que as pessoas fossem a uma mostra fora, que tivesse uma natureza diferente”, frisou João Ó, que é também arquitecto. Mas esta exposição não se fará apenas fora de portas, uma vez que na galeria Taipa Art Village serão exibidos as obras de arte originais, que passam por expressões artísticas tão diferentes como a impressão, pintura a aguarela, fotografia ou graffiti. Trabalhos de fora Nesta exposição colaboram artistas como P.I.B.G, Hugo Teixeira, Fan Sai Hong, Tong Chong, Allen Wong, Ana Aragão, Maxim Bessmertny, Lio Man Cheong, Chan Hin Io, Zinecoop (Hong Kong), Un Chi Wai, Bonnie Leong & Kitty Leung. Muitos deles já expuseram em Macau. “Dos três artistas que já expuseram e vão estar na colectiva, alguns não estão cá e consegui pedir algumas obras. A Ana Aragão, que está no Porto, enviou um trabalho inédito para esta exposição, o Hugo Teixeira que foi estudar fotografia para os EUA também enviou um trabalho fotográfico e temos um ilustrador de Macau que foi viver para Taiwan e que enviou uma colagem. Todos eles têm a experiência deste território, mas há alguns artistas que estão a morar fora”, disse o curador. As expectativas de sucesso desta mostra são muitas num território praticamente fechado ao exterior e onde há uma grande vontade de iniciativas culturais. “Estamos todos um pouco confinados e fartos de estar no mesmo sítio, e penso que vai haver bastante aceitação e as visitas vão ser muitas, porque há falta de actividades. Quando tivemos a última exposição em tempos de covid-19 atraímos muita gente”, concluiu João Ó.
Sofia Margarida Mota EventosExposição | “Vertical reclamation of individual spaces” é inaugurada amanhã Depois de uma passagem por Macau em Dezembro, Ana Aragão regressa para a apresentação da exposição “Vertical reclamation of individual spaces”, a partir de amanhã, na Casa Garden. Fazem parte desta mostra desenhos inéditos que a artista produziu inspirada nas particularidades estéticas do território [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]na Aragão esteve pela primeira vez em Macau no passado mês de Dezembro. Em entrevista ao HM, deixou a promessa de voltar com obras inspiradas no território. E é com esses e outros trabalhos que é inaugurada amanhã “Vertical reclamation of individual spaces”. A mostra conta com a curadoria de João Ó, sendo que “esta ideia surgiu imediatamente após a exposição da Ana Aragão no Taipa Village no ano passado”, começa por dizer o curador ao HM. Nos seis meses que separam estas duas exposições a artista foi, com o que levou de Macau, produzir uma nova série de obras que agora apresenta. “É uma exposição compreensiva do seu trabalho”, refere João Ó. Para o efeito, “Vertical reclamation of individual spaces” está divida em quatro partes distintas. O primeiro momento expositivo está ainda a ser criado e faz parte de uma residência artística que a também arquitecta está a fazer no território. “Vai ser um mapa chamado “Mapa psicogeográfico” e que reflecte o itinerário imaginário dela em Macau”, apontou João Ó. A artista está, durante este processo, a experienciar a cidade e, ao mesmo tempo, a cartografar os objectos que considera mais interessantes dentro do que vai vendo. “Estamos a falar de um itinerário ultra-subjectivo e não de um mapa turístico de Macau”, esclareceu o curador. A segunda fase da exposição é o momento que lhe dá o nome “Vertical reclamation of individual spaces”. Aqui é apresentado ao público um conjunto de desenhos inéditos feitos em Portugal e inspirados em Macau. Estes desenhos são, ao mesmo tempo, fictícios e baseados na realidade, isto porque a artista foi buscar objectos e contextos presentes na arquitectura da cidade. Estas particularidades, revelou João Ó, têm a ver com a construção informal da cidade onde se integra a presença das gaiolas, “as formações inesperadas que vemos nos arranha-céus ou na habitação social”, apontou. São estes os elementos que serviram de inspiração à artista e a partir dos quais Ana Aragão desenvolveu edifícios “sempre verticais, mas gerados por informalidades, constituindo objectos completamente orgânicos”, sublinhou. Construção única A originalidade das construções locais que é retratada neste segundo momento expositivo destaca-se na medida em que trata um tipo de arquitectura que não se vê na Europa. “Na Europa é tudo muito mais regulamentado e as pessoas respeitam a arquitectura”, disse. No entanto, e por cá, o “desrespeito” não deixa de ter o seu interesse e transmite, paradoxalmente, “a forma autoral que as pessoas têm na manutenção da estética de um edifício”. João Ó explicou que, por um lado, as pessoas não respeitam a arquitectura original mas, por outro lado, estão a conquistar o espaço individual. “A Ana enveredou pelo lado asiático para explorar este universo da conquista”, referiu. Ao terceiro momento da exposição, o curador chama de retrospectiva em que foram seleccionados vários trabalhos da artista feitos no âmbito do design gráfico mas recorrendo a uma diversidade de suportes. “Estamos habituados a ver designers gráficos a aplicar o seu génio em papel e sempre de uma forma bidimensional, neste caso, sem deixar de ser bidimensional, os suportes utilizados são diferentes são utilizados, por exemplo tapetes, cerâmica, rótulos de vinho ou posters”, explicou João Ó. O curador destaca ainda o sentido crítico que Ana Aragão imprime em qualquer trabalho que faça. “Ela não faz uma ilustração só porque é bonito. Há uma intervenção e uma intenção muito forte quando ela ilustra o mundo imaginário dela sobre um caso em particular”, disse. Há ainda outro objecto que retrata esta parte da exposição, que não vai estar patente, mas vai ser representado numa fotografia e que o curador faz questão de referir pela sua importância. “É uma instalação de vidro feita em várias camadas em que a indústria de caixilharia convidou a Ana para ilustrar os desenhos em vários panos de vidro fazendo uma tridimensionalidade quase como um cenário”, explicou. A peça não vai estar presente mas “através da fotografia também de grande dimensão é possível transmitir o que é esperado desta obra”, apontou. Este terceiro momento é ainda composto pela apresentação de várias serigrafias acerca dos trabalhos que integram a exposição e que vão estar à venda. Arquitectura de papel Por último, numa quarta parte da mostra, é projectado um vídeo que contem excertos de entrevistas dadas por Ana Aragão. “É uma forma de apresentar o que ela faz e a sua educação”, disse o curador. Neste momento final estão incluídos mais dois vídeos com entrevistas a dois arquitectos, ex-professores da artista que falam sobre “Vertical reclamation of individual spaces” na sua perspectiva académica. Os arquitectos abordam a questão da arquitectura de papel produzida para cidades visionárias. “O conceito refere-se às cidades que, apesar de não poderem ser efectivamente construídas, reflectem um avanço no imaginário e uma possibilidade de que num futuro, seja distópico ou utópico, sejam possíveis de acontecer”, explicou. Para João Ó, a vertente mais intelectual e académica de interpretar o trabalho actual de Ana Aragão situa-se precisamente neste último momento até porque “nem toda a arquitectura tem de ser construída”. “Há duas vertentes a considerar: uma que diz que para se ser arquitecto os conhecimentos têm de ser aplicados em construções e outra que diz que não é bem assim, e que é preciso desenhar e conceber mundos porque a submissão ao exequível seria demasiado limitada”, rematou.
Sofia Margarida Mota EventosAna Aragão, ilustradora: “Macau é uma fonte de inspiração riquíssima” Está pela primeira vez em Macau para a abertura da exposiçãoo “Imaginary Beings” hoje na galeria do Taipa Old Village Art Space. Ana Aragão traz não seres imaginários e leva consigo ideias para a próxima mostra que vai ter como inspiração as particularidades do território [dropcap]D[/dropcap]a arquitectura à ilustração. Como é que foi este caminho? Não foi um caminho planeado. Aconteceu por acaso. Sempre gostei de desenhar. Depois do curso de arquitectura ainda experimentei exercer a profissão e percebi que não era exactamente o sítio onde me sentia mais à vontade. Era demasiado abstracto estar sentada num computador um dia inteiro a olhar para um ecrã, ou mesmo ir às obras. A maior parte do trabalho do arquitecto é ser um gestor de recursos, de meios e de equipas. Percebi que isso, se calhar, não era talhado para mim e fiquei muito indecisa no final do curso. Tinha duas hipóteses: fazer um curso de ilustração ou um doutoramento em arquitectura. Por acaso optei pelo doutoramento e nas aulas comecei a desenhar mais. Acabei por fazer um blog com os meus desenhos e decidi cancelar tudo o que tinha que ver com arquitectura e a dedicar-me só à ilustração. Mas, claro que, no meu trabalho, existe sempre uma ponte com a arquitectura. Estes trabalhos foram feitos para ser expostos em Macau. Há alguma relação com o território? Mais ou menos. Esta exposição foi feita para vir para Macau e a relação com Macau não é evidente. Sabia que vinha aqui e o que mais me motivou foi poder unir as duas linhas de trabalho que tenho: uma a preto e branco com os desenhos detalhados, e o meu universo a cores. Nunca tinha conseguido conciliar estes dois mundos e achei que esta seria uma boa oportunidade de colocar a mim mesma esse desafio, o de conciliar estas duas vertentes. Como sei que há sempre um imaginário, talvez um bocadinho infantil, nas minhas ilustrações e que imaginei que seria bem aceite aqui em Macau, decidi explorar este imaginário em que uso estruturas como se fossem personificadas. Dei vida às estruturas que, se calhar, antes deste momento no meu percurso profissional, seriam mais abstractas. O trabalho foi a pensar que vinha para Macau, mas o conteúdo não foi literalmente baseado no território, embora saiba que Macau é uma fonte de inspiração riquíssima. Porquê? Os edifícios e as paisagens urbanas aqui têm muita informação o que me agrada muito e acaba por trazer muitas coisas novas ao meu trabalho. Podemos esperar um novo projecto inspirado no que está a descobrir na RAEM? Sim. Estou completamente apaixonada por estas formas de construir, esta apropriação do exterior através das gaiolas e das grades. Para mim é absolutamente fascinante. O engraçado é que, entretanto, fiz outros desenhos que estão no atelier e que não vieram para aqui porque estão guardados para outras altura, mas que já têm muito que ver com esta realidade. Acho que acabei por encontrar coisas aqui em que já tinha pensado antes. É uma grande coincidência. Sinto que, ao olhar para este edifícios, estou em casa. Apetece-me guardar as imagens e tudo o que vejo. Muitos destes edifícios que parecem muralhas gigantes e vertiginosas poderiam ser o começo de uma nova história e de um novo desenho. O que mais vai trazer de novo? A próxima ideia é utilizar uma técnica diferente. Até agora tenho trabalhado apenas com um registo linear. Comecei a fazer coisas com a caneta Bic que me vai permitir explorar a mancha. Penso que posso, com isso, fazer coisas mais realistas – estes de agora são mais fantásticos. Vão também ser desenhos muito maiores, o que me vai permitir adicionar ainda mais detalhes. A ideia é que a próxima colecção venha a Macau. É a primeira vez que está em Macau. Já falou da casas antigas. E os casinos? Como é que os vê? Acho que é sempre interessante e enriquecedor perceber como se vive de outra forma. Em Portugal não temos este tipo de ostentação que existe nos casinos e que é quase obscena. Esta relação com o dinheiro, que é tanto, é quase pornográfica no sentido em que revela tudo e acaba por não criar muito mistério. Ali, tudo é revelado, tudo brilha e fala. São espaços em que é constantemente de dia, não existe a noite, não existe a passagem do tempo, não existe a sujidade. É fascinante, sem duvida, mas parece que estamos num outro mundo dentro de outro. Penso que as casas aqui têm espaços mínimos e os casinos são imensos. Acaba por ser um contraste. Parece que estamos num filme em que, de repente, passamos de um cenário cheio de cheiros, de ruídos diferentes e com bastantes marcas do tempo para um mundo que nos tira todas as coordenadas espaciais e temporais relativamente ao exterior o que acaba por ser um choque muito grande mas que também me agrada.
Sofia Margarida Mota EventosIlustração | “Imaginary Beings” em exposição na Taipa Village Art Space São seres imaginados, habitantes de uma Macau desconhecida e vão estar em exposição a partir do próximo dia 6 na galeria Taipa Village Art Space. A mostra é da artista portuguesa Ana Aragão que se estreia no território [dropcap style≠‘circle’]S[/dropcap]ão “monstros imaginados” os que saem das ilustrações de Ana Aragão. Não são seres com origem num espaço vazio, a inspiração é Macau, uma terra desconhecida para a artista. O desafio para produzir uma exposição tendo como referência apenas imagens do território foi do curador João Ó, responsável pelas exposições da galeria do Taipa Village Art Space. A ideia está inserida no próprio plano anual de exposições daquele espaço, em que a última mostra do ano é sempre dedicada a um artista internacional, que não conheça o território. A razão apontou o curador João Ó ao HM, é para “que exista uma interpretação de um artista de fora sobre Macau. Uma visão nova.” A escolha de Ana Aragão começou pelo contacto com o seu trabalho na internet. João Ó ficou, desde logo, interessado na forma como as ilustrações de Ana Aragão saiam do papel. “Achei interessante o grafismo e o desenho muito minucioso das cidades imaginárias que ela fazia”, refere. Para o curador, trata-se de “um trabalho refrescante pelo detalhe que se verifica em cada desenho, pela forma como transforma edifícios em objectos sem ter de estar comprometida com a realidade”. Para a exposição no Village Art Space, Macau, a artista teve como referência alguma imagens do território. Com elas trabalhou “Imaginary Beings”, os seres que pensa habitarem Macau. O título é inspirado na obra “The book of imaginary beings” de Jorge Luís Borges. De acordo com o curador, a obra literária teve uma forte influência no percurso de Ana Aragão. “Foi um forte fundamento para a procura da artista dos seus próprios seres, expandindo o sempre incompleto trabalho do mestre visionário”, diz João Ó, na apresentação do evento. Em “Imaginary Beings” vão estar expostas 50 peças produzidas com caneta de tinta preta e aguarela. Confronto com o real Outro aspecto de interesse, refere João Ó, é a possibilidade que estas exposições de final de temporada dão aos artistas de se confrontarem, depois do trabalho feito, com a Macau real. Ana Aragão vem ao território para a abertura da exposição e “este é o momento em que vai confrontar os seres que imaginou, através de imagens soltas, com a realidade”. Para João Ó, a viagem de Ana Aragão ao oriente vai marcar um momento em que a artista vai ser motivada a produzir mais. A ideia de trazer ao território um artista de fora e que não conheça Macau mas que trabalhe sobre o território tem um duplo objectivo. “Por um lado trata-se da visão de alguém sobre Macau, que nunca conheceu antes, e por outro, é uma oportunidade de abrir a exposição destes artista a coleccionadores de arte que vão ter também uma visão diferente do território”, diz João Ó. Mas mais importante, aponta, é a oportunidade que este tipo de trabalho representa também para os locais. “Nós que estamos cá também queremos ver esta frescura, esta reinterpretação aos olhos de quem nunca aqui esteve”. Da arquitectura ao desenho Ana Aragão, arquitecta licenciada com distinção pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto FAUP (2009), dedica-se actualmente ao cruzamento entre arte e arquitectura através do seu universo gráfico. Após uma incursão no meio académico enquanto bolseira no Doutoramento em Coimbra decide interromper a investigação científica para se dedicar em exclusivo ao desenho artístico. É a partir do universo da arquitectura que nasce o seu fascínio pela representação de cidades, imaginárias ou não. Prossegue a sua reflexão acerca da cidade e seus imaginários urbanos através da exploração gráfica dos seus atlas mentais. Intrigada com os mapas emocionais que nascem da experiência quotidiana entre habitante e espaço, as suas “anagrafias” intrincadas são um pretexto para lançar um olhar crítico sobre o território, as formas de construir, e sobretudo, os modos de habitar. Todas as suas obras nascem da articulação entre mão e pensamento, não recorrendo a meios digitais. A dedicação de Ana Aragão ao desenho e pintura tem sido reconhecida nacional e internacionalmente, salientando-se a sua participação na Bienal de Veneza 2014 e de 2016, o destaque como capa da publicação chinesa “Casa”, a selecção pela Luerzer’s Archive – “200 Best Illustrators Worldwilde”. Destacam-se também colaborações e parcerias com marcas de referência como a Porto Barros (100 anos Porto Barros, Coleção Cidades Portuguesas), as Tapeçarias Ferreira de Sá (Tapeçaria Eudóxia), a Jofebar (Projecto FUTURE FRAMES), a Schmidt Light Metal, a Essência do Vinho, a Vista Alegre, entre outras. Foi também convidada a desenvolver projectos específicos sobre algumas cidades portuguesas, nomeadamente Lisboa (Meo Out Jazz), Espinho (Cartografia (des)encontrada), Braga (Noite Branca), Aveiro (Lugares Múltiplos) e Guimarães (Casa da Memória). O Porto, cidade onde vive e trabalha, tem lugar de destaque em toda sua obra.