Cinemateca Paixão| Palestra sobre montagem cinematográfica

A Cinemateca Paixão vai ser palco da palestra intitulada “Como pode uma história ser contada através da montagem cinematográfica?”, proferida pelo “experiente” produtor de Hong Kong, Wong Hoi, no dia 23 de Abril, das 15h00 às 17h00 horas. Wong Hoi irá abordar o processo de montagem cinematográfica, tendo como foco não só os aspectos técnicos inerentes, como o lado criativo que a compõe. O público é convidado a entrar na construção de todo um universo cinematográfico. Fazem parte da filmografia do orador a edição de “Inisharu D”, “Bodyguards and Assassins” e “As The Light Goes Out”. Com “Cold War” foi vencedor do prémio de Melhor Montagem na 32ª edição dos Hong Kong Film Awards e no 50º Festival de Cinema da Ásia-Pacífico. É ainda referência o seu trabalho em diversas produtoras televisivas de Hong Kong. A entrada é livre mas limitada a 60 lugares pelo que se aconselha a reserva online antecipada através do site do IC, até às 12h00 do dia 22 de Abril.

29 Mar 2016

UM | Conferência sobre “Português como segunda língua”

É já no dia 8 e 9 de Abril que a Universidade de Macau, em conjugação com a Universidade de Lisboa e a Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim, vai apresentar uma conferência internacional para discutir a aprendizagem do Português como segunda língua. O objectivo, diz a organização, é o de estimular a ligação entre universidades asiáticas no ensino e aprendizagem do idioma. Assim, vão ser discutidos na conferência a interacção na sala de aula, perfil dos estudantes chineses, métodos de ensino do Português como segunda língua, ensino por conteúdos, análise e produção de materiais didácticos, Português para propósitos específicos, proficiência e avaliação, ensino de e política de idiomas na China, tradução como ferramenta de ensino, novas tecnologias, design do curriculum para ensino de língua estrangeira, formação de professores para contextos asiáticos, ensinar Português como uma língua transnacional e literatura e cultura na segunda língua.

29 Mar 2016

Turismo | Macau pode oferecer bons serviços, diz Roger Coles

Roger Coles, presidente da Organização Mundial de Lazer (OML), considera que Macau vai enfrentar um problema de não poder prestar serviço a turistas internacionais. O responsável diz que o território deve melhorar a qualidade dos serviços turísticos neste âmbito.
Citado pelo canal chinês da TDM, Roger Coles, que falou no âmbito do Fórum Boao, em Hainão, garantiu que o número de turistas chineses é cada vez maior e que uma grande parte vai ter contacto com os serviços de turismo de Macau. Roger Coles referiu que a China tem potencial para oferecer um bom serviço turístico e que Macau também pode desempenhar um papel mais importante nessa área, mas sem descurar os turistas internacionais.
Entretanto, na terça-feira, o Chefe do Executivo, Chui Sai On, teve um encontro com o presidente do Conselho do Turismo da RAEHK, Peter Lam Kin-Ngok, que liderou uma delegação do Conselho da Indústria do Turismo de Hong Kong a Macau. Peter Lam Kin-Ngok disse acreditar que, tendo em conta que Hong Kong e Macau partilham do mesmo ambiente, “ambos devem apoiar-se mutuamente”. O mesmo responsável fez votos para que, após a conclusão da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, os dois territórios também possam desenvolver mais a relação existente assim como a cooperação na área do turismo.
A questão da diversificação das fontes de turismo esteve também em cima da mesa, com o director-executivo do Conselho do Turismo da RAEHK, Anthony Lau, a prever uma possibilidade de uma nova diminuição no número de turistas para este ano, “devido ao impacto de vários factores”. A cooperação com Macau na meta “uma viagem, vários destinos” e o explorar do mercado indiano, “devido ao seu potencial”, foram outros dos temas em conversa.

24 Mar 2016

DSEJ | Concedidos mais de mil milhões em apoios para escolas

A Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) atribuiu mais de mil milhões de patacas em apoios. O organismo divulgou ontem a lista de apoios financeiros a particulares e a instituições no último trimestre do ano passado, tendo sido estes publicado em Boletim Oficial.
No total foram de 1,028,682,426 patacas os apoios financeiros concedidos. Deste montante, cerca de 2,5 milhões de patacas foram para o Plano de Financiamento da Internet nas Escolas. Cerca de 3,5 milhões serviram para o plano de financiamento “Cuidar do crescimento dos jovens” e perto de 4,5 milhões em subsídios para viagens de finalistas do ensino secundário complementar.
De acordo com os dados, 6,5 milhões de patacas serviram para apoiar o associativismo juvenil e foram ainda gastos perto de dois milhões de patacas no “Programa de visitas de estudo à ilha de Hengqin”.
As maiores parcelas foram, todavia, para a aquisição de materiais escolares, (perto de 188 milhões de patacas) e para o “subsídio para melhoria do rácio turma/professor ou do rácio professor/aluno do ano lectivo de 2015/2016”, que ascenderam a 272 milhões de patacas. Neste capítulo, a Escola São Paulo (12 milhões), as escolas Pui To e Pui Ching (dez milhões cada) e o Colégio de Santa Rosa de Lima – Secção Chinesa (com nove milhões) foram as entidades mais beneficiadas.
Individualmente, o maior subsídio foi atribuído a Lam Oi Man (144 mil patacas) como concessão complementar de subsídio para o desenvolvimento profissional e subsídio directo e prémio de antiguidade para o pessoal docente, dos anos lectivos de 2012/2013 e 2013/2014.
A Associação das Águias Voadoras, cujo trabalhador foi no último trimestre do ano passado acusado de assédio sexual de seis alunos, recebeu um milhão de patacas precisamente nesta altura para actividades.

24 Mar 2016

Presidente da Alemanha em visita de Estado à China

Sem papas na língua. Num discurso para estudantes universitários, Gauck criticou fortemente os regimes comunistas, advogou a liberdade académica e mostrou-se preocupado com as recentes as recentes restrições impostas à sociedade civil chinesa. Um tom que rompe com os habituais elogios às relações económicas dos Chefes de Estado que visitam a China

O Presidente da Alemanha, Joachim Gauck, condenou ontem o regime ilegítimo comunista na antiga Alemanha de leste e enalteceu a importância dos direitos humanos durante um discurso para estudantes universitários em Xangai, a “capital” económica da China.
Evocando episódios da história alemã e da sua vida na antiga Alemanha do leste, Gauck condenou aquela “ditadura”: “A maioria das pessoas não eram nem felizes, nem livres. Todo o sistema carecia legitimidade”, afirmou.
Desde 1949, o “papel dirigente” do Partido Comunista Chinês (PCC) é um “princípio cardial” da governança da China.
Durante a actual liderança do actual Presidente chinês, Xi Jinping, as autoridades reforçaram o controlo sob académicos, advogados e jornalistas, segundo organizações de defesa dos direitos humanos.
Referindo-se à antiga Alemanha do leste, Gauck disse que “não existiam eleições livres, igualitárias e com voto secreto”
“O resultado era uma falta de credibilidade, que acompanhava a desconfiança entre governadores e aqueles que eram governados”, acrescentou.
“Era um Estado que, como parte da união de países comunistas dependentes da União Soviética, silenciava o seu próprio povo, prendendo-o e humilhando aqueles que recusavam seguir a vontade dos seus líderes”, disse ainda.

Liberdades fundamentais

Os comentários de Gauck contrastam com as afirmações da maioria dos chefes de Estado que visitam a China e que preferem enaltecer publicamente a importância das relações comerciais com a segunda maior economia do mundo.
Gauck, que se reuniu no início desta semana com Xi Jinping, em Pequim, afirmou que a Alemanha estava “preocupada” com as recentes notícias que dão conta de maiores restrições impostas à sociedade civil chinesa.
“Uma sociedade civil activa e vibrante traduz-se sempre numa sociedade flexível e inovadora”, afirmou.
O Presidente da Alemanha disse ainda aos estudantes que a liberdade académica beneficia toda a sociedade.
“A universidade tem de ser um local de investigação e discussão livre e franca”, realçou, perante cerca de 100 estudantes e professores. “Esta liberdade é um bem precioso”, disse.
Gauck rejeitou ainda que a noção de direitos humanos que consta da Declaração Universal das Nações Unidas seja um “produto do ocidente”, como é frequentemente defendido pelos líderes chineses.

Direitos humanos? Uma banalidade

No mês passado, a China qualificou de “irresponsáveis” os comentários do responsável pelos direitos humanos da ONU Zeid Ra’ad Al Hussein, que apelou à libertação imediata de advogados defensores dos direitos humanos e activistas detidos por Pequim.
Zeid disse estar preocupado com a detenção de 250 advogados e activistas pelas autoridades chinesas desde Junho, na sequência de uma campanha repressiva sobre os dissidentes em todo o país.
Na segunda-feira, a edição em inglês do jornal oficial do PCC Global Times afirmou em editorial que a questão dos direitos humanos não seria uma prioridade da visita do Presidente alemão, mas antes uma “questão banal”.
“O ocidente deveria avaliar os direitos humanos na China com base em factos. O progresso que a China fez nos direitos à vida e desenvolvimento dos seus 1,3 mil milhões de habitantes merecem um aplauso”, defendeu o jornal.

24 Mar 2016

Treze empresas portuguesas visitam China em Abril

Treze empresas portuguesas do sector turístico visitam em Abril a China, o maior emissor mundial de turistas, para uma série de encontros com operadores locais, anunciou ontem à Lusa o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo.
“É uma maneira de as empresas sentirem as necessidades específicas dos turistas chineses”, explicou Araújo em Pequim, à margem de uma visita de quatro dias à China.
Segundo o responsável, o número de turistas chineses que visitaram Portugal no ano passado cresceu 36%, face a 2014, para “cerca de 150 mil”.
Em média, o turista chinês foi o que mais gastou em compras ‘tax free’ – 641 euros por transacção -, de acordo com estimativas da empresa Global Blue.
“Dá uma ideia da curiosidade que existe relativamente a Portugal como destino turístico e de investimento, duas componentes que temos de ter em consideração quando falamos do mercado chinês”, frisou Luís Araújo.
O homem que sucedeu em Fevereiro no cargo a João Cotrim de Figueiredo destacou ainda os novos centros para emissão de vistos para Portugal, com abertura prevista em cinco cidades chinesas (Shenyang, Nanjing, Fuzhou, Wuhan e Chengdu).

Consulado em Cantão

A abertura de um consulado-geral em Cantão, capital da província de Guangdong, no sul da China, “está também na recta final”, segundo confirmou a embaixada de Portugal em Pequim.
“Hoje em dia os vistos são emitidos em 24 horas. Isso é algo reconhecido por todas as entidades com quem estivemos”, enalteceu Luís Araújo.
Pelas contas do Governo chinês, 120 milhões de chineses viajaram para fora da China Continental em 2015, um aumento de 19,5% face ao ano anterior.
Em 2014, o Turismo de Portugal passou a ter uma representante permanente na China, Inês Cunha Alves, 39 anos, especialista em relações internacionais e empreendedorismo.
No mesmo ano, o Governo português lançou uma campanha de promoção no país centrada na imagem de “C Luo” (Cristiano Ronaldo, em chinês), a figura portuguesa mais conhecida entre os chineses.
O turista chinês “viaja durante o ano todo” e é o que “gasta mais e fica mais tempo”, apontou Araújo. “E isso representa algo que nós queremos”, concluiu.

24 Mar 2016

AFA | Época de exposições abre com fotógrafos locais

A Art for All Society (AFA) abre a sua temporada de exposições no próximo dia 30 de Março, com “Paisagens Escondidas”, que integra imagens da dupla de autores da terra Season Lao e Tang Kuok Hou. Pelas 18h30, a exposição “Paisagens Escondidas” reúne fotografias de Macau e do Inverno de Hokkaido com trabalhos da série “Dialects”, de Lao.
Ao falarem de si, os autores – apesar das proximidade etárias – consideram que assumem estilos artísticos francamente diferentes. Lao, que vive neste momento no Japão, apresenta trabalhos que visam essencialmente a natureza numa perspectiva “zen”- Já Tang, graduado pelo Departamento de Sociologia da Universidade de Macau, terá optado pelo trabalho artístico debruçando-se nos conceitos identitários, temporais e referentes aos problemas culturais.
“Paisagens Escondidas” é também percepcionada de forma diferente por ambos. Lao, que visitou Hokkaido enquanto estrangeiro, terá ficado absolutamente fascinado pelas paisagens naturais da região bem como pelas suas florestas brancas de neve, o que o terá levado à ânsia de fotografar cada um destes cenários. Por outro lado, Tang procede a uma abordagem da actual Macau, numa tentativa de captura de cenários distintivos locais, longe do estilo Las Vegas, mas antes em busca do silêncio da cidade.
Apesar das diferenças, ambos estão no encalce de uma paisagem que se esconde na sua mudez e beleza. A exposição estará patente ao público até 30 de Abril e tem entrada livre.

24 Mar 2016

Bruxelas | Irmãos el Bakraoui são os responsáveis dos atentados

Os dois bombistas suicidas responsáveis pelos atentados em Bruxelas são os irmãos Khalid e Ibrahim el Bakraoui, de 27 e 30 anos, confirmou esta quarta-feira o procurador federal belga, Fréderic Van Leeuw, numa conferência de imprensa. Ibrahim el Bakraoui fez-se explodir no aeroporto de Zaventem, enquanto  Khalid el Barakoui foi o responsável pelo atentado no metro de Bruxelas, avançou ainda Leeuw.
A polícia encontrou o computador de Ibrahim el Brakaoui, que continha o seu testamento, dentro de um caixote do lixo em Schaerbeek. No documento, citado pelo procurador federal belga, lê-se que Ibrahim sentia-se “pressionado” por estar a ser “procurado em todo o lado”, temendo ser capturado pelas autoridades por não estar em segurança. 
Van Leeuw confirmou que os atacantes chegaram ao aeroporto de táxi, provenientes da comuna de Schaerbeek. O taxista que levou os três suspeitos que se fizeram explodir no aeroporto afirma que os três homens queriam, inicialmente, transportar cinco malas, mas que o táxi apenas tinha espaço para três.
No atentado do aeroporto, um segundo bombista fez-se explodir mas ainda não foi identificado. O terceiro suspeito dos atentados, que foi identificado pelas câmaras de segurança do aeroporto, na foto vestido de branco e de chapéu na cabeça, continua em fuga e ainda não se sabe a sua identidade. 
Foram ainda feitas buscas em Anderlecht, tendo sido uma pessoa detida pelas autoridades belgas. Não se conhece a identidade do suspeito, mas confirma-se que não se trata de Najim Laachraoui, que continua em fuga. 

Portugueses entre os feridos

O procurador federal belga afirmou também que os atentados de Bruxelas mataram 31 pessoas e deixaram 270 feridas, rectificando os números avançados ao longo de terça-feira. Contudo, o número poderá aumentar tendo em conta a gravidade de alguns dos feridos. Entre os feridos, estão pelo menos 21 portugueses. 
Os dois irmãos tinham registo criminal e eram procurados pela polícia. Ibrahim el Bakraoui foi condenado em 2010 pelo tribunal de Bruxelas depois de ter disparado, com uma Kalashnikov, contra a polícia. Este acontecimento remonta a 30 de Janeiro daquele ano quando, na sequência de um assalto, Ibrahim disparou repetidamente contra agentes da polícia, tendo ferido um deles. Foi condenado a nove anos de prisão. Em 2011, o seu irmão, Khalid el Bakraoui, foi condenado por vários assaltos a uma pena de cinco anos. Ficou então em liberdade condicional. 
A televisão belga RTBF afirma que Khalid el Bakraoui alugou, com uma identidade falsa, um apartamento no bairro de Forest, na capital belga. Foi neste bairro que a polícia matou na semana passada, quando ainda procurava por Salah Abdeslam, Mohamed Belkaid, um argelino de 35 anos, que vivia ilegalmente na Bélgica. Na altura, as autoridades descobriram ao lado do corpo deste argelino uma bandeira do auto-designado Estado Islâmico (EI), uma arma de fogo, vários explosivos e impressões digitais de Salah Abdeslam, o principal suspeito dos atentados de Novembro, em Paris, e que foi preso dias depois. 
Os dois irmãos estavam também referenciados por terem alugado, sob nome falso, um apartamento em Charleroi, no Sul da Bélgica, onde dois atacantes se reuniram antes de partirem para Paris, em Novembro, para levar a cabo os ataques que mataram 130 pessoas. A RTBF avança também com a informação de que um dos irmãos el Bakraoui terá fornecido armas e munições para os atacantes que abriram fogo na zona dos bares e no Bataclan, em Paris. 

A monte

Najim Laachraoui, de 24 anos, que é procurado pelas autoridades desde segunda-feira continua em fuga. O seu ADN foi encontrado nos apartamentos utilizados para a preparação dos ataques de Paris, onde terá ajudado a planear os atentados bombistas e a preparar os explosivos. Com o nome falso de Soufiane Kayal alugou uma casa em Auvelais – onde se prepararam os atentados de Paris.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou na manhã desta quarta-feira que é necessário “reforçar o controlo das fronteiras externas” da União Europeia, considerando que a Europa “fechou os olhos” às “ideias extremistas do salafismo”. “É urgente adoptar o PNR [acrónimo de Passenger Name Record, um programa de vigilância de passageiros aéreos]. Estas são as propostas francesas para os próximos meses”, declarou Valls à rádio francesa Europe 1. 

24 Mar 2016

Ambiente | IPIM e DSPA lançam 9ª edição do MIECF

Começa a 31 de Março a nona edição do Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF). A apresentação da feira versou sobre verde, plataforma, trocas de informação e oportunidades de negócios verdes. O grande tema para este ano é o da gestão de resíduos, com o objectivo de reduzir a sua produção

[dropcap style=’circle’]C[/dropcap]om uma área de cerca de 17 mil metros quadrados, o Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau (MIECF, na sigla inglesa) abre no final deste mês, a 31 de Março. A edição deste ano apresenta um programa extenso com uma série de fóruns, bolsas de contactos e várias exposições.
Presentes, além de várias dezenas de especialistas de todo o mundo, estarão 460 expositores provenientes de vários países e regiões, incluindo Portugal, registando-se ainda um aumento da presença dos países de Língua Portuguesa. O orçamento mantém-se inalterável, nos 25 milhões de patacas.
O foco para este ano, segundo Raymond Tam, director dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), são os resíduos, o seu tratamento e o sensibilizar da população e agentes locais para a necessidade de reduzir o desperdício. Tam referiu ainda que o Governo pretende ver Macau como uma plataforma de intercâmbio entre empresários de empresas do ambiente do Delta do Rio das Pérolas e Europa.
Para além da gestão resíduos, a construção e a deslocação verdes são outros dos sectores em destaque no certame.

Todos a reciclar

Segundo Irene Lau, Directora Executiva do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM), o pavilhão de Macau tem vindo desde 2008 a adoptar conceitos amigos do ambiente conseguindo este ano, uma redução de 70% no consumo de energia. Para esta responsável governamental, pretende-se apresentar “um conceito ecológico que se possa mostrar ao mundo”. Para o efeito são utilizados materiais recicláveis na estrutura, que se pretende que possa ser utilizada noutras feiras em Macau. Esta atitude, disse ainda Irene Lau, é algo que se quer também ver nos expositores da feira com o objectivo de diminuir os resíduos produzidos pelo evento.

Negócios verdes

Um ponto destacado na apresentação foi a da promoção dos negócios na área da gestão ambiental sendo salientado por diversas vezes a vontade de Macau em se constituir como plataforma comercial entre a região do Delta e a Europa. Para o efeito, vão ser apresentados vários modelos de negócio e casos de estudo de opções bem sucedidas.
De acordo com a organização, nesta edição já estão assegurados, pelo menos, 25 protocolos, sendo que dez vão ser subscritos por entidades da região do Delta do Rio das Pérolas.
A mobilização do público é “vital” para a organização, que pretende utilizar este evento para o familiarizar dos cidadãos com práticas ambientais. O Dia Verde do Público – o último da feira, a 2 de Abril – foi criado para habituar as pessoas reduzirem a produção de resíduos com um programa de actividades educativas como jogos, workshops, apresentações em palco e sorteios.

23 Mar 2016

IACM lança novo sistema para infracções nos espaços públicos

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Instituto para os Assuntos Cívicos Municipais (IACM) dotou os seus fiscais de meios electrónicos, para estes multarem os infractores do Regulamento Geral dos Espaços Públicos. A nova ferramenta permite a selecção dos artigos infringidos e tem um sistema GPS para registar o “local do crime”. Com esta medida, o IACM espera reduzir erros de escrita, melhorar a informação e poupar tempo.
“O objectivo”, diz o IACM, é o de “optimizar o trabalho de fiscalização na área da sanidade e higiene ambiental”. Assim, durante dois anos, o sistema foi testado, sendo que agora está já nas mãos dos fiscais. O Sistema Electrónico para Autuação (IPMS), assim se chama, é dedicado à aplicação de multas na área da higiene ambiental. Anteriormente, o sistema utilizado era exclusivamente em papel, o que possibilitava a existência de erros nos procedimentos.
O IPMS permite aos fiscais a selecção dos artigos relativos à infracção, a data e hora de acusação, visto que a nova ferramenta dispõe de um sistema GPS que permite registar com precisão o local onde foi cometida a ilegalidade. Basta aos fiscais introduzirem os dados pessoais e observações relativas aos infractores. Para o IACM, “esta medida vem reduzir as possibilidades de erros de escrita, economizar tempo e aumentar a precisão da informação de acusação”.
A par disso, lê-se ainda numa nota distribuída à imprensa, “facilita os trabalhos posteriores de processamento de texto e apresenta vantagens para efeitos de análise de dados e estatísticas”. Assim, garante o IACM, “a comunicação entre os serviços é aperfeiçoada e o tempo de processamento de infracções é reduzido, o que melhora significativamente a eficiência de todo o processo”.
Segundo a mesma nota, o aumento populacional da cidade, que já ultrapassa as 600 mil pessoas adicionadas a 30 milhões de turistas por ano, tem provocado um impacto nos trabalhos de manutenção da sanidade e da limpeza ambiental do território e da aplicação da lei. Assim, informa aquele instituto, “no ano de 2015, foram registadas 21.040 infracções ao Regulamento Geral dos Espaços Públicos, enquanto nos dois primeiros meses do corrente ano foram registadas 4712 infracções”.

23 Mar 2016

Sound & Image Challenge | Abertas inscrições para 7ª edição

Já começaram os preparativos para aquele que será o sétimo Sound & Image Challenge, numa iniciativa da Creative Macau e de cariz internacional rumo à promoção local da criação audiovisual. As inscrições para a recepção de filmes e videoclipes estão abertas e dia 2 de Abril já há um evento

[dropcap style=’circle’]E[/dropcap]stão abertas as inscrições para que aconteça entre 6 e 11 de Dezembro mais uma edição do festival de curtas de Macau Sound & Image Challenge, organizado pela Creative Macau. Com uma periodicidade anual, este é o momento local de excelência dedicado às curtas-metragens em que se pretende estimular a produção cinematográfica, bem como incentivar os produtores do exterior a competir em Macau. Por outro lado é também seu intuito promover de modo geral a cultura audiovisual .
Para isso, são realizados dois concursos: o “Shorts”, que incorpora quatro categorias principais – ficção, documentário, publicidade e animação, bem como filmes que integrem os valores de Macau dentro dessas mesmas categorias – e o “Volume” para a produção de vídeos musicais de bandas de Macau.
As submissões para o concurso estão abertas, sendo que o período termina no próximo dia 16 de Junho. Para os participantes do Volume, está disponível a lista de canções de bandas locais através do site do concurso (www.soundandimagechallenge.com.mo), sendo que os interessados poderão ainda utilizar temas à sua escolha desde que sejam de Macau. Farão parte do júri profissionais da indústria audiovisual e vídeo-musical.
No “Shorts”, o júri da pré-selecção é constituído por Alice Kok, artista e curadora, António Caetano Faria, realizador e produtor, Emily Chan, realizadora e argumentista, Lorence Chan, realizador, e João Cordeiro também membro do júri de pré-selecção.
Cada concorrente poderá participar com um máximo de três filmes originais, sendo que as respectivas produções terão que ter data de término entre 1 de Janeiro de 2015 e 16 de Junho de 2016.

Palcos especiais

Esta edição conta novamente com a utilização de dois espaços privilegiados de Macau: o Teatro D. Pedro V, que será o espaço das “honras da casa” e acolherá a recepção das cerimónias de abertura e entrega de prémios, a mostra das curtas finalistas, para votação da audiência para o prémio “Melhor Filme do Público”, extensões, estreias e será ainda o lugar de encontro com os realizadores internacionais que virão a Macau expressamente para o Sound & Image Challenge.
O outro espaço eleito foi a Cinemateca Paixão, conhecida pela sua dedicação à divulgação da cultura cinematográfica em Macau, onde irá decorrer entre 10 e 11 de Dezembro um programa mais concentrado na mostra de filmes e videoclipes musicais, tanto finalistas com premiados. Será também o palco de encontro entre os realizadores internacionais e locais.

Sucesso em números

Segundo a organização, o festival terá sido um “tremendo sucesso” em 2015, com destaque para a “qualidade representada nos 680 filmes submetidos, com proveniência de 65 países, não descurando a participação na área musical com a recepção de 45 videoclipes”. E como sem público não há “festa”, a organização salienta também o interesse crescente da população local.

Simpósio no MAM

O dia 2 de Abril é a data marcada para um simpósio acerca de filmografia, já inserido no âmbito do SIC 2016. O encontro a ter lugar no Museu de Arte de Macau convida os oradores Joyce Yang, crítica de cinema e membro da FSCHK, Sam Ho, curador do festivais de cinema e escritor, Albert Chu, realizador e produtor, e João Cordeiro, designer de som e animação, sendo moderado por Alice Kok e Benjamin Hodges, professor de produção de vídeo e multimédia.

Categorias e prémios

Melhor Evento do Festival – 20 mil patacas
Melhor Ficção – 10 mil patacas
Melhor Documentário – 10 mil patacas
Melhor Animação – 10 mil patacas
Melhor Publicidade – 10 mil patacas
Melhor Local – 10 mil patacas
Identidade Cultural de Macau – 10 mil patacas
Prémio do Público – 3 mil patacas
Melhor VOLUME – 10 mil patacas

23 Mar 2016

Que estamos nós aqui a fazer, tão longe de casa? 5- Ele

* por José Drummond

[dropcap style=’circle’]P[/dropcap]or onde ficaste? Por onde andas? Por onde tenho eu saudades tuas? Consome-me este espaço em que me sinto a perder-te cada vez mais. Este espaço onde não reconheço a memória. Este espaço onde não reconheço a palpitação das coisas. Não sei o que te disse que tudo alterou. Onde estava que nada fiz? Nada mais que estar perto e longe, e amedrontar-me, e desaparecer sozinho na escuridão da noite. E desaparecer sozinho no nevoeiro da manhã. Sozinho. E agora? Onde estou que me preparo para um perigo muito maior? O perigo de me abandonar a este espaço. De me abandonar neste espaço. Este espaço onde o oxigénio carece. Onde tudo se transforma em limbo. Este espaço onde não reconheço a palpitação das coisas. Eu! Um eu qualquer que realmente não quero reconhecer. Um eu, em que, no qual, infelizmente, não posso pensar. Um eu qualquer. Um eu que não tem objectivo. Um eu que não se oferece. Que não tem corpo. Que não se indemniza. Que não é tangível. Atentamente eu. Atentamente eu. Desatentamente eu.

Por onde ficaste? Por onde andas? Naquele café em Viena enquanto nos deliciámos com bolo de chocolate? Naquela banco de jardim em Budapeste onde nos perdemos e nos encontrámos? Naquela praça em Praga onde o relógio da igreja tocou nove badaladas e as minhas palavras fizeram correr uma lágrima no teu rosto? Naquela praça em Praga onde ao mesmo tempo me disseste que estavas triste? Por onde ficaste? Por onde andas? Porque te quero tanto? A ilusão é jovem e imortaliza-se. Não é errado iludirmo-nos. É assim como uma bomba. É assim como uma explosão. Aquela explosão que recordamos sempre com nome de romance. Aquele romance que tão bem ilustra a impossibilidade do amor. Aquele romance que me faz pensar em nós. É assim e aos trinta e quatro anos és linda. Na verdade. É assim e és linda qualquer que seja a tua idade. Espera. Deixa-me dizer-te agora. Calmamente. Amo-te. Amo-te como nunca pensei. Amo-te até ao ponto de ser incapaz de te tirar retratos. Amo-te até ao ponto de fazer auto-retratos. Eu? O que significa isso afinal? Eu isto e eu aquilo. Quantos eus tem um eu? O eu do café em Viena é diferente do eu naquela rua em Budapeste e diferente daquela praça em Praga. Um eu dissemelhante? Um eu mesmo? Que eu fiz eu? Eu sei que sou um eu melhor quando estou contigo. Contigo sou um eu como o eu naquela canção do Lou Reed. “Just a perfect day/You made me forget myself/I thought I was/Someone else, someone good.

Mas deixa-me perguntar-te de novo por onde ficaste? Por onde andas? Deixa-me dizer-te de novo que fugi porque tenho medo de mim. Porque vejo em mim todos os tipos de fealdade. Porque quando tu visses o que eu vejo em mim irias ser tu a ir-te embora. E eu iria acabar a odiar-te se o fizesses. E as pessoas iriam pensar que eu era bom. E eu não sou bom. E eu não podia deixar que isso acontecesse. Porque eu só sou bom contigo. E isto não tem nada a ver com o amor. Ou tem tudo a ver com o amor. Talvez tenha medo de mim porque aquilo que vejo quando olho para mim incorpora todos os tipos de fealdade. E não importa se estou nu ou vestido. Porque os dias perfeitos só existem contigo. Porque me fazes esquecer de quem sou e penso que sou um outro e até penso que sou bom.

Recordo-me daquele dia em que parecias imperturbável. Parecias imperturbável mas, na realidade, o teu coração batia apressado e disseste-me estas palavras. “Estou tão feliz!” Como elas ecoam agora em mim. “Estou tão feliz!” Palavras que se insinuam. Que misteriosamente se insinuam. Recordo-me da tua pele enquanto as disseste. Do teu corpo quase encostado ao meu. Em abstracto recordo-me dessa ondulação suave e perfumada. E de como cheiravas. Recordo-me do teu rosto que me deste a ver de tantas formas. Em formas que não deixas os outros ver. Um rosto tão perfeito que quando me lembro dele o meu coração inunda-se de uma vontade de te procurar e gritar com toda a força que tenho o que sinto por ti. Um rosto que não tem imperfeições mesmo que à força, muitas vezes, me quisesses mostrar irregularidades. Mas é aí que reside o problema. É que, apesar de me quereres mostrar o contrário, são exactamente essas irregularidades que fazem com que o teu rosto seja perfeito. Recordo-me dos desenhos dos teus olhos em sobreposição de luz e sombra quando em espelho de parque de diversões soltaste estas palavras mágicas. “Estou tão feliz!”  E elas ecoam agora em mim e eu estou triste. E agora estas palavras são trágicas. E este eu não é o eu que tu conheces de mim.

Mas porque te importarias tu que eu esteja agora triste. Que esteja triste nesta cama de hotel onde posso morrer. Nesta cama de hotel sem a tua presença. Nesta cama de hotel onde revisito todas as camas de hotel onde estivemos juntos. Nesta cama de hotel onde sinto este único tipo de desconforto cinza das inúmeras pequenas rugas que apresentam os meus olhos moídos. Nesta extensão de memória onde as minhas camisas brancas estão torcidas. Neste puro desconforto de ter de existir neste lugar. E tudo me parece um pouco errado de cada vez que olho ao redor deste quarto. A sensação impressionista do padrão do sofá. A inepta posição da torneira na bacia na casa de banho sempre que lavo as mãos. O emaranhado embriagado de cada peça de roupa que usei sem lavar. As meias compradas com desconto para preencher uma necessidade imediata. Por quanto mais tempo me irei dedicar a estudar o errado no quarto para não estudar o errado do eu? O eu mais triste que se solta e sente e parece ter sido um eu usado por outro homem. Mas se agora aqui estivesses eu até diria uma piada. Só para te ver sorrir. Por exemplo se tivesse que compilar uma lista das piores cómodas esta que suporta a televisão aqui neste quarto estaria no topo. Porque escolhe o eu um lugar deliberadamente profanado para padecer? E a televisão que solta grunhidos em cantonês. E as legendas que o eu imagina. “Como foi que isso aconteceu?” “Morreu na cama de um hotel há três dias atrás sem ninguém saber nada.” “Realmente triste!” “Realmente triste!”

23 Mar 2016

Dia Internacional da Mulher: retrospectiva da condição feminina 她

* por Julie O’yang

[dropcap style=’circle’]N[/dropcap]o início do séc. XX surgiram na China uma série de novos termos e conceitos, inventados ou reformulados, que representavam, de diversas formas, uma nova leitura de normas e princípios ancestrais relacionados com o género. Neologismos polémicos, como “nüjie女界 (universo feminino/mulher),” “nü yingxiong女英雄(heroína),” “guomin zhi mu国民之母 (mãe do cidadão),” “nü guomin 女国民” (cidadã) e “yingci英雌 (mulher heróica),” não só nomeavam, logo reconheciam, papeis que as mulheres ao tempo nunca tinham assumido nem sequer imaginado vir a assumir, mas eram também indicadores do complexo processo de mudanças sociais, políticas e culturais pelas quais passava a China moderna. A invenção e identificação de novos pronomes femininos representava a invenção e identificação de um novo universo, inexoravelmente determinado por alterações políticas e sócio-culturais.
Mas recuemos a 1920, quando Liu Bannong 刘半农 (1891-1934), figura destacada do Novo Movimento Cultural, propôs em “Questões sobre o caracter 她ta”, a invenção de um novo caracter chinês representativo do pronome feminino na terceira pessoa. Em Abril de 1920, travaram-se no seio do referido Movimento também conhecido por Movimento do 4 de Maio, discussões acaloradas sobre a reformulação ou abolição do “ta”. Foi a partir deste período que o caracter “ta” ganhou um novo significado. A diferenciação entre “ele” e “ela” na China remontava ao início da década de 70 do séc. XIX, mas o imperativo de inventar o equivalente chinês do nosso pronome “ela” foi também facilitado pela intensificação das interacções culturais e linguísticas com o Ocidente, a partir dos finais do séc. XIX. Liu Bannong e os seus contemporâneos experimentaram criar uma série de neologismos de forma a traduzir correctamente “ela” para chinês. 她ta não era de forma alguma a única tradução possível, mas apenas uma do vasto leque de possibilidades.
Enquanto em todo o mundo se celebrou o Dia da Mulher no passado dia 8, algumas estudantes fizeram questão de celebrar o “Dia da Mulher do Império do Meio” um dia antes, marcado por diversas actividades e por mensagens que eram tudo menos feministas.
Na segunda-feira a rede social Weibo foi inundada por fotografias de cartazes exortando as mulheres a – imaginem – serem boas esposas!
O hashtag introdutório do “Dia da Mulher” no Weibo chinês, apelava às mulheres para “encontrarem o amor e a compreensão junto do seu companheiro” e aos homens, para que as estragassem com mimos e as tratassem como deusas. Será que isto é feminismo à maneira chinesa? Fica-se tentado a duvidar…
À tarde, enquanto passava os olhos por um jornal europeu, fui surpreendida pelo seguinte título: “Pornografia ou Morte”. O artigo era sobre um dos pioneiros da pornografia que conseguiu a sua legalização na Dinamarca. A passagem que se segue impressionou-me especialmente:
“ Um dos critérios usados pela polícia para determinar se uma foto era ou não pornográfica era a distância entre as pernas da modelo. Mais de 20 cms era considerado violação do parágrafo 234. Menos de 20 cms já era arte.”
Corria o ano de 1967.

23 Mar 2016

Orquestra | Missa em Dó Maior na Igreja de S. Domingos

A Orquestra de Macau apresenta nos dias 24 e 25 de Março pelas 20h00 horas o Concerto de Páscoa, na Igreja de S. Domingos. O maestro Peter Tiboris chega a Macau a convite da OM. Também conhecido pelas suas actuações em Carnegie Hall, irá dirigir a “Missa em Dó Maior” de Ludwig van Beethoven e obras sacras de Franz Schubert juntamente com o Coro Filarmónico de Taipé, a soprano de gabarito internacional Eilana Lappalainen e três solistas sul coreanos: a meio-soprano Yang Songmi, o tenor Shin Dongwon e o baixo Yoo Ji Hoon.
“A Missa em Dó Maior”, que será executada nestes dois concertos, foi a primeira missa a ser composta por Beethoven, sendo apreciada pela crítica internacional pelas suas melodias doces e cativantes que transmitem uma atmosfera de paz, piedade e pureza. Nestes concertos, serão ainda apresentadas as obras “Stabat Mater”, “D. 175” e “Tantum ergo”, “D. 962”, de Franz Schubert, e obras rituais tradicionais escritas para a cerimónia da missa.
Com entrada livre, os bilhetes serão distribuídos no local uma hora antes do início do espectáculo, por ordem de chegada, sendo que serão dados individualmente um máximo de dois ingressos.

23 Mar 2016

Exposição | Paisagem humana em fotografia

A Creative Macau inaugura hoje, pelas 18h30, a exposição de fotografia de Tang Kuok Hou “Cenário Humano”. Segundo o autor, as imagens de paisagem têm dado ênfase à apreciação da beleza com negligência sobre as cenas peculiares mais insignificantes. O autor encontra neste tipo de cenas os símbolos do lugar e do momento, concretizando-se como o registo da paisagem. É seu móbil, a redefinição da imagem monótona da cidade e a ligação de todos os seus elementos numa imagem em que pessoas, comunidade, lugar, natureza e memória se encontram. A exposição pode ser vista até 23 de Abril e tem entrada livre.

23 Mar 2016

Unitygate | Portugal, Macau e Taiwan unidos numa dança sem barreiras

[dropcap style=’circle’]A[/dropcap]segunda criação sino-lusa da Amalgama e da Unitygate tem data marcada para os próximos dias 25 e 26 Março pelas 20h00, no pequeno auditório do Centro Cultural de Macau. “Reflections” é um trabalho conjunto da “reconhecida” coreógrafa portuguesa Alexandra Battaglia e da directora artística local Stella Ho, que irão liderar os bailarinos de Portugal e Macau num caminho de cultura e lembrança. “Ambas têm mostrado um empenho especial no que abrange as trocas culturais entre Portugal e Macau sendo que, através deste projecto, pretendem representar as mesmas no seu trajecto já longo e assíduo, se bem que também muito diverso”, indica a organização.
Na mira de uma terceira perspectiva foi ainda convidada a jovem coreógrafa de Taiwan Peng Hsiao-yin com a sua companhia Dancecology, cuja participação se insere numa terceira visão da situação actual de Macau, dando ênfase às fronteiras da dança numa mescla de três espaços físicos.
Segundo a organização, o espectáculo terá o intuito de “depurar a beleza e a tristeza do destino através da linguagem física numa reinterpretação das emoções e da memória e no ‘abraço’ que se estabelece entre os lugares que as preconizam”.
Mais ainda, diz a organização, “é também a representação da purificação espiritual através da dança num reconhecimento interno de nós através do reflexo nos outros, inter-relacionados ou não. Esta viagem usa simbolicamente o movimento e o som para convidar todos a entrar pelo mar adentro, mar portador de memórias, o mar que une e separa.”
Os bilhetes para o espectáculo já se encontram à venda e custam 120 patacas.

22 Mar 2016

Hospital da Taipa | Quase dez milhões para estacas

Parte da construção de parte do Hospital da Taipa, oficialmente designado por Complexo de Cuidados de Saúde das Ilhas, vai finalmente ter início com a adjudicação ao Laboratório de Engenharia Civil de Macau da empreitada das fundações por estacas do Edifício do Hospital Geral e do Edifício de Apoio Logístico. Os serviços vão custar 9,7 milhões de patacas.

22 Mar 2016

UM | Projecção do filme “Timbuktu”

Amanhã, pelas 18h30 é hora de ver “Timbuktu”, na Universidade de Macau. O premiado filme de Abderrahmane Sissako é uma produção franco-maliana que se desenrola na pequena cidade do Mali e que chega agora a Macau através do ciclo de cinema EUAP-M dentro do Festival Francófono organizado pelo Consulado Geral de França em Hong Kong e Macau. Longe do caos, nas dunas, Kidane leva uma vida tranquila com a mulher, a filha e o pequeno pastor Issan. Ao matar acidentalmente Amadou, o pescador que atacou a sua vaca preferida, Kidane deve enfrentar a lei dos ocupantes determinados em derrotar um Islão aberto e tolerante. Face à humilhação e aos maus tratos perpetuados por esses homens complexos, “Timbuktu” conta o combate silencioso e digno de mulheres e homens, o futuro incerto das crianças e a luta pela vida num momento de ocupação que marcou o fim da música, da alegria, da vida conhecida até então. A projecção conta com legendagem em Inglês e será seguida de uma tertúlia de discussão. A entrada é livre.

22 Mar 2016

Clube C&C | Palestra sobre os milhões do Desporto

“Desporto – uma indústria de milhões” é o mote para uma palestra que tem lugar ao final de tarde de hoje, às 18h45, no Clube C&C, numa conversa conduzida por Fernando Vinhais Guedes. Segundo o próprio, constará neste espaço a abordagem do desporto enquanto indústria geradora de altos rendimentos, tendo como pilares três dos maiores acontecimentos desportivos mundiais: os Jogos Olímpicos, o campeonato mundial de futebol e a Fórmula 1. Fernando Vinhais Guedes é licenciado pelo Instituto Nacional de Educação Física (INEF) e conta com uma vida profissional intimamente ligada ao Desporto e à dinamização das suas instituições e iniciativas, contando ainda com a autoria em diversas publicações, entre elas a colaboração no livro “Olhares sobre o desporto” . Foi ainda autor de “Desporto em Macau 1981-1985” e “Desporto com palavras”, publicado também no território em 2012. A entrada é livre.

22 Mar 2016

Armazém do Boi | Festival Internacional de Artes Performativas de regresso

Vai ter lugar nos próximos dias 26 e 27 de Março mais uma edição do Festival Internacional de Artes Performativas de Macau, no Armazém do Boi, com a apresentação de obras vindas da Suíça

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap]Armazém do Boi organiza mais uma edição do Festival Internacional de Artes Performativas de Macau (MIPAF), sendo também, mais uma vez, o palco de um conjunto de espectáculos que, este ano, contam com a apresentação do trabalho de uma série de artistas contemporâneos suíços. Estes trazem o Espectro dos Sentidos – “Spectrum of SENSES – Swiss Window in Asia Performance Showcase”, numa colaboração com o Swiss Arts Council e curadoria de Stéphane Noël.
Segundo o site da organização, estas encenações representam o cruzamento entre as artes visuais e performativas, em que seis grupos e artistas interpretam trabalhos situados entre a poesia e a política, o movimento e a estaticidade, percorrendo territórios que, apesar de conhecidos, são ainda espaços inexplorados.
Segundo Ann Hoi, co-curadora local deste projecto que falou ao jornal Ponto Final, será objectivo deste espaço “cultivar e reforçar o local como uma plataforma legítima para o intercâmbio de artistas internacionais das artes performativas”. Hoi considera ainda que o Armazém do Boi é o espaço indicado para a apresentação de trabalhos experimentais em coerência com o próprio espaço, uma vez que “é uma forma de arte que se apresenta como o mecanismo perfeito, para catalisar a tensão em torno da independência artística”.
As hostes este ano têm entrada livre e abrem sábado, 26 de Março, às 16h00 com a apresentação de “Vernissage” pela 2B Company. Às 15h00 é a vez de Alexandra Bachzetsis apresentar “Gold” e às 18h00 “Bain brisé” é interpretado por Yann Marussich.
Domingo contará com “The Triumph of Fame” por Marie-Caroline Hominal, com apresentações de 15 minutos entre as 12h00 e as 15h30. Às 17h00 é a vez de “THIS IS A GALA”, performance levada a cabo por Martin Schick, sendo que às 18h00 sobe ao palco “Más Distinguidas” com La Ribot. A edição termina com “Duchesses” por Marie-Caroline Hominal & François Chaignaud às 19h30.
O MIPAF apresenta-se como um dos maiores eventos anuais acolhidos pelo Armazém do Boi, trazendo a Macau artistas de reconhecimento internacional de modo a promover trocas criativas. Esta edição conta ainda com o apoio do Instituto Cultural e da Fundação Macau.

22 Mar 2016

“Macau na construção de uma herança” é tema de palestra no Instituto Ricci

[dropcap style=’circle’]T[/dropcap]erá lugar no próximo dia 29 de Março, às 18h30, a palestra “A construção de uma herança: cultura, agência local e a cidade” no instituto Ricci de Macau. Presidida por  Stephan Rothlin S.J., director do instituto, e proferida por Sheyla Schuvartz Zandonai, investigadora do Departamento de Sociologia da Universidade de Macau e investigadora associada no Laboratoire Architecture Anthropologie (LAA), École Nationale Supérieure d’Architecture de Paris La Villette (França) desde 2014.
A oradora é ainda conhecida pelos seus trabalhos na área do estudo das relações entre a transformação urbana e as políticas económicas do jogo e do turismo, bem com da emergência de práticas e discursos do lugar, herança e pertença em Macau.
Esta apresentação tem subjacente a economia de Macau, que terá passado de um estado “arrastado” para um crescimento galopante com a entrada do século 21 e da liberalização do jogo. As forças de mercado aliadas à indústria  do jogo vão não só aumentar o rendimento e o emprego, como também promover a ascensão do custo de vida e do turismo de massas, num movimento de transformação tanto espacial como da moldura e dinâmica social, indica a organização.
“Nesta transformação a posição dos moradores de Macau terá passado do entusiasmo inicial para o cepticismo e inquietação, ao mesmo tempo a que se assiste ao seu envolvimento em movimentos de descontentamento e contestação, ou mesmo de oposição ao poder dominante do jogo sobre a economia e sociedade de Macau”, pode ler-se.
A palestra incide em como a herança e o património se tornaram um ponto importante enquanto agentes populares rumo à criação de uma outra imagem e experiência de Macau, mais distante do jogo e mais próxima da percepção e entendimento das pessoas acerca da sua cidade. Sob uma perspectiva etnográfica, esta palestra descreve e analisa algumas destas reacções promotoras de uma nova visão e uma nova construção de património por parte dos moradores da RAEM.
A palestra será realizada em Inglês e tem entrada livre, sendo que está condicionada à reserva prévia de lugares.

22 Mar 2016

UM | Homem versus máquina em discussão esta quarta

A Universidade de Macau (UM) acolhe esta quarta-feira a palestra “Está a Inteligência Humana a ser Ultrapassada pela Inteligência Artificial? O segredo AlphaGo”. Esta será proferida pelo professor Lionel Ni, vice-reitor dos Assuntos Académicos e professor no Departamento de Computadores e Ciências da Informação da instituição.
O programa AlphaGo conquistou na terça-feira a vitória final com quatro partidas no campeonato do jogo “Go”, entre homem e máquina, no qual competia com o campeão sul-coreano Lee Se-Dol. A vitória do programa AlphaGo, criado pela DeepMind, representa um êxito para esta companhia da Google, que assegura ter criado uma nova forma de inteligência artificial (AI) com pensamento “intuitivo”. O AlphaGo usa dois jogos de “redes neutras”, que lhe permitem processar dados de uma forma semelhante à do homem, anulando milhões de potenciais movimentos inúteis. Outra das suas grandes novidades é que emprega algoritmos que lhe permitem aprender e melhorar com experiências passadas. Resta a questão se estamos perante uma bênção ou uma maldição.
Em cima da mesa está o esclarecimento sobre as questões relativas à IA, em que Lionel Ni explicará a diferença entre a inteligência humana e inteligência artificial em termos leigos. As inovações pioneiras de algoritmos de computador e a descoberta de ondas gravitacionais na Física são outros dos temas da palestra, que terá lugar no Anthony Lau Building da UM, às 17h00 e contará com tradução em Inglês. Com entrada livre, a participação é sujeita a registo através do site da UM.

21 Mar 2016

Rota das Letras anuncia vencedores de Concurso de Contos

[dropcap style=’circle’]H[/dropcap]omens sombrios, diospiros que ainda são verdes e o dia em que Macau mudou de soberania estão no pódio da quarta edição do Concurso de Contos do Rota das Letras. Os vencedores deste ano são Zhong Younghua, de Macau, Darío Bravo, do Brasil e a australiana Jane Camens, nas categorias de Chinês, Português e Inglês. Os vencedores receberam um prémio monetário no valor de dez mil patacas cada e têm os seus trabalhos traduzidos e publicados no livro de contos “Quarto Crescente”, onde constam também textos de autores presentes na edição de 2015 e que foi lançado este fim-de-semana.

Brilho no café

Zhong Younghua conta a história de Mr. Blackrose, homem taciturno de origem chinesa frequentador assíduo de um café em Macau, que transporta consigo uma rosa negra e vários segredos sombrios. A escolha desta história pela aclamada autora chinesa Wang Anyi, é explicada pela mesma: “Escolhi Mr. Blackrose de entre os quatro finalistas por a narrativa possuir um certo nível de talento e estilo, uma história completa, uma estrutura lógica e uma prosa fluida. O espaço ficcional do café cria o ambiente perfeito para o desenrolar da história, sugerindo a transformação romântica de um destino intolerável. Assim, uma existência limitada é finalmente capaz de se abrir, brilhando, ao perseguir valores clássicos”.

Wang Anyi referiu ainda que “a vida em Macau raramente surge representada na literatura, pelo que o valor destes textos reside no facto de abrirem esse caminho”.

Retrato de mestre

Na categoria de Língua Portuguesa, o prémio foi atribuído ao brasileiro Darío Bravo. O conto “Diospiro Verde” relata a história de um homem que lida com o passado e a perda de alguém que amou. O escritor e académico Carlos André considera que este trabalho “surpreende pela riqueza do retrato humano, pelo primor do desenho, pela mestria da palavra, pela força da imaginação” e por tudo isso estar contido num texto curto. “O conto é assim mesmo: breve. E, quando nele cabe tanto, como é o caso de ‘Diospiro Verde’, ser breve é ser tudo”.

Um dia e duas noites

A australiana Jane Camens, que é simultaneamente uma das convidadas da edição deste ano, venceu na categoria de língua inglesa com o conto “Depois da Meia-Noite”, uma história que se desenrola no dia da transferência de soberania de Macau para a China, em Dezembro de 1999.

Yan Ge, membro do júri e autora chinesa, refere que “guiado pela história, o leitor testemunha um dia e duas noites nas vidas de pessoas da época: os correspondentes internacionais, os portugueses, os chineses e os macaenses. A narrativa é perspicaz e genuína, lírica e pungente. Mostra uma imagem abrangente desta grande despedida, bem como uma jornada pessoal de amor e perda. A complexidade e ambiguidade da humanidade nunca devem ser esquecidas, especialmente num momento de transição.”

Esta quarta edição do concurso de contos foi a mais concorrida de sempre, tendo a organização recebido mais de cem trabalhos. O regulamento e prazos para o 5º Concurso de Contos será brevemente anunciado pela organização.

21 Mar 2016

Património de Macau por outras lentes

[dropcap style=’circle’]V[/dropcap]ai ter lugar na próxima quarta-feira, pelas 18h30, no edifício do Antigo Tribunal a inauguração da exposição “O Lugar onde o Património Mundial Brilha – Exposição Fotográfica do Centro Histórico de Macau”, do fotógrafo local Chan Hin Io. Na mostra estarão patentes imagens que pretendem revelar a beleza e a vitalidade do património cultural de Macau, bem como o charme desta pequena cidade”, sob diferentes perspectivas, numa co-organização do Instituto Cultural (IC) e da Associação para a Reinvenção de Estudos do Património Cultural de Macau.
As obras desta exposição incluem fotografias tiradas a elevada altitude e a longa distância, de diferentes ângulos e a diferentes horas do dia, de modo a que o público possa experimentar as diferentes perspectivas de Chan Hin Io sobre o Centro Histórico, bem como a ter a percepção do trajecto do autor.
De acordo com a organização, Chan Hin Io é já uma referência no panorama nacional e um reconhecido fotógrafo em Macau que, nos últimos anos, se tem dedicado à captura dos costumes da terra e das suas paisagens urbanas, o que lhe tem valido várias premiações no mundo da fotografia. Entre as suas obras destaca-se “Bairros de Macau: Fotografia Documental, Memórias dos Ofícios, Negócios Tradicionais de Macau” e “Vida em Macau 2012” .
Acompanha ainda o evento, o lançamento do livro de nome homónimo, numa edição autografada pelo autor. A exposição estará patente de 24 de Março a 16 de Abril, no horário compreendido entre as 10h00 e as 20h00 e tem entrada livre.

21 Mar 2016