Viagem | Xi Jinping deixa Budapeste e termina périplo de 5 dias pela Europa

O périplo europeu de Xi que começou em Paris, onde se encontrou com Macron, terminou este fim-de-semana na capital da Hungria, após uma passagem pela Sérvia

 

O Presidente chinês Xi Jinping deixou Budapeste na passada sexta-feira, onde completou a sua primeira viagem à Europa desde 2019 que durou cinco dias e que incluiu paragens em França e na Sérvia. O avião oficial do líder chinês descolou desde o aeroporto da capital húngara, segundo imagens transmitidas pela televisão estatal M1.

Xi Jinping chegou a Paris no domingo, onde foi recebido com pompa e manteve um diálogo com o Presidente francês Emmanuel Macron sobre disputas comerciais e até sobre os laços Pequim-Moscovo, vistos com apreensão pelos ocidentais, num contexto de guerra na Ucrânia.

Situação diferente foram as viagens a Belgrado e Budapeste, países amigos de Pequim e que permanecem próximos de Moscovo. Na Sérvia, candidata à União Europeia (UE), as duas nações assinaram um acordo para construir um “futuro partilhado”.

Já na Hungria, a capital foi colocada sob alta segurança e os meios de comunicação social foram completamente mantidos afastados dos acontecimentos. O programa da visita nem sequer foi divulgado, noticiou a agência France-Presse (AFP).

Xi Jinping manteve inúmeras conversas com o primeiro-ministro Viktor Orban, um nacionalista habituado a impasses com Bruxelas. Em referência às relações diplomáticas “no seu auge” em 75 anos de história, o líder chinês anunciou o reforço da já florescente “parceria estratégica” com o país da Europa Central.

Negócios garantidos

Xi Jinping apelou à Hungria, que presidirá a UE no segundo semestre do ano, a desempenhar “um papel mais importante” no desenvolvimento da cooperação entre a China e o bloco comunitário.

No total, foram divulgados 18 acordos comerciais, desde ligações ferroviárias ao sector nuclear, além de fábricas de baterias e carros eléctricos que vão surgir por todo o solo húngaro. Xi Jinping e Viktor Orban visitaram no sábado a sede da petrolífera MOL, localizada num arranha-céus de 143 metros.

13 Mai 2024

Japão | Tribunal permite que homem adopte apelido do parceiro

Um tribunal de família japonês autorizou um homem de 30 anos a adoptar o apelido do companheiro do mesmo sexo por terem “uma relação semelhante a um casamento”, noticiou ontem a imprensa local. O código civil japonês exige que os casais partilhem os apelidos, mas não permite casamentos ou uniões civis entre pessoas do mesmo sexo.

O advogado do homem, que se identificou com o pseudónimo Akikazu Takami, considerou a decisão do tribunal invulgar, mas Takami disse estar satisfeito por o Tribunal de Família de Nagoya ter tratado o assunto “com sinceridade”, informou a agência de notícias japonesa Kyodo.

“Não me posso casar, mas sinto que estou um passo mais perto da minha família e não consigo dizer-vos o quanto estou feliz”, declarou Takami, citado pela emissora pública japonesa NHK.

A decisão, datada de 14 de Março, declara que o casal, que adoptou uma criança, “se apoia mutuamente e mantém uma vida estável centrada na educação dos filhos. As vidas não são substancialmente diferentes das de um casal num casamento heterossexual”.

Takami, que vive com o parceiro há seis anos na província de Aichi, no centro do Japão, pediu a alteração do apelido em tribunal em Novembro do ano passado, alegando que a diferença causava problemas.

“Uma noite, quando o meu companheiro me levou de urgência para o hospital, perguntaram-nos que tipo de relação tínhamos porque os nossos apelidos eram diferentes”, contou à NHK.

Takami acrescentou que ter um apelido diferente do companheiro e do filho levou os médicos a pensar que não havia qualquer parentesco quando ia ao centro de saúde com o filho e, em alguns casos, foi impedido de assistir a procedimentos médicos.

10 Mai 2024

Gaza | Ataques israelitas fazem dezenas de mortos

Dezenas de palestinianos foram mortos durante a madrugada em Rafah, a cidade mais a sul da Faixa de Gaza, e no norte do enclave devido a ataques militares israelitas, segundo fontes médicas citadas por agências locais.

Em Rafah, as forças militares israelitas tomaram, numa ofensiva lançada a 7 de Maio, as zonas da passagem para o Egipto e do ponto de Kerem Shalom, para Israel, bem como de outros 31 quilómetros quadrados de onde a população foi mandada retirar-se um dia antes.

Os aviões israelitas voltaram a atacar as zonas em torno do posto fronteiriço de Rafah, que permanece encerrado, disparando projécteis contra os bairros orientais de Al-Shuweika e Al-Jeneina, enquanto a força naval utilizou também metralhadoras contra as zonas ocidentais da cidade de Rafah, informou agência palestiniana Wafa.

No bairro de Zeitun, no norte de Gaza, pelo menos 10 casas foram bombardeadas perto da mesquita Hasan Al Banna e da Universidade de Gaza, deslocando milhares de pessoas que se abrigavam nas escolas.

“Dezenas de pessoas foram mortas na sequência dos bombardeamentos dos aviões de guerra ocupantes”, indiciou a Wafa. O número total de mortos desde o início da guerra em Gaza, a 7 de Outubro de 2023, ascende a 34.844, segundo a contagem das autoridades palestinianas, enquanto pelo menos 78.404 pessoas ficaram feridas.

Além disso, milhares de corpos estão ainda enterrados sob os escombros e não podem ser alcançados pelas equipas de salvamento. Israel declarou guerra ao movimento Hamas após um ataque surpresa em território israelita que fez cerca de 1.200 mortos e mais de 200 raptos.

10 Mai 2024

Presidente sul-coreano promete laços estreitos com Kiev e “boa relação” com Moscovo

O Presidente da Coreia do Sul prometeu ontem cultivar uma “boa relação” com a Rússia e manter laços estreitos com a Ucrânia, excluindo o fornecimento directo de armas.

Seul “fará tudo o que estiver ao seu alcance para prosseguir a cooperação económica” com Moscovo, mantendo-se ao mesmo tempo próximo de Kiev, afirmou Yoon Suk-yeol, na primeira conferência de imprensa que deu em quase dois anos e depois da derrota do Partido do Poder Popular (PPP) nas eleições gerais de Abril. Yoon referiu ainda a “posição firme” do país de não fornecer armas letais a países em conflito.

Que rica bolsa

Na conferência, o líder sul-coreano, há dois anos no poder, prometeu novas políticas para a educação e o trabalho, bem como ajudas para apoiar o equilíbrio entre a vida profissional e familiar.

Pediu, além disso, a cooperação da oposição, que reforçou a maioria no Parlamento após a pesada derrota de Abril, para aprovar leis que permitam a criação de um novo ministério para combater a baixa taxa de natalidade no país, ameaçado por uma crise demográfica.

“Durante dois anos, tentámos melhorar a vida dos sul-coreanos, mas não foi suficiente. Nos próximos três anos, vamos ouvir a voz do povo com humildade”, disse Yoon, referindo-se à derrota nas urnas e aos três anos que lhe restam no poder.

“Peço desculpa por ter incomodado o povo devido à imprudência da minha mulher”, acrescentou, numa referência ao chamado “escândalo da bolsa Dior”, surgido na sequência de um vídeo gravado com imagens da primeira-dama a receber uma bolsa Dior avaliada em mais de 2.200 dólares das mãos de um religioso.

Yoon escusou-se a fazer mais comentários sobre o assunto, dizendo que não quer influenciar a investigação do gabinete do procurador-geral.

O sucedido pode constituir um crime, uma vez que a lei anticorrupção sul-coreana considera ilegal que um funcionário do Governo, ou cônjuges, recebam presentes avaliados em mais de um milhão de won de uma só vez ou um valor acumulado de mais de três milhões de won durante um ano fiscal.

O caso voltou à ribalta depois da pesada derrota eleitoral do PPP, juntamente com as alegações de que a primeira-dama também teria cometido um crime de manipulação de activos da bolsa entre 2009 e 2012.

Em Janeiro, Yoon teve de exercer o veto presidencial a uma moção do Partido Democrático para investigar o alegado crime de manipulação de activos, mas, na sequência do resultado das eleições, a oposição voltou a pedir a abertura de um inquérito especial sobre o caso.

10 Mai 2024

Huawei | EUA cancela várias licenças de exportação

O governo dos EUA cancelou quarta-feira algumas licenças de exportação para o conglomerado chinês de telecomunicações Huawei, impedindo empresas norte-americanas de lhe venderem componentes, agravando as tensões entre EUA e China. “Não comentamos licenças específicas, ma podemos confirmar que revogamos algumas licenças de exportação para a Huawei”, disse ontem um porta-voz do Departamento do Comércio à AFP.

“Estamos a avaliar em permanência a maneira pela qual os nossos controlos podem proteger ainda melhor a nossa segurança interna e os nossos interesses em matéria de política externa, considerando as ameaças e uma paisagem tecnológica em constante mudança”, acrescentou. “No quadro deste processo, como temos feito, revogámos licenças de exportação”, especificou.

A Huawei está desde há anos no centro de uma intensa disputa entre Washington e Pequim, com os norte-americanos a acusarem a empresa de poder espiar em benefício das autoridades chinesas.

Em reacção, um porta-voz do Ministério do Comércio chinês disse, em comunicado, que “os EUA estenderam demasiado o conceito de segurança interna, politizaram as questões económicas e comerciais, abusaram das medidas de controlo de exportações e adoptaram, por diversas vezes, sanções e medidas de repressão absurdas contra empresas chinesas específicas”.

O porta-voz avisou que “a China tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar firmemente os direitos e os interesses legítimos das empresas chinesa”. Desde 2019, as sanções de Washington eliminaram a Huawei das cadeias de aprovisionamento mundiais de tecnologias e componentes dos EUA.

As sanções norte-americanas forçaram a empresa chinesa a recentrar-se em sectores como programas informáticos, aparelhos interligados, informática de empresa e carros eléctricos, onde detém a marca Aito.

10 Mai 2024

Economia | Comércio externo registou subida homóloga de 8% em Abril

O valor das trocas comerciais realizadas entre a China e o resto do mundo, denominado na moeda chinesa, aumentou 8 por cento, em Abril, em termos homólogos, segundo dados oficiais divulgados ontem pelas alfândegas do país asiático.

O comércio externo da China ascendeu em Abril a cerca de 3,64 biliões de yuan. As exportações aumentaram 5,1 por cento, em relação ao mesmo mês do ano passado, para 2,08 biliões de yuan. As importações cresceram 12,2 por cento, para 1,56 biliões de yuan. O excedente comercial chinês fixou-se assim em 513,4 mil milhões de yuan no quarto mês do ano.

Em termos acumulados, entre Janeiro e Abril, o comércio entre a China e o resto do mundo aumentou 5,7 por cento, em yuan, com as vendas a subirem 4,9 por cento e as compras 6,8 por cento.

As alfândegas também divulgaram ontem dados sobre o comércio externo denominado em dólares, que são utilizados como referência pelos analistas internacionais e que normalmente divergem dos dados comunicados em moeda chinesa devido às flutuações da taxa de câmbio.

O comércio entre a China e o resto do mundo denominado na moeda norte-americana aumentou 4,4 por cento, em termos homólogos, para cerca de 512,56 mil milhões de dólares, com as importações a subirem mais (8,4 por cento) do que as exportações (1,5 por cento).

Os números são mais positivos do que o previsto pelos especialistas, que esperavam que as exportações crescessem 1 por cento e as importações 5,4 por cento.

10 Mai 2024

Visita | China e Hungria são bons amigos, diz Xi Jinping

A China e a Hungria são bons amigos e bons parceiros de confiança mútua, afirmou o Presidente chinês, Xi Jinping, num discurso escrito ao chegar esta quarta-feira a Budapeste para uma visita de Estado à Hungria.

“Estou muito satisfeito por fazer uma visita de Estado ao belo país da Hungria, a convite gracioso do presidente Tamas Sulyok e do primeiro-ministro Viktor Orban”, disse, estendendo as sinceras saudações e votos de felicidades ao governo e ao povo húngaros em nome do governo e do povo da China, indica o Diário do Povo.

Observando que a Hungria é conhecida pela sua história consagrada pelo tempo e profunda herança cultural, Xi disse que o povo húngaro é trabalhador, inteligente, aberto, inclusivo, pioneiro e criativo.

Nos últimos anos, o governo e o povo da Hungria têm avançado com determinação, fazendo progressos impressionantes no desenvolvimento económico e social, disse, acrescenta a publicação. “Como bons amigos e parceiros estratégicos abrangentes, nós, na China, tanto o governo como o povo, regozijamo-nos sinceramente com vossas conquistas.”

Em 1949, a Hungria foi um dos primeiros países a reconhecer e estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China. Em 2004, os dois países decidiram estabelecer uma parceria amigável e cooperativa.

Nos últimos anos, os dois lados têm visto frequentes intercâmbios de alto nível, confiança mútua aprofundada, resultados frutíferos na cooperação da iniciativa Uma Faixa, Uma Rota, intercâmbios interpessoais e culturais vibrantes e estreita coordenação e colaboração em assuntos internacionais e regionais, afirmou Xi.

“Juntos, demos um belo exemplo de construção de um novo tipo de relações internacionais caracterizado pelo respeito mútuo, imparcialidade, justiça e cooperação de benefício mútuo”, disse.

Fazer o futuro

Este ano marca o 75.º aniversário das relações diplomáticas China-Hungria, trazendo uma oportunidade importante para o crescimento das relações bilaterais, continuou o Presidente chinês.

Xi disse que espera reunir-se com o presidente Sulyok, o primeiro-ministro Orban e outros líderes húngaros e que eles delinearão conjuntamente um novo plano para a cooperação e o desenvolvimento, com vista a conduzir a relação China-Hungria a grandes passos e levá-la a um nível superior.

“Acredito que, não importa como o cenário internacional evolua, a China e a Hungria verão sempre e abordarão a relação bilateral a partir de uma perspectiva ampla e uma visão de longo prazo”, disse.

“Através de esforços vigorosos e determinados, trabalharemos juntos para o objectivo de construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade e daremos a nossa devida contribuição para a paz, a estabilidade, o desenvolvimento e a prosperidade do mundo”, acrescentou.

“Estou confiante de que, com os esforços concertados dos dois lados, esta visita será um sucesso total e inaugurará um futuro ainda mais brilhante para as relações China-Hungria”, disse ainda.

10 Mai 2024

Paquistão diz que ataque que matou cinco chineses foi planeado no Afeganistão

O exército do Paquistão afirmou ontem que o atentado suicida que matou cinco engenheiros chineses e um motorista paquistanês, em Março, foi planeado no Afeganistão e que o bombista era um cidadão afegão.

Em conferência de imprensa, o porta-voz do exército, o major-general Ahmad Sharif, disse que quatro homens envolvidos no ataque de 26 de Março em Bisham, um distrito na província de Khyber Pakhtunkhwa, foram detidos. Sharif afirmou que o ataque que matou os engenheiros chineses, que estavam a trabalhar na maior barragem paquistanesa, Dasu, foi uma tentativa de prejudicar a relação entre o Paquistão e a China.

Milhares de chineses estão a trabalhar em projectos relacionados com o Corredor Económico China–Paquistão, uma parte crucial da iniciativa chinesa Uma Faixa, Uma Rota, que visa abrir novas rotas comerciais. Sharif afirmou que o Paquistão dispõe de provas sólidas de que os talibãs paquistaneses, que têm refúgios no Afeganistão, estão por detrás de uma vaga de ataques que matou 62 elementos das forças de segurança em todo o país desde Janeiro.

Os ataques levaram várias embaixadas estrangeiras a adoptar medidas de segurança adicionais, pedindo ao pessoal diplomático e aos cidadãos do Paquistão que se mantivessem vigilantes. Num comunicado difundido na terça-feira, o consulado dos Estados Unidos afirmou estar “ciente da ameaça de um ataque terrorista no porto de Karachi” e pediu aos cidadãos norte-americanos e ao pessoal da embaixada que se mantivessem afastados da zona.

O consulado aconselhou-os também a manterem-se discretos e alerta em locais frequentados por turistas. Karachi, a maior cidade do Paquistão, tem sido palco de vários ataques de militantes nos últimos anos.

Negas talibãs

No mês passado, cinco trabalhadores japoneses escaparam por pouco a um ataque de um bombista suicida que teve como alvo a carrinha que seguiam e que matou um transeunte paquistanês. Sharif afirmou que os talibãs afegãos não honraram as promessas, que fizeram à comunidade internacional antes de chegarem ao poder, de não permitirem que quaisquer forças utilizassem o Afeganistão para realizar ataques noutros países.

Os talibãs paquistaneses – um grupo separado, mas um aliado próximo dos talibãs afegãos que tomaram o poder no Afeganistão em Agosto de 2021 – negaram estar por detrás do ataque de Março, afirmando numa declaração na altura que “os nossos únicos alvos são as forças de segurança que nos foram impostas”.

“Não estamos de forma alguma envolvidos neste ataque”, declararam na altura. O porta-voz do exército do Paquistão prometeu não permitir a permanência de estrangeiros sem documentos no país.

Sharif disse que as forças armadas paquistanesas concluíram 98 por cento da construção de uma vedação ao longo da fronteira com o Afeganistão e 91 por cento da vedação ao longo da fronteira com o Irão, a fim de controlar os movimentos ilegais, travar o contrabando e impedir ataques de militantes transfronteiriços.

Desde o ano passado, 563.639 afegãos em situação ilegal no Paquistão regressaram ao Afeganistão, depois de Islamabade ter lançado uma ofensiva contra os imigrantes ilegais, o que suscitou críticas generalizadas por parte de grupos de defesa dos direitos humanos. O Afeganistão nunca reconheceu a fronteira porosa com o Paquistão, que atravessa a terra ascentral dos Pashtun, o maior grupo étnico do Afeganistão.

8 Mai 2024

Japão | Banco central não descarta nova subida de juros para travar inflação

O governador do banco central do Japão disse ontem que poderá considerar uma mudança na política monetária, com uma nova subida de juros, se a recente desvalorização do iene causar uma aceleração da inflação.

“Em comparação com situações passadas, as flutuações cambiais são mais suscetíveis de afectar os preços” ao consumidor, disse Kazuo Ueda, perante uma comissão do parlamento japonês. O líder do Banco do Japão (BoJ) acrescentou que “está a acompanhar de perto os movimentos recentes de depreciação do iene”.

A moeda do Japão estava ontem a negociar numa faixa perto dos 154 ienes por dólar, depois de no final de Abril ter caído para 160 ienes, pela primeira vez há 34 anos. Isto depois do BoJ ter decidido, de forma unânime, manter a política monetária.

Ueda admitiu ser possível que a inflação no Japão esteja actualmente mais dependente de alterações no mercado cambial e de movimentos “mais agressivos” das empresas na fixação de preços ou salários. “Em alguns casos, isto fará com que a inflação subjacente mude. Se tal situação ocorresse, seria necessária uma resposta de política monetária”, disse o governador do BoJ.

O banco central do Japão subiu em Março a taxa de juro de referência a curto prazo, para 0,1 por cento, o primeiro aumento em 17 anos, mas um valor ainda muito longe das taxas nas outras principais economias mundiais. O iene tem vindo a desvalorizar-se acentuadamente face ao dólar, entre outras moedas, em grande parte devido a este diferencial.

Um iene fraco tende a impulsionar o mercado de acções, uma vez que inflaciona as remessas estrangeiras dos exportadores, mas também aumenta os custos das importações de energia e matérias-primas, das quais o Japão é dependente.

8 Mai 2024

Japão | Toyota regista lucro recorde até Março

A fabricante japonesa de automóveis Toyota Motor anunciou ontem lucros recorde de 4,94 biliões de ienes no ano fiscal terminado em Março, mais do dobro do que no período anterior.

No ano fiscal que decorreu entre Abril de 2023 e 31 de Março passado, o lucro operacional da Toyota subiu também 96,4 por cento, para 5,32 biliões de ienes, o valor mais elevado de sempre para uma empresa japonesa, de acordo com a imprensa local.

O lucro operacional antes de juros e impostos, conhecido pela sigla inglesa de EBIT, aumentou 89,8 por cento em termos homólogos, para 6,96 biliões de ienes, referiu a fabricante. O volume de vendas da Toyota, a maior empresa automóvel do mundo no que toca a vendas, foi de 45,1 biliões de ienes, um aumento de 21,4 por cento face ao ano anterior.

A Toyota vendeu, entre Abril do ano passado e Março, 9,44 milhões de veículos, um aumento de 7 por cento em termos homólogos, depois de subidas em todos os mercados da empresa. A excepção foi o Japão, mercado onde o grupo Toyota foi afectado pela suspensão das vendas da subsidiária Daihatsu, disse o director financeiro da empresa, Yoichi Miyazaki.

Futuro eléctrico

A Daihatsu retomou na terça-feira as operações em todas as fábricas no Japão depois de uma suspensão de mais de quatro meses devido a uma série de irregularidades divulgadas por uma investigação externa. As vendas de todo o grupo, incluindo a marca de luxo Lexus, atingiram 10,3 milhões de veículos, mais 7,3 por cento que um ano antes. Mais de um terço (37,4 por cento), ou quase 3,9 milhões, eram eléctricos, um aumento de 7,8 por cento.

O efeito favorável das taxas de câmbio, devido à fraqueza do iene, teve um impacto positivo no lucro operacional da empresa no valor de 685 mil milhões de ienes, avançou Miyazaki. No entanto, a descida do iene significou também a subida do preço das matérias-primas para a empresa japonesa, algo que foi compensado por uma redução de custos no valor de cerca de 120 mil milhões de ienes, disse o director financeiro.

Para o exercício em curso, que começou a 1 de Abril e vai até ao final de Março de 2025, a Toyota prevê uma queda de 27,8 por cento no lucro líquido, para 3,57 biliões de ienes. Relativamente ao volume de vendas, a Toyota espera um aumento de 2 por cento, para 46 biliões de ienes.

8 Mai 2024

Morreu académica australiana Helen Hill, que partilhou história timorense

A académica e activista australiana Helen Hill, que escreveu a “História de Timor”, faleceu terça-feira, na Austrália, vítima de doença, tendo o Governo timorense considerado ontem que “fará muita falta”. “Helen Hill ajudou a partilhar a nossa história e a nossa luta com o mundo. Ela educou milhares de estudantes. Fará muita falta”, refere o Governo timorense, em comunicado.

A académica australiana visitou Timor-Leste pela primeira vez em 1975 para escrever uma tese de mestrado sobre a transição para a independência, mas o país acabou por ser ocupado pela Indonésia.

“Em vez disso, ela escreveu ‘A História de Timor’, publicado no final de 1975, que se tornou a bíblia para estudiosos e activistas que queriam saber sobre os acontecimentos na nossa terra em apuros que levaram à invasão”, refere o Governo timorense.

Para a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), Helen Hill foi das “poucas australianas que corajosamente recusou a acreditar que a Fretilin e o povo timorense seriam derrotados quando quase todo o mundo pensava o contrário”.

“Lembro-me de Helen Hill desde sua visita no início de 1975 como estudante universitária e encontrei-a novamente ao longo dos anos durante a ocupação e a descobri como uma verdadeira amiga de Timor-Leste”, lembrou o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, também em comunicado.

Lamentos gerais

O antigo Presidente e ex-primeiro-ministro timorense Taur Matan Ruak também lamentou a morte da “activista australiana que lutou pela causa de Timor-Leste”, bem como organizações da sociedade civil timorense, que tiveram a oportunidade de trabalhar com Helen Hill.

“Helen Hill e alguns outros amigos australianos foram instrumentais em ajudar a criação da representação da FRETILIN e o trabalho dos representantes da FRETILIN nas Nações Unidas nos primeiros dias de nossa luta”, explicou Mari Alkatiri.

Helen Hill ajudou a estabelecer a representação da frente diplomática da Fretilin, em Nova Iorque, em 1984, organizou em Camberra um evento no qual o actual Presidente, José Ramos-Horta, discursou pela primeira vez, após a invasão da indonésia, e esteve sempre envolvida em acções de solidariedade com o povo timorense.

Após a restauração da independência, em 2002, Helen Hill trabalhou em Timor-Leste em vários projectos, incluindo programas de desenvolvimento comunitário na Universidade Nacional de Timor-Leste. Foi condecorada em 2014 pelo antigo Presidente Taur Matan Ruak com a medalha da Ordem de Timor-Leste.

8 Mai 2024

Seul-Lisboa | Portugal destaca “impacto positivo” da nova rota aérea directa

A nova ligação aérea entre Portugal e a Coreia do Sul poderá trazer um forte impulso ao turismo internacional para o país. O Turismo de Portugal aplaude a criação da nova rota e mostra-se optimista no desenvolvimento novas oportunidades no mercado asiático

 

O Turismo de Portugal destacou ontem o “impacto positivo” na promoção do turismo internacional para o país da nova ligação aérea directa entre Seul e Lisboa, a operar a partir de Setembro pela Korean Air.

“Destaca-se sobretudo pelo impacto positivo na promoção do turismo internacional para Portugal e no fortalecimento da conectividade aérea com uma região muito importante e carenciada de ligações a Portugal”, sustenta o Turismo de Portugal em comunicado.

Referindo que a nova rota é “o culminar de um trabalho colaborativo intenso” com a ANA Aeroportos e a Korean Air, o Turismo de Portugal destaca que “representa a segunda ligação directa da Ásia para Portugal e deverá potenciar novas oportunidades de mercado não só na Coreia, mas também no Japão, onde a Korean Air tem uma forte presença consolidada e poderá captar uma fatia importante do mercado japonês através das suas ligações via Seul”.

Com três voos semanais, às quartas-feiras, sextas-feiras e domingos, a nova ligação directa entre Seul e Lisboa será inaugurada no próximo mês de Setembro.

“Esta rota é um marco na conectividade aérea e no fortalecimento das relações entre Portugal e a Ásia”, afirma o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, citado no comunicado, acrescentando que este organismo “está focado em identificar e aproveitar oportunidades em mercados promissores para atender às necessidades do turismo.”

Segundo o Turismo de Portugal, a Coreia do Sul é “um dos mercados asiáticos muito promissores” para o sector, tendo-se destacado em 2023 como o 25.º mercado turístico da procura externa aferido pelo indicador dormidas e o 19.º no indicador hóspedes.

Face a 2022, o número de hóspedes em 2023 aumentou cerca de 189 por cento, fixando-se em 170,1 mil, enquanto nas dormidas o acréscimo foi de 136,2 por cento, registando-se 264,7 mil dormidas de sul-coreanos em Portugal.

“Estes números reflectem um potencial de crescimento significativo para Portugal nos próximos anos com a implementação desta nova rota”, sustenta o Turismo de Portugal, reafirmando o seu “compromisso com a promoção da conectividade e a expansão para novos mercados, […] através de uma aposta clara na captação de novas rotas e parcerias estratégicas de ‘marketing’ envolvendo os destinos nacionais”.

Pólos ligados

A companhia aérea de bandeira sul-coreana Korean Air anunciou na terça-feira o lançamento de voos ‘charter’ directos entre a capital da Coreia do Sul, Seul, e Lisboa a partir de 11 de Setembro.

Num comunicado, a Korean Air disse que irá usar aviões Boeing 787-9, com capacidade para 290 passageiros, para operar três voos semanais entre o aeroporto de Seul Incheon e Lisboa. A companhia aérea disse que os voos irão decorrer durante quase dois meses, pelo menos até 25 de Outubro, mas admitiu que “também tem planos para prolongar a operação desta rota durante a época de inverno”.

A Korean Air sublinhou que a nova ligação a partir de Incheon irá oferecer “os únicos voos diretos entre Lisboa e o Nordeste da Ásia”, região que inclui o Japão, a Mongólia e o extremo oriente da Rússia. “Os novos voos directos irão facilitar a deslocação, tornando mais acessíveis as viagens para Lisboa e cidades vizinhas”, disse a companhia aérea, que deu como exemplo o Porto.

Esta ligação poderá também ser usada para passageiros que queiram voar entre Macau e Lisboa, disse na segunda-feira num comunicado a CAM, empresa gestora do aeroporto da região administrativa especial chinesa.

8 Mai 2024

Rússia | Pequim felicita Putin pela tomada de posse para um quinto mandato

O Governo chinês felicitou ontem o Presidente russo, Vladimir Putin, pela sua tomada de posse para um quinto mandato à frente do Kremlin.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, disse em conferência de imprensa que a Rússia “vai continuar a fazer novas conquistas na construção do Estado [russo] e no desenvolvimento económico e social” sob a liderança de Putin.

Lin Jian afirmou que as relações entre China e Rússia “têm mantido um desenvolvimento saudável e estável” e “têm desempenhado um papel positivo na promoção do desenvolvimento comum e do progresso no mundo”.

“Os laços entre China e Rússia trouxeram benefícios tangíveis para os povos dos dois países”, acrescentou o porta-voz, manifestando a esperança de que Moscovo e Pequim “reforcem continuamente a sua confiança mútua”, “expandam a sua cooperação”, “pratiquem um multilateralismo genuíno” e “conduzam a governação global numa direcção mais justa e razoável”.

O porta-voz chinês recusou-se a confirmar se Putin vai visitar a China este mês, como o líder russo anunciou anteriormente.

Em Fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão da Ucrânia, Putin e o Presidente chinês, Xi Jinping, proclamaram em Pequim uma “amizade sem limites” entre as suas nações. Desde então, têm argumentado que os seus laços “não ameaçam nenhum país” e que, de facto, “promovem o multilateralismo nas relações internacionais”.

Desde o início do conflito na Ucrânia, a China tem apelado ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, referindo-se à Rússia.

8 Mai 2024

Hong Kong | Música de protesto proibida

Um tribunal de recurso atendeu ontem ao pedido do Governo de Hong Kong para proibir uma canção popular de protesto, anulando uma decisão judicial anterior. O Governo central chinês justificou ontem que a proibição da música pelo tribunal de Hong Kong foi uma “medida necessária”.

“Impedir que alguém use ou transmita a música em questão (…) é uma medida legítima e necessária tomada por Hong Kong para cumprir a sua responsabilidade de proteger a segurança nacional”, disse Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, durante a sua conferência de imprensa regular. “Glória a Hong Kong” é a primeira música proibida no território desde o regresso da ex-colónia britânica à China, em 1997.

O Governo de Hong Kong apresentou em Junho um pedido para proibir a música. Entretanto, no final de Julho, os tribunais rejeitaram o pedido, considerando que a sua proibição levantaria sérias questões sobre a liberdade de expressão. O Executivo da cidade apresentou um recurso que foi ontem atendido pelo tribunal.

8 Mai 2024

China | Autor do ataque em hospital passou três anos na prisão e é residente local

O autor do ataque a um hospital no sudoeste da China, que causou dois mortos e 21 feridos, é residente da vila onde ocorreu o incidente e esteve preso anteriormente, informou a imprensa local.

O suspeito, que se encontra sob custódia policial desde terça-feira, tem 40 anos e vive na mesma vila onde ocorreu o incidente, segundo fontes policiais citadas pelo jornal chinês Henan Daily.

O homem passou anteriormente três anos na prisão após ter cometido em 2013 uma agressão relacionada com um litígio sobre a compra de uma mota, segundo o mesmo jornal. Até ao momento, as autoridades não divulgaram informações sobre os motivos do ataque de terça-feira, que ocorreu às 13:20 locais no Hospital Chengnan, na vila de Zhenxiong, província de Yunnan.

As imagens de vigilância do hospital divulgadas pouco depois do incidente mostram um homem no hospital com pelo menos duas facas com as quais atacou várias pessoas, após o que várias caíram no chão com ferimentos. Em 2016, depois de vários episódios de violência em hospitais chineses, as autoridades decidiram colocar polícias armados nos centros de saúde para impedir ataques de doentes ou familiares contra o pessoal médico.

Quatro anos mais tarde, o país asiático promulgou uma lei da saúde que concedeu uma protecção específica ao pessoal médico e proibiu ameaçar ou pôr em perigo a segurança dos trabalhadores do sector, embora factores como a escassez de recursos médicos e o elevado custo de alguns tratamentos continuem a ser fonte de conflito.

Armas do crime

A China tem registado vários incidentes deste género, normalmente protagonizados por pessoas com problemas psicológicos ou ressentimentos com vizinhos ou a sociedade em geral.

A lei chinesa proíbe rigorosamente a venda e posse de armas de fogo, pelo que os ataques são geralmente feitos com facas, explosivos de fabrico artesanal ou por atropelamento. Em Julho passado, um homem armado com uma faca matou seis pessoas e feriu outra num jardim-de-infância na província de Guangdong, no sudeste da China.

8 Mai 2024

Sérvia | Presidente declarou perante Xi que Taiwan faz parte da China

Depois de Paris, o Presidente chinês prossegue o seu périplo pela Europa. Em Belgrado, ouviu do seu homólogo sérvio palavras de amizade e reconhecimento de “Uma só China”

 

O Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, declarou que “Taiwan é a China” durante um discurso de boas-vindas ao homólogo chinês Xi Jinping, que se encontra em Belgrado. “Temos uma posição clara e simples sobre a integridade territorial da China”, disse Vucic a uma multidão reunida em frente à sede do Governo da Sérvia. “Sim, Taiwan é a China”, sublinhou Vucic, num discurso transmitido pela televisão local.

O Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, foi recebido ontem na capital da Sérvia pelo homólogo sérvio, antes das conversações bilaterais destinadas a aprofundar os laços económicos entre Pequim e Belgrado. A República Popular da China investiu milhares de milhões de euros na Sérvia e nos Balcãs, nomeadamente nos sectores da exploração mineira e da indústria transformadora. Pequim e Belgrado assinaram um acordo de comércio livre no ano passado.

Alvo falhado

O chefe de Estado chinês chegou a Belgrado no final da tarde de terça-feira, após uma visita de Estado a França onde manteve conversações com o Presidente francês Emmanuel Macron sobre os diferendos comerciais.

Além da França, os dois outros países escolhidos por Xi Jinping para a primeira viagem à Europa desde 2019 (Sérvia e Hungria) são considerados estados com boas ligações com a Rússia e a República Popular da China. O ministro das Finanças sérvio, Sinisa Mali, disse ontem à emissora pública RTS que as conversações com a delegação de Pequim vão concentrar-se num “grande projecto”, mas não forneceu mais pormenores.

Esta visita de Xi Jinping a Belgrado coincide com o 25.º aniversário do bombardeamento da embaixada chinesa pelos Estados Unidos, que matou três pessoas no dia 7 de Maio de 1999. A embaixada foi atingida durante uma campanha de ataques da NATO contra alvos sérvios durante a guerra do Kosovo.

Mais tarde, os Estados Unidos pediram desculpa, alegando que os mapas não estavam actualizados e por isso, o piloto do avião de combate falhou o alvo. Referindo-se aos factos de 1999, num artigo publicado ontem no diário sérvio Politika, Xi Jinping escreveu que a NATO tinha “bombardeado sem vergonha” o edifício da embaixada.

8 Mai 2024

Clima | Enviado de Pequim visita EUA para conversações

O enviado especial da China para o clima, Liu Zhenmin, vai estar nos Estados Unidos até 16 de Maio para conversações sobre o ambiente com o homólogo norte-americano John Podesta, anunciou Pequim. “O enviado especial da China para as alterações climáticas, Liu Zhenmin, vai liderar uma delegação aos Estados Unidos entre os dias 7 e 16 de Maio”, anunciou ontem o Ministério da Ecologia e do Ambiente chinês, em comunicado.

Por seu lado, o Departamento de Estado norte-americano avançou que Liu e Podesta vão reunir-se em Washington para uma “reunião bilateral do grupo de trabalho sobre o reforço da acção climática na década de 2020”, de acordo com uma nota de imprensa.

Trata-se do primeiro encontro entre os dois enviados, ambos recentemente nomeados, mas também o primeiro intercâmbio entre Washington e Pequim sobre o clima desde a COP28, realizada no Dubai, em Dezembro.

Nessa altura, um acordo de compromisso global apelou pela primeira vez para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis, principal causa do aquecimento global.

Os respectivos antecessores de Liu e Podesta, Xie Zhenhua e John Kerry, desenvolveram uma relação muito cordial, o que permitiu fazer avançar as discussões sobre a questão climática entre os dois países que mais emitem dióxido de carbono no mundo.

De acordo com Pequim, os dois enviados vão manter uma “troca de pontos de vista aprofundada” sobre um acordo alcançado na Califórnia entre os antecessores antes da COP28, e discutir também a promoção da “cooperação em matéria de clima entre a China e os Estados Unidos”.

De acordo com o Departamento de Estado norte-americano, as discussões vão incidir, em particular, [dióxido de carbono] sobre “a transição energética, o metano e os gases com efeito de estufa não-CO2, a economia circular e a eficiência energética, cidades, estados e províncias com baixas emissões de carbono e a desflorestação, entre outros”.

8 Mai 2024

Médio Oriente | Pequim insta Israel a parar de atacar Rafah

A China instou ontem Israel a “parar de atacar Rafah”, depois de o Exército israelita ter anunciado que tinha tomado o controlo do lado de Gaza da passagem de Rafah entre a Faixa de Gaza e o Egipto.

“A China apela firmemente a Israel para que atenda aos vários pedidos da comunidade internacional, pare de atacar Rafah e faça tudo o que estiver ao seu alcance para evitar uma crise humanitária mais grave na Faixa de Gaza”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian.

O Exército israelita realizou ataques em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza sitiada, na segunda-feira à noite. Israel está a tentar aumentar a “pressão” sobre o Hamas algumas horas antes de novas conversações no Cairo, numa tentativa de influenciar um acordo de tréguas ao qual o movimento islamita deu luz verde.

Depois de ter afirmado durante semanas que estava a planear uma ofensiva terrestre em Rafah, Israel apelou na segunda-feira aos palestinianos do leste da cidade para se retirarem da zona, como prelúdio de uma “operação terrestre”.

Onze pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos ataques israelitas, segundo o hospital do Kuwait em Rafah. O exército israelita anunciou ontem que as tropas terrestres tinham iniciado uma “operação antiterrorista direccionada” na zona leste de Rafah.

Pequim “manifesta a sua profunda preocupação com o projecto de Israel de lançar uma operação militar terrestre contra Rafah”, afirmou a diplomacia chinesa. “A guerra e a violência não podem resolver fundamentalmente o problema e não podem conduzir a uma verdadeira segurança”, acrescentou Lin.

8 Mai 2024

Vistos | Pequim prolonga isenção a 11 países até 2025, menos Portugal

A China vai prolongar a política de isenção de vistos para cidadãos de onze países europeus até 2025, uma medida que exclui Portugal, anunciou ontem o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

O porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian, explicou que os cidadãos de França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Suíça, Irlanda, Hungria, Áustria, Bélgica e Luxemburgo poderão permanecer no país asiático para turismo, negócios ou trânsito durante 15 dias.

A política permanecerá em vigor até Dezembro de 2025, disse o porta-voz. Em Novembro passado, a China anunciou que os nacionais de França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha e Malásia beneficiariam de uma isenção de visto unilateral até Dezembro de 2024.

Em Março passado, o Governo chinês alargou a política de isenção de vistos para estadias de até 15 dias a mais seis países europeus — Suíça, Irlanda, Hungria, Áustria, Bélgica e Luxemburgo -, mas Portugal continuou ausente.

O embaixador português em Pequim, Paulo Nascimento, disse então à agência Lusa “não entender” o critério de deixar Portugal de fora. O diplomata lembrou que a China está no direito de decidir a sua política de vistos de forma autónoma, mas admitiu então que ia pedir uma consulta específica sobre esta decisão às autoridades do país.

Sem fronteiras

Especialistas defendem que a morosidade dos procedimentos de pedido de visto e o preço dos bilhetes de avião são as principais razões pelas quais o turismo estrangeiro ainda não atingiu os níveis anteriores à pandemia da covid-19, durante a qual a China impôs um encerramento quase total das fronteiras.

Nos últimos meses, o país asiático adoptou uma série de medidas para ajudar os viajantes internacionais.

Os serviços de pagamento electrónico WeChat Pay e Alipay anunciaram no último ano várias medidas para disponibilizar os seus sistemas de pagamento aos utilizadores estrangeiros que visitam a China, que por vezes têm dificuldade em pagar no país e em utilizar determinados serviços.

8 Mai 2024

Estudo indica que progresso tecnológico chinês está a remodelar geopolítica mundial

Um estudo ontem divulgado concluiu que os avanços tecnológicos da China estão a remodelar a geopolítica mundial, apesar dos esforços dos Estados Unidos para contrariar a influência crescente de Pequim.

“O poder crescente da China” e a expansão das tecnologias emergentes, incluindo na inteligência artificial, redes 5G e computação quântica, “são fundamentais para impulsionar mudanças na geopolítica mundial”, disse Maria Papageorgiou, uma das autoras do estudo e professora na Universidade de Exeter, no Reino Unido, num comunicado emitido pela instituição.

A análise, publicada na revista Chinese Political Science Review, baseia-se na teoria do “equilíbrio das ameaças”, segundo a qual os Estados consideram os níveis de ameaça externa juntamente com o seu poder interno quando tomam decisões. “Confrontados com uma ameaça, os Estados, num sistema internacional anárquico, podem equilibrar a ameaça ou alinhar com a fonte da ameaça”, explicou.

Os analistas afirmaram que uma “coligação de equilíbrio” global foi formada pelos Estados Unidos e países aliados, que utilizam sanções, proibições de exportação e a formação de alianças estratégicas para reduzir o alcance da China nas tecnologias emergentes.

O desenvolvimento de tecnologias emergentes, que têm “implicações imprevisíveis” na segurança nacional, “exige uma reavaliação do papel da tecnologia nos assuntos internacionais e do seu impacto no sistema internacional”, escreveu a equipa.

Embora as percepções do poder de um país sejam frequentemente limitadas pela proximidade geográfica, a natureza transfronteiriça dessas tecnologias emergentes torna-as “desimpedidas pelas defesas tradicionais do ar, da terra ou do mar”, lê-se.

De acordo com os autores, entre 2017 e 2023, a posição da China como um “concorrente quase par dos EUA” a nível tecnológico levou Washington a “investir mais do que a China e a restringir o seu acesso a certas tecnologias críticas, novos mercados e recursos necessários para o progresso tecnológico”.

Pé de igualdade

Em 2021, os EUA proibiram investimentos em 59 empresas chinesas no sector dos ‘chips’ semicondutores, incluindo a Huawei. No ano seguinte, entrou em vigor a Lei de Chips e Ciência, que visa impulsionar o investimento na indústria norte-americana de semicondutores.

Outros países “seguiram as pegadas”, referiu o estudo, apontando para o acordo entre EUA, Países Baixos e Japão, em Janeiro de 2023, para “travar a venda de algumas máquinas avançadas de fabrico de ‘chips’ e restringir as vendas de semicondutores avançados à China”.

“A aceitação das recomendações políticas dos EUA, que por vezes ocorre após meses de árduas negociações, representa um esforço conjunto dos aliados para impedir a aquisição pela China de tecnologia de ponta em semicondutores, com o objectivo de preservar a sua própria superioridade tecnológica”, escreveu a equipa.

Embora a China ainda esteja atrás dos EUA nas principais tecnologias de IA, este é um sector em que a China “passou a competir com os EUA” e começou a exportar a sua tecnologia, acrescentaram.

“Como resultado, mais de 60 países usam exclusivamente a tecnologia chinesa de vigilância de IA, a maioria dos quais em África e na América Latina”, referiu. A China tornou-se dominante na adopção global do 5G, com a Huawei a liderar a implementação global, sendo responsável por 91 contratos comerciais, principalmente com países em desenvolvimento na Ásia.

“Os EUA envolveram-se numa campanha agressiva para convencer os parceiros europeus a banir os fornecedores chineses da rede 5G”, escreveu a equipa. Os investigadores também apontaram para o Conselho de Comércio e Tecnologia UE-EUA, que sinaliza “uma potencial aliança para combater a expansão da tecnologia chinesa”.

O conselho foi criado em 2021 para se concentrar nos controlos de exportação e nas preocupações com as tecnologias emergentes.

7 Mai 2024

1º Maio | Viagens domésticas na China aumentam 7,6% durante feriados

A China registou cerca de 295 milhões de viagens turísticas domésticas nos feriados do Dia dos Trabalhadores, mais 7,6 por cento, em termos homólogos e mais 28,2 por cento relativamente ao mesmo período de 2019, foi ontem anunciado.

O número, divulgado pelo Ministério da Cultura e Turismo, ultrapassa assim os níveis anteriores à pandemia da covid-19. As autoridades já tinham previsto um aumento significativo da actividade turística durante este feriado, que decorreu entre 1 e 5 de Maio, com as reservas a apontarem para uma preferência por viagens de longa distância dentro do país.

A China registou ainda cerca de 8,47 milhões de viagens de entrada e saída das fronteiras durante o feriado, um aumento de 35,1 por cento em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com a Administração Nacional de Imigração chinesa.

O número diário de viagens atingiu o pico na sexta-feira, com um recorde de mais de 1,8 milhões, disse a administração. Cerca de 4,77 milhões eram viajantes do continente, enquanto os viajantes de Hong Kong, Macau e Taiwan representaram 2,92 milhões e os visitantes estrangeiros 779.000.

Estes três números representam aumentos substanciais em relação ao ano anterior, com subidas homólogas de 38 por cento, 20,8 por cento e 98,7 por cento, respectivamente, disse a administração.

O sector do turismo, um dos mais atingidos pela pandemia e pela política “covid zero” que fechou as fronteiras da China durante três anos, dá agora sinais de retoma, impulsionado pelo aumento das despesas dos turistas chineses.

6 Mai 2024

Pequim insta Filipinas a “regressar ao diálogo” para resolver litígios territoriais

A China instou ontem as Filipinas a “resolver as diferenças através do diálogo e da consulta”, após repetidos confrontos entre navios de ambos os países em águas disputadas no Mar do Sul da China.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lin Jian, sublinhou ontem, em conferência de imprensa, os “esforços e a sinceridade” da China para gerir as diferenças através do diálogo e da consulta.

Lin referiu-se a um “acordo de cavalheiros” alcançado no final de 2021 entre a China e as Filipinas, que “reflecte a intensa comunicação e negociação bilateral” entre as duas partes, embora o porta-voz tenha acusado Manila de não ter honrado o acordo em Fevereiro passado.

O porta-voz disse que o seu país “negociou repetidamente através dos canais diplomáticos com o comando militar filipino no início deste ano para estabelecer um ‘novo modelo'” para o fornecimento de bens essenciais ao Atol de Ayungin, onde as Filipinas têm um pequeno destacamento num antigo navio militar, o Sierra Madre, que está encalhado desde 1999 para reivindicar a soberania sobre o local.

Segundo Lin, este acordo deveria ter sido aplicado em Fevereiro passado, mas foi abandonado pouco depois por Manila.

“As declarações das Filipinas não podem negar os factos objectivos dos acordos alcançados, incluindo o ‘acordo de cavalheiros’, o entendimento interno e o ‘novo modelo'”, disse o porta-voz. Lin sublinhou que estes entendimentos e consensos têm como objectivo gerir as diferenças, evitar conflitos, criar confiança e manter a paz e a estabilidade na zona.

Meter água

Na passada terça-feira, navios da guarda costeira chinesa voltaram a disparar canhões de pressão de água contra navios filipinos, causando danos materiais, nas águas disputadas ao largo do Atol de Scarborough. Em Março passado, ocorreram incidentes em que navios da Guarda Costeira e milícias chinesas utilizaram canhões de água sob pressão contra navios filipinos em missões de abastecimento na Sierra Madre.

Desde que chegou ao poder, em Junho de 2022, o Presidente Ferdinand Marcos Jr. reforçou os laços de defesa com os EUA e criticou Pequim relativamente às reivindicações de soberania no Mar do Sul da China.

Em Julho de 2016, o Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia decidiu a favor das Filipinas numa sentença contra a China sobre a soberania no Atol de Scarborough, que fica a menos de 321 quilómetros da ilha filipina de Luzon e estaria dentro da área económica exclusiva de Manila de acordo com o direito internacional.

Pequim não acatou a decisão, alegando razões históricas para a reivindicação de soberania sobre a quase totalidade do mar do Sul da China, uma reivindicação que entra em conflito com as de outros países, incluindo Vietname, Malásia e Brunei.

Por estas águas estratégicas, onde os Estados Unidos defendem o direito à livre navegação, passa 30 por cento do comércio marítimo mundial. A região alberga ainda 12 por cento das zonas de pesca do mundo, bem como jazidas de petróleo e gás.

6 Mai 2024

Xi Jinping na Europa | França deve procurar “meio termo”, escreve imprensa chinesa

A viagem a França do Presidente chinês, Xi Jinping, constitui uma “oportunidade” para Paris ser “sincera” e “chegar a um meio-termo”, com vista a “contribuir para a estabilidade da economia global”, defendeu ontem a imprensa chinesa.

“Espera-se sinceramente que a França chegue a um meio-termo com a China, promovendo uma maior cooperação bilateral em matéria de comércio e investimento, através de uma melhor comunicação e coordenação, contribuindo, em última análise, para a estabilidade e prosperidade da economia global”, afirmou o jornal estatal Global Times, em editorial, numa altura de crescentes tensões económicas e comerciais entre a União Europeia (UE) e a China.

A Europa tem de ver a China de uma “perspectiva global”, algo que “beneficiaria o mundo”, porque “a China é uma oportunidade”, afirmou He Zhigao, do Instituto de Estudos Europeus da Academia Chinesa de Ciências Sociais, citado pelo Global Times. “Mas se a Europa ficar do lado dos Estados Unidos, só verá a China como um desafio”, vincou.

Xin Hua, do Centro de Estudos da União Europeia da Universidade de Estudos Internacionais de Xangai, considerou que a orientação estratégica da França desempenha “um papel decisivo” na UE e que, enquanto os dois países mantiverem uma interação positiva, as relações entre Pequim e o bloco permanecerão “estáveis”.

“Embora tenha havido altos e baixos nas relações entre China e UE, nos últimos anos, a atitude e a postura cooperativa da China e da França em muitas questões permaneceram estáveis. Desde o ano passado, os intercâmbios a todos os níveis entre a China e a Europa foram totalmente retomados e cada vez mais os europeus reconhecem a boa vontade da China”, apontou.

“Para a Europa, a China é uma oportunidade e não um risco. Somos um parceiro e não um rival. De um modo geral, a vontade da Europa de cooperar com a China está a aumentar”, acrescentou.

Espinhos atravessados

Os analistas citados pelo Global Times não mencionaram algumas das questões mais espinhosas da relação, como a situação dos Direitos Humanos na China ou as tensões comerciais, especialmente depois de Bruxelas ter anunciado medidas para combater práticas que considera injustas, nomeadamente a subvenção maciça de alguns sectores que inundam o mercado europeu.

Analistas citados pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, afirmaram ontem que as restrições europeias aos automóveis fabricados na China “não vão impedir” os principais fabricantes de automóveis chineses, desde a BYM à Chery Automobile, “de prosseguirem as suas ambições globais”.

6 Mai 2024

Xi Jinping na Europa | Paris e Pequim querem relação harmoniosa

O Presidente chinês, Xi Jinping, está em Paris, onde reuniu com Macron e Von der Leyen, naquela que é a sua primeira visita à Europa após o fim da pandemia. Depois de França, o périplo europeu inclui também visitas à Hungria e Sérvia

 

A França comprometeu-se ontem a manter uma relação equilibrada entre a China e a União Europeia (UE) num encontro dos Presidentes dos dois países em Paris, em que participou a presidente da Comissão Europeia. “A nossa vontade é ter uma relação equilibrada com a China”, afirmou o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, antes do início da reunião com Xi Jinping e Ursula von der Leyen no Palácio do Eliseu.

Macron exigiu “regras justas para todos” no comércio entre a Europa e a China, segundo a agência espanhola EFE. “O futuro do nosso continente dependerá claramente da nossa capacidade de continuar a desenvolver as relações com a China de uma forma equilibrada”, disse Macron, também citado pela agência francesa AFP.

Nas breves declarações à imprensa antes da reunião à porta fechada com Xi e Von der Leyen, o líder francês aludiu às tensões económicas e comerciais entre a China e a UE.

A UE anunciou nos últimos meses medidas de protecção contra práticas que considera injustas por parte de Pequim, nomeadamente a subvenção de certos sectores cujos produtos inundam o mercado europeu.

Macron disse que existem outras preocupações que serão discutidas com o Presidente chinês, e falou das guerras na Ucrânia e no Médio Oriente. “São duas grandes crises em que a coordenação entre nós é absolutamente crucial”, afirmou.

Xi apelou para que a China e a UE reforcem a “coordenação estratégica” e se mantenham parceiros, num contexto de numerosos litígios que vão do comércio aos direitos humanos.

“Como duas grandes potências mundiais, a China e a UE devem permanecer parceiros, prosseguir o diálogo e a cooperação, aprofundar a comunicação estratégica, reforçar a confiança mútua estratégica, consolidar o consenso estratégico e empenhar-se na coordenação estratégica”, disse Xi.

Segundo o líder chinês, “o objectivo é promover o desenvolvimento estável e saudável das relações entre a China e a UE, e dar constantemente novos contributos para a paz e o desenvolvimento no mundo”.

Diferenças de parte

A UE considera oficialmente a China como um parceiro, mas também como um concorrente e um rival sistémico. As relações entre Pequim e Bruxelas tornaram-se significativamente tensas sobretudo desde que a UE lançou uma investigação sobre os subsídios do gigante asiático aos carros eléctricos em 2023.

A China foi também criticada pelo Ocidente, nomeadamente pelos europeus, relativamente à questão da Ucrânia. Embora apele ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia, a China nunca condenou publicamente a Rússia.

Pequim também reforçou as relações diplomáticas e económicas com Moscovo desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em Fevereiro de 2022. Apesar das diferenças, Pequim considera Bruxelas um parceiro mais estável e previsível do que os Estados Unidos, que nos últimos anos intensificaram as restrições comerciais e as declarações políticas hostis em relação à China.

“Esperamos que as relações sino-francesas e sino-europeias se reforcem mutuamente e se desenvolvam em conjunto”, disse Xi a Macron e a Von der Leyen. Xi Jinping iniciou ontem em França a primeira visita à Europa desde a pandemia de covid-19, que inclui também Hungria e Sérvia, dois países considerados próximas da China e da Rússia.

6 Mai 2024