Hoje Macau China / ÁsiaPresidente de Taiwan quer investigação rápida sobre acidente ferroviário fatal [dropcap]A[/dropcap] presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, apelou à realização de uma investigação rápida e transparente que esclareça as causas do pior acidente de comboio do país nas últimas três décadas. “Todos estamos preocupados em conhecer as causas do acidente e já pedi que fosse feita uma investigação que tornasse clara toda a situação do acidente, para que os cidadãos possam ter um relatório completo”, disse a presidente Tsai Ing-Wen em declarações aos jornalistas. Segundo anunciou o porta-voz da administração ferroviária de Taiwan, o relatório pode demorar mais de um dia a ser feito devido ao tempo que demoram a ser feitas as entrevistas e a verificação dos registos. O Puyuma Express tinha oito carruagens e transportava 366 pessoas com destino a Taitung, no sul de Taiwan, quando descarrilou e provocou 18 mortos e 187 feridos. O acidente aconteceu numa curva e as gravações obtidas pela imprensa local mostram as faíscas provocadas pelo choque do comboio a derrubar as estruturas de metal que se encontravam ao lado da via-férrea. Os socorristas procuraram vítimas durante a noite de domingo para segunda-feira, antes que outra equipa viesse para remover as carruagens danificadas, onde já foram procurados indícios sobre as causas do acidente. A velocidade do comboio ainda não foi divulgada, mas não foi descartada como possível causa do acidente. Alguns sobreviventes disseram à agência de notícias oficial de Taiwan, citada pela Associated Press, que o condutor do comboio acionou várias vezes o travão de emergência antes do acidente. O comboio teve a sua última inspeção e manutenção em 2017, disse o diretor da Ferroviária de Taiwan Lu, Chieh-shen, numa conferência de imprensa no passado domingo, antes de pedir a demissão. O ministro da defesa nacional, Chen Chung-chi, anunciou hoje que sete feridos ainda permanecem em cuidados intensivos e que nenhum deles corre risco de vida. O comboio transportava mais de 360 passageiros numa viagem de rotina entre um subúrbio de Taipei, no norte do país, até à cidade de Taitung, na costa do sudeste do país. O acidente, uma “grande tragédia” nas palavras da presidente do Taiwan, foi a pior catástrofe ferroviária no país desde 1991 quando 30 passageiros morreram e 112 ficaram feridos na colisão de dois comboios em Miaoli, no noroeste do país.
Hoje Macau China / ÁsiaVice-Presidente chinês chega a Israel para visita de quatro dias [dropcap]O[/dropcap] vice-presidente chinês Wang Qishan chegou hoje a Israel para uma visita de quatro visitas, a primeira de um responsável chinês deste nível em 18 anos a este país, segundo uma fonte oficial. Wang, que está acompanhado de uma importante delegação ministerial, deve reunir-se esta noite com o chefe do governo israelita, Benjamin Netanyahu, indicou o gabinete do primeiro-ministro. Na quarta-feira, os dois dirigentes vão participar na quarta reunião da comissão conjunta sino-israelita sobre cooperação e inovação, que se realiza de forma alternada nos dois países. A última visita de um alto dirigente chinês a Israel ocorreu em 2000, com a deslocação do então Presidente Jiang Zemin. Netanyahu foi à China em Março de 2017. Wang, que esteve hoje na parte velha de Jerusalém, deve reunir-se, na terça-feira, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, com o primeiro-ministro palestiniano, Rami Hamdallah. Em 2016, a China e Israel lançaram as discussões de um tratado de comércio livre. Os acordos concluídos em 2017 já facilitaram a exportação de laticínios israelitas para a China e autorizaram os chineses a irem trabalhar no setor da construção e das obras públicas em Israel, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Estado judaico. A China multiplicou os seus investimentos em Israel nos últimos anos, atingindo um total de 25 mil milhões de dólares, segundo a imprensa israelita. Um grupo público chinês assumiu em 2014 o controlo do Tnuva, o principal grupo alimentar de Israel. Empresas chinesas venceram também os concursos para a gestão, durante 25 anos, dos dois principais portos israelitas, Haifa e Ashdod. Outras sociedades chinesas estão envolvidas na construção de túneis perto de Haifa e em vias de eléctricos. A presença chinesa em Israel suscitou discussão. O antigo chefe do serviço de informações israelita Mossad, Ephraim Halevy, alertou para o perigo que representavam os investimentos chineses em setores estratégicos para Israel. O Ministério da Defesa já interditou a participação das empresas chinesas em concursos lançados pelo exército israelita. Estas inquietações estiveram na origem, segundo a imprensa local, da recusa do Ministério das Finanças em autorizar a aquisição por grupos chineses de dois dos principais fundos de pensões israelitas, por receio que Pequim ficasse a controlar milhares de milhões de dólares e o futuro de mais de um milhão de reformados israelitas.
Hoje Macau China / ÁsiaTimor-Leste vai abrir em 2019 novos blocos para exploração de petróleo on-shore [dropcap]A[/dropcap]s autoridades timorenses deverão abrir novos blocos de exploração de petróleo on-shore no sul de Timor-Leste em 2019 e, paralelamente, ampliar a zona de exploração no Mar de Timor, anunciou o Governo. Ministro interino de Petróleo e Recursos Minerais timorense, Agio Pereira, anunciou numa conferência em Díli que a Autoridade Nacional do Petróleo e Minerais (ANPM) lança em 2019 “uma nova ronda para exploração de petróleo on-shore”. Recorde-se que em abril de 2017 Timor-Leste concedeu as primeiras duas licenças de exploração e produção de petróleo no interior do país. Esses dois primeiros contratos abrangem uma área de cerca de dois mil quilómetros quadrados e incluem as obrigações mínimas de trabalhos, incluindo levantamentos sísmicos 2D, estudos de impacto ambiental e a perfurações de pesquisa. Os contratos foram adjudicados à TIMOR GAP Onshore Block, uma subsidiária da empresa pública petrolífera de Timor-Leste (TIMOR GAP), e à Timor Resources Pty Ltd, uma empresa australiana que faz parte do Nepean Group. A Timor Resources declarou que prevê investir cerca de 42 milhões de dólares americanos no projeto nos primeiros três anos. Em agosto a empresa anunciou um contrato à BGP Indonesia para conduzir sondagens sísmicas onshore com petróleo descoberto em quatro das 12 perfurações iniciais de exploração. Além da nova ronda de exploração onshore, o Governo quer ampliar a zona de exploração off-shore, especialmente depois de concluído o processo de ratificação do novo tratado de fronteiras com a Austrália. Agio Pereira disse que os Governos timorense e australiano estão envolvidos em “contactos intensivos” com as petrolíferas para “garantir que os direitos contratuais são preservados depois da ratificação”. “A certeza do tratado criou um contexto positivo para empresas participarem na exploração de petróleo e gás no Mar de Timor”, sublinhou. O governante referiu-se igualmente à decisão do Governo comprar a participação de 30% da ConocoPhillips no consórcio dos campos de Greater Sunrise, que “coloca Timor-Leste numa posição mais vantajosa para o envolvimento direto como parceiro” para conseguir o projeto do gasoduto para o sul do país. Agio Pereira fez o anúncio no arranque da 4ª Conferência Internacional de Geociência, organizada pelo Instituto do Petróleo e Geologia (IPG) subordinada ao tema “Dados e Informação Geológica de Timor-Leste para a Diversificação Económica e Desenvolvimento”. Na agenda do encontro, que decorre até sexta-feira, estão temas como recursos hídricos e petrolíferos on shore, impacto de alterações climáticas e estudos sobre risco de sismos e tsunamis. Apesar de reconhecer que o petróleo e o gás natural continuarão a ser “pilar fundamental” da economia nacional, Agio Pereira reiterou que é prioridade do Governo diversificar a economia, incluindo através da exploração de outros recursos. Nesse sentido, disse que as sondagens e análises à geologia do país estão a contribuir para suscitar um interesse crescente de investidores internacionais. Assim, disse, o Governo prevê conseguir aprovar ainda este ano o primeiro Código Mineiro do país, que tem vindo a ser preparado nos últimos dois anos. O também ministro de Estado na Presidência do Conselho de Ministros sublinhou a importância que “conhecer e entender os dados geológicos do país” tem para definir políticas e “alcançar os objetivos do nosso plano de desenvolvimento estratégico”. “Entender os dados e informação é indispensável para os nossos esforços de conquistar os planos para o futuro da nação”, disse. “Conhecimento é poder. Informação sobre os recursos geológicos de um país pode ser escondida ou alterada para servir interesses. É por isso crucial para Timor-Leste reunir e deter dados independências, sérios para que possamos avançar no desenvolvimento da nação, de forma racional e informada”, explicou.
Hoje Macau China / ÁsiaMNE | Relações com Pequim atravessam um momento “particularmente auspicioso” [dropcap]O[/dropcap] ministro dos Negócios Estrangeiros português destacou hoje, em Pequim, o momento “particularmente auspicioso” nas relações com a China, numa deslocação que serviu para preparar a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal. Antes da visita a Pequim, Augusto Santos Silva esteve em Macau onde reuniu, entre outras entidades, com Chui Sai On, Chefe do Executivo. “As relações entre os dois países atravessam um momento particularmente auspicioso”, disse Augusto Santos Silva a Yang Jiechi, membro do Gabinete político do Comité Central do Partido Comunista Chinês, durante um encontro em Zhongnanhai, sede oficial do governo chinês, a oeste da Cidade Proibida. O responsável português garantiu que a visita de Xi a Portugal, agendada para 04 e 05 de dezembro, “será coroada de todo o êxito”. “Vai ser o assinalar da excelência das relações políticas e diplomáticas entre os nossos países, assim como do desenvolvimento da relação económica entre Portugal e a China”, afirmou Santos Silva, no mesmo dia, durante uma reunião com o homólogo chinês, Wang Yi. “É uma visita à qual damos muitíssima importância”, afirmou. Augusto Santos Silva agradeceu ainda o apoio da China às candidaturas de António Guterres, para secretário-geral das Nações Unidas, e António Vitorino, para diretor-geral da Organização Internacional das Migrações. A última visita de um chefe de Estado chinês a Portugal foi em 2010, na altura Hu Jintao. Entretanto, a China tornou-se um dos principais investidores em Portugal, comprando participações em grandes empresas das áreas da energia, seguros, saúde e banca, enquanto centenas de particulares chineses compraram casa em Portugal à boleia dos vistos ‘gold’. Em 2017, as trocas comerciais entre os dois países fixaram-se nos 5,60 mil milhões de dólares, com as exportações chinesas a somarem 3,48 mil milhões de dólares e vendas de Portugal à China a ascenderam aos 2,12 mil milhões de dólares, uma subida homóloga de 34,69%. Em declarações à agência Lusa, Santos Silva revelou que as negociações para autorizar a exportação de carne de porco para a China estão na “fase final”. “Já foi realizada uma missão técnica chinesa, para verificar in loco, em Portugal, a conformidade dos matadouros portugueses envolvidos nesta operação com as respetivas normas sanitárias. Do nosso lado também já enviamos os documentos necessários, para que as autorizações possam ser concluídas”, disse. A China é o maior consumidor do mundo de carne de porco, que é parte essencial da cozinha chinesa, compondo 60% do total do consumo de proteína animal no país O ministro português considerou que a “abertura do mercado chinês significará um incremento qualitativo do valor” das exportações agroalimentares, acrescentando que “abrirá certamente o caminho para outras exportações em áreas em que a agricultura portuguesa é muito competitiva, como a área das frutas”.
Hoje Macau China / ÁsiaChina considera um erro retirada dos EUA de tratado nuclear [dropcap]A[/dropcap] China considerou hoje um erro a retirada unilateral dos Estados Unidos do tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermédio (INF) que Washington assinou com Moscovo em 1987. “Está errado e ainda pior é colocar a China como uma das razões para o abandono” do tratado, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying, numa conferência de imprensa. Hua disse que o tratado desempenha “um importante papel no processo de desarmamento nuclear” e que “ainda é significativo”, sublinhando a importância de atuar através do diálogo. Pequim reagia ao anúncio feito no sábado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, de que os Estados Unidos se vão retirar daquele tratado. Trump acusou Moscovo de violar o acordo “há muitos anos”. “Não vamos deixá-los violar o acordo nuclear e fabricar armas, enquanto nós não somos autorizados. Nós permanecemos no acordo e temos honrado o acordo. Mas a Rússia, infelizmente, não respeitou o acordo”, criticou o presidente norte-americano. Trump disse ainda que o seu país “terá de desenvolver armas”, a menos que a Rússia e a China expressem a sua vontade de não desenvolver esse tipo de armamento. O tratado, assinado pelos presidentes norte-americano, Ronald Reagan, e russo, Mikhail Gorbachev, aboliu o uso de uma série de mísseis de alcance entre os 500 e os cinco mil quilómetros.
Hoje Macau China / ÁsiaMorreu o Nobel de Química japonês Osamu Shimomura [dropcap]O[/dropcap] químico e biólogo marinho japonês Osamu Shimomura, vencedor do Prémio Nobel de Química em 2008, morreu aos 90 anos de causas naturais, informou hoje a Universidade de Nagasaki. Shimomura venceu o prémio Nobel de Química em 2008 com os cientistas norte-americanos Martin Chalfie e Roger Tsien pela descoberta e desenvolvimento de uma proteína verde fluorescente a partir dos órgãos fotoluminescentes da medusa ‘Aequorea victoria’, que contribuiu para os estudos sobre o cancro. O premiado Nobel de Química nasceu em Kyoto a 27 de agosto de 1928 e estudou em Nagasaki, cidade japonesa onde faleceu na sexta-feira, tendo sobrevivido ao bombardeamento atómico de 9 de Agosto de 1945. Depois de se ter licenciado em química em 1951, mudou-se para a Universidade de Princeton, onde encontrou a proteína a partir de dez mil amostras de medusas na Costa Oeste dos Estados Unidos, uma descoberta revolucionária na área da saúde. A descoberta permitiu criar uma ferramenta que os investigadores utilizam para rastrear o movimento de moléculas dentro de uma célula.
Hoje Macau China / ÁsiaPresidente chinês promete proteger sector privado para garantir um “amanhã melhor” [dropcap]U[/dropcap]ma carta aberta, assinada pelo presidente chinês, Xi Jinping, e difundida no domingo, promete que Pequim vai continuar a valorizar e proteger o sector privado, para garantir um “amanhã melhor”, numa altura de abrandamento económico. Numa mensagem que visa dar confiança aos capitalistas chineses, quando o ritmo de crescimento económico caiu para o nível mais baixo desde 2009, Xi disse que Pequim reconhece plenamente o papel do setor privado, e que o Partido Comunista Chinês (PCC) vai continuar a saudar o seu desenvolvimento. O contributo histórico do sector privado é “inesquecível” e “não deve ser posto em causa”, lê-se na mesma carta, publicada pela agência noticiosa oficial Xinhua. “Qualquer palavra ou acto que negue ou enfraqueça a economia privada é um erro”, afirmou Xi Jinping. O líder chinês garantiu que o apoio ao sector privado é uma política “constante” do Comité Central do PCC. “E isso é inabalável”, realçou. Apesar de as empresas privadas chinesas partilharem do mesmo estatuto legal das firmas estatais, na prática, as segundas têm mais apoio dos bancos, dominados pelo Estado, e gozam de tratamento preferencial por parte das autoridades. Na sexta-feira, o vice-primeiro ministro chinês, Liu He, o principal assessor económico de Xi, admitiu que a descriminação contra o sector privado é comum nas instituições financeiras do Estado. “Alguns funcionários acreditam que é sempre seguro emprestar a firmas do Estado, mas que é politicamente sensível emprestar a firmas privadas – eles preferem não agir a cometer qualquer erro político”, explicou, citado pela Xinhua. “Este tipo de ideias e práticas são completamente erradas”, disse. Historicamente, o PCC teve uma postura hostil para com o setor privado, devido a posições ideológicas anti capitalismo. Após a fundação da República Popular, em 1949, o Governo apoderou-se do sector privado, num processo designado de “transformação socialista”. Durante a Revolução Cultural (1966-76), radical campanha política de massas, os bens privados foram confiscados pelas autoridades e os donos de negócios purgados. Nos anos 1980, a política de Reforma e Abertura, adoptada pelo líder chinês Deng Xiaoping, impulsionou o sector privado, que hoje contribui para mais de metade da receita tributária do país, 60% do Produto Interno Bruto ou 80% dos postos de trabalho nas cidades, de acordo com Governo chinês. A carta de Xi surge numa altura de abrandamento da economia chinesa. No terceiro trimestre do ano o crescimento económico abrandou para 6,5%, em termos homólogos, o ritmo mais lento desde o primeiro trimestre de 2009, segundo dados publicados na semana passada. O investimento em activos fixos, motor fundamental do crescimento, abrandou para 5,4%, nos primeiros nove meses do ano, face ao mesmo período do ano passado.
Hoje Macau China / ÁsiaHomens armados matam nove agricultores que ocupavam plantação de cana-de-açúcar [dropcap]H[/dropcap]omens armados mataram no sábado nove membros de um grupo de agricultores que ocuparam parte de uma plantação de cana-de-açúcar numa província central das Filipinas, informou a polícia. As vítimas estavam a descansar numa cabana no sábado, quando cerca de dez homens armados abriram fogo, segundo a polícia. Pelo menos quatro agricultores sobreviveram ao ataque na plantação na cidade de Sagay, na província de Negros Ocidental, que tem uma história de disputas sangrentas pelo direito às terras. A Federação Nacional dos Trabalhadores do Açúcar condenou o homicídio dos elementos do grupo que incluía quatro mulheres e dois menores. Dois outros dirigentes da federação foram mortos na cidade de Sagay em Dezembro de 2017 e em Fevereiro deste ano por supostas forças pró-Governo, segundo aquela entidade. A mesma federação garante que cerca de 45 agricultores que reivindicam o seu direito às terras foram assassinados na ilha de Negros, sob o Governo do Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte.
Hoje Macau China / ÁsiaChina vai lançar lua artificial para iluminar a Terra [dropcap]A[/dropcap] China vai lançar no espaço até 2020 uma “lua artificial”, que reflectirá na Terra a luz do sol durante a noite e permitirá economizar iluminação, anunciou sexta-feira um meio de comunicação do Estado. Este satélite, equipado com uma película reflectora terá como missão iluminar a grande cidade de Chengdu (sudoeste) e deverá ser oito vez mais luminoso do que o astro lunar, noticiou o jornal China Daily. Um primeiro exemplar deverá ser enviado para o espaço, seguido, em caso de sucesso, de três outros em 2022, explicou ao diário Wu Chunfeng, chefe da Tian Fu New Area Science Society, organismo responsável pelo projecto. “A primeira lua será sobretudo experimental, mas as três a enviar em 2022 constituirão o produto final. Terão um grande potencial em termos de serviços à população e do ponto de vista comercial”, acrescentou. Ao reenviar para a Terra a luz do sol, o satélite, que subirá a 500 quilómetros de altitude, deverá substituir parcialmente as lâmpadas. Poderá também fazer poupar cerca de 1,2 mil milhões de yuan em eletricidade na cidade de Chengdu se conseguir iluminar uma superfície de 50 quilómetros quadrados. A fonte de iluminação artificial poderá igualmente ser usada após catástrofes naturais, enviando os raios solares para as zonas terrestres onde a iluminação eléctrica tenha sido cortada, sublinhou Chunfeng.
Hoje Macau China / ÁsiaÍndia | Pelo menos 60 mortos em atropelamento ferroviário [dropcap]P[/dropcap]elo menos 60 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas ao serem atropeladas por um comboio, na sexta-feira, no norte da Índia, quando estavam a assistir a um festival religioso, anunciaram as autoridades. As vítimas estavam a ver o fogo de artifício durante um festival religioso, tendo-se amontoado em cima da linha de caminho de ferro nos arredores de Amritsar, quando foram colhidas pelo comboio em grande velocidade. As pessoas não se aperceberam da chegada do comboio e foram atropeladas, não tendo a composição parado após o acidente. “Estou extremamente triste com o acidente de comboio em Amritsar. A tragédia é devastadora. As minhas profundas condolências às famílias daqueles que perderam seus entes queridos”, disse o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na rede social Twitter. Já o líder da região de Punjab, Amarinder Singh, também recorreu às redes sociais para anunciar uma compensação de 500.000 rupias (cerca de 6.000 euros) para as famílias dos mortos e que os cuidados médicos dos feridos vão ser gratuitos. Em Novembro de 2016, num dos piores acidentes da última década, 146 pessoas morreram quando um comboio descarrilou no norte da Índia e, em 2010, outras 145 morreram num acidente semelhante no leste do país. A rede ferroviária indiana, com 65 mil quilómetros de rota, é a quarta mais longa do mundo, atrás dos Estados Unidos, Rússia e China, e tem 1,3 milhões de funcionários e 12.500 comboios, que transportam diariamente cerca de 23 milhões de passageiros.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Milhares exigem referendo sobre independência [dropcap]D[/dropcap]ezenas de milhares de pessoas manifestaram-se sábado em Taiwan para exigir um referendo sobre a independência em relação à China, segundo relatam as agências de notícias internacionais. De acordo com os organizadores, as manifestações reuniram cerca de 100 mil pessoas, embora as autoridades ainda não tenham divulgado as suas estimativas. Houve duas manifestações simultâneas, uma em Taipé organizada por independentistas e outra organizada pelo Partido Democrático Progressista no poder, em Koahsiung, no sul. Milhares de manifestantes reuniram-se junto à sede do Partido Democrático Progressista, agitando bandeiras e cartazes, pedindo um “referendo de independência” e cantando slogans como “Queremos um referendo” e “Não à anexação”. Segundo a imprensa local, este é o primeiro evento desta dimensão a pedir um referendo sobre uma declaração oficial de independência desde que Taiwan se tornou uma democracia há mais de 20 anos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Mulher de ex-presidente da Interpol acusa governo de perseguição O ex-presidente da Interpol foi visto pela última vez no fim de Setembro quando partiu para a China. Grace Meng fala de perseguição política, de ter recebido várias chamadas ameaçadoras e de não saber se o marido está vivo ou morto [dropcap]A[/dropcap] mulher do ex-presidente da Interpol acusado de corrupção na China depois de desaparecer em circunstâncias conturbadas disse sexta-feira temer pela sua própria segurança e não saber se o marido está vivo, acusando o governo chinês de “perseguição”. As acusações foram feitas por Grace Meng em entrevista ao canal britânico BBC a partir de França, onde reside com os filhos. “Eu acho que é perseguição política, não tenho certeza se ele está vivo”, disse, na entrevista transmitida na quinta-feira. Meng Hongwei, que teoricamente ainda é o vice-ministro de segurança pública da China, desapareceu no final de Setembro quando regressava ao seu país. Hongwei tinha renunciado ao cargo de chefe da organização policial a 7 de Outubro, depois de Pequim ter anunciado que estava sob investigação. “Eu disse (aos meus filhos) que o pai estava fora para uma longa viagem de negócios”, disse Grace Meng. Na entrevista, Grace Meng afirma ter recebido vários telefonemas ameaçadores que a fazem pensar que ela é um “alvo” em França. “Eles são cruéis, são infames”, disse Grace Meng sobre as autoridades chinesas. “Tenho que lutar contra isso e não quero que outras mulheres ou crianças vivam o que eu vivo”, afirmou. A Comissão Nacional de Supervisão, que está investigar o caso de Meng, pode manter os suspeitos incomunicáveis por seis meses, sem avisar as suas famílias ou dar-lhes acesso a um advogado. A Interpol endereçou um pedido formal às autoridades chinesas para obter informações sobre o desaparecimento de Hongwei Meng. O inquérito foi aberto depois de a mulher de Hongwei Meng ter avisado as autoridades francesas que deixou de ter qualquer notícia do marido desde finais de Setembro, quando este partiu para a China. De acordo com a rádio “Europe 1”, a mulher de Hongwei Meng, que ainda se encontra a residir em Lyon, com os filhos, avisou as autoridades que o marido, de 64 anos, não dava notícias desde 29 de Setembro. Em França foi lançada também uma investigação, com as autoridades a indicarem que Meng, 64 anos, embarcou e chegou à China.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan | Descarrilamento de comboio causa 22 mortos [dropcap]P[/dropcap]elo menos 22 pessoas morreram e mais de uma centena ficaram feridas devido ao descarrilamento de um comboio, próximo da capital de Taiwan, no distrito de Yilan, no nordeste da ilha, noticiou ontem o Governo. O comboio Puyuma Expresso 6432, que efectuava a ligação entre Shulin e Taitung, com 310 passageiros, descarrilou pelas 16:50 locais desconhecendo-se as causas do acidente, noticiou a agência espanhola Efe. Os feridos foram transportados para vários hospitais, segundo o Serviço nacional de Bombeiros, enquanto prosseguem as operações de salvamento, desconhecendo-se até ao fecho da edição se entre as vítimas há algum cidadão estrangeiro. Em comunicado, o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) disse estar a “acompanhar a situação sobre o descarrilamento de comboio em Taiwan, China”, além de que “tem mantido em contacto permanente com a Delegação Económica e Cultural de Macau em Taiwan de modo a acompanhar o desenvolvimento”. “Das informações fornecidas pela Delegação Económica e Cultural de Macau em Taiwan, até ao momento não há residentes de Macau na lista de feridos e também até ao momento, o GGCT não recebeu qualquer pedido de informação ou assistência”, aponta também o comunicado.
Hoje Macau China / ÁsiaCiberespaço | Ex-chefe do departamento admite ter sido subornado [dropcap]O[/dropcap] ex-responsável máximo da Administração para o Ciberespaço da República Popular da China, Lu Wei, admitiu sexta-feira perante o tribunal que recebeu quatro milhões de euros de subornos, noticiou o jornal oficial Global Times. O ex-chefe do organismo que também era responsável pelos mecanismos de censura da internet no país prestou declarações no Tribunal Popular de Ningbo, província de Zhejiang, onde admitiu ter recebido subornos. Esta foi a primeira vez que Lu Wei foi visto em público desde Setembro de 2017 e aguarda agora a sentença do Tribunal Popular. Os alegados actos de corrupção foram cometidos desde a altura em que Lu Wei ocupou cargos de direcção na Agência Nova China (Xinhua), na autarquia de Pequim e no Departamento de Propaganda do Partido Comunista, antes dos quatro anos em que foi responsável pela Administração do Ciberespaço da China. Como chefe do departamento relacionado com a internet na República Popular da China, Lu Wei desempenhou um papel crucial na política de cibersegurança.
Hoje Macau China / ÁsiaASEAN | EUA e China aprovam código para evitar acidentes aéreas O acordo foi também firmado com a Austrália, Coreia do Sul, Índia, Japão, Nova Zelândia e Rússia, após a reunião de ministros da Defesa da Associação das Nações do Sudeste Asiático em Singapura [dropcap]E[/dropcap]stados Unidos, China e seis outros países anunciaram sábado um princípio de apoio ao código de conduta para evitar acidentes em operações aéreas, assinado na sexta-feira pelos ministros da Defesa da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). O acordo foi firmado após a reunião ministerial da ASEAN com os homólogos dos seguintes países: China, Estados Unidos da América (EUA), Austrália, Coreia do Sul, Índia, Japão, Nova Zelândia e Rússia, denominado de grupo ADMM-Plus, que se realizou em Singapura. O objectivo é “garantir um ambiente operacional seguro e pacífico no domínio aéreo”, refere um comunicado conjunto emitido no final da reunião e divulgado pela televisão Channel News Asia, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE. Segundo a agência de notícias francesa France Presse (AFP), o acordo relativo às directrizes operacionais visa “evitar incidentes entre aeronaves militares”, aviões de combate, sendo esta a mais recente iniciativa para evitar confrontos militares na Ásia. A AFP frisa que tais riscos, devido a encontros fortuitos entre aeronaves militares, vêm aumentando nos últimos anos, à medida que Pequim reforça a sua presença no Mar do Sul da China, contribuindo para aumentar a tensão com os países ribeirinhos. “A ADMM -Plus expressa o seu apoio, em princípio, à iniciativa. (…) reconhecemos que as directrizes não pretendem prejudicar as posições dos Estados relevantes nas missões”, indica o comunicado. Mar de disputas O acordo consiste na aplicação de uma série de recomendações não-obrigatórias destinadas a evitar conflitos, especialmente no Mar do Sul da China, um território importante para o comércio marítimo global e cuja estabilidade é minada por disputas de soberania. A China reivindica quase todo esse espaço marítimo, rico em energia e recursos marinhos, que também são parcialmente reivindicados por Taiwan e quatro parceiros da ASEAN: Brunei, Filipinas, Malásia e Vietname. No ano passado, na mesma reunião, foi acordado um código semelhante para encontros/missões marítimas que, no entanto, não impediu um incidente no mês passado entre um navio chinês e um norte-americano no Mar do Sul da China. Na reunião, as autoridades da Defesa também concordaram em fortalecer a cooperação na luta contra o terrorismo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Explosão deixa mais de 20 mineiros presos [dropcap]V[/dropcap]inte e dois mineiros ficaram presos numa mina de carvão na província de Shandong, no leste da China, na sequência de uma explosão que causou a liberação de uma rocha, informaram hoje as autoridades locais. O acidente ocorreu por volta da meia-noite num mina localizada no distrito de Yuncheng daquela província. As autoridades locais indicaram que o sistema de ventilação da mina voltou a funcionar após o acidente e que a operação de resgate está em curso. No início de Agosto, 13 mineiros morreram em resultado de uma explosão numa mina no sul da China. As minas chinesas, especialmente as de carvão – a principal fonte de energia país -, estão entre as mais perigosas do mundo, embora nos últimos anos se tenha verificado um significativo decréscimo no número de mortes. Em 2017, apenas nas minas de carvão chinesas foram registados 219 acidentes que causaram 375 mortos, um decréscimo de 28,7% cento em relação a 2016 e quase 20 vezes menos do que no início da década passada, quando se verificavam sete mil mortes todos os anos.
Hoje Macau China / ÁsiaFórum Económico Mundial | China é o país mais competitivo do BRICS [dropcap]D[/dropcap]o grupo BRICS, a China é o país mais competitivo, seguido pela Federação Russa, de acordo com o Relatório de Competitividade Global 2018, conduzido pelo Fórum Económico Mundial. Com um total de 98 indicadores para avaliar a produtividade e a competitividade em 140 países e regiões do mundo, cada indicador varia de 0 a 100 para demonstrar o progresso actual e a distância real de uma economia. A China ocupa o 28º lugar, com uma pontuação de 72,6, segundo o relatório. É de destacar também a capacidade de inovação chinesa, que ocupa o 24º lugar na tabela mundial. O gigante asiático, que conta com o crescimento mais rápido no mundo, actua como um dos principais contribuintes para a região Ásia-Pacífico leste, a qual representou cerca de um terço do crescimento global em 2017. A China ocupa também o primeiro lugar em termos da escala de mercado, com base na paridade de poder de compra per capita, segundo o relatório. Os Estados Unidos são a nação mais competitiva do mundo pela primeira vez em uma década, seguidos por Singapura e pela Alemanha. A Suíça, que encabeçou a lista no ano passado, ocupa agora o quarto lugar. Quase 90% dos primeiros 30 lugares são economias desenvolvidas na Ásia e na Europa.
Hoje Macau China / ÁsiaCerca de seis mil pessoas retiradas após deslizamento de terra no Tibete [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]erca de 6.000 pessoas foram retiradas de suas casas após um deslizamento de terra no Tibete que bloqueou o fluxo de um dos principais rios da região, revelaram hoje os serviços de emergência da China. Um lago de barreira foi formado em Yarlung Tsangpo, a nascente do rio Brahmaputra, na Índia, após o desmoronamento de um penhasco no vale através do qual o rio corre, informou a agência local de resposta a emergências, num relatório divulgado pelos media estatais. Não foram registadas vítimas até agora e o serviço de emergências disse que a China tem mantido a Índia atualizada sobre o bloqueio, que poderia afetar os níveis de água nas regiões mais baixas. O deslizamento de terra ocorreu perto de uma aldeia no condado de Menling e a água no lago subiu para uma altura de 40 metros, informaram os serviços. Com seus picos e glaciares imponentes, o Tibete é a fonte de inúmeros rios asiáticos, aumentando a influência estratégica da China sobre seus vizinhos do sul. O rápido aumento das temperaturas fez com que estes glaciares derretessem a um ritmo crescente, lançando uma sombra sobre os recursos hídricos futuros para a China e outras nações asiáticas.
Hoje Macau China / ÁsiaTesla vai construir em Xangai a primeira fábrica fora dos EUA [dropcap]A[/dropcap] fabricante norte-americana de carros elétricos Tesla revelou que vai construir a sua primeira fábrica em Xangai, na China, a primeira fora dos Estados Unidos, numa altura de crescentes disputas comerciais entre Washington e Pequim. O grupo, que tem sede no estado norte-americano da Califórnia, assinou um acordo para a transferência dos terrenos onde vai ser construída a fábrica. As novas instalações foram anunciadas em Julho passado, depois de Pequim ter-se comprometido a eliminar os limites de propriedade para fabricantes de veículos eléctricos, e a Tesla manteve os planos, apesar das crescentes disputas comerciais entre EUA e China, motivadas pelas ambições chinesas para o sector tecnológico. O Presidente norte-americano, Donald Trump, impôs já taxas alfandegárias sobre 250 mil milhões de dólares de importações oriundas do país asiático. Em causa está a política de Pequim para o sector tecnológico, nomeadamente o plano “Made in China 2025”, que visa transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos. Os EUA consideraram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa. A China é o maior mercado automóvel do mundo e o segundo maior para a Tesla, a seguir aos EUA. General Motors, Volkswagen ou Nissan são outros grandes fabricantes de automóveis que estão a investir milhares de milhões de dólares no fabrico de veículos elétricos na China. A produção local elimina os riscos do aumento de taxas alfandegárias e outras barreiras às importações. “É um importante marco para o que será o nosso próximo local de fabrico desenvolvido de forma sustentável e sofisticado”, afirmou o vice-presidente da Tesla Robin Ren, em comunicado. A Tesla afirmou antes que a produção em Xangai vai arrancar dentro de dois a três anos após concluída a construção da fábrica e, eventualmente, aumentar para 500.000 veículos por ano.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim diz que campos de reeducação em Xinjiang servem para “treinos vocacionais” [dropcap]O[/dropcap]governador da região de Xinjiang, extremo noroeste da China, descreveu terça-feira o internamento massivo de membros da minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigure como um “sistema de formação” que “salva” do extremismo religioso. Shohrat Zakir admitiu que foi criado um “modelo” que ensina a “língua comum do país, conhecimentos legais e competências profissionais”, e salva os que foram enganados pelo extremismo religioso. As autoridades do Xinjiang transformaram, nos últimos anos, a região num estado policial, através de uma campanha repressiva, que foi reforçada a partir de 2016, quando o secretário do Partido Comunista Chinês (PCC), Chen Quanguo, foi transferido para a região, após vários anos no Tibete. Numa rara admissão pelas autoridades chinesas da detenção extrajudicial de uigures, Zakir afirmou que os centros são destinados a pessoas “influenciadas pelo terrorismo e extremismo, mas apenas suspeitos de delitos menores, que podem assim ser isentos de repressão penal”. A Comissão Executiva para a China do Congresso dos Estados Unidos e organizações não-governamentais denunciaram já o “internamento massivo e arbitrário de até um milhão ou mais de uigures” em campos onde são forçados a criticar o islão e a própria cultura, a aprender mandarim e a jurar lealdade ao PCC. Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua, Zakir não menciona detenções, mas admite que as instituições mantêm agentes de segurança à entrada. Estilos de vida As declarações de Zakir ilustram a visão de Pequim, na qual grupos étnicos da Ásia Central que habitam Xinjiang devem ser submetidos a uma intensa assimilação da língua, cultura e história da China, e pressionados a adoptar o que o PCC considera um estilo de vida moderno e civilizado. Em 2009, a capital do Xinjiang, Urumqi, foi palco dos mais violentos conflitos étnicos registados nas últimas décadas na China, entre os uigures e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional. Zakir afirmou que os “formandos” participam em actividades culturais e desportivas e que a formação coloca-os no caminho de uma “vida moderna” e torna-os “confiantes no futuro”. Na semana passada, a China criou uma nova lei que permite o uso de centros para “educar e transformar pessoas influenciadas pelo extremismo” religioso. Os esforços de Pequim para legitimar as medidas no Xinjiang surgem numa altura de crescente pressão internacional. No mês passado, a Alta-Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, afirmou que a região devia permitir a entrada de observadores internacionais.
João Luz China / ÁsiaHWR pede libertação de crianças uigures detidas em orfanatos A Human Rights Watch exige a libertação das crianças da etnia uigur que se encontram detidas em orfanatos em Xinjiang depois dos pais terem sido detidos “arbitrariamente” pelas autoridades chinesas. A organização de defesa dos direitos humanos defende que os menores devem ser devolvidos às famílias, em vez de permanecerem em instituições do Estado [dropcap]A[/dropcap] opressão sobre a minoria muçulmana uigur continua a ganhar novos contornos. Segundo notícias veiculadas pela Associated Press e pelo Financial Times, as autoridades chinesas estão a levar a cabo uma campanha de separação de crianças uigur das famílias, e a interná-las em instituições estatais, quando os pais foram detidos ou enviados para campos de reeducação. Em Setembro passado, a Human Rights Watch (HRW) publicou um relatório a detalhar um caso de detenções em massa na região de Xinjiang. Estima-se que cerca de um milhão de muçulmanos estejam detidos em campos de reeducação e que um número indeterminado de indivíduos se encontrem em prisões ao abrigo da política de combate ao terrorismo movida pelo Governo chinês. “As autoridades chinesas estão a colocar em instituições estatais filhos de presos políticos da região de Xinjiang, com total crueldade”, comenta Sophie Richardson, responsável pelos assuntos chineses da HWR. “Esta campanha faz parte de um perverso programa governamental que retira crianças de origem muçulmana das suas famílias em nome do seu bem-estar”, reforça a dirigente da organização internacional. Em Novembro de 2016, o secretário do Partido Comunista Chinês de Xinjiang, Chen Quanguo, ordenou às forças de autoridade o envio de todos os órfãos uigur para instituições públicas até 2020, uma medida inserida num plano mais alargado para o território situado na parte noroeste da China. As directrizes partidárias compreendem a “concentração” de órfãos, que anteriormente viviam em “condições miseráveis”, incluindo sob a alçada da própria família, em instituições do Estado de forma a “melhorar as condições de vida”. É de salientar que um órfão é definido como “uma criança que perdeu os pais, ou que tem os pais em parte incerteza”. Em algumas partes de Xinjiang, esta definição inclui crianças cujos progenitores se encontram ambos detidos em campos, ou presos. Infância perdida Desde que foram implementadas as políticas regionais de Xinjiang, em Janeiro de 2017, as autoridades locais são encorajadas a “canalizar” órfãos para orfanatos públicos, mesmo que isso signifique encher todas as camas, ou ampliar e construir mais instalações. De acordo com relatos publicados em meios de comunicação social, alguns destes novos equipamentos têm capacidade para receber mais de uma centena de crianças. O objectivo do Governo local de Xinjiang é aumentar a ocupação dos orfanatos e a taxa de institucionalização de órfãos de 24 por cento para 100 por cento, entre 2017 e 2020. Ao mesmo tempo que os políticos locais descrevem os alvos destas medidas como “aqueles que desejam ser institucionalizados”, não fornecem qualquer detalhe quanto à forma como estes dão o seu consentimento. No fundo, não é claro se quem dá permissão são as próprias crianças, os pais ou a restante família. Também não existem informações sobre qual o departamento governamental que toma esta decisão, quais os procedimentos a respeitar para determinar o consentimento, ou se estas decisões podem ser contestadas. Um relatório produzido por autoridades de uma localidade não especificada pela HWR, datado de Setembro de 2017, declarava que as crianças podiam ficar à guarda de familiares se estes não as quisessem enviar para orfanatos. No entanto, outras zonas de Xinjiang receberam ordens para preencher quotas bem mais ambiciosas. No condado de Jimsar, foi ordenado às autoridades o envio de pelo menos 30 órfãos para instituições estatais até Outubro de 2017. Já no condado de Xinyuan, as ordens oficiais eram para institucionalizar 60 órfãos até Dezembro de 2017, ou sofrer as consequências impostas em caso do número mínimo não ser cumprido. Aliás, na Prefeitura Autónoma mongol de Bayingolin, um documento oficial dava conta das dificuldades em cumprir as metas exigidas. “Os cuidadores das crianças são familiares, como avós, e não estão dispostos a entregar as crianças às instituições. Tanto os menores como os familiares que os têm à sua guarda, não são favoráveis a uma separação de longo-prazo e não encaram os orfanatos como lugares seguros ou de confiança”. Questão legal De acordo com o relatório da HRW, o artigo 4 da lei chinesa de adopção define a orfandade como “um menor de 14 anos que tenha perdido os pais, que não os consiga encontrar, ou cujos pais tenham especiais dificuldades que os impossibilitem de cuidar dos filhos”. No artigo 43 da lei que regula a protecção de menores é estabelecido que os orfanatos sob a alçada do Ministério dos Assuntos Civis têm a responsabilidade para cuidar dos órfãos. No entanto, a legislação não dá autoridade ao Governo para retirar crianças às respectivas famílias, nem estabelece um conjunto de procedimentos legais para tal efeito. Esta medida representa apenas mais um assalto na ofensiva sistemática das autoridades contra as comunidades uigur de Xinjiang. Nas escolas foram proibidas, há muito tempo, o ensino religioso e foi promovida, oficialmente, a marginalização progressiva dos dialectos e a promoção do mandarim. Além disso, todas as práticas religiosas islâmicas foram restringidas ao máximo. Ainda em termos legais, importa referir que a China ratificou a Convenção sobre os Direitos da Criança, que tem logo no preâmbulo o reconhecimento da família como o ambiente natural para a crescimento e bem-estar da criança. O tratado internacional estabelece no Artigo 9, nº 1, que “os Estados Partes garantem que a criança não é separada de seus pais contra a vontade destes, salvo se as autoridades competentes decidirem, sem prejuízo de revisão judicial e de harmonia com a legislação e o processo aplicáveis, que essa separação é necessária no interesse superior da criança”. Esta norma é necessária em casos que envolvam abuso ou negligência dos pais. Em último caso Mesmo quando é necessário providenciar uma alternativa para cuidar dos menores, a prioridade deve ser dada aos membros mais próximos da família. O relatório da HRW refere ainda que a remoção de uma criança da sua família deve ser uma medida de último recurso e deve ser, sempre que possível, temporária e de duração o mais curta possível. Outro aspecto que a organização de direitos humanos reforça é a necessidade das autoridades respeitarem o direito de um menor, capaz de formar as suas próprias opiniões, de ser ouvido, livremente, em todas as matérias que possam afectar a sua vida. A vontade do menor deve ser tida em consideração de acordo com a idade e grau de maturidade. Em caso de necessidade incontornável de institucionalização, o menor deve ficar num local o mais próximo possível da sua residência, de forma a facilitar o contacto, e a possível reintegração, na família. Outros aspectos a ter em consideração são a disrupção mínima da educação, cultura e vida social da criança. À medida que foram publicadas informações, nos últimos meses, sobre violações sistemáticas e em massa dos direitos humanos em Xinjiang, as Nações Unidas e vários Governos expressaram publicamente preocupações sobre as políticas chinesas de repressão a que estão a ser submetidos os muçulmanos de etnia uigur. Aliás, os Estados Unidos estão a considerar a imposição de sanções a várias entidade e pessoas com cargos oficiais em Xinjiang. Além disso, países como a Alemanha e a Suécia suspenderam, temporariamente, a deportação de membros da comunidade uigur para a China. Apesar da repressão amplamente divulgada, a HWR tem esperança que como este último atropelo aos direitos humanos mexe com a vida de crianças, a comunidade internacional se manifeste, em uníssono, e pressione Pequim a mudar de rumo imediatamente.
Hoje Macau China / ÁsiaAeroporto chinês automatiza ‘check-in’ através de reconhecimento facial O registo dos passageiros num dos aeroportos de Xangai, capital económica da China, pode a partir de hoje ser feito através de reconhecimento facial, ilustrando a ambição de Pequim em alargar aquela tecnologia a todos os sectores. Segundo um comunicado da Administração da Aviação Civil da China, o Aeroporto Internacional de Hongqiao instalou terminais de reconhecimento facial para ‘check-in’ dos passageiros e bagagens de porão, controlo de segurança e embarque. O mesmo sistema deve ser implementado em breve nos aeroportos de Pequim e na cidade de Nanyang, província de Henan, centro do país, detalhou o mesmo comunicado. Vários aeroportos na China usam já sistemas de reconhecimento facial para acelerar as verificações de segurança, mas o sistema implementado em Xangai é “completamente automatizado”, lê-se naquela nota. A tecnologia está disponível apenas para titulares do passaporte chinês. Em toda a China, o reconhecimento facial está a ser implementado na vida quotidiana, incluindo para dar entrada em hotéis, fazer pagamentos em restaurantes ou detetar a reação dos estudantes nas salas de aula. A polícia chinesa usou já aquele sistema para identificar pessoas em locais públicos e apanhar criminosos em flagrante, e está a desenvolver um sistema nacional integrado de monitorização através dos dados recolhidos através daquela tecnologia. Mas a crescente comodidade poderá ter custos, à medida que o Estado chinês usa os meios digitais para aprimorar o seu caráter policial. “As autoridades estão a usar dados biométricos e a inteligência artificial para registarem e rastrearem pessoas por motivos de controlo social”, afirmou Maya Wang, investigadora para a China da organização de defesa dos Direitos Humanos Human Rights Watch. “Estamos preocupados com a crescente integração e uso de tecnologias de reconhecimento facial em todo o país, porque fornece cada vez mais dados, que servem para as autoridades monitorizarem os cidadãos”.
Hoje Macau China / ÁsiaTrump quer negociar acordos comerciais com Japão, Reino Unido e União Europeia [dropcap]O[/dropcap] Governo do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje ao Congresso a sua intenção de negociar acordos comerciais com a União Europeia (UE), o Reino Unido e o Japão, informou o Departamento de Comércio. “Sob a liderança do Presidente Trump, continuaremos a expandir o comércio e o investimento dos Estados Unidos da América através da negociação de acordos comerciais com o Japão, a União Europeia e o Reino Unido”, disse o diretor de Comércio Exterior norte-americano, Robert Lighthizer, citado num comunicado. Desde que assumiu o cargo, Donald Trump tem insistido na sua intenção de negociar acordos bilaterais em vez de integrar importantes tratados multilaterais. Esta decisão do Presidente dos Estados Unidos levou Washington a abandonar o Acordo de Associação Transpacífico (TPP) em 2017, que foi negociado pela administração de Barack Obama e era considerado estratégico para aprofundar as relações com a região do sudeste asiático. O TPP, cuja negociação durou mais de seis anos, foi assinado no início de 2016 pela Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Estados Unidos, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietname.
Hoje Macau China / ÁsiaTaiwan iniciou ontem exercícios militares que simulam ataque da China [dropcap]T[/dropcap]aiwan iniciou ontem manobras militares, sob o nome “JE 107-2”, que simulam um ataque do Exército Popular de Libertação da China contra bases localizadas a leste da ilha, informou o Ministério da Defesa. Estes exercícios militares seguem outras operações navais realizadas na segunda-feira que envolveram fragatas e contratorpedeiros de Chengkung, Kidd e Lafayette, e respondem “à crescente ameaça militar da China”, refere-se num comunicado do Departamento de Defesa de Taiwan. Nas manobras de ontem, que vão terminar hoje, participam as três forças militares da ilha, incluindo os aviões de combate norte-americano F-16 da base aérea de Chiashan, localizada no distrito de Hualien, no leste do território. O principal objetivo é verificar a capacidade defensiva de Taiwan no caso de um ataque aéreo e guerra eletrónica naquela área da ilha, explicaram peritos militares em Taiwan. Na segunda-feira, as manobras navais também incluíram a participação de F-16, que realizaram missões para intercetar aviões inimigos e simularam a defesa contra um ataque aéreo e naval chinês. As operações procuraram testar a capacidade de defesa aérea e antiaérea de Taiwan no leste da ilha, perante a passagem frequente de navios e aviões militares chineses. Os exercícios de segunda-feira incluíram aviões Lockheed Martin F-16 e Dassault Mirage 2000, dispositivos de ataque eletrónico ALQ-184 e tanques. A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, acusou a 10 de outubro a China de promover conflitos na região e garantiu que não vai renunciar à soberania ou a um estilo de vida “livre e democrático”. Taiwan vai “evitar o confronto e manter a paz e a estabilidade”, mas não vai ceder à “pressão chinesa”, acrescentou então a líder. A ilha, onde se refugiou o antigo governo chinês depois do Partido Comunista tomar o poder no continente, em 1949, e que continua a ostentar o nome de “República da China” (sem o adjetivo “Popular”) – é vista por Pequim como uma província da China e não como uma entidade política soberana.