Covid-19 | Governo apoia declaração de estado de emergência em Portugal

[dropcap]A[/dropcap]ntónio Costa, primeiro-ministro de Portugal, disse ontem que o Governo apoia a declaração de estado de emergência nacional, anunciado por decreto presidencial a ser divulgado por Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República e posteriormente discutido na Assembleia da República (AR). A declaração de estado de emergência deve ser renovada a cada 15 dias.

“Ao Governo cabe unicamente dar o nosso parecer, que é favorável, e proceder à sua execução uma vez aprovado”, disse ontem à tarde António Costa. É neste decreto presidencial que ficarão definidas as medidas de controlo à pandemia da Covid-19 que exigem restrição de algumas liberdades dos cidadãos portugueses, reduzindo ao mínimo e essencial actividades e deslocações.

“O país não vai parar porque só continuando o país pode fazer um combate adequado a esta pandemia. O conselho de ministros amanhã [hoje, quinta-feira] terá de apreciar as medidas que deverá tomar se a AR aprovar a proposta de decreto presidencial”, acrescentou o primeiro-ministro, que na manhã de ontem reuniu com vários ministros e secretários de Estado a fim de pedir recomendações sobre medidas a adoptar no estado de emergência.

“Solicitei, até ao final do dia de hoje [quarta-feira] que habilitassem o Governo com uma base técnica e científica mais sólida possível e com o conjunto de recomendações que o Governo deva adoptar na eventual declaração do estado de emergência para reforçar o combate e prevenção desta pandemia.”

Solidariedade é preciso

As declarações de António Costa foram proferidas depois de uma reunião urgente do Conselho de Ministros que decorreu no Palácio da Ajuda, em Lisboa. Durante a manhã, Costa reuniu-se o Conselho de Estado, por vídeoconferência, o órgão de consulta política do Presidente da República.

“Nestes momentos de emergência temos de sentir um sentimento comunitário, de solidariedade uns para com os outros. A nossa primeira prioridade será prevenir esta doença e conter a pandemia. Para salvar vidas é fundamental que a vida continue, e que tudo aquilo que são as cadeias de abastecimento fundamentais de bens essenciais têm de continuar a ser asseguradas”, frisou o primeiro-ministro.

Costa salientou ainda que “os serviços essenciais têm de continuar a ser prestados porque os nossos cidadãos e em particular aqueles que estão mais fragilizados nesta situação de pandemia necessitam que toda a cadeia de produção de bens e serviços essenciais continue a ser assegurada”.

18 Mar 2020

Covid-19 | Número de infectados em Portugal sobe para 642

[dropcap]O[/dropcap] número de infectados pelo novo coronavírus subiu para 642, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira, anunciou hoje a Direcção-Geral da Saúde (DGS).

De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica de Covid-19 em Portugal, divulgado hoje às 12:00, desde 1 de Janeiro foram registados 5.067 casos suspeitos. Segundo a DGS, há 351 (eram 323) casos a aguardar resultado laboratorial e três casos recuperados. Há 85 por cento dos doentes a recuperar em casa, num total de 553 pessoas. Apenas 89 pessoas estão internadas. Há 4.074 casos em que o teste deu negativo e 351 casos a aguardar resultado laboratorial. Até ao momento há duas mortes confirmadas no país.

A região do Alentejo, que até agora se mantinha sem casos, tem agora dois diagnósticos de infecção. Os Açores têm um segundo caso confirmado de Covid-19, uma mulher de 49 anos, residente na ilha de São Jorge, que está internada no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira.

“A Autoridade de Saúde Regional informa que as análises realizadas no Serviço Especializado de Epidemiologia e Biologia Molecular, do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, tiveram resultado positivo para Covid-19 relativamente a um caso detetado em São Jorge”, lê-se num comunicado de imprensa.

Segundo a Autoridade de Saúde Regional, “os resultados aguardam contra-análise pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge”, exigida nos primeiros cinco casos positivos detectados na região.

18 Mar 2020

Covid-19 | Segunda morte em Portugal é do presidente do banco Santander Totta

[dropcap]O[/dropcap] presidente do Conselho de Administração do banco Santander Totta, António Vieira Monteiro, morreu hoje em Lisboa aos 74 anos, confirmou à Lusa fonte oficial da instituição. De acordo com o semanário Expresso, a morte deveu-se à infecção com o vírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19. O gestor contraiu a Covid-19 em Itália, durante umas férias numa estância de inverno, tendo falecido no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.

Vieira Monteiro era ‘chairman’ do banco Santander Totta desde início de 2019, depois de ter ocupado o lugar de presidente executivo (CEO) entre 2012 e o ano passado, cargo em que foi substituído pelo atual presidente, Pedro Castro Almeida.

Quando abandonou a liderança executiva do Santander Totta, Vieira Monteiro, considerou que deixava o cargo com o banco “preparado para continuar a enfrentar o futuro” e salientando que quando assumiu a liderança a instituição “não era quase nada”.

Na mesma altura, Vieira Monteiro apontou ainda a “aposta calculada” nas empresas como um dos fatores do sucesso da instituição.

“Ao fim de sete anos, eu vou continuar no banco, vou ser presidente do Conselho de Administração e, portanto, vou continuar no banco, acho que já tenho idade de deixar a parte executiva, já que vou fazer 73 anos, […] mas aquilo que hei de dizer é que há sete anos quando entrei o banco não era quase nada”, afirmou.

18 Mar 2020

Covid-19 | China regista 11 mortos e 13 novos casos de infecção

[dropcap]A[/dropcap] China registou hoje 11 mortos e 13 novos casos infecção pela Covid-19, quase todos importados, numa altura em que a pandemia está a afectar 146 países e territórios. A Comissão de Saúde da China indicou existir, até ao início de quarta-feira (16:00 de terça-feira em Lisboa) apenas um novo caso local, em Wuhan, capital da província de Hubei onde a doença foi inicialmente detetada em dezembro passado. Os restantes 12 novos casos são importados, sublinhou.

No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.894 infeções diagnosticadas, incluindo 69.601 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.237.

Wuhan, em quarentena desde 23 de Janeiro passado, é a mais afectada no mundo pela doença, com 2.490 mortes. O número de infectados activos no país fixou-se em 8.056, incluindo 2.622 em estado grave.

Segundo dados oficiais, 682.327 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados foram monitorizadas clinicamente desde o início do surto, incluindo 9.222 ainda sob observação.

Desde 11 de Março que os números de novas infecções e de mortes permanecem abaixo dos 21 diários, de acordo com as estatísticas oficiais. Em 12 de Março, o Governo chinês declarou que o pico das transmissões tinha terminado no país. O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infectadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença. A doença espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os países mais afectados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 988 mortes (16.169 casos), a Espanha, com 491 mortes (11.178 casos) e a França com 148 mortes (6.633 casos). Os Estados Unidos da América atingiram esta terça-feira a barreira dos 100 mortos ligados ao novo coronavírus, segundo o balanço feito pela agência France-Presse a partir de fontes oficiais.

Cerca de metade das mortes foram registadas no estado de Washington, no noroeste do país. A pandemia de Covid-19 fez ainda 12 mortos em Nova Iorque e 11 na Califórnia. Face ao avanço da pandemia, vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

O Brasil tem 291 casos confirmados do novo coronavírus e monitoriza 8.819 casos suspeitos, após ter sido anunciada esta terça-feira a primeira morte causada pela Covid-19 no país, informou o Ministério da Saúde. Segundo o Governo brasileiro, a idade média dos infectados é de 42 anos, sendo que o país já descartou 1.890 casos suspeitos.

São Paulo continua a ser o estado mais afectado pela Covid-19, com 164 infectados, seguindo-se o Rio de Janeiro com 33 casos confirmados. Estes são também os únicos estados brasileiros que registam casos de transmissão comunitária, que é quando há uma maior difusão do vírus, e as autoridades de saúde já não conseguem identificar a trajectória de infecção.

18 Mar 2020

Covid-19 | Conselho de Estado debate hoje em Portugal eventual declaração de estado emergência

[dropcap]O[/dropcap] Conselho de Estado, órgão de consulta política do Presidente da República, reúne-se hoje para discutir a decisão de decretar o estado de emergência em Portugal devido à pandemia da Covid-19. A reunião realiza-se durante a manhã, por videoconferência, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, onde passou a noite, depois de ter estado 14 dias em quarentena voluntária na sua casa em Cascais.

As conclusões serão divulgadas na página da Presidência da República na internet e, ao final da tarde ou início da noite, Marcelo Rebelo de Sousa fará uma declaração ao país.

“Declarar o estado de sítio ou o estado de emergência” é uma das competências próprias do Presidente, previstas no artigo 138.º da Constituição da República Portuguesa. Se Marcelo Rebelo de Sousa decidir pela declaração do estado de emergência, terá de ouvir o Governo e submeter um pedido de autorização à Assembleia da República, que autoriza ou recusa, através de uma resolução.

O plenário da Assembleia da República de hoje, agendado para as 16h, deixou um ponto em aberto para a possibilidade de ter de debater o decreto do Presidente a declarar emergência nacional.

Da agenda do plenário do parlamento consta ainda o debate de uma proposta do Governo com medidas para conter os efeitos da pandemia e que foram aprovadas em conselho de ministros na semana passada.

O estado de emergência só pode ser decretado por 15 dias, renováveis por períodos iguais. Durante o tempo em que estiver em vigor pode ser determinada a suspensão parcial do exercício de direitos, liberdades e garantias, prevendo-se, “se necessário, o reforço dos poderes das autoridades administrativas civis e o apoio às mesmas por parte das Forças Armadas”.

Foi o primeiro-ministro, António Costa, que anunciou no domingo passado que seria convocado um Conselho de Estado para analisar aquela possibilidade, como resposta à pandemia de Covid-19, numa altura em que estão infectadas com o novo coronavírus perto de 450 pessoas, havendo um morto.

António Costa já disse que não se opõe à declaração do estado de emergência, que nunca vigorou em Portugal, mas manifestou dúvidas, considerando que as medidas devem ser tomadas à medida das necessidades e que não vê motivos para, por exemplo, se limitarem as liberdades de reunião ou de expressão.

Entre os partidos, que na generalidade não se opõem, o PCP considerou prematuro e não antecipou o sentido de voto face ao decreto que vier, se vier, a dar entrada na Assembleia da República.

O plenário de hoje já funcionará com novas regras, decididas para evitar o contágio, prevendo-se que nos debates esteja um mínimo de 46 deputados. À hora da votação terão de estar metade mais um da totalidade dos deputados, 116.

Segundo a lei, a declaração do estado de emergência conterá “clara e expressamente” a “caracterização e fundamentação do estado declarado”, o seu âmbito territorial, a duração, a “especificação dos direitos, liberdades e garantias cujo exercício fica suspenso ou restringido”, a determinação “do grau de reforço dos poderes das autoridades administrativas civis e do apoio às mesmas pelas Forças Armadas, sendo caso disso”.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infectou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.

18 Mar 2020

Codvid-19 | Washington e Pequim trocam acusações sobre origem do surto

A troca de hostilidades entre as duas maiores potências económicas passou para o campo da saúde pública e das teorias de conspiração. Um oficial do Governo chinês acusou os Estados Unidos pelo foco de infecções em Wuhan, depois da presença de militares norte-americanos na cidade onde participaram num evento desportivo. Entretanto, Donald Trump voltou a referir-se ao novo coronavírus como o “vírus chinês”

 

[dropcap]E[/dropcap]m tempo de tréguas na guerra comercial, cavam-se trincheiras no twitter e apontam-se culpas quanto à origem do novo coronavírus, com altos responsáveis políticos chineses e norte-americanos a disseminar teorias de conspiração.

A escalada de retórica rebentou na conta de Twitter do Presidente norte-americano, que escreveu que “os Estados Unidos iriam apoiar empresas, como companhias aéreas que foram particularmente afectadas pelo vírus chinês”.

Sem surpresas, a resposta de Pequim não se fez esperar. A China disse ontem estar “fortemente indignada” depois de Donald Trump referir-se ao Covid-19 como “vírus chinês”, acusando o Presidente norte-americano de criar um “estigma” contra o país. “Estamos fortemente indignados e opomo-nos firmemente a essa expressão”, disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade internacional opõem-se claramente a vincular um vírus a determinado país ou região visando evitar estigmas”, defendeu.

O contra-ataque também chegou à conta de Twitter do Global Times, jornal oficial do Governo Central. “Que Presidente! Ao rotular a Covid-19 como o ‘vírus chinês’, Trump tenta esconder o fracasso das medidas de prevenção e controlo impostos pela sua administração contra o surto. Então, passa a culpa para a China, tentando provar que não é responsável pela actual situação que os Estados Unidos vivem”, lê-se na conta do jornal que reflecte a posição de Pequim.

Porém, esta não é a primeira vez que de Washington chegam expressões deste género. Membros do Governo norte-americano usaram anteriormente expressões semelhantes, apesar de esta ser a primeira vez que Trump o faz publicamente.

Mas este foi apenas um dos mais recentes “tiros” disparados numa batalha de comunicação que politiza o surto.

Quem diz o quê

Pouco depois das notícias que deram conta do surto em Wuhan, começaram a circular online teorias sinistras sobre a origem do vírus, que foram sendo rebatidas por cientistas. Algumas destas ganharam tracção entre pessoas de poder, muitas com conhecidas posições políticas críticas em relação a Pequim, como Stephen Bannon, um dos homens responsáveis pela campanha que elegeu Donald Trump para a Casa Branca.

Há quase um mês o senador republicano do Arkansas, Tom Cotton, disse aos microfones da Fox News que o vírus teria sido criado num laboratório bioquímico de alta segurança em Wuhan para ser usado como arma química.

“Não temos provas de que o vírus tenha começado lá, mas tendo em conta a duplicidade e desonestidade da China desde o início do surto temos de, pelo menos, levantar a questão e ver para onde apontam as provas. Até agora, a China não tem facultado factos sobre esta questão”, declarou Cotton.

Mais tarde, o senador teve voltar atrás na tese de que o novo coronavírus era, na realidade, uma arma biológica, mas já era tarde demais. O rumor ganhou ressonância na câmara de eco dos média conservadores, com discursos que fizeram lembrar a propaganda anti-soviética da altura da Guerra Fria.

Acção vs Reacção

A resposta de Pequim não se faz esperar. O contra-ataque surgiu com a tese de que o novo coronavírus havia sido introduzido na cidade de Wuhan, em Outubro passado, pela comitiva das forças armadas norte-americanas aquando da participação numa espécie de olimpíadas militares.

Mais uma vez, apesar da falta de provas que sustentem a tese, esta mereceu a bênção do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, nomeadamente com um porta-voz a acusar Washington de não ser transparente sobre o conhecimento que tem em relação à doença.

As insinuações ganharam corpo numa série de tweets de Zhao Lijian, porta-voz do ministério, publicados na passada quinta-feira, que desviaram agressivamente qualquer tentativa de argumentar má gestão de Pequim durante as primeiras semanas do surto

O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, acusou ontem a China de “semear informações falsas e rumores absurdos” sobre a origem do novo coronavírus.

No momento em que as autoridades dos EUA estão preocupadas com a propagação rápida do vírus e que as cidades norte-americanas abrandam, preparando-se para a eventualidade de uma quarentena geral, Mike Pompeo falou telefonicamente com o mais alto funcionário do Partido Comunista Chinês, acusando as autoridades da China de desinformação.

“O secretário de Estado enfatizou que o momento foi mal escolhido para semear desinformação e rumores absurdos e que está na altura de os países se unirem para combater uma ameaça comum”, disse o Departamento de Estado norte-americano, num comunicado que comentava a conversa telefónica entre os dois políticos.

Diplomacia e poesia

Washington já tinha convocado o embaixador chinês em Washington para lhe transmitir o desconforto com as insinuações, mas as autoridades dos EUA estão agora também preocupadas com a velocidade de propagação do vírus no seu país.

Em declarações à CCTV, Yang Jiechi, diplomata chinês, diz ter avisado pelo telefone Mike Pompeo que qualquer tentativa para manchar os esforços da China na contenção da pandemia “não iria ser bem-sucedida”. Na chamada, que aconteceu na segunda-feira, Yang manifestou a oposição e condenação pelos esforços movidos por políticos norte-americanos para denegrir a China e alertou que ameaças aos interesses chineses vão ser alvo de retaliação.

A posição de Pequim teve eco em várias embaixadas chinesas, como no Cazaquistão ou Nigéria, que se juntaram ao coro de críticas a Washington.

O diplomata chinês sediado no Cazaquistão usou o Facebook para dar a sua perspectiva contra Washington. “A falta de máscaras, luvas, testes e equipamentos, além do crash da bolsa também foram provocados pela China? Chegou a altura de admitir aquilo que têm escondido dos eleitores e da comunidade internacional, porque há muitas perguntas por responder”, escreveu o diplomata chinês em russo.

No meio desta troca de galhardetes, houve um dano colateral que extrapolou a relação entre países. Na passada segunda-feira, o peruano Nobel da literatura, Mario Vargas Llosa, foi alvo de críticas de Pequim que o acusou o de “irresponsabilidade e opiniões preconceituosas”, depois de o escritor ter assinado um artigo no jornal espanhol El Pais e no peruano La Republica.

A tese do laureado pela Academia Alfred Nobel teoriza sobre a ligação entre o regime político chinês e a resposta ao surto, especulando se a resposta seria diferente caso a China fosse uma democracia.

“Parece que ninguém está a sublinhar que tudo o que se está a passar poderia ser evitado se a China fosse um país livre e democrático, em vez de uma ditadura”, comentou o peruano, citado pelo portal Hong Kong Free Press.

As palavras de Llosa foram recebidas com indignação em Pequim, que se expressou através de um comunicado da embaixada no Peru. “Respeitamos a liberdade de expressão, mas não aceitamos qualquer tipo de difamações e estigmatizações arbitrárias”, lê-se no comunicado.

Além disso, a representação diplomática realça que Llosa, “enquanto figura pública, não deveria espalhar opiniões irresponsáveis e preconceituosas sem qualquer propósito”.

18 Mar 2020

Codvid-19 | Washington e Pequim trocam acusações sobre origem do surto

A troca de hostilidades entre as duas maiores potências económicas passou para o campo da saúde pública e das teorias de conspiração. Um oficial do Governo chinês acusou os Estados Unidos pelo foco de infecções em Wuhan, depois da presença de militares norte-americanos na cidade onde participaram num evento desportivo. Entretanto, Donald Trump voltou a referir-se ao novo coronavírus como o “vírus chinês”

 
[dropcap]E[/dropcap]m tempo de tréguas na guerra comercial, cavam-se trincheiras no twitter e apontam-se culpas quanto à origem do novo coronavírus, com altos responsáveis políticos chineses e norte-americanos a disseminar teorias de conspiração.
A escalada de retórica rebentou na conta de Twitter do Presidente norte-americano, que escreveu que “os Estados Unidos iriam apoiar empresas, como companhias aéreas que foram particularmente afectadas pelo vírus chinês”.
Sem surpresas, a resposta de Pequim não se fez esperar. A China disse ontem estar “fortemente indignada” depois de Donald Trump referir-se ao Covid-19 como “vírus chinês”, acusando o Presidente norte-americano de criar um “estigma” contra o país. “Estamos fortemente indignados e opomo-nos firmemente a essa expressão”, disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade internacional opõem-se claramente a vincular um vírus a determinado país ou região visando evitar estigmas”, defendeu.
O contra-ataque também chegou à conta de Twitter do Global Times, jornal oficial do Governo Central. “Que Presidente! Ao rotular a Covid-19 como o ‘vírus chinês’, Trump tenta esconder o fracasso das medidas de prevenção e controlo impostos pela sua administração contra o surto. Então, passa a culpa para a China, tentando provar que não é responsável pela actual situação que os Estados Unidos vivem”, lê-se na conta do jornal que reflecte a posição de Pequim.
Porém, esta não é a primeira vez que de Washington chegam expressões deste género. Membros do Governo norte-americano usaram anteriormente expressões semelhantes, apesar de esta ser a primeira vez que Trump o faz publicamente.
Mas este foi apenas um dos mais recentes “tiros” disparados numa batalha de comunicação que politiza o surto.

Quem diz o quê

Pouco depois das notícias que deram conta do surto em Wuhan, começaram a circular online teorias sinistras sobre a origem do vírus, que foram sendo rebatidas por cientistas. Algumas destas ganharam tracção entre pessoas de poder, muitas com conhecidas posições políticas críticas em relação a Pequim, como Stephen Bannon, um dos homens responsáveis pela campanha que elegeu Donald Trump para a Casa Branca.
Há quase um mês o senador republicano do Arkansas, Tom Cotton, disse aos microfones da Fox News que o vírus teria sido criado num laboratório bioquímico de alta segurança em Wuhan para ser usado como arma química.
“Não temos provas de que o vírus tenha começado lá, mas tendo em conta a duplicidade e desonestidade da China desde o início do surto temos de, pelo menos, levantar a questão e ver para onde apontam as provas. Até agora, a China não tem facultado factos sobre esta questão”, declarou Cotton.
Mais tarde, o senador teve voltar atrás na tese de que o novo coronavírus era, na realidade, uma arma biológica, mas já era tarde demais. O rumor ganhou ressonância na câmara de eco dos média conservadores, com discursos que fizeram lembrar a propaganda anti-soviética da altura da Guerra Fria.

Acção vs Reacção

A resposta de Pequim não se faz esperar. O contra-ataque surgiu com a tese de que o novo coronavírus havia sido introduzido na cidade de Wuhan, em Outubro passado, pela comitiva das forças armadas norte-americanas aquando da participação numa espécie de olimpíadas militares.
Mais uma vez, apesar da falta de provas que sustentem a tese, esta mereceu a bênção do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, nomeadamente com um porta-voz a acusar Washington de não ser transparente sobre o conhecimento que tem em relação à doença.
As insinuações ganharam corpo numa série de tweets de Zhao Lijian, porta-voz do ministério, publicados na passada quinta-feira, que desviaram agressivamente qualquer tentativa de argumentar má gestão de Pequim durante as primeiras semanas do surto
O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, acusou ontem a China de “semear informações falsas e rumores absurdos” sobre a origem do novo coronavírus.
No momento em que as autoridades dos EUA estão preocupadas com a propagação rápida do vírus e que as cidades norte-americanas abrandam, preparando-se para a eventualidade de uma quarentena geral, Mike Pompeo falou telefonicamente com o mais alto funcionário do Partido Comunista Chinês, acusando as autoridades da China de desinformação.
“O secretário de Estado enfatizou que o momento foi mal escolhido para semear desinformação e rumores absurdos e que está na altura de os países se unirem para combater uma ameaça comum”, disse o Departamento de Estado norte-americano, num comunicado que comentava a conversa telefónica entre os dois políticos.

Diplomacia e poesia

Washington já tinha convocado o embaixador chinês em Washington para lhe transmitir o desconforto com as insinuações, mas as autoridades dos EUA estão agora também preocupadas com a velocidade de propagação do vírus no seu país.
Em declarações à CCTV, Yang Jiechi, diplomata chinês, diz ter avisado pelo telefone Mike Pompeo que qualquer tentativa para manchar os esforços da China na contenção da pandemia “não iria ser bem-sucedida”. Na chamada, que aconteceu na segunda-feira, Yang manifestou a oposição e condenação pelos esforços movidos por políticos norte-americanos para denegrir a China e alertou que ameaças aos interesses chineses vão ser alvo de retaliação.
A posição de Pequim teve eco em várias embaixadas chinesas, como no Cazaquistão ou Nigéria, que se juntaram ao coro de críticas a Washington.
O diplomata chinês sediado no Cazaquistão usou o Facebook para dar a sua perspectiva contra Washington. “A falta de máscaras, luvas, testes e equipamentos, além do crash da bolsa também foram provocados pela China? Chegou a altura de admitir aquilo que têm escondido dos eleitores e da comunidade internacional, porque há muitas perguntas por responder”, escreveu o diplomata chinês em russo.
No meio desta troca de galhardetes, houve um dano colateral que extrapolou a relação entre países. Na passada segunda-feira, o peruano Nobel da literatura, Mario Vargas Llosa, foi alvo de críticas de Pequim que o acusou o de “irresponsabilidade e opiniões preconceituosas”, depois de o escritor ter assinado um artigo no jornal espanhol El Pais e no peruano La Republica.
A tese do laureado pela Academia Alfred Nobel teoriza sobre a ligação entre o regime político chinês e a resposta ao surto, especulando se a resposta seria diferente caso a China fosse uma democracia.
“Parece que ninguém está a sublinhar que tudo o que se está a passar poderia ser evitado se a China fosse um país livre e democrático, em vez de uma ditadura”, comentou o peruano, citado pelo portal Hong Kong Free Press.
As palavras de Llosa foram recebidas com indignação em Pequim, que se expressou através de um comunicado da embaixada no Peru. “Respeitamos a liberdade de expressão, mas não aceitamos qualquer tipo de difamações e estigmatizações arbitrárias”, lê-se no comunicado.
Além disso, a representação diplomática realça que Llosa, “enquanto figura pública, não deveria espalhar opiniões irresponsáveis e preconceituosas sem qualquer propósito”.

18 Mar 2020

Codvid-19 | Washington e Pequim trocam acusações sobre origem do surto

A troca de hostilidades entre as duas maiores potências económicas passou para o campo da saúde pública e das teorias de conspiração. Um oficial do Governo chinês acusou os Estados Unidos pelo foco de infecções em Wuhan, depois da presença de militares norte-americanos na cidade onde participaram num evento desportivo. Entretanto, Donald Trump voltou a referir-se ao novo coronavírus como o “vírus chinês”

 
[dropcap]E[/dropcap]m tempo de tréguas na guerra comercial, cavam-se trincheiras no twitter e apontam-se culpas quanto à origem do novo coronavírus, com altos responsáveis políticos chineses e norte-americanos a disseminar teorias de conspiração.
A escalada de retórica rebentou na conta de Twitter do Presidente norte-americano, que escreveu que “os Estados Unidos iriam apoiar empresas, como companhias aéreas que foram particularmente afectadas pelo vírus chinês”.
Sem surpresas, a resposta de Pequim não se fez esperar. A China disse ontem estar “fortemente indignada” depois de Donald Trump referir-se ao Covid-19 como “vírus chinês”, acusando o Presidente norte-americano de criar um “estigma” contra o país. “Estamos fortemente indignados e opomo-nos firmemente a essa expressão”, disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.
“A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade internacional opõem-se claramente a vincular um vírus a determinado país ou região visando evitar estigmas”, defendeu.
O contra-ataque também chegou à conta de Twitter do Global Times, jornal oficial do Governo Central. “Que Presidente! Ao rotular a Covid-19 como o ‘vírus chinês’, Trump tenta esconder o fracasso das medidas de prevenção e controlo impostos pela sua administração contra o surto. Então, passa a culpa para a China, tentando provar que não é responsável pela actual situação que os Estados Unidos vivem”, lê-se na conta do jornal que reflecte a posição de Pequim.
Porém, esta não é a primeira vez que de Washington chegam expressões deste género. Membros do Governo norte-americano usaram anteriormente expressões semelhantes, apesar de esta ser a primeira vez que Trump o faz publicamente.
Mas este foi apenas um dos mais recentes “tiros” disparados numa batalha de comunicação que politiza o surto.

Quem diz o quê

Pouco depois das notícias que deram conta do surto em Wuhan, começaram a circular online teorias sinistras sobre a origem do vírus, que foram sendo rebatidas por cientistas. Algumas destas ganharam tracção entre pessoas de poder, muitas com conhecidas posições políticas críticas em relação a Pequim, como Stephen Bannon, um dos homens responsáveis pela campanha que elegeu Donald Trump para a Casa Branca.
Há quase um mês o senador republicano do Arkansas, Tom Cotton, disse aos microfones da Fox News que o vírus teria sido criado num laboratório bioquímico de alta segurança em Wuhan para ser usado como arma química.
“Não temos provas de que o vírus tenha começado lá, mas tendo em conta a duplicidade e desonestidade da China desde o início do surto temos de, pelo menos, levantar a questão e ver para onde apontam as provas. Até agora, a China não tem facultado factos sobre esta questão”, declarou Cotton.
Mais tarde, o senador teve voltar atrás na tese de que o novo coronavírus era, na realidade, uma arma biológica, mas já era tarde demais. O rumor ganhou ressonância na câmara de eco dos média conservadores, com discursos que fizeram lembrar a propaganda anti-soviética da altura da Guerra Fria.

Acção vs Reacção

A resposta de Pequim não se faz esperar. O contra-ataque surgiu com a tese de que o novo coronavírus havia sido introduzido na cidade de Wuhan, em Outubro passado, pela comitiva das forças armadas norte-americanas aquando da participação numa espécie de olimpíadas militares.
Mais uma vez, apesar da falta de provas que sustentem a tese, esta mereceu a bênção do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, nomeadamente com um porta-voz a acusar Washington de não ser transparente sobre o conhecimento que tem em relação à doença.
As insinuações ganharam corpo numa série de tweets de Zhao Lijian, porta-voz do ministério, publicados na passada quinta-feira, que desviaram agressivamente qualquer tentativa de argumentar má gestão de Pequim durante as primeiras semanas do surto
O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, acusou ontem a China de “semear informações falsas e rumores absurdos” sobre a origem do novo coronavírus.
No momento em que as autoridades dos EUA estão preocupadas com a propagação rápida do vírus e que as cidades norte-americanas abrandam, preparando-se para a eventualidade de uma quarentena geral, Mike Pompeo falou telefonicamente com o mais alto funcionário do Partido Comunista Chinês, acusando as autoridades da China de desinformação.
“O secretário de Estado enfatizou que o momento foi mal escolhido para semear desinformação e rumores absurdos e que está na altura de os países se unirem para combater uma ameaça comum”, disse o Departamento de Estado norte-americano, num comunicado que comentava a conversa telefónica entre os dois políticos.

Diplomacia e poesia

Washington já tinha convocado o embaixador chinês em Washington para lhe transmitir o desconforto com as insinuações, mas as autoridades dos EUA estão agora também preocupadas com a velocidade de propagação do vírus no seu país.
Em declarações à CCTV, Yang Jiechi, diplomata chinês, diz ter avisado pelo telefone Mike Pompeo que qualquer tentativa para manchar os esforços da China na contenção da pandemia “não iria ser bem-sucedida”. Na chamada, que aconteceu na segunda-feira, Yang manifestou a oposição e condenação pelos esforços movidos por políticos norte-americanos para denegrir a China e alertou que ameaças aos interesses chineses vão ser alvo de retaliação.
A posição de Pequim teve eco em várias embaixadas chinesas, como no Cazaquistão ou Nigéria, que se juntaram ao coro de críticas a Washington.
O diplomata chinês sediado no Cazaquistão usou o Facebook para dar a sua perspectiva contra Washington. “A falta de máscaras, luvas, testes e equipamentos, além do crash da bolsa também foram provocados pela China? Chegou a altura de admitir aquilo que têm escondido dos eleitores e da comunidade internacional, porque há muitas perguntas por responder”, escreveu o diplomata chinês em russo.
No meio desta troca de galhardetes, houve um dano colateral que extrapolou a relação entre países. Na passada segunda-feira, o peruano Nobel da literatura, Mario Vargas Llosa, foi alvo de críticas de Pequim que o acusou o de “irresponsabilidade e opiniões preconceituosas”, depois de o escritor ter assinado um artigo no jornal espanhol El Pais e no peruano La Republica.
A tese do laureado pela Academia Alfred Nobel teoriza sobre a ligação entre o regime político chinês e a resposta ao surto, especulando se a resposta seria diferente caso a China fosse uma democracia.
“Parece que ninguém está a sublinhar que tudo o que se está a passar poderia ser evitado se a China fosse um país livre e democrático, em vez de uma ditadura”, comentou o peruano, citado pelo portal Hong Kong Free Press.
As palavras de Llosa foram recebidas com indignação em Pequim, que se expressou através de um comunicado da embaixada no Peru. “Respeitamos a liberdade de expressão, mas não aceitamos qualquer tipo de difamações e estigmatizações arbitrárias”, lê-se no comunicado.
Além disso, a representação diplomática realça que Llosa, “enquanto figura pública, não deveria espalhar opiniões irresponsáveis e preconceituosas sem qualquer propósito”.

18 Mar 2020

Covid-19 | Portugal conta com 448 casos de infecção, o primeiro na ilha da Madeira

[dropcap]O[/dropcap] número de infectados pelo novo coronavírus subiu para 448, mais 117 do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou esta terça-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado esta terça-feira às 12:00, há 4.030 casos suspeitos (mais 1.122), dos quais 323 (eram 374) aguardam resultado laboratorial. Segundo a DGS, há três casos recuperados.

Entretanto o Governo Regional da Madeira anunciou ontem o primeiro caso de Covid-19 na região, indicando que se trata de uma cidadã holandesa que se encontrava de férias na ilha. “O caso positivo foi detetado numa cidadã holandesa que entrou no território no dia 12 de março”, disse o presidente do executivo, Miguel Albuquerque.

A cidadã está agora internada no espaço do Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) preparado para os isolamentos de casos de Covid-19. “Determinámos o fim de todas as actividades de animação e recreação turísticas na região autónoma a partir deste momento, como, por exemplo, excursões, passeios, visitas guiadas, rent-a-car ou de outra ordem”, afirmou Miguel Albuquerque, em conferência de imprensa, no Funchal.

O governante realçou que o executivo comunicará novamente às embaixadas a “necessidade mandatória de procederem ao repatriamento dos seus concidadãos que ainda permanecem na região, com a maior brevidade possível”.

Miguel Albuquerque vincou também o reforço das medidas de restrição de entrada de cidadãos em centros comerciais, mercados e outros espaços públicos, no sentido de evitar a concentração de pessoas e o contacto físico entre elas.

O primeiro caso positivo de Covid-19 no arquipélago da Madeira foi registado na segunda-feira (16 de março) às 22:14 horas, sendo que os serviços de saúde e proteção civil tomaram “todas as medidas necessárias de isolamento e prevenção” da unidade hoteleira” onde se encontrava a cidadã holandesa.

Trata-se do Enotel Quinta do Sol (ex-Quinta do Sol), um quatro estrelas localizado na Rua Dr. Pita, na cidade do Funchal, com 147 quartos.

“Segundo o protocolo previamente estabelecido, todos aqueles com quem [a turista] contactou estão a ser devidamente acompanhados pelas autoridades regionais de saúde”, esclareceu Miguel Albuquerque, vincando que o governo irá “continuar a tomar as medidas necessárias” no sentido de conter a pandemia de Covid-19 e salvaguardar “a vida e a saúde” das famílias.

O chefe do executivo apelou aos cidadãos para que permaneçam nas suas residências, efectuando apenas saídas para aquisição de alimentos, compra de medicamentos, apoio a idosos e deslocações de e para o trabalho. “Face a esta nova situação, o trabalho na Administração Pública fica reduzida ao nível indispensável para o funcionamento das instituições, restringindo ainda mais os seus planos de contingência”, afirmou.

Miguel Albuquerque apelou ainda aos cidadãos de quarentena na região, sobretudo os que regressaram do continente, para o “cumprimento escrupuloso” da mesma, uma vez que está em causa “a vida e a saúde de outros concidadãos, incluindo os seus familiares”.

Entretanto, nasceu esta terça-feira o primeiro bebé de mãe infectada com o vírus da Covid-19 no Hospital de São João, no Porto. Os dois “estão bem”, disse à Lusa fonte oficial daquela unidade hospitalar. De acordo coma fonte, foram feitos testes de despiste do vírus no bebé, estando a aguardar-se os resultados.

17 Mar 2020

Covid-19 | Portugal conta com 448 casos de infecção, o primeiro na ilha da Madeira

[dropcap]O[/dropcap] número de infectados pelo novo coronavírus subiu para 448, mais 117 do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou esta terça-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado esta terça-feira às 12:00, há 4.030 casos suspeitos (mais 1.122), dos quais 323 (eram 374) aguardam resultado laboratorial. Segundo a DGS, há três casos recuperados.
Entretanto o Governo Regional da Madeira anunciou ontem o primeiro caso de Covid-19 na região, indicando que se trata de uma cidadã holandesa que se encontrava de férias na ilha. “O caso positivo foi detetado numa cidadã holandesa que entrou no território no dia 12 de março”, disse o presidente do executivo, Miguel Albuquerque.
A cidadã está agora internada no espaço do Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) preparado para os isolamentos de casos de Covid-19. “Determinámos o fim de todas as actividades de animação e recreação turísticas na região autónoma a partir deste momento, como, por exemplo, excursões, passeios, visitas guiadas, rent-a-car ou de outra ordem”, afirmou Miguel Albuquerque, em conferência de imprensa, no Funchal.
O governante realçou que o executivo comunicará novamente às embaixadas a “necessidade mandatória de procederem ao repatriamento dos seus concidadãos que ainda permanecem na região, com a maior brevidade possível”.
Miguel Albuquerque vincou também o reforço das medidas de restrição de entrada de cidadãos em centros comerciais, mercados e outros espaços públicos, no sentido de evitar a concentração de pessoas e o contacto físico entre elas.
O primeiro caso positivo de Covid-19 no arquipélago da Madeira foi registado na segunda-feira (16 de março) às 22:14 horas, sendo que os serviços de saúde e proteção civil tomaram “todas as medidas necessárias de isolamento e prevenção” da unidade hoteleira” onde se encontrava a cidadã holandesa.
Trata-se do Enotel Quinta do Sol (ex-Quinta do Sol), um quatro estrelas localizado na Rua Dr. Pita, na cidade do Funchal, com 147 quartos.
“Segundo o protocolo previamente estabelecido, todos aqueles com quem [a turista] contactou estão a ser devidamente acompanhados pelas autoridades regionais de saúde”, esclareceu Miguel Albuquerque, vincando que o governo irá “continuar a tomar as medidas necessárias” no sentido de conter a pandemia de Covid-19 e salvaguardar “a vida e a saúde” das famílias.
O chefe do executivo apelou aos cidadãos para que permaneçam nas suas residências, efectuando apenas saídas para aquisição de alimentos, compra de medicamentos, apoio a idosos e deslocações de e para o trabalho. “Face a esta nova situação, o trabalho na Administração Pública fica reduzida ao nível indispensável para o funcionamento das instituições, restringindo ainda mais os seus planos de contingência”, afirmou.
Miguel Albuquerque apelou ainda aos cidadãos de quarentena na região, sobretudo os que regressaram do continente, para o “cumprimento escrupuloso” da mesma, uma vez que está em causa “a vida e a saúde de outros concidadãos, incluindo os seus familiares”.
Entretanto, nasceu esta terça-feira o primeiro bebé de mãe infectada com o vírus da Covid-19 no Hospital de São João, no Porto. Os dois “estão bem”, disse à Lusa fonte oficial daquela unidade hospitalar. De acordo coma fonte, foram feitos testes de despiste do vírus no bebé, estando a aguardar-se os resultados.

17 Mar 2020

Covid-19 | Portugal conta com 448 casos de infecção, o primeiro na ilha da Madeira

[dropcap]O[/dropcap] número de infectados pelo novo coronavírus subiu para 448, mais 117 do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou esta terça-feira a Direcção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado esta terça-feira às 12:00, há 4.030 casos suspeitos (mais 1.122), dos quais 323 (eram 374) aguardam resultado laboratorial. Segundo a DGS, há três casos recuperados.
Entretanto o Governo Regional da Madeira anunciou ontem o primeiro caso de Covid-19 na região, indicando que se trata de uma cidadã holandesa que se encontrava de férias na ilha. “O caso positivo foi detetado numa cidadã holandesa que entrou no território no dia 12 de março”, disse o presidente do executivo, Miguel Albuquerque.
A cidadã está agora internada no espaço do Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) preparado para os isolamentos de casos de Covid-19. “Determinámos o fim de todas as actividades de animação e recreação turísticas na região autónoma a partir deste momento, como, por exemplo, excursões, passeios, visitas guiadas, rent-a-car ou de outra ordem”, afirmou Miguel Albuquerque, em conferência de imprensa, no Funchal.
O governante realçou que o executivo comunicará novamente às embaixadas a “necessidade mandatória de procederem ao repatriamento dos seus concidadãos que ainda permanecem na região, com a maior brevidade possível”.
Miguel Albuquerque vincou também o reforço das medidas de restrição de entrada de cidadãos em centros comerciais, mercados e outros espaços públicos, no sentido de evitar a concentração de pessoas e o contacto físico entre elas.
O primeiro caso positivo de Covid-19 no arquipélago da Madeira foi registado na segunda-feira (16 de março) às 22:14 horas, sendo que os serviços de saúde e proteção civil tomaram “todas as medidas necessárias de isolamento e prevenção” da unidade hoteleira” onde se encontrava a cidadã holandesa.
Trata-se do Enotel Quinta do Sol (ex-Quinta do Sol), um quatro estrelas localizado na Rua Dr. Pita, na cidade do Funchal, com 147 quartos.
“Segundo o protocolo previamente estabelecido, todos aqueles com quem [a turista] contactou estão a ser devidamente acompanhados pelas autoridades regionais de saúde”, esclareceu Miguel Albuquerque, vincando que o governo irá “continuar a tomar as medidas necessárias” no sentido de conter a pandemia de Covid-19 e salvaguardar “a vida e a saúde” das famílias.
O chefe do executivo apelou aos cidadãos para que permaneçam nas suas residências, efectuando apenas saídas para aquisição de alimentos, compra de medicamentos, apoio a idosos e deslocações de e para o trabalho. “Face a esta nova situação, o trabalho na Administração Pública fica reduzida ao nível indispensável para o funcionamento das instituições, restringindo ainda mais os seus planos de contingência”, afirmou.
Miguel Albuquerque apelou ainda aos cidadãos de quarentena na região, sobretudo os que regressaram do continente, para o “cumprimento escrupuloso” da mesma, uma vez que está em causa “a vida e a saúde de outros concidadãos, incluindo os seus familiares”.
Entretanto, nasceu esta terça-feira o primeiro bebé de mãe infectada com o vírus da Covid-19 no Hospital de São João, no Porto. Os dois “estão bem”, disse à Lusa fonte oficial daquela unidade hospitalar. De acordo coma fonte, foram feitos testes de despiste do vírus no bebé, estando a aguardar-se os resultados.

17 Mar 2020

Covid-19 | Primeiro-ministro português diz que há 1.142 ventiladores mas que “não estão todos disponíveis”

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro, António Costa, adiantou ontem que Portugal ainda não teve “nenhuma carência” de ventiladores e que conta actualmente com “1.142” equipamentos, mas ressalvou que “não estão todos disponíveis” para a pandemia de Covid-19 porque há outras necessidades.

“Nós temos, fora blocos operatórios de urgência, fora unidades de queimados, 1.142 ventiladores para adultos. Claro que não estão todos disponíveis porque há muitas pessoas que estão internadas e que estão a ser ventiladas, ou que foram operadas, ou porque estão com uma pneumonia normal”, disse António Costa, em entrevista ao canal de televisão SIC, no Jornal da Noite.

O primeiro-ministro garantiu que Portugal não tem “nenhuma carência de ventiladores”, mas justificou que está a ser feito um reforço “na previsão do pior dos cenários”, e porque se vive “uma situação anormal”.

Na entrevista, o primeiro-ministro disse também que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem “dois milhões de máscaras de reserva estratégica”, para responder às necessidades, e indicou que o Estado está a “adquirir quer máscaras, quer material de desinfecção, quer ventiladores, e a fazer a gestão destes recursos”.

“Temos procurado estar a ir reforçando as capacidades que temos para prever o pior que ainda possa vir a seguir”, defendeu.

Costa referiu que “o que está previsto neste momento no estudo epidemiológico é que o pico desta pandemia em Portugal continue a crescer até finais de abril”, e que “só então aí entrará numa função descendente e que nunca terminará antes do final de maio”.

“Por isso é que estamos a falar de vários meses, nós temos de reforçar os recursos para o caso de haver um aumento anormal para além daquilo que está previsto”, reforçou.

No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que estava a ser feito um levantamento do número de ventiladores existentes nos hospitais públicos e privados e explicou que, com o adiamento de algumas cirurgias, existem equipamentos que ficarão livres. Portugal registou, até hoje, uma morte e 331 pessoas infectadas.

17 Mar 2020

Covid-19 | Primeiro-ministro português diz que há 1.142 ventiladores mas que "não estão todos disponíveis"

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro, António Costa, adiantou ontem que Portugal ainda não teve “nenhuma carência” de ventiladores e que conta actualmente com “1.142” equipamentos, mas ressalvou que “não estão todos disponíveis” para a pandemia de Covid-19 porque há outras necessidades.
“Nós temos, fora blocos operatórios de urgência, fora unidades de queimados, 1.142 ventiladores para adultos. Claro que não estão todos disponíveis porque há muitas pessoas que estão internadas e que estão a ser ventiladas, ou que foram operadas, ou porque estão com uma pneumonia normal”, disse António Costa, em entrevista ao canal de televisão SIC, no Jornal da Noite.
O primeiro-ministro garantiu que Portugal não tem “nenhuma carência de ventiladores”, mas justificou que está a ser feito um reforço “na previsão do pior dos cenários”, e porque se vive “uma situação anormal”.
Na entrevista, o primeiro-ministro disse também que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem “dois milhões de máscaras de reserva estratégica”, para responder às necessidades, e indicou que o Estado está a “adquirir quer máscaras, quer material de desinfecção, quer ventiladores, e a fazer a gestão destes recursos”.
“Temos procurado estar a ir reforçando as capacidades que temos para prever o pior que ainda possa vir a seguir”, defendeu.
Costa referiu que “o que está previsto neste momento no estudo epidemiológico é que o pico desta pandemia em Portugal continue a crescer até finais de abril”, e que “só então aí entrará numa função descendente e que nunca terminará antes do final de maio”.
“Por isso é que estamos a falar de vários meses, nós temos de reforçar os recursos para o caso de haver um aumento anormal para além daquilo que está previsto”, reforçou.
No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que estava a ser feito um levantamento do número de ventiladores existentes nos hospitais públicos e privados e explicou que, com o adiamento de algumas cirurgias, existem equipamentos que ficarão livres. Portugal registou, até hoje, uma morte e 331 pessoas infectadas.

17 Mar 2020

Covid-19 | Primeiro-ministro português diz que há 1.142 ventiladores mas que "não estão todos disponíveis"

[dropcap]O[/dropcap] primeiro-ministro, António Costa, adiantou ontem que Portugal ainda não teve “nenhuma carência” de ventiladores e que conta actualmente com “1.142” equipamentos, mas ressalvou que “não estão todos disponíveis” para a pandemia de Covid-19 porque há outras necessidades.
“Nós temos, fora blocos operatórios de urgência, fora unidades de queimados, 1.142 ventiladores para adultos. Claro que não estão todos disponíveis porque há muitas pessoas que estão internadas e que estão a ser ventiladas, ou que foram operadas, ou porque estão com uma pneumonia normal”, disse António Costa, em entrevista ao canal de televisão SIC, no Jornal da Noite.
O primeiro-ministro garantiu que Portugal não tem “nenhuma carência de ventiladores”, mas justificou que está a ser feito um reforço “na previsão do pior dos cenários”, e porque se vive “uma situação anormal”.
Na entrevista, o primeiro-ministro disse também que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem “dois milhões de máscaras de reserva estratégica”, para responder às necessidades, e indicou que o Estado está a “adquirir quer máscaras, quer material de desinfecção, quer ventiladores, e a fazer a gestão destes recursos”.
“Temos procurado estar a ir reforçando as capacidades que temos para prever o pior que ainda possa vir a seguir”, defendeu.
Costa referiu que “o que está previsto neste momento no estudo epidemiológico é que o pico desta pandemia em Portugal continue a crescer até finais de abril”, e que “só então aí entrará numa função descendente e que nunca terminará antes do final de maio”.
“Por isso é que estamos a falar de vários meses, nós temos de reforçar os recursos para o caso de haver um aumento anormal para além daquilo que está previsto”, reforçou.
No sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que estava a ser feito um levantamento do número de ventiladores existentes nos hospitais públicos e privados e explicou que, com o adiamento de algumas cirurgias, existem equipamentos que ficarão livres. Portugal registou, até hoje, uma morte e 331 pessoas infectadas.

17 Mar 2020

Covid-19 | Portugueses “aflitos” e “desesperados” retidos nas Filipinas

[dropcap]P[/dropcap]elo menos “uma centena de portugueses” está retida nas Filipinas, “aflitos” e “desesperados”, sem conseguirem regressar a Portugal, disseram hoje à agência Lusa vários membros do grupo. “Neste grupo [em Cebu] estão mais de 40 portugueses”, mas, espalhados pelas Filipinas, “segundo a última contagem, eram sensivelmente 120”, porque “há muita gente que está retida em ilhas”, explicou Emanuel Mosca.

“Há pessoas desesperadas, já vi pessoas a chorar e quer tudo voltar para o país”, acrescentou, junto do Aeroporto Internacional de Cebu.

“Encontrávamos todos em ilhas, e então achámos por bem, no caso de alguém nos poder ajudar, que seria sempre melhor dirigirmo-nos a um aeroporto internacional”, adiantou, falando em nome do grupo, que o rodeava, formado por pessoas de Lamego, Coimbra, Lisboa e Ponte de Lima.

“Há inclusivamente pessoas que gastaram praticamente o dinheiro todo que tinham em voos, que entretanto foram cancelados, e que já não sabem, se tiverem mesmo de ficar aqui, como é que se vão manter, como é que se vão sustentar, porque não têm resposta nenhuma por parte de praticamente ninguém”, acrescentou.

Há cinco dias que lhes foi dito que tinham de abandonar o país. “No meu caso em particular já gastei quase um milhar de euros em hotéis e também em voos que acabaram por ser cancelados”, precisou.

O grupo está a combinar ficar no mesmo hotel. “Para não ficarmos espalhados uns dos outros, porque já estamos com medo, medo de ficar sem dinheiro, com medo de ficar longe do nosso país, estamos com medo, depois, se acontecer alguma coisa, de não sermos bem tratados aqui porque somos estrangeiros”, sublinhou.

“Criaram uma linha de apoio de Portugal, à qual variadíssimas pessoas acederam e não tiveram informação ou resposta nenhuma por parte das autoridades. (…) Nós temos tido um acompanhamento e agradecemos por isso, um acompanhamento por parte do cônsul português de Jacarta, que nos tem fornecido algumas informações diariamente”, frisou, para esclarecer que o diplomata “tem sido incansável nesse aspeto, mas (…) o que ele tem feito, talvez porque não tenha grandes poderes, grandes meios para fazer melhor, (…) foi apenas fornecer-nos informações”.

Ou seja, “soluções não temos nenhuma até agora”, resumiu. “Já não sabemos de nada, estamos realmente aflitos”, concluiu Emanuel Mosca.

Nas Filipinas há a registar 142 casos e 12 mortos devido ao surto de Covid-19. O país adoptou desde domingo e durante um mês uma série de medidas restritivas, em especial de entrada e saída na capital, Manila, com várias companhias aéreas a cancelarem os voos.

17 Mar 2020

Covid-19 | Portugueses "aflitos" e "desesperados" retidos nas Filipinas

[dropcap]P[/dropcap]elo menos “uma centena de portugueses” está retida nas Filipinas, “aflitos” e “desesperados”, sem conseguirem regressar a Portugal, disseram hoje à agência Lusa vários membros do grupo. “Neste grupo [em Cebu] estão mais de 40 portugueses”, mas, espalhados pelas Filipinas, “segundo a última contagem, eram sensivelmente 120”, porque “há muita gente que está retida em ilhas”, explicou Emanuel Mosca.
“Há pessoas desesperadas, já vi pessoas a chorar e quer tudo voltar para o país”, acrescentou, junto do Aeroporto Internacional de Cebu.
“Encontrávamos todos em ilhas, e então achámos por bem, no caso de alguém nos poder ajudar, que seria sempre melhor dirigirmo-nos a um aeroporto internacional”, adiantou, falando em nome do grupo, que o rodeava, formado por pessoas de Lamego, Coimbra, Lisboa e Ponte de Lima.
“Há inclusivamente pessoas que gastaram praticamente o dinheiro todo que tinham em voos, que entretanto foram cancelados, e que já não sabem, se tiverem mesmo de ficar aqui, como é que se vão manter, como é que se vão sustentar, porque não têm resposta nenhuma por parte de praticamente ninguém”, acrescentou.
Há cinco dias que lhes foi dito que tinham de abandonar o país. “No meu caso em particular já gastei quase um milhar de euros em hotéis e também em voos que acabaram por ser cancelados”, precisou.
O grupo está a combinar ficar no mesmo hotel. “Para não ficarmos espalhados uns dos outros, porque já estamos com medo, medo de ficar sem dinheiro, com medo de ficar longe do nosso país, estamos com medo, depois, se acontecer alguma coisa, de não sermos bem tratados aqui porque somos estrangeiros”, sublinhou.
“Criaram uma linha de apoio de Portugal, à qual variadíssimas pessoas acederam e não tiveram informação ou resposta nenhuma por parte das autoridades. (…) Nós temos tido um acompanhamento e agradecemos por isso, um acompanhamento por parte do cônsul português de Jacarta, que nos tem fornecido algumas informações diariamente”, frisou, para esclarecer que o diplomata “tem sido incansável nesse aspeto, mas (…) o que ele tem feito, talvez porque não tenha grandes poderes, grandes meios para fazer melhor, (…) foi apenas fornecer-nos informações”.
Ou seja, “soluções não temos nenhuma até agora”, resumiu. “Já não sabemos de nada, estamos realmente aflitos”, concluiu Emanuel Mosca.
Nas Filipinas há a registar 142 casos e 12 mortos devido ao surto de Covid-19. O país adoptou desde domingo e durante um mês uma série de medidas restritivas, em especial de entrada e saída na capital, Manila, com várias companhias aéreas a cancelarem os voos.

17 Mar 2020

Covid-19 | Portugueses "aflitos" e "desesperados" retidos nas Filipinas

[dropcap]P[/dropcap]elo menos “uma centena de portugueses” está retida nas Filipinas, “aflitos” e “desesperados”, sem conseguirem regressar a Portugal, disseram hoje à agência Lusa vários membros do grupo. “Neste grupo [em Cebu] estão mais de 40 portugueses”, mas, espalhados pelas Filipinas, “segundo a última contagem, eram sensivelmente 120”, porque “há muita gente que está retida em ilhas”, explicou Emanuel Mosca.
“Há pessoas desesperadas, já vi pessoas a chorar e quer tudo voltar para o país”, acrescentou, junto do Aeroporto Internacional de Cebu.
“Encontrávamos todos em ilhas, e então achámos por bem, no caso de alguém nos poder ajudar, que seria sempre melhor dirigirmo-nos a um aeroporto internacional”, adiantou, falando em nome do grupo, que o rodeava, formado por pessoas de Lamego, Coimbra, Lisboa e Ponte de Lima.
“Há inclusivamente pessoas que gastaram praticamente o dinheiro todo que tinham em voos, que entretanto foram cancelados, e que já não sabem, se tiverem mesmo de ficar aqui, como é que se vão manter, como é que se vão sustentar, porque não têm resposta nenhuma por parte de praticamente ninguém”, acrescentou.
Há cinco dias que lhes foi dito que tinham de abandonar o país. “No meu caso em particular já gastei quase um milhar de euros em hotéis e também em voos que acabaram por ser cancelados”, precisou.
O grupo está a combinar ficar no mesmo hotel. “Para não ficarmos espalhados uns dos outros, porque já estamos com medo, medo de ficar sem dinheiro, com medo de ficar longe do nosso país, estamos com medo, depois, se acontecer alguma coisa, de não sermos bem tratados aqui porque somos estrangeiros”, sublinhou.
“Criaram uma linha de apoio de Portugal, à qual variadíssimas pessoas acederam e não tiveram informação ou resposta nenhuma por parte das autoridades. (…) Nós temos tido um acompanhamento e agradecemos por isso, um acompanhamento por parte do cônsul português de Jacarta, que nos tem fornecido algumas informações diariamente”, frisou, para esclarecer que o diplomata “tem sido incansável nesse aspeto, mas (…) o que ele tem feito, talvez porque não tenha grandes poderes, grandes meios para fazer melhor, (…) foi apenas fornecer-nos informações”.
Ou seja, “soluções não temos nenhuma até agora”, resumiu. “Já não sabemos de nada, estamos realmente aflitos”, concluiu Emanuel Mosca.
Nas Filipinas há a registar 142 casos e 12 mortos devido ao surto de Covid-19. O país adoptou desde domingo e durante um mês uma série de medidas restritivas, em especial de entrada e saída na capital, Manila, com várias companhias aéreas a cancelarem os voos.

17 Mar 2020

Covid-19 | China regista 21 novos casos numa ligeira subida nas últimas 24 horas

[dropcap]A[/dropcap] China registou hoje 21 novos casos de Covid-19, numa ligeira subida depois de vários dias consecutivos em que o número de novas infeções desceu e quando o país tem menos de nove mil pacientes activos. A Comissão de Saúde da China informou que das 21 novas infecções, registadas nas últimas 24 horas, 20 são casos “importados” de outros países. No mesmo período de tempo, 13 pessoas morreram no país devido à doença, acrescentou.

Até ao início de terça-feira as autoridades registaram 80.881 infecções diagnosticadas na China continental, incluindo 68.869 casos recuperados, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.226, desde o início do surto.

Quase todas as mortes ocorreram na província de Hubei, centro da epidemia, e onde várias cidades foram colocadas sob quarentena, com entradas e saídas bloqueadas. A outra morte ocorreu na província de Shaanxi, no centro da China.

As 20 infecções importadas foram detectadas em Pequim, Xangai, Cantão, Zhejiang, Shandong, Guangxi, Yunnan, e Shaanxi. Estes casos elevaram o número de infectados activos para 8.976, incluindo 2.830 em estado grave.

Segundo os dados oficiais, 681.404 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados foram monitorizadas clinicamente desde o início do surto, incluindo 9.351 ainda sob observação.

Desde 11 de Março que os números de novas infecções e de mortes permanecem abaixo dos 21 diários, de acordo com as estatísticas oficiais. Em 12 de Março, o Governo chinês declarou que o pico das transmissões tinha terminado no país.

Uma das prioridades das autoridades chinesas é agora “protegerem-se contra a importação” de infecções de outros países, que lidam com um rápido aumento do número de infectados.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infectou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram. Das pessoas infectadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se no centro da pandemia, com quase 60 mil infectados e pelo menos 2.684 mortos. Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

17 Mar 2020

Covid-19 | China regista 21 novos casos numa ligeira subida nas últimas 24 horas

[dropcap]A[/dropcap] China registou hoje 21 novos casos de Covid-19, numa ligeira subida depois de vários dias consecutivos em que o número de novas infeções desceu e quando o país tem menos de nove mil pacientes activos. A Comissão de Saúde da China informou que das 21 novas infecções, registadas nas últimas 24 horas, 20 são casos “importados” de outros países. No mesmo período de tempo, 13 pessoas morreram no país devido à doença, acrescentou.
Até ao início de terça-feira as autoridades registaram 80.881 infecções diagnosticadas na China continental, incluindo 68.869 casos recuperados, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.226, desde o início do surto.
Quase todas as mortes ocorreram na província de Hubei, centro da epidemia, e onde várias cidades foram colocadas sob quarentena, com entradas e saídas bloqueadas. A outra morte ocorreu na província de Shaanxi, no centro da China.
As 20 infecções importadas foram detectadas em Pequim, Xangai, Cantão, Zhejiang, Shandong, Guangxi, Yunnan, e Shaanxi. Estes casos elevaram o número de infectados activos para 8.976, incluindo 2.830 em estado grave.
Segundo os dados oficiais, 681.404 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados foram monitorizadas clinicamente desde o início do surto, incluindo 9.351 ainda sob observação.
Desde 11 de Março que os números de novas infecções e de mortes permanecem abaixo dos 21 diários, de acordo com as estatísticas oficiais. Em 12 de Março, o Governo chinês declarou que o pico das transmissões tinha terminado no país.
Uma das prioridades das autoridades chinesas é agora “protegerem-se contra a importação” de infecções de outros países, que lidam com um rápido aumento do número de infectados.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infectou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram. Das pessoas infectadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se no centro da pandemia, com quase 60 mil infectados e pelo menos 2.684 mortos. Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

17 Mar 2020

Covid-19 | China regista 21 novos casos numa ligeira subida nas últimas 24 horas

[dropcap]A[/dropcap] China registou hoje 21 novos casos de Covid-19, numa ligeira subida depois de vários dias consecutivos em que o número de novas infeções desceu e quando o país tem menos de nove mil pacientes activos. A Comissão de Saúde da China informou que das 21 novas infecções, registadas nas últimas 24 horas, 20 são casos “importados” de outros países. No mesmo período de tempo, 13 pessoas morreram no país devido à doença, acrescentou.
Até ao início de terça-feira as autoridades registaram 80.881 infecções diagnosticadas na China continental, incluindo 68.869 casos recuperados, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.226, desde o início do surto.
Quase todas as mortes ocorreram na província de Hubei, centro da epidemia, e onde várias cidades foram colocadas sob quarentena, com entradas e saídas bloqueadas. A outra morte ocorreu na província de Shaanxi, no centro da China.
As 20 infecções importadas foram detectadas em Pequim, Xangai, Cantão, Zhejiang, Shandong, Guangxi, Yunnan, e Shaanxi. Estes casos elevaram o número de infectados activos para 8.976, incluindo 2.830 em estado grave.
Segundo os dados oficiais, 681.404 pessoas que tiveram contacto próximo com os infectados foram monitorizadas clinicamente desde o início do surto, incluindo 9.351 ainda sob observação.
Desde 11 de Março que os números de novas infecções e de mortes permanecem abaixo dos 21 diários, de acordo com as estatísticas oficiais. Em 12 de Março, o Governo chinês declarou que o pico das transmissões tinha terminado no país.
Uma das prioridades das autoridades chinesas é agora “protegerem-se contra a importação” de infecções de outros países, que lidam com um rápido aumento do número de infectados.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infectou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram. Das pessoas infectadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se no centro da pandemia, com quase 60 mil infectados e pelo menos 2.684 mortos. Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

17 Mar 2020

Covid-19 | China reduz restrições à circulação de pessoas em Hubei para reactivar economia

[dropcap]A[/dropcap] China está a flexibilizar as restrições na circulação de pessoas na província de Hubei, epicentro do novo coronavírus, visando permitir a retoma ao trabalho de milhares de pessoas em empresas com urgência de retomar a produção.

A agência noticiosa oficial Xinhua noticiou ontem que as cidades da província estão a fretar autocarros para enviar de volta para o trabalho residentes que, em Janeiro passado, regressaram às terras natais para celebrar o Ano Novo Lunar e foram, entretanto, impedidos de regressar, devido ao surto.

A medida surge numa altura em que as autoridades chinesas dizem que o surto, que começou em Dezembro passado, em Wuhan, atingiu o pico, e dão a situação como controlada, enquanto permanecem vigilantes contra casos importados.

As medidas drásticas impostas pelo Governo chinês para conter o surto levaram a uma quebra dos indicadores económicos para os níveis mais baixos em várias décadas. O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu, no entanto, que as metas de crescimento económico para este ano vão manter-se.

Citadas pela Xinhua, as autoridades locais disseram que, só na cidade de Huangguang, 750.000 trabalhadores migrantes não conseguiram ainda regressar aos seus postos de trabalho.

Na semana passada, as empresas em Wuhan, a capital da província e a cidade mais afetada pelo surto, foram autorizadas a retomar “gradualmente” a actividade.

Para as empresas que produzem bens e serviços essenciais a retoma deve ser imediata, incluído empresas de equipamento médico e farmácias, serviços públicos como fornecimento de gás, eletricidade ou aquecimento, supermercados de produtos frescos e a produção agrícola.

As empresas de outros setores de atividade, mas com “grande importância na cadeia produtiva nacional e internacional”, poderão retomar o trabalho após obterem autorização. As outras empresas não poderão reiniciar atividade até 21 de Março.

Regras semelhantes serão aplicadas nas áreas de “alto risco” no resto da província: empresas ligadas à prevenção da epidemia, necessidades básicas e serviços públicos podem voltar ao trabalho.

Situada no centro da China, a província de Hubei registou concentra a maioria dos casos e mortes devido ao Covid-19 registados a nível mundial, 67.798 e 3.099, respectivamente. As medidas de isolamento afectaram quase 60 milhões de pessoas distribuídas por 15 cidades da província.

17 Mar 2020

Covid-19 | China reduz restrições à circulação de pessoas em Hubei para reactivar economia

[dropcap]A[/dropcap] China está a flexibilizar as restrições na circulação de pessoas na província de Hubei, epicentro do novo coronavírus, visando permitir a retoma ao trabalho de milhares de pessoas em empresas com urgência de retomar a produção.
A agência noticiosa oficial Xinhua noticiou ontem que as cidades da província estão a fretar autocarros para enviar de volta para o trabalho residentes que, em Janeiro passado, regressaram às terras natais para celebrar o Ano Novo Lunar e foram, entretanto, impedidos de regressar, devido ao surto.
A medida surge numa altura em que as autoridades chinesas dizem que o surto, que começou em Dezembro passado, em Wuhan, atingiu o pico, e dão a situação como controlada, enquanto permanecem vigilantes contra casos importados.
As medidas drásticas impostas pelo Governo chinês para conter o surto levaram a uma quebra dos indicadores económicos para os níveis mais baixos em várias décadas. O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu, no entanto, que as metas de crescimento económico para este ano vão manter-se.
Citadas pela Xinhua, as autoridades locais disseram que, só na cidade de Huangguang, 750.000 trabalhadores migrantes não conseguiram ainda regressar aos seus postos de trabalho.
Na semana passada, as empresas em Wuhan, a capital da província e a cidade mais afetada pelo surto, foram autorizadas a retomar “gradualmente” a actividade.
Para as empresas que produzem bens e serviços essenciais a retoma deve ser imediata, incluído empresas de equipamento médico e farmácias, serviços públicos como fornecimento de gás, eletricidade ou aquecimento, supermercados de produtos frescos e a produção agrícola.
As empresas de outros setores de atividade, mas com “grande importância na cadeia produtiva nacional e internacional”, poderão retomar o trabalho após obterem autorização. As outras empresas não poderão reiniciar atividade até 21 de Março.
Regras semelhantes serão aplicadas nas áreas de “alto risco” no resto da província: empresas ligadas à prevenção da epidemia, necessidades básicas e serviços públicos podem voltar ao trabalho.
Situada no centro da China, a província de Hubei registou concentra a maioria dos casos e mortes devido ao Covid-19 registados a nível mundial, 67.798 e 3.099, respectivamente. As medidas de isolamento afectaram quase 60 milhões de pessoas distribuídas por 15 cidades da província.

17 Mar 2020

Covid-19 | China reduz restrições à circulação de pessoas em Hubei para reactivar economia

[dropcap]A[/dropcap] China está a flexibilizar as restrições na circulação de pessoas na província de Hubei, epicentro do novo coronavírus, visando permitir a retoma ao trabalho de milhares de pessoas em empresas com urgência de retomar a produção.
A agência noticiosa oficial Xinhua noticiou ontem que as cidades da província estão a fretar autocarros para enviar de volta para o trabalho residentes que, em Janeiro passado, regressaram às terras natais para celebrar o Ano Novo Lunar e foram, entretanto, impedidos de regressar, devido ao surto.
A medida surge numa altura em que as autoridades chinesas dizem que o surto, que começou em Dezembro passado, em Wuhan, atingiu o pico, e dão a situação como controlada, enquanto permanecem vigilantes contra casos importados.
As medidas drásticas impostas pelo Governo chinês para conter o surto levaram a uma quebra dos indicadores económicos para os níveis mais baixos em várias décadas. O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu, no entanto, que as metas de crescimento económico para este ano vão manter-se.
Citadas pela Xinhua, as autoridades locais disseram que, só na cidade de Huangguang, 750.000 trabalhadores migrantes não conseguiram ainda regressar aos seus postos de trabalho.
Na semana passada, as empresas em Wuhan, a capital da província e a cidade mais afetada pelo surto, foram autorizadas a retomar “gradualmente” a actividade.
Para as empresas que produzem bens e serviços essenciais a retoma deve ser imediata, incluído empresas de equipamento médico e farmácias, serviços públicos como fornecimento de gás, eletricidade ou aquecimento, supermercados de produtos frescos e a produção agrícola.
As empresas de outros setores de atividade, mas com “grande importância na cadeia produtiva nacional e internacional”, poderão retomar o trabalho após obterem autorização. As outras empresas não poderão reiniciar atividade até 21 de Março.
Regras semelhantes serão aplicadas nas áreas de “alto risco” no resto da província: empresas ligadas à prevenção da epidemia, necessidades básicas e serviços públicos podem voltar ao trabalho.
Situada no centro da China, a província de Hubei registou concentra a maioria dos casos e mortes devido ao Covid-19 registados a nível mundial, 67.798 e 3.099, respectivamente. As medidas de isolamento afectaram quase 60 milhões de pessoas distribuídas por 15 cidades da província.

17 Mar 2020

Fabrico diário de máscaras em Zhuhai supera um milhão

[dropcap]E[/dropcap]sta semana, Zhuhai vai passar a ter uma capacidade de produção diária de 1,2 milhões de máscaras faciais, de acordo com um oficial do departamento de Indústria e Tecnologia da Informação de Zhuhai mencionado numa notícia na página electrónica do Governo Municipal da cidade vizinha.

De acordo com o noticiado, no dia 12 de Março, a produção diária de máscaras de empresas locais excedeu as 800 mil, das quais 280 mil eram do tipo N95 e 240 mil normais, registando-se a continuação do crescimento da produção. Encontram-se em Zhuhai 40 fabricantes de suprimentos de emergência e a produção vai além das máscaras, alargando-se a produtos como fatos protectores, ambulâncias, reagentes e dispositivos médicos.

Num contexto em que a procura por estes produtos aumentou a nível global, há empresas na cidade vizinha a indicar que vão expandir o seu negócio para incluir a manufactura de máscaras ou aumentar a sua capacidade de produção. Uma delas é a Zhuhai Geijan Medical Science & Technology, que produz mais 150 mil máscaras diariamente e como parte da sua estratégia de desenvolvimento ambiciona passar a abranger diferentes tipos deste produto, como máscaras para crianças.

Milhões em armazém

Um representante do Departamento de Finanças de Zhuhai mencionado no artigo apontou que a cidade tem armazenadas seis milhões de máscaras, 39 mil fatos protectores, 22 mil óculos de protecção, mais de 300 mil pares de luvas, bem como termómetros, equipamento e reagentes para testar ácido nucleico, substâncias para a Covid-19, e material desinfectante.

Recorde-se que em Macau já decorre a sexta ronda de distribuição de máscaras, com as primeiras cinco a terem envolvido a compra de 28 milhões destes bens por parte do Governo. Apesar de o sistema vigente para garantir a sua distribuição aos cidadãos, dados do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus apontam que serviços públicos como os Serviços de Saúde e a Direcção de Serviços do Ensino Superior continuam a receber pedidos de informação ou esclarecimento sobre assuntos que abrangem o fornecimento e qualidade das máscaras, ou o registo online para a aquisição de máscaras dos estudantes no exterior.

17 Mar 2020