China | Parceiros comerciais protestam contra novas medidas de inspecção de alimentos

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s parceiros comerciais da China vão trazer a Pequim o responsável máximo da ONU pelas normas alimentares, numa tentativa de persuadir as autoridades a recuar com um plano que visa reforçar o controlo sobre as importações alimentares.

Segundo as medidas anunciadas por Pequim, que devem entrar em efeito em Outubro, todos os produtos alimentares – incluindo de baixo risco, como vinhos e chocolates – vão precisar de um certificado que prove que satisfazem os padrões de qualidade chineses.

Outros países exigem apenas aquele certificado para importações de carne, lacticínios e outras mercadorias perecíveis.

Europa e Estados Unidos consideram que as novas regras visam proteger os produtores chineses, em detrimento das suas exportações.

A medida pode ainda agravar as tensões entre Pequim e a administração norte-americana de Donald Trump, que prometeu subir os impostos sobre as importações chinesas.

A China é ainda um mercado cada vez mais importante para os produtos alimentares europeus, incluindo portugueses.

Em 2015, o sector dos alimentares português foi o que mais aumentou as vendas para a China: 161,1%, em termos homólogos. Diplomatas e empresários estão apreensivos face às novas medidas.

“Pode reduzir as importações de forma dramática”, afirmou o embaixador da Alemanha em Pequim, Michael Clauss, citado pela Associated Press.

“Parece mais uma forma de proteger os produtores chineses do que os padrões de segurança alimentar”, disse.

As regras vão acrescentar “uma complexidade de regulamentos desnecessária”, num período em que Pequim prometeu reduzir os regulamentos, afirmou Jake Parker, vice-presidente do Conselho Empresarial EUA-China, citado pela AP.

Os reguladores chineses consideram que é necessário um reforço do controlo, à medida que as importações aumentam.

As autoridades chinesas argumentam que a inspecção está de acordo com o Codex Alimentarius, as “regras para produtos alimentares” definidas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e a Organização Mundial de Saúde.

O presidente do Conselho, Awilo Ochieng Pernet, um advogado suíço, vai estar em Pequim, em Abril, num seminário com funcionários chineses para explicar as normas, segundo fonte não identificada citada pela AP.

Peso desnecessário

Em Janeiro passado, os embaixadores dos EUA e vários países da União Europeia (UE) expressaram a sua preocupação numa carta enviada a Wang Yang, o vice-primeiro-ministro chinês encarregue da agricultura e comércio.

Em comunicado, a delegação da UE na China afirmou também que exigir certificados sanitários para todos os produtos “não é cientificamente necessário”.

As regras seriam um peso para as empresas estrangeiras e um desperdício de “recursos preciosos de inspecção, que deviam focar-se em produtos de risco”, acrescenta a mesma nota.

As medidas surgem após uma série de escândalos alimentares envolvendo fornecedores chineses apanhados a vender produtos alimentares contrafeitos.

Funcionários ocidentais dizem ainda que as novas regras visam também desresponsabilizar a Administração para Inspecção de Qualidade, Supervisão e Quarentena, que os consumidores chineses culpam pelas falhas na segurança alimentar.

21 Mar 2017

Sporting mais perto da permanência

João Maria Pegado

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]as sexta feira a jornada 8 da Liga Elite teve início com o jogo grande na luta pela permanência, Sporting De Macau 1 Vs 0 Development Team.

Os Leões do território apareceram neste jogo com um onze diferente do habitual. No lado esquerdo da defesa jogou Iuri Capelo no lugar do habitual titular Chan Fai e no meio campo apresentou dois novos reforços: o médio centro Kande e o extremo Cisse. No lado dos Sub 23 o habitual onze sem grandes surpresas.

O primeiro grande destaque vai para a escassa qualidade futebolística apresentada no relvado do estádio da Taipa, o que não impediu um jogo emotivo devido à incerteza até ao último minuto do resultado final.

O Sporting entrou bem no jogo aproveitando o facto de ter surpreendido no onze e logo cedo se instalou no meio campo ofensivo dos sub 23, os quais tinham a lição bem estuda e com ataques rápidos tentavam explorar a profundidade, aproveitando as dificuldades na transição defensiva dos pupilos de Nuno Capela, que ficavam expostos quando perdiam a bola em organização ofensiva não havendo ninguém que pressionasse na perda de bola.

Aos 15 minutos apareceu o único golo do encontro marcado por Ema Maicon que aproveita um erro da defensiva dos jovens da associação, que ao tentarem sair a jogar com a bola controlada a partir de trás, permitiram a recuperação de bola à entrada da área, pelo antigo jogador do KA I, que  com calma tirou um adversário do caminho e ficou só com o guarda redes pela frente e tranquilamente desviou para o fundo da redes. Estava feito o golo que o Sporting procurou desde do inicio e aqui o jogo mudou.

Os Leões do território, que após o golo, talvez pela importância dos três pontos em disputa e para não serem apanhados na perigosa transição ofensiva rápidos jogadores dos Sub 23, recuou a suas linhas e deixou de chegar ao meio campo ofensivo com homens suficientes para criar perigo e até ao intervalo foram o jovens da selecção a terem as melhores oportunidades.

Após o intervalo e percebendo que os sub 23 não tinham tanta qualidade quando tinham que jogar de ataque planeado, o técnico do Sporting montou uma boa organização defensiva e utilizou a arma que tinha sido até então da equipa adversária, o contra ataque. Reforçou o seu meio campo com Duarte Pinheiro Torres e dando mais músculo na primeira fase de pressão com o Marroquino Marouan. Nesta fase destaque para Pedro Lopes o guarda redes do Sporting que com boas defesas ia permitindo a vantagem do marcador.

No lado dos Sub 23 destaque para Cheong Hoi  San, o capitão da equipa da associação, dos seus pés saíram as jogadas de maior perigo da sua equipa muitas vezes jogando em combinações no lado esquerdo com Hun Seng Kuai, lateral esquerdo que dava muita profundidade ao seu corredor e com uma disponibilidade física muito boa. E foi precisamente nesta parte física que o Sporting começou a perder a luta do meio campo, contra uns jovens da associação bem preparados fisicamente e começaram a empurrar os leões para sua defensiva. Nesta fase o Sporting usou e abusou do anti-jogo algo que não é novidade na equipa leonina mas mesmo assim os jovens da associação não desistiram de procurar o golo mas nunca tiveram qualidade no ultimo terço do terreno onde a organização defensiva do Sporting esteve muito bem. Destaque ainda para as expulsões de alguns elementos técnicos do Sporting de Macau pelo segundo jogo consecutivo.

O resultado mais justo para este encontro seria o empate que premiaria a ousadia e a melhor qualidade no processo colectivo dos jovens dos Sub 23, mas o Sporting com  mais experiência soube controlar os momentos do jogo e conseguir uma vitória bastante importantíssima na luta pela permanência.

Sábado feio

Este dia fica marcado pelo triste episódio  que deve deixar todos os intervenientes do futebol de Macau tristes, especialmente a associação de futebol. No jogo entre a CPK 2 Vs 0 Policia, com golos de Ho Ka Seng e Diego Patriota, o destaque vai para a cena de pancadaria no período de desconto da segunda parte, onde o jogador do CPK Lucas, foi agredido por meia equipa da Policia. Para além das culpas óbvias que se podem ver nas imagens televisivas de quem poderá ter originado toda esta confusão, não posso deixar de responsabilizar a equipa de arbitragem, que sabendo da forma agressiva, por vezes violenta, que equipa da Policia se apresenta em todos os jogos, deixa arrastar o jogo para estas situações não controlando o jogo logo de início punindo certas entradas com admoestação de cartões e não sendo passivo na gestão do jogo.

No outro jogo (KA I 2 Vs 1 Lai Chi)o Ka I continua a somar pontos e desta vez venceu o Lai Chi com um bis de William Carlos Gomes.

O passeio continua

Benfica 4 Vs 0 Kei Lun. O líder continua a passear a sua classe pelo campeonato. Desta vez foi à bem organizada equipa de Josi Cler, que apresentou uma novidade na baliza, o brasileiro Douglas Jardim. No último jogo da jornada o Monte Carlo continua também o seu passeio com mais uma goleada, desta vez ao Cheng Fung por 7-2, confirmando a grande vocação ofensiva da equipa canarinha que mais uma vez sofreu dois golos.

Jogador da jornada- #18 Cheong Hoi  San ( Development Team ) – Jogo de gente crescida e o capitão dos Sub 23 disse presente. Excelente na fase defensiva onde sabia onde se posicionar e não se escondia do choque, recuperando muitas vezes a bola para sua equipa. Mas foi na fase ofensiva que mais se destacou onde escolhia com critério as jogadas de ataque da sua equipa. Muita qualidade com e sem bola, com certeza os grandes já andarão de olho nele.

21 Mar 2017

Donos do grupo sul-coreano Lotte julgados por corrupção

[dropcap style≠’circle’]Q[/dropcap]uatro membros da família que controla o gigante retalhista sul-coreano Lotte, incluindo o seu fundador, de 93 anos, foram presentes ontem a tribunal onde começaram a ser julgados por desvio de dinheiro, evasão fiscal e fraude.

O processo contra o presidente da empresa, Shin Dong-Bin, de 61 anos, o seu irmão, irmã e pai – e também a amante do patriarca quase 40 anos mais nova – surge numa altura em que o quinto maior conglomerado da Coreia do Sul enfrenta boicotes por parte da China.

A empresa facultou terrenos a Seul para acolher um sistema de defesa antimíssil norte-americano THAAD, e quase 90% das lojas Lotte Mart na China foram desde então obrigadas a fechar portas ou pelas autoridades ou devido a manifestações populares.

O julgamento é o mais recente golpe na reputação de conglomerados controlados por famílias que nas últimas décadas impulsionaram o crescimento da quarta economia da Ásia.

Mais recentemente tornaram-se num crescente foco de descontentamento popular contra a corrupção e desigualdade como ocorreu no escândalo que resultou, no início do mês, na destituição definitiva da Presidente sul-coreana, Park Guen-Hye.

O presidente da Lotte, Shin Dong-Bin, é acusado de ter custado à firma 175 mil milhões de won (145 milhões de euros) através de uma série de evasões fiscais, esquemas financeiros e outras irregularidades.

Foi ainda acusado de negligência por conceder lucrativos negócios ou pagar “salários” no valor de milhões de dólares a parentes que pouco contribuíram para a gestão.

“Sinto muito ter causado preocupação. Vou cooperar sinceramente no julgamento”, afirmou Shin, aos jornalistas, antes de entrar ontem na sala de audiências.

Tudo em família

Idênticas acusações pendem contra o seu irmão mais velho, Shin Dong-Joo, a sua irmã mais velha, Shin Young-Ja, bem como contra o seu pai, Shin Kyuk-Ho.

Não ficou claro se o fundador nonagenário compareceu em tribunal, mas não passou pelos jornalistas que se encontravam à entrada do edifício em Seul.

A sua amante, de 57 anos, também foi acusada por desvio de dinheiro por ter encaixado avultadas somas em “salários” apesar de ter um pequeno papel na gestão da empresa.

Os cinco foram formalmente indiciados pelo Ministério Público em Outubro.

As acusações não estão directamente relacionadas com o escândalo de corrupção e tráfico de influências que levou à queda de Park.

O grupo Lotte, sediado em Seul e fundado em Tóquio em 1948, tem uma vasta rede de negócios na Coreia do Sul e no Japão, com activos combinados avaliados em mais de 90 mil milhões de dólares norte-americanos.

A decisão de Seul de destacar o sistema antimíssil norte-americano THAAD como forma de se proteger contra ameaças da Coreia do Norte desencadeou a ira da China, que receia que belisque as suas próprias capacidades militares.

As primeiras partes do sistema THAAD chegaram à Coreia do Sul há duas semanas depois de a Lotte ter assinado um acordo de troca de terrenos oferecendo um campo de golfe no condado de Seongju, no sul, para a instalação do sistema.

Desde então, as autoridades fecharam dezenas de lojas da Lotte, devido a “questões de segurança”, com manifestantes a realizar protestos em todo o país denunciando o grupo e outros negócios sul-coreanos.

A Lotte, focada em alimentos, retalho e hotelaria, investiu mais de 8 milhões de dólares nas suas operações na China e tem mais de 120 estabelecimentos no país, empregando 26 mil funcionários locais.

A família Shin tornou-se alvo de investigação estatal depois de 2015, quando uma azeda disputa pública entre os dois irmãos pelo controlo do grupo desencadeou a ira pública sobre como os conglomerados administrados por famílias conduzem os seus negócios.

21 Mar 2017

Regula – “Toni do Rock” (ft. Veecious V)

“Toni do Rock”

Casca, casca!

Tu nunca me vês com a mêma ROMI no bote, ROMI no bote
Tomei uma decisão concreta (ahh), sem ter a visão do profeta
Eu vi que buli prós outros a vida inteira, isso é prisão perpétua, (yes)
Tou a dar cartas mas tu népia, (ya) nem aos teus tu matas a fomeca
Quando é pra molhar o cú, tu cagas a cueca, até te apagas da marmeca
Um homem só rasga bonecas, desde guinaldas a pulecas (manda vir)
Não tenhas conversa de homem com meninos, diz ao junkies não te acordem os inquilinos
Vocês dormem como finos, eu rep o meu bloco a tempo inteiro (yes)
Dá pra saber se eu tou no spot, só pelo cheiro
As queridas chamam-me Midas, tenho o toque certeiro
O Rei do Gado, desde o tempo do Rock Santeiro!
Eu já ’tou-ma ver velhote parceiro, com um dog rafeiro e mais dois ou três velhotes barbeiros, a bater lerpas e etc. (uhh)
Envelopes com dinheiro, até ao dia que tu me enforques num pinheiro

Vai ser assim…

Escuta eu sou o verdadeiro Toni do Rock, Toni do Rock
Toni do Rock, Toni do Rock
Tu nunca me vês com a mêma ROMI no bote, ROMI no bote
ROMI no bote, ROMI no bote

Certifica-te Boy, a mim só uma dica me preocupa
Pois dizer à minha Mama, não há mais drama nem preocupações (na…)
Gigs por mês, no mínimo chuta dois
Muitas hoje dizem o ponteiro do teu parro, parece o das rotações (uhh)
Pra quem ficava embriagado até ver tudo ao contrário (cego)
Agora eu sou solicitado, pra opinar no preçário
Yeah, eu passei de empregado a empresário (xiu)

Sem comentários!

Talvez não te recordes, mas lembras-te quando éramos pobres? (tesos)
Se calhar um dia destes ainda aparecemos na Forbes (money)
Concordo, drago um bimmer Clio ou Ford
Ou talvez acorde num navio com queridas a bordo (mêmo a veres)
Só tava abancado no degrau do Catita, (tava)
Fiz o que tive de fazer e pus-me a pau ca guita (e agora?)
Enquanto os outros dizem que eu sou o mau da fita
Eu beijo a minha mãe na testa e digo: E se tiver mau apita. (muah)

Escuta eu sou o verdadeiro Toni do Rock, Toni do Rock
Toni do Rock, Toni do Rock
Tu nunca me vês com a mêma ROMI no bote, ROMI no bote
ROMI no bote, ROMI no bote

Toni do Rock, Toni do Rock
Oh, oh, oh Yeah….

Regula

20 Mar 2017

Taxas de veículos | Pedido de debate de Leong Veng Chai é votado amanhã

[dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] já amanhã que a Assembleia Legislativa (AL) reúne para votar a realização de um debate sobre o aumento das taxas de veículos, medida que entrou em vigor no passado dia 1 de Janeiro. O pedido de debate foi feito pelo deputado Leong Veng Chai, número dois de José Pereira Coutinho no hemiciclo.

Na proposta de debate entregue no hemiciclo, Leong Veng Chai questiona se “este aumento é razoável”, esperando que “todos os deputados possa apresentar as suas opiniões, de modo a ir ao encontro da opinião pública e evitar suspeitas sobre a existência de transferência de interesses entre o Governo e as entidades privadas”.

Para o deputado, a realização do debate com membros do Governo permitirá ao Chefe do Executivo, Chui Sai On, “reunir amplamente os conhecimentos, a fim de tomar uma decisão resoluta”. “Os salários dos residentes não só não conseguem acompanhar a subida da inflação, como também vão ter de suportar a subida em flecha, cerca de 13 vezes, do valor das taxas, aumentando assim cada vez mais o custo de vida das famílias”, argumenta ainda o deputado na nota justificativa.

Leong Veng Chai considera ainda que a “a actual rede de trânsito é desequilibrada, os lugares de estacionamento são insuficientes e as taxas tiveram um aumento exagerado”, o deputado eleito por sufrágio universal sustenta ainda que o Governo não melhorou a qualidade de vida da população, mas antes “aumentou as dificuldades dos cidadãos”.

O debate de amanhã vai servir ainda para discutir a Conta de Gerência da AL relativa ao ano passado, bem como discutir e votar o 1.º Orçamento Suplementar da AL relativo ao ano económico de 2017.

20 Mar 2017

Parquímetros | Aumentos “geram desconfiança na sociedade”

Analistas referem que as pessoas continuam a não perceber o aumento súbito dos parquímetros, desconfiando da existência de “conluio” com empresários. Lam U Tou sugere aumentos graduais, a cada dois anos

 

[dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]ão pára de gerar polémica o anúncio do Governo face ao aumento dos valores cobrados nos parquímetros. Opiniões recolhidas pelo Jornal do Cidadão revelam que não só a sociedade questiona as razões para essa política como suspeitam da existência de interesses de empresários ligados à área dos parques de estacionamento.

Lam U Tou, presidente da Associação Sinergia de Macau, sugere que possa ser implementado um aumento gradual dos valores dos parquímetros, a cada dois anos. Isto a ver se sossegam os ânimos e as pessoas.

O responsável considera que o aumento dos valores cobrados não é exagerado, uma vez que tem como base os preços praticados. No entanto, Lam U Tou defende que o Governo adoptou uma medida forte demais para controlar o número de veículos, não tendo considerado as opiniões dos cidadãos. O dirigente associativo considera, no entanto, que os aumentos podem melhorar o fluxo da utilização dos lugares de estacionamento com parquímetro, bem como levar a uma redução das ilegalidades.

O presidente da Associação Sinergia Macau lamenta que o Governo não divulgue melhor as informações sobre este tipo de medidas e que continue a discutir os aumentos apenas no seio do Conselho Consultivo do Trânsito. Lam U Tou defende que há muitos dados e informações que devem ser melhor divulgados junto do público.

Que interesses?

Por outro lado, Au Kam San, deputado à Assembleia Legislativa (AL), alerta para a tensão sentida pela sociedade, a qual foi causada pelo Governo, pedindo para adiar o aumento dos valores de parquímetros.

Au Kam San lembrou que recentemente o Governo avançou com várias medidas sobre o aumento das taxas e dos valores para veículos. No entanto, na visão do deputado, os benefícios causados pelas medidas vão todos para as mãos dos empresários, sendo que tal merece uma discussão pública, pois, na sua visão, existe a possibilidade de conluio entre as entidades públicas e as concessionárias que gerem os parquímetros e parques de estacionamento.

Au Kam San considera que o aumento dos custos relacionados com veículos pode reduzir a sua utilização, mas o Governo deve garantir, em primeiro lugar, a implementação de mais transportes públicos. O deputado disse que o serviço de autocarros melhorou, mas não há espaço suficiente para a sua circulação dos autocarros, o que diminui a sua eficiência do funcionamento.

Para isso, Au Kam San pede que o Governo construa mais vias exclusivas para transportes públicos, por forma a oferecer mais espaço aos autocarros e para que se possa diminuir o uso de veículos privados.

Hoi Long Tong, membro do Conselho Consultivo do Trânsito, concorda com a intenção do controlo de veículos do Governo, mas disse que este não pode alcançar o objectivo usando só meios económicos.

Leis eficazes ou à medida?

Sobre a inspecção de veículos, Hoi Long Tong explica que, para as Pequenas e Médias Empresas (PME) que tenham a necessidade de utilizar automóveis com regularidade, têm de suportar os aumentos das taxas. Relativamente aos cidadãos que tenham pouca vontade de andar de pé, mesmo com o aumento das taxas, não vão desistir de utilizar os seus veículos.

Portanto, para Hoi Long Tong, as referidas medidas não só contrariam o objectivo de controlo de veículos, mas também trazem maior pressão económica aos cidadãos, sendo que muitos falam de um alegado conluio entre o Governo e os empresários. Para tal, Hoi Long Tong solicita que o Governo reveja a eficiência dos novos valores e medidas para a inspecção regular dos veículos e, sobretudo, divulgue mais dados junto do público.

20 Mar 2017

Irregularidades | Governo recupera habitações económicas

Candidataram-se a uma habitação colocada à venda pelo Governo, a custos mais baixos, mas não vivem lá. Há ainda quem tenha alterado a finalidade da fracção ou feito do apartamento uma pensão ilegal. O Instituto de Habitação entrou em acção e há três compradores que já devolveram as casas

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Instituto de Habitação (IH) detectou, no ano passado, 49 casos suspeitos de irregularidades na utilização de habitações económicas. O organismo fiscalizou 3267 fracções em 2016, tendo dado início aos procedimentos de resolução do contrato-promessa de compra e venda em relação a 40 casos. São situações em que se suspeita que os compradores não residem efectiva e permanentemente nos apartamentos cedidos pelo Governo, explica o IH, recordando que se trata de uma das condições necessárias para a aquisição de uma habitação económica.

Do total de casos suspeitos, sete promitentes-compradores já procederam à devolução das fracções. Deste grupo, em três casos encontram-se concluídos os procedimentos de reembolso do preço e devolução das fracções, estando a ser acompanhado o procedimento administrativo relativo à devolução das fracções dos restantes casos.

Em comunicado, o IH explica que foram abertos os procedimentos sancionatórios relativos a cinco casos suspeitos de cedência da habitação, a título gratuito, a outrem. Foram remetidos para acompanhamento pelas Obras Públicas dois casos suspeitos de alteração de finalidade da fracção para fins comerciais, e foram enviados para os Serviços de Turismo outros dois casos suspeitos de utilização das fracções para prestação ilegal de alojamento.

O modo como alguns apartamentos integrados no conceito de habitação económica têm estado a ser utilizados é motivo de preocupação para alguns deputados à Assembleia Legislativa. Agora, o Instituto de Habitação vem garantir que vai continuar a fiscalizar, de forma contínua, as habitações económicas. “Caso se verifiquem situações de não cumprimento da lei da habitação económica, o IH irá proceder ao respectivo acompanhamento”, promete.

Em situações em que termina o contrato, explica ainda o organismo, o promitente-comprador tem direito ao reembolso do preço pago pela compra da fracção, mas não na totalidade. É deduzido o montante em dívida a ser reembolsado à entidade credora, no caso de ser devedor de um empréstimo bancário para a compra da respectiva fracção, e o montante correspondente a um por cento do preço de venda da fracção, para compensação das despesas administrativas suportadas pelo IH. O comprador fica ainda sem o valor previsível das despesas com a execução das obras que sejam necessárias realizar para a reposição das condições de habitabilidade da fracção, tendo ainda de deixar dinheiro para despesas por pagar, como o condomínio, a água e a electricidade.

20 Mar 2017

PJ investiga causas de incêndio no Grand Lisboa Palace

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Polícia Judiciária (PJ) de Macau está a investigar as causas de um incêndio que deflagrou na noite de sexta-feira nos estaleiros de um hotel-casino em Macau obrigando à retirada de mais de 500 trabalhadores.

O alerta de incêndio foi dado às 19:05 de sábado, disse fonte dos Bombeiros à agência Lusa, indicando que o fogo, que deflagrou no Grand Lisboa Palace que se encontra em construção no Cotai, foi dado como extinto aproximadamente duas horas depois.

Para o local foram enviados 52 bombeiros, apoiados por 17 viaturas, com o combate às chamas, que ocuparam uma área de 300 metros quadrados, a ser dificultado pelo facto de o incêndio ter deflagrado no 14.º andar, onde não havia electricidade ou fontes de abastecimento de água, segundo explicou o responsável.

Apesar de terem sido retirados 522 trabalhadores da obra, não foram registados feridos, indicou a fonte dos Bombeiros, afirmando que não encontraram uma causa aparente do incêndio, admitindo poder tratar-se de fogo posto, pelo que chamaram a PJ. À Lusa, fonte da PJ confirmou que aquela polícia está a investigar o caso.

No local do incêndio estavam armazenados tintas e materiais de construção. Segundo informação recente à bolsa de Hong Kong, a construção do Grand Lisboa Palace, o empreendimento da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), começou em Fevereiro de 2014, devendo estar concluída no final deste ano e abrir no primeiro semestre de 2018.

20 Mar 2017

Hong Kong | Manifestantes condenados a três anos de prisão por motins de 2016

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]rês jovens manifestantes de Hong Kong foram condenados sexta-feira a uma pena de três anos de prisão cada devido à sua participação nos tumultos que degeneraram em violentos confrontos em Fevereiro do ano passado.

Os estudantes Hui Ka-ki, de 23 anos, e Mak Tsz-hei, de 20, e o cozinheiro Sit Tat-wing, de 33, foram os primeiros a serem condenados pelos motins ocorridos na zona comercial bastante movimentada de Mong Kok em Fevereiro do ano passado por ocasião do Ano Novo chinês.

Os distúrbios, que surgiram na sequência de uma operação policial contra venda ambulante ilegal de comida, resvalaram em confrontos considerados os mais violentos dos últimos anos e a maior demonstração de descontentamento popular na antiga colónia britânica desde os protestos pró-democracia do final de 2014.

Mais de 100 pessoas ficaram feridas, incluindo polícias, manifestantes e jornalistas, e 65 foram detidas naquele que foi um raro surto de violência em Hong Kong.

A defesa alegou que os três manifestantes agora condenados – e que incorriam numa pena máxima de dez anos de cadeia – estavam a expressar o seu descontentamento para com o governo de Hong Kong que activistas afirmam ser uma marioneta de Pequim.

“Qualquer pessoa que participe nesse tipo de motins precisa de compreender que há um preço a pagar”, afirmou o juiz Sham Siu-man, apontando que “violência é violência”.

A sentença tem lugar quando falta pouco mais de uma semana para as eleições para o chefe do Executivo de Hong Kong, marcadas para o próximo dia 26.

O líder da Região Administrativa Especial de Hong Kong é escolhido por um comité eleitoral formado por 1.200 membros, representativos de diferentes sectores da sociedade, que é dominado por elites ou interesses pró-Pequim.

20 Mar 2017

HRW | China usa lei anti-terrorismo como instrumento político

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) culpou sexta-feira o Governo chinês por instrumentalizar a lei antiterrorista do país, visando “perseguir” actividades pacíficas incómodas para o regime.

“Nenhuma informação pública disponível sobre as pessoas que foram punidas, em 2016, por crimes relacionados com terrorismo indica que estas perpetuaram, ou estiveram vinculadas a qualquer acção violenta”, afirmou a directora da HRW para a China, Sophie Richardson, em comunicado.

“Enquanto os processos penais continuarem a ser opacos (…) as penas por terrorismo no país continuarão a gerar desconfiança”, lê-se na mesma nota.

A HRW afirma que a luta antiterrorista na China, principalmente na região do Xinjiang, palco frequente de conflitos étnicos, permite abusos pela sua “ampla definição de terrorismo, falta de transparência e violações do direito a um julgamento justo”.

Com uma área quase 18 vezes superior à de Portugal, a região do Xinjiang, onde habita a minoria muçulmana uigur, faz fronteira com o Afeganistão, Paquistão e Índia.

Pequim vincula os conflitos que frequentemente ocorrem na região com grupos separatistas, como o Movimento do Turquestão Oriental, enquanto peritos e grupos de defesa dos direitos humanos consideram que a política repressiva das autoridades relativamente à cultura e religião dos uigures alimenta as tensões.

O Supremo Tribunal Popular da China revelou este mês, no seu relatório anual apresentado na Assembleia Nacional Popular, o legislativo chinês, que 1.419 pessoas foram condenadas, em 2015, por “ameaçar a segurança nacional, incitar ao separatismo e participar de actividades terroristas”.

Acesso bloqueado

“O Governo assegura estar a combater as ameaças terroristas, sobretudo na região do Xinjiang, mas oferece poucos detalhes, enquanto exerce um controlo severo sobre a imprensa e outros actores independentes”, lamentou a responsável da HRW.

A organização denunciou que o Executivo chinês bloqueia o acesso a investigadores independentes, tanto chineses como estrangeiros, incluindo aqueles que integram as Nações Unidas.

A HRW revela que “apenas” quatro sentenças por casos relacionados com o terrorismo foram tornadas públicas, em 2016.

Segundo os dados difundidos, os quatro condenados foram acusados por posse, acesso ou distribuição de material audiovisual relacionado com o terrorismo, através da Internet, redes sociais ou correio electrónico.

O Supremo Tribunal obriga a publicar os veredictos judiciais, mas exclui todos aqueles que envolvam segredos de Estado, violem a privacidade pessoal ou sejam “desadequados” a tornarem-se de domínio público.

A HRW detalha que houve uma dezena de casos no ano passado que envolveram multas e detenções por assistir, descarregar ou armazenar conteúdo audiovisual relacionado com terrorismo, “algo que não é suficientemente grave para constituir um acto criminal”.

20 Mar 2017

Xi Jinping e Rex Tillerson prometem fortalecer laços entre os países

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente chinês Xi Jinping e o secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson comprometeram-se este domingo, em Pequim, a trabalhar para fortalecer os laços entre os seus países.

Xi e Tillerson encontraram-se horas depois de a Coreia do Norte ter lançado um ‘rocket’ e quando decorrem negociações para uma cimeira no próximo mês com Xi e Donald Trump, nos Estados Unidos.

Xi disse a Tillerson que ele e Trump decidiram, num telefonema no mês passado, “fazer um esforço conjunto para desenvolver a cooperação China-Estados Unidos”. “Acreditamos que podemos garantir que a relação vai avançar de forma construtiva para uma nova era”, afirmou.

“Estou confiante que, desde que consigamos fazer isto, a relação pode certamente avançar na direcção certa”, acrescentou o Presidente chinês.

A caminho de Pequim, Tillerson visitou o Japão e a Coreia do Sul, onde declarou que Washington vai abandonar a estratégia “falhada” de paciência diplomática com Pyongyang, algo que pode desagradar à China. Na sexta-feira, Trump escreveu no Twitter que a China não está a fazer o suficiente para controlar o vizinho e aliado histórico norte-coreano.

As relações com Pequim foram também postas à prova com a instalação de um sistema de defesa antimísseis na Coreia do Sul, a que a China se opõe.

Ainda assim, Tillerson adoptou uma postura conciliatória: “Sabemos que através do diálogo chegaremos a uma melhor compreensão, que conduzirá a um reforço dos laços entre a China e os Estados Unidos e definirá o tom da nossa futura relação de cooperação”.

Alta tensão

Washington e Pequim concordaram ainda que a tensão na península coreana alcançou um nível “bastante perigoso” e comprometeram-se a fazer “todo o possível” para evitar um conflito, afirmou o secretário de Estado dos Estados unidos.

“Penso que partilhamos a opinião de que as tensões na península são agora bastante elevadas e de que as coisas alcançaram um nível bastante perigoso”, afirmou Tillerson numa conferência de imprensa depois de se reunir com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi.

“Comprometemo-nos a fazer tudo o que possamos para prevenir o rebentamento de qualquer conflito”, adiantou.

Tillerson disse ainda que Washington e Pequim iriam trabalhar para ver se conseguiam convencer Pyongyang a corrigir o percurso a afastar-se do desenvolvimento das armas nucleares.

O secretário de Estado dos Estados Unidos debateu com o Governo chinês uma nova estratégia para lidar com a Coreia do Norte, naquela que é a primeira visita ao país asiático de um membro do gabinete de Trump.

Rex Tillerson chegou este sábado a Pequim proveniente da Coreia do Sul e do Japão, onde lembrou a necessidade de mudar a estratégia de Washington em relação a Pyongyang e assegurou que todas as “opções estão abertas”.

Em outras escalas desta viagem à Ásia, o secretário de Estado defendeu um novo plano para fazer frente aos avanços norte-coreanos após os seus últimos ensaios, mas não deu quaisquer detalhes.

Na sexta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson disse que uma acção militar dos Estados Unidos contra o regime de Pyongyang era “uma opção que está em cima da mesa”, após visitar a zona desmilitarizada que divide a península coreana.

“Nós não queremos que as coisas cheguem a um conflito militar”, disse Tillerson, acrescentando que se a Coreia do Norte incrementar “as ameaças”, as opções passam a ser militares.

“Se eles [Coreia do Norte] elevarem a ameaça através do programa de armamento a um nível que, acreditamos, pode obrigar a uma acção [militar], então essa opção fica em cima da mesa”, afirmou o secretário de Estado norte-americano.

20 Mar 2017

NATO | Alemanha responde a Trump: “Não há dívida nenhuma”

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]penas um dia depois do encontro entre Angela Merkel e Donald Trump, os dois países já trocam acusações. O Presidente norte-americano escreveu já este domingo que a Alemanha “deve vastas somas de dinheiro” à NATO e aos EUA, e não ficou sem resposta. Poucas horas depois das declarações de Trump na rede social Twitter, a ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, disse que “não há nenhuma dívida à NATO”.

Além de negar a dívida apontada por Trump, Leyen explicou que o objectivo dos membros da Aliança Atlântica de gastar 2% do PIB até 2023 em defesa não se traduzia apenas nas contribuições para a NATO. “As despesas com defesa vão também para missões de paz da ONU, nas nossas missões europeias e na nossa contribuição na luta como o terrorismo”, disse em comunicado.

De acordo com a Reuters, a despesa da Alemanha com Defesa aumentará para os 38,5 mil milhões de euros em 2018, o que representa 1,26% do PIB. E Merkel, no encontro que teve com Donald Trump, prometeu aumentar a fatia para os 2% que estão apenas previstos serem atingidos pelos estados signatários do Tratado do Atlântico Norte em 2024.

Outros comentários

A ministra alemã não foi a única a “explicar” a Donald Trump como funciona a NATO. O antigo embaixador dos EUA na NATO, Ivo Daalder, expôs os erros de interpretação do Presidente numa série de tweets. O diplomata diz que “não é assim que as coisas funcionam”, explicando que cada país decide o que paga, sendo que está acordado que o objectivo é que contribuam com 2% do PIB.

Daalder acrescenta que a Alemanha não deve nada aos EUA, porque o financiamento à NATO não é um financiamento aos Estados Unidos e cada contribuição que os países fazem não é para a segurança própria, mas para o bem comum. “Combatemos duas Guerras Mundiais na Europa e uma Guerra Fria. Manter a Europa inteira, livre e em paz é vital para os interesses dos EUA”, escreveu.

20 Mar 2017

APN | Pedida isenção de visto de 72 horas para a Ilha da Montanha

Kou Hoi In, deputado de Macau à Assembleia Popular Nacional, defende a isenção de visto por um período de 72 horas para a Ilha da Montanha, apenas para cidadãos dos PALOP e do Sudeste Asiático que viajem para Macau. Quatro deputados sugerem ainda a troca de produtos de gestão financeira com o Continente

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] objectivo é destacar a participação de Macau na política “Uma Faixa, Uma Rota”. O deputado de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN) Kou Hoi In sugeriu em Pequim que se permita aos residentes dos países da língua portuguesa e do Sudeste Asiático a isenção de visto para a Ilha da Montanha por um período de 72 horas, via Macau. Kou Hoi In acredita que tal medida pode atrair mais turistas e empresários a passarem pelo território.

O deputado também sugere que, dentro do prazo de autorização de saída, os visitantes do interior da China possam, ao viajar para Macau, deslocar-se várias vezes entre a região e a Ilha da Montanha. Kou Hoi In, que é também deputado à Assembleia Legislativa de Macau, considera que a medida pode fomentar a comunicação entre Guangdong e Macau em termos de turismo.

Finanças cá e lá

Kou Hoi In defende ainda que Macau deve promover mais as vantagens do seu sector financeiro junto do interior da China, de modo a encorajar as companhias de locação financeira do Continente a investirem em Macau e a iniciarem projectos conjuntos a pensar no mercado lusófono.

O deputado aconselha que se permita em Macau a venda dos produtos da gestão financeira do Continente, e que o território leve também os seus produtos da gestão financeira para o interior da China a título experimental. Essa troca de serviços e produtos poderia gerar, na opinião do deputado, uma melhoria da qualidade do sector da gestão de activos de Macau, bem como criar condições de abertura do mercado ao interior da China, aos países do Sudeste Asiático e aos países da língua portuguesa.

Kou Hoi In, juntamente com Lao Ngai Leong, Lei Pui Lam e Iong Weng Ian, também deputados de Macau à APN, assinaram um documento para que a sugestão fique formalizada junto do Governo Central.

A ideia dos quatro deputados é que se possa aprofundar a indústria de locação financeira e a cooperação entre as empresas de Macau e do interior da China. Os deputados querem que, através deste regime, o território possa ser aproveitado como plataforma, de modo a favorecer o desenvolvimento do sector de locação financeira do país.

Os quatro deputados afirmam ainda que os apoios da China são preciosos e fundamentais para Macau, sendo que o sector financeiro pode tornar-se um ponto importante para o território, uma vez que a RAEM não tem uma base forte nesta área. A ligação entre o mercado chinês e outros países poderia facilitar as exportações, defendem.

Na proposta apresentada na capital, defende-se que as sociedades de locação financeira de Macau devem ter um tratamento igual ao nível dos impostos em relação às sociedades estabelecidas nas zonas de comércio livre. A ideia era, assim, implementar a isenção do imposto para as empresas de Macau que desejem iniciar negócios no Continente, reduzindo a pressão financeira e fomentando o desenvolvimento rápido da indústria de locação financeira do território.

17 Mar 2017

Legislativas | Propaganda proibida durante um mês

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s candidatos às eleições legislativas estão proibidos de fazer propaganda eleitoral entre os primeiros dias de Agosto e 2 de Setembro. De acordo com a Rádio Macau, é o que resulta do calendário oficial para a constituição da próxima Assembleia Legislativa, divulgado ontem.

Apesar do que está previsto na lei, é de esperar que a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) recomende aos candidatos para não se promoverem antes do período oficial de campanha eleitoral.

Citado pela emissora em língua portuguesa, o deputado pró-democrata Ng Kuok Cheong diz que o tempo dado é curto, mas concorda com a CAEAL. “O tempo não é muito. Mas é claro que vamos seguir as regras. Se todos cumprirem, haverá igualdade de concorrência”, entende.

O período de campanha eleitoral está fixado em 14 dias: começa a 2 de Setembro e termina dois dias antes das eleições, marcadas para 17 de Setembro.

Segundo o calendário divulgado ontem, a CAEAL tem até ao dia 26 de Setembro – quase duas semanas depois das eleições – para desqualificar candidatos.

No acto eleitoral deste ano, pela primeira vez, a comissão pode impedir que um candidato seja eleito caso entenda que não é fiel a Macau enquanto Região Administrativa Especial da China.

17 Mar 2017

Estrada do Repouso | Quatro meses para demolir obras ilegais

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo concluiu os trabalhos de demolição das obras ilegais situadas numa loja, e no terreno devoluto contíguo, sito na Estrada do Repouso, que tinham sido iniciadas em Novembro do ano passado. O objectivo da intervenção prende-se com a reposição do local ao que estava previsto no projecto aprovado pelas Obras Públicas. Aos infractores vai ser aplicada uma multa, assim como o pagamento das despesas inerentes ao despejo.

A demolição foi ordenada porque as obras em causa colocavam em perigo a integridade das estruturas dos edifícios adjacentes, assim como a segurança pública.

Os infractores construíram clandestinamente uma infra-estrutura composta por um suporte metálico, vidros e tapume metálico nas paredes exteriores do anexo à loja em causa. Foi ainda demolida uma parte da parede exterior do edifício de forma a criar um acesso ao terreno devoluto contíguo ao estabelecimento. A construção clandestina tinha oito metros de altura e era composta por cobertura metálica, suporte, lona e um portão rolante.

O grupo de demolição e desocupação das Obras Públicas justificou os quatro meses da intervenção com a dimensão das construções clandestinas a demolir, assim como a grande quantidade de materiais de construção nelas depositados. Outro dos factores a aumentar o tempo de intervenção foi a necessidade de reposição da parede exterior do edifício onde antes existia um vão. O terreno devoluto foi ainda vedado com rede metálica, uma vez terminada a limpeza do local.

Em resposta a este caso, o Governo alerta os cidadãos que não devem executar obras ilegais e que se compromete a combater estes casos, levando a cabo acções de fiscalização de forma contínua e periódica.

17 Mar 2017

GAES | Apoiados empréstimos abaixo das 360 mil patacas

 

Foram ontem anunciados mais detalhes sobre o plano de comparticipação de juros dos empréstimos para ensino de línguas no estrangeiro. Só serão suportados empréstimos inferiores a 360 mil patacas, sendo que 30 por cento do montante é pago quando o curso for concluído

 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo avançou com mais pormenores sobre o “Plano de Apoio de Pagamento dos Juros de Crédito para a Formação Linguística de Graduados do Ensino Superior”, uma medida criada para apoiar estudantes com menos de 45 anos que estejam a aprender português, mandarim ou inglês em universidades fora de Macau.

Segundo um comunicado, apenas os empréstimos inferiores a 360 mil patacas serão tidos em conta, sendo que o prazo de pagamento dos juros será “fixado conforme a duração do curso”, ou seja, “no máximo de dois anos. Além disso, “o montante máximo de empréstimo para ser apoiado no pagamento dos juros é fixado conforme o tipo de língua e a duração de curso”, sendo que nunca pode exceder as 360 mil patacas.

O apoio a ser dado aos estudantes será monitorizado pelo Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) que irá, numa primeira parte, pagar 70 por cento dos juros. “Os restantes 30 por cento serão atribuídos após a conclusão de curso e os beneficiários entregarem os respectivos documentos comprovativos”, pode ler-se. Todas as prestações do apoio serão pagas mensalmente.

O apoio financeiro irá abranger empréstimos para estudos, incluindo ainda as propinas a pagar à instituição do ensino superior, os custos de vida básicos e as despesas de transporte de ida e volta.

Datas a cumprir

O GAES explica que os residentes permanentes podem concorrer a este apoio, desde sejam titulares de “grau de licenciatura ou equiparado” e que “tenham estudado em instituições do ensino superior ou escolas secundárias de Macau por um período continuado não inferior a três anos, cumulativamente.”

Os cursos alvo de apoio por parte do Governo devem conter aulas presenciais, sendo que a sua duração não deve ser superior a dois anos. Já a duração dos cursos de Mandarim não deve ser inferior a seis meses, enquanto que, para cursos de Português ou Inglês, a duração não deve ser inferior a nove meses.

A medida será implementada a partir da próxima terça-feira em parceria com seis bancos. O objectivo é incentivar e apoiar “os residentes licenciados de Macau a frequentarem, no exterior, cursos de formação linguística” nas três línguas, de modo a “aumentar as suas capacidades linguísticas e ampliar os seus horizontes”, e também para que se possa “formar para a sociedade quadros qualificados que dominam diversas línguas, aumentando ainda mais a capacidade global de concorrência de Macau”.

17 Mar 2017

Taiwan pede à China que respeite a sua democracia 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Gabinete de Taiwan para os Assuntos da China Continental apelou ontem a Pequim para que respeite a democracia de Taiwan, reconheça a sua existência e não exija condições políticas prévias para os contactos bilaterais.

“Manter a paz e estabilidade no estreito da Formosa é a política estabelecida pelo governo desde que assumiu o poder, em 20 de Maio passado”, afirmou em comunicado o organismo de Taipé encarregue dos contactos com Pequim.

O comunicado surgiu em resposta ao apelo do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, para que Taipé aceite o principio “Uma só China”, visto como uma garantia de que a ilha é parte da República Popular e não uma entidade política soberana.

A nota emitida por Taipé refere ainda que a China continental deve aceitar as diferenças no desenvolvimento dos regimes políticos de cada lado do estreito de Taiwan e reconhecer e respeitar a existência da democracia e da sua opinião pública.

“Só então as relações entre os dois lados do estreito [de Taiwan] poderão desenvolver-se de forma construtiva”, lê-se.

Tempos difíceis

As relações entre Pequim e Taipé atravessam um período de renovadas tensões, desde a eleição da Presidente de Tsai Ing-wen, do Partido Democrata Progressista, que defende a independência do território.

Uma conversa por telefone entre Tsai e o então presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que por várias vezes disse que poderia reconsiderar a política “Uma só China”, levou ao pico das tensões.

Após essa chamada, o Governo são-tomense anunciou o corte das relações diplomáticas com Taipé e o reconhecimento da República Popular da China, numa decisão que a imprensa estatal chinesa disse tratar-se de um castigo para Tsai.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa e defende a reunificação pacífica, mas ameaça usar a força caso a ilha declare independência.

Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista (PCC) tomar o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China.

17 Mar 2017

China e Arábia Saudita com projectos até 60.500 milhões de euros

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China e a Arábia Saudita acordaram ontem estudar projectos conjuntos, em diferentes áreas, num valor total de 60.500 milhões de euros, durante a vista do rei Salman bin Abdulaziz a Pequim.

O Presidente chinês, Xi Jinping, recebeu o monarca no Grande Palácio do Povo, numa visita em que ambos os lados estiveram acompanhados por uma larga comitiva empresarial e ministerial.

Os dois líderes presidiram à assinatura de 14 memorandos de entendimento em várias áreas, desde o comércio, energia ou cultura, que poderão resultar em projectos no valor total de 60.500 milhões de euros, segundo o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhang Ming.

Entre os acordos anunciados consta um memorando de entendimento entre a firma chinesa Norinco e a gigante da Arábia Saudita Aramco, a firma estatal que controla a indústria do petróleo no país.

A petroquímica Sabic e a principal refinaria da China, a Sinopec, acordaram também estudar o desenvolvimento de projectos em ambos os países.

“Xi e o rei Salman são velhos amigos. Têm uma relação muito boa”, destacou Zhang Ming.

Alianças reforçadas

A visita de três dias surge depois de Xi se ter deslocado no ano passado à Arábia Saudita, na primeira vista de Estado de um líder chinês ao Médio Oriente nos últimos sete anos.

O rei Salman bin Abdulaziz Al Saud, 81 anos, aterrou na quarta-feira em Pequim, com uma comitiva composta por 1.000 pessoas, e já depois de ter estado no Japão, Malásia e Indonésia, parte de um périplo de um mês pela Ásia.

A China tem procurado aproximar-se do Médio Oriente, enquanto a Arábia Saudita reforça as suas alianças no leste asiático, face à incerteza quanto à política externa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Pequim é um dos principais clientes do petróleo dos países do Médio Oriente, mas tradicionalmente opta por uma postura de não intervenção na região.

Porém, desde que Xi ascendeu ao poder, em 2012, o país adoptou uma nova abordagem, que inclui mediar a discussão entre diferentes partes envolvidas no conflito sírio.

O Presidente chinês lançou também a iniciativa Nova Rota da Seda, um plano que visa reforçar as rotas comerciais entre a China e a Europa, através da construção de estradas e linhas ferroviárias de alta-velocidades entre as duas regiões.

“Esta visita irá impulsionar e continuar a melhorar a qualidade das nossas relações”, disse ontem Xi ao rei, no início do encontro entre os dois.

A China é, desde 2015, o principal parceiro comercial da Arábia Saudita, que durante vários anos foi o principal fornecedor de petróleo do país asiático.

É a primeira visita do monarca à China, desde que assumiu o trono, em 2015, após a morte do seu meio-irmão Abdullah.

17 Mar 2017

Filmes de Portugal e Brasil em festival de Hong Kong

[dropcap style≠’circle’]“O[/dropcap] Cinema, Manoel de Oliveira e Eu”, de João Botelho, e “Colo”, de Teresa Villaverde, integram o Festival Internacional de Cinema de Hong Kong, com os brasileiros “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, e “Corpo Eléctrico”, de Marcelo Caetano.

Mais de 230 filmes, incluindo cinco estreias mundiais, oito internacionais e 56 asiáticas, de 65 países e territórios, vão ser exibidos durante o Festival Internacional de Cinema de Hong Kong (HKIFF, na sigla inglesa), que vai decorrer entre 11 e 25 de Abril.

O documentário “O Cinema, Manoel de Oliveira e Eu”, no qual o realizador João Botelho revela a admiração pela obra e a relação com o cineasta, vai ser exibido a 16 e 21 de Abril, depois de se ter estreado nas salas de cinema em Outubro, e de ter marcado presença no festival IndieLisboa e em Locarno.

O cinema sobre Manoel Oliveira, que faleceu em 2015 aos 106 anos, parece cativar o HKIFF que, na edição do ano passado, incluiu “Visita ou Memórias e Confissões”, um filme biográfico que o cineasta rodou nos anos 1980 e pediu para só ser mostrado após a sua morte.

“Colo”, de Teresa Villaverde, um filme sobre uma geração desamparada que não soube reagir à crise, que se estreou, em Fevereiro, no festival de Berlim, vai ser exibido a 13 e 19 de Abril.

A presença portuguesa completa-se com a realizadora Salomé Lamas, seleccionada para a competição de curtas-metragens do HKIFF com “Coup de Grâce”, que esteve na ‘luta’ pelo Urso de Ouro da categoria no Festival de Cinema de Berlim. Na mesma secção participa “A moça que dançou com o diabo”, do realizador brasileiro João Paulo Miranda Maria.

Na edição anterior do Festival Internacional de Cinema de Hong Kong, o prémio de melhor curta-metragem foi atribuído a “Balada de um Batráquio”, de Leonor Teles.

Do Brasil, destaque para o filme “Aquarius”, que o realizador Kléber Mendonça Filho filmou com a actriz Sônia Braga sobre memória, persistência e vida na cidade, que, aliás, se estreou ontem nas salas de cinemas portuguesas.

O cinema brasileiro está ainda representado por “Corpo Eléctrico”, de Marcelo Caetano, com exibições a 13 e 24 de Abril, e por “Rifle”, a primeira longa-metragem de ficção de Davi Pretto, a 17 e 25 do próximo mês.

Na programação do HKIFF figura ainda “Porto”, longa-metragem do realizador brasileiro Gabe Klinger, rodada em 2015 e co-produzida por Portugal, e o filme “A Morte de Luís XIV”, do espanhol Albert Serra, também rodado em Portugal.

Edição de números redondos

O 41.º Festival Internacional de Cinema de Hong Kong abre com o filme “Love off the Cuff”, do cineasta de Hong Kong Pang Ho-Cheung, e encerra com a película “mon mon mon Monsters!”, do taiwanês Giddens Ko, ambos em estreia mundial.

Pang Ho-Cheung realizou “Isabella”, um filme que decorre no período da transferência de administração de Portugal para a China, em 1999, cuja banda sonora – influenciada pela música portuguesa, particularmente pelo fado – recebeu o Urso de Prata no Festival de Cinema de Berlim em 2006.

O HKIFF vai assinalar o 20.º aniversário da transferência de Hong Kong do Reino Unido para a China com um programa especial, com entrada livre, intitulado “Mudança de Paradigma: O Cinema de Hong Kong no pós-1997”, que inclui a exibição de 20 filmes considerados representativos do cinema local das últimas duas décadas.

O 10.º aniversário da morte do realizador chinês Edward Yang também não vai passar em branco, estando prevista uma retrospectiva de sete filmes, com a exibição a ser acompanhada pela presença da sua mulher, Kaili Peng, e do seu parceiro criativo de longa data, Hsiao Yeh.

Vários realizadores reputados internacionalmente vão visitar Hong Kong, como Olivier Assayas, vencedor do prémio de melhor realizador no Festival de Cannes do ano passado, que irá apresentar “Personal Shopper”, ou a realizadora polaca Agnieszka Holland, premiada em Berlim com o filme “Spoor”.

Fundado em 1976, o HKIFF é o mais antigo festival de cinema da Ásia.

17 Mar 2017

Antevisão da 8ª jornada da Liga de Elite | Pontos pela sobrevivência

João Maria Pegado

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] oitava jornada da Liga Elite tem um calendário com jogos muito interessantes, dos quais deverão resultar confrontos bastante equilibrados e emotivos.

O destaque da análise desta jornada vai para a luta entre as equipas do final da tabela. Sporting Macau Vs Development  Team, sexta-feira às 21:00h no Estádio da Taipa – um jogo em que ambas as equipas estão proibidas de perder pontos, sob o risco de verem um adversário directo na luta pela permanência afastar-se.

Depois de ter estado três épocas consecutivas a disputar o campeonato, conseguindo manter-se entre os lugares cimeiros da tabela, o Sporting De Macau esta temporada, após uma mudança de Direcção e com o fim da ligação ao seu patrocinador das últimas quatro temporadas, esteve inclusivamente em risco de não participar no presente campeonato.

A poucos dias do começo do mesmo, foi anunciado que os leões iriam participar,  mas desta vez com uma mudança de política interna. A aposta em jovens locais passou a ser o rumo a seguir. Pode dizer-se que esta aposta tem tido resultado, visto ter-se começado a ver alguns jogadores com potencial, dos quais se destacam o avançado Tony Lopes e o lateral esquerdo Roy Fong. Após as primeiras jornadas onde a equipa defrontou equipas do top 5 da tabela onde coleccionou derrotas, que podem ser consideradas normais, mas onde igualmente mostrou uma boa imagem, excepto contra o Kei Lun. Frente a equipas do seu campeonato a história tem sido outra, com excepção da derrota no último minuto frente ao KA I, a equipa orientada por Nuno Capela tem conseguido pontuar sempre. Com isto espera-se um Sporting dominador na maior parte do jogo, visto ter jogadores mais rodados na primeira liga do que o seu oponente.  Posto isto, só um resultado se impõe: a vitória.

A equipa da associação tem vindo a subir de qualidade, tendo mesmo conquistado os 4 pontos que tem de momento nos últimos três jogos, conseguindo inclusive a vitória no último encontro frente ao Lai Chi que, como o Sporting, é um adversário directo na fuga aos últimos lugares. Por isso estará neste jogo motivada com este excelente resultado e vai querer contrariar esse favoritismo de domínio de jogo do Sporting e é sabido o quanto estes jovens gostam de jogar contra os Leões do território. Excelente jogo em perspectiva no estádio da Taipa.

Na tabela classificativa neste momento os verde e branco estão no 9º lugar com 3 pontos, a um ponto da Development Team que se situa acima da linha de água em 8º com 4 pontos. De referir que o Sporting tem neste momento um jogo a menos, devido ao caso ‘Juninho’,no qual a Associação de Futebol de Macau tirou o ponto no empate, a 1 golo, entre Lai Chi e Sporting. Até haver uma decisão sobre o caso, estas equipas ficarão sem o jogo disputado.

Jogos interessantes

No sábado, a jornada começa às 18:30h com o KA I vs Lai Chi. A equipa dos velozes terá que pontuar para tentar ganhar pontos, tanto ao Sporting como à equipa da associação, que se defrontam entre si. Não vão ter tarefa fácil, já que o KA I está a demonstrar o seu melhor futebol da época. Após o reforçar a equipa durante o campeonato e o regresso em pleno de William Carlos Gomes, o KA I tem estado em bom plano.

Às 20:30h defrontam-se CPK e Polícia. O onze de Inacio Hui quer voltar às vitórias depois da derrota frente ao Benfica e para tal terá que levar de vencido o conjunto da Polícia, uma equipa sempre complicada de bater, que conta no seu plantel com Chon Kit, guarda redes que se tem destacado mais neste início de campeonato com grandes exibições entre os postes.

Domingo.

Às 18:30h temos um Benfica Vs Kei Lun. Jogo onde o favorito será sempre o Benfica, mas atenção a esta equipa de Josi Cler. O Kei Lun possui um meio campo experiente, comandado por Silva e na frente muita fantasia, onde Taylor Gomes tem estado em evidência. No entanto, nota-se a falta de um guarda-redes que dê mais consistência defensiva. Julgo, no entanto que, com maior ou menor dificuldade, os encarnados irão resolver os problemas impostos pelo seu opositor, mas terão que jogar no mesmo nível de intensidade que a equipa do Kei Lun, logo desde o início, pois poderão ser surpreendidos.

Por último Monte Carlo Vs Cheng Fung (20:30), onde os golos aparecerão com certeza. Duas equipas que gostam de jogar ao ataque e que dispõem de grande executantes nessa fase do jogo. Destaque para Neto no Monte Carlo e Ronieli no Cheng Fung.

2017 Liga Elite

Equipas

P

V

E

D

GM

GS

DiF

Pontos

1

BENFICA

7

6

1

0

36

2

34

19

2

MONTE CARLO

7

6

0

1

22

11

11

18

3

C.P.K.

7

5

0

2

18

8

10

15

4

KEI LUN

7

4

1

2

22

13

9

13

5

CHING FUNG

7

2

4

1

12

10

2

10

6

TAK CHUN KA I

7

2

1

4

9

17

-8

7

7

POLICIA

7

2

1

4

5

14

-9

7

8

DEVELOPMENT

7

1

1

5

8

26

-18

4

9

SPORTING

6

1

0

5

5

15

-10

3

10

LAI CHI

6

0

1

5

2

23

-21

1

17 Mar 2017

Banco do Japão mantém política monetária intacta

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Banco do Japão manteve ontem intacto o seu programa de flexibilização monetária, cuja meta é conseguir uma subida estável dos preços de cerca de 2% para pôr fim a uma década de deflação.

A reunião mensal do banco japonês terminou um dia depois de a Reserva Federal norte-americana ter subido as taxas de juro em 0,25 pontos percentuais pela primeira vez desde Dezembro, exercendo uma pressão nas taxas de longo prazo nos Estados Unidos e no Japão.

Ainda assim, o Banco do Japão não considerou necessário modificar o seu programa baseado na flexibilização “quantitativa e qualitativa” e no controlo da curva dos rendimentos.

O banco vai continuar a adquirir dívida soberana japonesa no valor de 80 biliões de ienes por ano para que o rendimento dos títulos japoneses a dez anos permaneça perto dos 0%.

No que toca às taxas a curto prazo, o organismo vai continuar a investir em depósitos dos bancos a uma taxa de referência de -0,1%.

As compras massivas de activos vão continuar a centrar-se na aquisição de fundos cotados e imobiliários para que a sua carteira aumente a um ritmo anual de seis biliões e 90 mil milhões de ienes (49.314 milhões e 739 milhões de euros), respectivamente.

Vai também continuar a aumentar o valor do seu portfólio no que toca a títulos corporativos a curto e longo prazo, a um ritmo anual de 2,2 e 3,2 biliões de ienes (18.083 e 26.303 milhões de euros).

Boas tendências

O Banco do Japão considera que a terceira economia mundial mantém a sua “tendência de recuperação moderada” e que o consumo, pilar do PIB nacional, se mantém sólido.

As exportações e a produção industrial estão a recuperar, indica o comunicado divulgado no final da reunião. O investimento imobiliário e público mantém-se “mais ou menos plano”, enquanto a inflação continua perto de 0%, longe da meta de 2%.

O Banco do Japão tenta desde 2013 promover a subida dos preços, mas a recente queda do preço do petróleo que reduziu os efeitos do seu programa e obrigou a adiar a data de conclusão dos seus objectivos para depois de 2018.

Ainda assim, o IPC (Índice de Preços no Consumidor) subiu em Janeiro, pela primeira vez em 13 meses, o que pode indicar uma recuperação futura dos preços.

17 Mar 2017

Kim Jong-Nam | ADN dos filhos ajuda a confirmar identidade

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades da Malásia utilizaram o ADN do filho de Kim Jong-Nam, residente em Macau, para confirmar a identidade do corpo do meio-irmão do líder da Coreia do Norte, disse hoje o vice-primeiro-ministro da Malásia.

Os investigadores “confirmaram a identidade do corpo de Kim Jong-Nam, através da análise de ADN obtida ao filho”, da vítima, disse, Ahmad Zahid Hamidi.

O vice-primeiro-ministro da Malásia não divulgou mais informações sobre as investigações que decorrem em Kuala Lumpur.

O filho de Kim Jong-Nam, de 21 anos, e a família vivem na Região Administrativa Especial de Macau, na China.

Segundo a AFP a família exilada em Macau, receia novos ataques.

Kim Jong-Nam morreu depois de ter sido atingido na cara com veneno, supostamente agente VX, no momento em que se encontrava no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, no dia 13 de fevereiro.

A Coreia do Sul já responsabilizou o regime de Pyongyang pelo crime mas a Coreia do Norte rejeitou as acusações e nunca chegou a confirmar de forma oficial a identidade da vítima que no dia do ataque estava na posse de um passaporte com o nome de Kim Chol.

Na sexta-feira, a Malásia confirmou oficialmente a identidade do corpo mas ainda não tinha especificado o processo de obtenção do ADN.

O caso está a deteriorar as relações diplomáticas entre Kuala Lumpur e Pyongyang.

O regime norte-coreano já afirmou que a investigação que decorre na Malásia pretende denegrir Pyongyang insistindo que se tratou de um ataque cardíaco.

Até ao momento, duas mulheres, uma de nacionalidade vietnamita e a outra indonésia, foram presas na sequência do crime.

16 Mar 2017

APN | Deputados de Macau pedem mais funcionários nas fronteiras

Os deputados de Macau à Assembleia Popular Nacional solicitaram ao Governo Central mais inspectores nas fronteiras de acesso a Zhuhai. Com a entrada em funcionamento da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e do novo posto fronteiriço entre Guangdong e o território, os acessos vão sofrer alterações e a medida tem como fim não causar transtornos

 

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s fronteiras com o Continente e os respectivos acessos voltaram a ser um dos tópicos abordados pelos deputados de Macau à Assembleia Popular Nacional (APN). Oito deputados sugeriram ao Governo Central o aumento de inspectores na fronteira de Zhuhai, uma ideia que vem na sequência da construção da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

A entrada em funcionamento da infra-estrutura está prevista para o final do ano e as obras do novo acesso fronteiriço entre Guangdong e Macau decorrem a rápida velocidade, pelo que é necessário respostas imediatas, defende a representação do território nas reuniões que decorrem na capital chinesa.

De acordo com o Jornal do Cidadão, os representantes locais consideram que, num futuro muito próximo, Zhuhai vai enfrentar falta de recursos humanos para o controlo das fronteiras que dão acesso a Macau.

Para os representantes locais em Pequim, o aumento do controlo e de pessoal na fronteira não será fácil. A razão, apontam, está no facto de que, em 2014, as entidades responsáveis pelo controlo fronteiriço procederam a um ajustamento de recursos.

Apesar de admitirem as dificuldades num novo reajuste, dadas as necessidades emergentes, sublinham que, caso o processo não aconteça, o funcionamento das ligações entre Macau e Zhuhai vai ser fortemente afectado. “É complicado fazer um novo ajustamento do pessoal para satisfazer as necessidades das novas fronteiras mas, se tal não acontecer, o seu funcionamento vai sofrer um grande impacto”, lê-se no órgão de comunicação social.

Os deputados não deixam, no entanto, de fazer sugestões. Para o efeito, referem a urgência em dar início a um processo de recrutamento e formação de profissionais por parte dos departamentos responsáveis, sendo que o Governo Central pode recorrer a funcionários de outros organismos, de modo a que sejam dispensados para ajudar no bom funcionamento da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e do novo acesso fronteiriço Guangdong-Macau.

Outra opção apontada por Lionel Leong (secretário para a Economia e Finanças), Kou Hoi In, Chui Sai Peng (deputados à Assembleia Legislativa de Macau), Paula Ling (advogada) e Lok Po (presidente do jornal Ou Mun) vai no sentido de adoptar, a título experimental, o modelo de acesso admitido para a Ilha da Montanha.

No entanto, a maior dificuldade actual deste modelo assenta nas diferenças entre a legislação de Macau e da China Continental, pelo que será necessário proceder a arranjos nos respectivos regimes jurídicos.

O incentivo à formação de profissionais nas áreas da ciência e tecnologia também foi alvo de debate nas reuniões de Pequim. José Chui Sai Peng, que desempenha funções como engenheiro civil, considera que a escassez de peritos nas referidas áreas está na origem dos atrasos na investigação local e afecta a criação de empresas por parte dos jovens. Para ultrapassar o problema, o deputado sugere que o Governo Central facilite a entrada de profissionais da China Continental, de modo a dar apoio e formação aos residentes.

16 Mar 2017

Lai Chi Vun | Demolição dos estaleiros origina protesto junto do Instituto Cultural

Duas associações protestaram ontem junto ao Instituto Cultural para exigir que o Governo avalie os estaleiros de Lai Chi Vun do ponto de vista histórico e para que mantenha as estruturas que ainda não foram abaixo. É ainda exigida a intervenção do CCAC

[dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]erca de uma semana depois da demolição de dois estaleiros em Lai Chi Vun, duas associações resolveram adoptar outro método de contestação e resolveram protestar junto das instalações do Instituto Cultural (IC). Na praça do Tap Seac estiveram representadas a Nova Associação dos Trabalhadores da Indústria de Jogo de Macau, presidida por Cheng Lok Sun, e a Associação Sonho Macau. O ambientalista Joe Chan também se juntou à iniciativa.

O objectivo do protesto foi solicitar às autoridades a preservação dos estaleiros de Lai Chi Vun, tendo sido pedido que comecem os trabalhos de avaliação do local como património cultural imóvel. Foi ainda exigido que os responsáveis do Governo divulguem o resultado da avaliação e o futuro planeamento dos estaleiros.

Em comunicado, as associações apontam que os estaleiros de Lai Chi Vun são um sinal de que existiu em Macau uma indústria naval, devendo, por essa razão, ser considerado património. Os responsáveis lembram ainda que a concepção dos estaleiros nunca foi feita por arquitectos profissionais, por isso são peças únicas em Macau e possuem um valor importante.

Há uma saída

Para Cheng Lok Sun, existem alternativas para os estaleiros que não passam pela sua demolição, discordando da opção do Executivo. A recuperação pode ser feita com recurso à tecnologia existente, acredita.

Citando a Lei de Salvaguarda do Património Cultural, o presidente da associação defende que o IC deve ser responsável pelo processo de Lai Chi Vun, pois cabe a esta entidade olhar para os lugares com maior necessidade de preservação. No entanto, o responsável pela Nova Associação dos Trabalhadores da Indústria de Jogo de Macau critica o facto de o IC ter permitido que a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes tenha começado a demolir o que resta dos antigos estaleiros.

“As autoridades deveriam ter iniciado o processo de avaliação há muito tempo. Se isso tivesse acontecido, os estaleiros não teriam sido demolidos”, apontou.

CCAC para que te quero

Cheng Lok Sun defende ainda que o Comissariado Contra a Corrupção deve iniciar uma investigação sobre o caso. “Criticamos o Governo por causa dos actos de corrupção e benefícios que possam ocorrer no caso de Lai Chi Vun e, por isso, achamos que o processo deve ser investigado.”

O presidente da associação espera ainda que haja mais deputados que possam representar as vozes dos cidadãos nas próximas eleições, o que poderia contribuir para uma preservação da povoação e dos estaleiros.


Mais de 130 dizem não

Ia ontem com 134 assinaturas a petição “Não à Demolição dos Estaleiros de Lai Chi Vun”, uma iniciativa que está a decorrer através de uma plataforma online que pretende travar a destruição das estruturas em Coloane. Os mentores do abaixo-assinado defendem que os estaleiros “representam a memória de uma indústria naval que em Macau teve grande importância, sobretudo numa época em que o território dependia quase exclusivamente das vias marítimas”. Este conjunto construído “constitui uma forma de património arquitectónico que, sendo construído pelos próprios carpinteiros, valida uma identidade cultural própria”, refere-se ainda. Os subscritores propõem a manutenção das estruturas de madeira dos estaleiros e a sua recuperação para instalação de actividades ligadas à cultura, de áreas museológicas a artesanato, passando por ateliers artístico-pedagógicos e zonas lúdicas.

16 Mar 2017