Filipinas | Duterte diz que pode ser 50 vezes pior que os terroristas

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, avisou ontem que pode ser 50 vezes mais brutal que os extremistas muçulmanos que fazem decapitações, dizendo que até poderia “comer” os terroristas se fossem capturados vivos pelas tropas do país.

Duterte tem repetidamente ameaçado de morte os suspeitos de tráfico de droga nas Filipinas, mas agora elevou a sua retórica a um novo nível com estas declarações feitas no âmbito da abertura de um evento desportivo.

O Presidente filipino ordenou às tropas para que matassem militantes muçulmanos que fugiam depois de um ataque fracassado na província central de Bohol e que não os trouxessem vivos, chamando “animais” aos extremistas.
“Se querem que eu seja um animal, eu também estou habituado a isso. Nós somos iguais”, afirmou Duterte, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).
“Eu posso fazer o que vocês fazem 50 vezes mais”, atirou o político, dizendo o que faria que se um terrorista lhe fosse apresentado enquanto estivesse de mau humor.
“Passem-me o sal e o vinagre e eu como o seu fígado”, lançou.
Duterte venceu as eleições presidenciais filipinas em Maio do ano passado com a promessa de combater as drogas ilegais, a corrupção e o terrorismo.
Milhares de pessoas morreram devido à sua campanha anti-drogas, que tem alarmado os governos ocidentais e grupos de direitos humanos.
Duterte já avisou que pode colocar sob lei marcial a zona sul das Filipinas – onde há décadas que há uma rebelião separatista muçulmana – caso as ameaças terroristas fiquem fora de controlo.

25 Abr 2017

Sondagens consolidam Moon Jae-in como favorito à presidência da Coreia do Sul

[dropcap style=’circle’]O[/dropcap] liberal Moon Jae-in ampliou a sua vantagem nas sondagens e consolida-se como o candidato favorito às eleições presidenciais na Coreia do Sul, que se realizam dentro de duas semanas, indicam dados divulgados ontem.
Moon Jae-in, do Partido Democrático, conta com entre 37 e 39% das intenções de voto para as presidenciais de 9 de Maio, o que reflecte uma subida de entre um e três pontos percentuais nas últimas duas semanas, segundo as mais recentes sondagens, cujos resultados foram citados ontem pela imprensa sul-coreana.
Os dados indicam que Moon Jae-in, que perdeu as presidenciais de 2012 contra Park Geun-hye, ampliou a vantagem frente ao seu principal rival, o candidato do Partido Popular (de centro-esquerda), Ahn Cheol-soo, o qual caiu cerca de quatro pontos nos últimos 15 dias, para a faixa de entre 26 e 30% nas intenções de voto.
Hong Joon-pyo, que pertence ao conservador Partido da Liberdade, da Presidente destituída, Park Geun-hye, surge em terceiro lugar, mas a larga distância dos dois primeiros candidatos, com menos de 10% das intenções de voto, de acordo com as sondagens.

Recorde de participantes

No total, 15 políticos registaram-se oficialmente como candidatos à presidência – o que supera o recorde de 12 nas presidenciais de Dezembro de 2007 – e participam na campanha eleitoral, que arrancou na semana passada e termina na véspera da votação.
Esta é a primeira vez que se realizam presidenciais antecipadas na Coreia do Sul desde que a junta militar do general Chun Doo-hwan autorizou a realização de eleições democráticas em Dezembro de 1987, o que sucedeu depois de Park Geun-hye se ter tornado na primeira chefe de Estado a ser destituída em democracia.
Em prisão preventiva desde 31 de Março, Park vai começar a ser julgada a 2 de Maio, por acusações que incluem abuso de poder, corrupção e revelação de segredos de Estado.
A acusação considerou provado que Park criou, com a sua amiga de longa data Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”, uma rede através da qual pediu e obteve subornos de pelo menos três empresas – Samsung, Lotte e SK – no valor de cerca de 59.200 milhões de won (cerca de 48 milhões de euros).

25 Abr 2017

Alexis Tam alega que Ung Vai Meng desconhecia leis de contratação

O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura já recebeu o relatório das mãos do Instituto Cultural, no âmbito da última investigação do CCAC. Alexis Tam defende o ex-presidente do organismo e afirma que Ung Vai Meng não conheceria as leis de contratação de funcionários e, por isso, errou sem intenção

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]lexis Tam, secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, veio ontem em defesa do ex-presidente do Instituto Cultural (IC), Ung Vai Meng, no caso do relatório do Comissariado contra a Corrupção (CCAC), que detectou irregularidades ao nível da contratação de funcionários.

Segundo o canal chinês da Rádio Macau, o secretário disse que Ung Vai Meng não esteve envolvido em casos de corrupção, e acredita que tudo aconteceu por um mau entendimento das leis por parte do ex-presidente, pelo que este não saberia que estava a errar ao contratar pessoas através do regime de aquisição de serviços, sem concurso público.

Alexis Tam referiu ainda que, além do IC, outros departamentos públicos não estiveram envolvidos no problema das contratações. Questionado sobre a responsabilização do Executivo, o secretário garantiu que não tinha conhecimento das acções de Ung Vai Meng quanto à contratação de funcionários.

“Os trabalhos de recrutamento foram feitos pelo ex-presidente do IC, é algo que não tem a ver com o actual presidente e também não tem nada a ver comigo”, disse Alexis Tam, citado pelo Jornal do Cidadão.

Questionado face à possibilidade de Ung Vai Meng vir a ser investigado pelo CCAC, Alexis Tam não quis fazer qualquer comentário.

Relatório será público

Após a publicação do relatório do CCAC, o IC ficou encarregue de realizar um relatório de análise sobre o assunto, sendo que este documento já está nas mãos de Alexis Tam. O Jornal do Cidadão escreve que esta semana o conteúdo do relatório deverá ser divulgado, estando prevista a realização de uma conferência de imprensa sobre o assunto, para explicar os detalhes do documento junto do público.

Alexis Tam promete ainda encontrar soluções para os funcionários que foram contratados com base no regime de aquisição de bens e serviços, uma vez que o Governo ainda estará a analisar os detalhes e a viabilidade de cada caso.

O secretário promete ainda encontrar formas de garantir a responsabilização dos funcionários do IC que terão estado envolvidos na contratação de pessoas.

O relatório divulgado pelo CCAC deu conta das violações à lei que têm acontecido nos últimos anos ao nível da contratação de funcionários para o IC. A investigação, iniciada há um ano, revelou que o IC “recorreu ao modelo da aquisição de serviços para contornar sistematicamente o regime legal do recrutamento centralizado e do concurso público”.

Entre 2010 e 2015, o número de trabalhadores contratados em regime de aquisição de serviços, quase duplicou, passando de 58 para 110, o que o IC justificou com o aumento do volume de trabalho nos últimos anos e com a escassez dos recursos humanos.

Além disto, “o IC adoptou só a análise curricular e a entrevista na selecção dos candidatos, sem obter a necessária autorização daquele secretário para a dispensa das provas de conhecimentos, constituindo este facto, sem dúvida, uma usurpação do poder do órgão superior no âmbito da gestão de pessoal”, revelou o CCAC.

24 Abr 2017

FAOM | Desemprego na construção civil tem aumentado

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] deputada Ella Lei, ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) alertou para o aumento, nos últimos meses, do desemprego no sector da construção civil, sem esquecer o aumento progressivo da taxa de sub-emprego.

Segundo o Jornal do Cidadão, Ella Lei participou num fórum organizado em Seac Pai Van, Coloane, onde a FAOM apresentou os dados recentes do mercado laboral. Foi relatado o exemplo de um residente que foi contratado para trabalhar num hotel, tendo-lhe sido dito posteriormente que não tinha conseguido obter a vaga de emprego. Ainda assim, o hotel estaria a contratar trabalhadores não residentes (TNR).

Houve ainda vários participantes no fórum que afirmaram que não só não receberam respostas perante o envio dos currículos como houve outros casos em que ocorreram despedimentos sem justa causa, enquanto TNR continuavam a trabalhar na empresa.

Leong Meng Ian, coordenadora da Delegação das Ilhas da FAOM, refere que, de acordo com os inquéritos ao emprego feitos pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), entre Dezembro de 2016 e Fevereiro de 2017, a população empregada foi de 379,100 pessoas, enquanto o número de residentes empregados foi de 277,100.

Na visão da coordenadora, a maioria dos sectores, onde se inclui actividades culturais e recreativas, lotarias, serviços, hotéis e restaurantes, escolhem as zonas turísticas da Taipa e Cotai como destino de desenvolvimento dos seus negócios. Tratam-se de locais onde a população já é superior a 100 mil pessoas, sendo importante garantir a promoção e os benefícios suficientes dos direitos laborais.

24 Abr 2017

Residentes de Hong Kong contraíram legionella em Macau

[dropcap style≠’circle’]T[/dropcap]rês residentes de Hong Kong contraíram legionella em Macau. De acordo com uma nota dos Serviços de Saúde, as autoridades do território receberam na passada sexta-feira a indicação de que, entre os 17 casos de doença dos legionários reportados em 2017 na região vizinha, três pacientes infectados estiveram em Macau durante o período de incubação e aparecimento de sintomas. Tinham todos o mesmo gene de legionella.

Segundo as informações transmitidas pelo Centro de Protecção de Saúde do Departamento de Saúde de Hong Kong, as pessoas em causa têm idades compreendidas entre os 66 e os 84 anos. Os sintomas foram apresentados durante quatro meses, ou seja, entre Janeiro e o corrente mês de Abril. Após a análise laboratorial das amostras de urina destes pacientes, foi confirmado o sorotipo I de Legionella pneumophila.

Os dados de Hong Kong indicam que, “possivelmente, as três pessoas permaneceram ou estiveram alojadas no Hotel Parisian”, lê-se na nota dos Serviços de Saúde de Macau, que garantem estar a dar importância ao assunto, pelo que estão a levar a cabo “aprofundadas investigações”.

A doença dos legionários é uma infecção provocada por bactérias do género legionella, que vivem em ambientes aquáticos naturais e podem proliferar rapidamente na água morna e em lugares húmidos, especialmente, quando a temperatura varia entre 20 a 25 oC. A legionella pode ser também encontrada em sistemas aquáticos artificiais, como piscinas, sistemas de água doméstica, quente e fria, jacuzzis, fontes e aparelhos médicos de uso domiciliário.

O elo mais fraco

Os homens, idosos, fumadores, alcoólicos, pessoas com menor imunidade, especialmente os doentes crónicos, bem como os pacientes que estão sujeitos ao tratamento com esteróides e inibidores de imunidade estão mais sujeitos a contraírem esta doença, explicam os Serviços de Saúde.

Entre os sintomas desta doença estão a febre, tosse seca, dificuldade de respiração, fadiga, dores de cabeça, musculares e abdominais, e diarreia. O tratamento faz-se com antibióticos.

Em Macau, nos últimos anos, apenas foi registado um caso confirmado da doença dos legionários, em 2010.

24 Abr 2017

Casinos | Começaram as auditorias aos junkets

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) começou a auditar as contas dos angariadores de grandes apostadores para os casinos de Macau, noticiou o portal especializado em jogo GGRAsia.

Em Novembro, aquando da apresentação do relatório das Linhas de Ação Governativa (LAG) para 2017, o Governo anunciou que ia “desencadear uma auditoria específica aos registos dos depósitos temporários e créditos dos clientes e controlo interno, e analisar o rácio de movimentação financeira de cada promotor de jogo”.

Mais de 60 promotores de jogo estão a ser actualmente avaliados na primeira ‘tranche’ do programa de auditoria, segundo o portal especializado em jogo que cita a entidade reguladora.

Macau conta com 126 promotores de jogo autorizados a exercer actividade em 2017, o número mais baixo da última década.

Segundo as LAG, a auditoria, que deverá terminar em Dezembro, realiza-se no âmbito do reforço da regulamentação e fiscalização das contas financeiras dos junkets, peça fundamental no xadrez do sector do jogo de Macau, dada a tradicional elevada dependência dos grandes apostadores.

Embora sem o fluxo de outrora, o segmento VIP ainda contribui para mais de metade das receitas totais dos casinos.

Macau tem vindo a apertar o cerco à actividade dos promotores de jogo VIP, com novas instruções a definirem, por exemplo, regras mais apertadas no exercício da profissão ou maiores exigências ao nível do regime contabilístico, surgidas designadamente na sequência de casos de desvios de fundos de salas VIP de casinos.

24 Abr 2017

Inflação em Macau fixou-se em 1,69 por cento em Março

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] taxa de inflação em Macau subiu 1,69 por cento nos 12 meses terminados em Março em relação ao período homólogo imediatamente anterior. De acordo com os Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu devido aos aumentos registados nas secções de bebidas alcoólicas e tabaco (mais 14,62 por cento), educação (mais oito por cento) e transportes (mais 6,92 por cento).

Só no mês passado, o IPC geral médio aumentou 0,72 por cento em termos anuais. O crescimento homólogo em Março foi impulsionado principalmente pelo aumento dos preços das refeições adquiridas fora de casa e das propinas escolares e da gasolina, informou a DSEC.

Nos primeiros três meses, o IPC geral – que permite conhecer a influência da variação de preços na generalidade das famílias de Macau – cresceu 0,95 por cento em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Em 2016, a taxa de inflação de Macau foi de 2,37 por cento, a mais baixa desde 2009, ano em que se fixou em 1,17 por cento.

Segundo as projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgadas na semana passada, a taxa de inflação de Macau deve fixar-se em dois por cento este ano, em 2,2 por cento no próximo e em três por cento em 2022.

24 Abr 2017

Avião que faz volta ao mundo aterrou ontem em Macau

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] mais antigo avião a realizar uma volta ao mundo aterrou ontem em Macau, procedente das Filipinas, no âmbito de uma digressão iniciada em Março e que inclui paragens em 55 cidades de todo o mundo.

O percurso de volta ao mundo

O “Breitling DC-3”, que efectuou o primeiro voo inaugural há 77 anos, quando ainda era conhecido por “Douglas DC-3” antes de ser adquirido pela marca de relógios, iniciou a volta ao mundo na Suíça, país ao qual deve regressar em Setembro, depois de cumprir uma série de escalas e de participar em eventos e em espectáculos aéreos.

O “Breitling DC-3” pode ser visitado ao longo do dia de hoje num hangar do Aeroporto Internacional de Macau, de onde parte amanhã com destino a Taiwan.

O avião de propulsão bimotor realizou o voo inaugural a 9 de Março de 1940 nos Estados Unidos, onde esteve ao serviço de companhias aéreas norte-americanas até ser recrutado pelo exército entre 1942 e 1944 durante a Segunda Guerra Mundial. Ao longo da vida, teve uma série de usos: foi bombardeiro, avião de combate e até avião hospital e de turismo e utilizado para o transporte de pára-quedistas.

O Douglas DC-3 utilizado nesta aventura

Em 2008, o “DC-3” foi adquirido pelo piloto Francisco Agullo e um grupo de amigos, com o apoio da Breitling.

Restaurado para poder voltar a voar, o aparelho tem estado, desde então, em várias exibições aéreas da marca de relógios. O fabrico dos “DC-3” terminou em 1945. Actualmente, existem menos de 150 modelos operacionais em todo o mundo, dos quais 15 na Europa.

“A escala em Macau está prevista para ser o maior evento da aviação na cidade, atraindo uma série de seguidores que têm acompanhado o início do ‘tour’ desde Março. Além disso, acreditamos que a chegada do ‘Breitling DC-3’ irá trazer inspiração às futuras gerações de Macau”, refere um comunicado da marca de relógios.

“A volta ao mundo do ‘DC-3’ vai permitir a muitas pessoas, entusiastas da aviação e crianças, estabelecer laços com a cultura e património aeronáutico, fomentar o interesse pela aviação e levar inspiração à próxima geração de pilotos”, conclui.

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24 Abr 2017

25 de Abril | Memorial a Zeca Afonso inaugurado em Lisboa

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m memorial dedicado ao músico Zeca Afonso vai ser inaugurado no dia 25 de Abril no Jardim das Francesinhas, junto à Assembleia da República, em Lisboa, numa cerimónia que vai contar com o presidente da Câmara Municipal da capital portuguesa, Fernando Medina.

O Memorial a José Afonso “nasce de uma proposta de Orçamento Participativo e foi desenvolvida em parceria com a Associação José Afonso – AJA”, referiu em comunicado a Câmara Municipal de Lisboa.

“Este memorial reúne um conjunto de elementos biográficos patentes na sua construção e na sua localização: o jardim encontra-se junto ao poder político da Assembleia da República, do Ensino e da Juventude (aqui corporizado pelo ISEG) e da própria AJA, entidade que promove o conhecimento e a valorização da vida e obra do cantautor”, destacou a autarquia.

O município acrescentou que “a esta simbologia acresce o facto de o memorial, propriamente dito, ter sido concebido como parte do trabalho de curso dos alunos de Escultura da Faculdade de Belas-Artes, sob orientação do professor Sérgio Vicente, e a placa em bronze concebida por Luísa Barros Amaral”.

Segundo a Câmara, o Memorial a José Afonso, recuado no espaço do jardim, pretende, no futuro, ser ponto de encontro para leituras de poesia e outros momentos de celebração cultural dinamizados pela AJA.

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos nasceu a 2 de Agosto de 1929, em Aveiro. Estudou em Coimbra, no curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Letras, foi professor em vários pontos do país e também viveu em Moçambique.

Ao longo da sua carreira como cantor e músico interpretou o fado de Coimbra, mas ficou mais conhecido pelas suas canções de intervenção, contra o regime ditatorial. Morreu, aos 57 anos, a 23 de Fevereiro de 1987.

24 Abr 2017

China espera que Venezuela consiga manter a estabilidade

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China expressou sexta-feira o seu apoio à Venezuela, nação que considerou “país amigo”, e expressou a sua confiança de que o povo venezuelano consiga “gerir os seus assuntos domésticos, manter a estabilidade e o desenvolvimento social e económico”.

Numa reacção aos confrontos entre manifestantes e forças de segurança do país, que resultaram na morte de três pessoas, o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Lu Kang afirmou que a “China está atenta à situação”.

“Sabemos que o Governo da Venezuela expressou a sua confiança de retomar o diálogo com a oposição”, acrescentou.

O porta-voz chinês assegurou que Pequim considera essa “a linha a seguir, para bem dos interesses fundamentais” do povo venezuelano.

O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, pediu que sejam tomadas medidas para “reduzir a polarização” no país latino-americano, um apelo repetido pela Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, México, Paraguai, Perú e Uruguai, que condenaram a violência dos últimos dias.

Segundo Caracas, três pessoas morreram na quinta-feira durante as manifestações da oposição contra o presidente do país, Nicolás Maduro, e outras 62 ficaram feridas.

Foram detidos 312 manifestantes.

24 Abr 2017

China | Cargueiro espacial acoplou-se com sucesso a laboratório

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro cargueiro espacial chinês acoplou-se sábado com sucesso ao laboratório espacial ‘Tiangong 2’, dois dias depois de ter sido lançado sem incidentes, anunciou o centro de controlo aeroespacial de Pequim.

Segundo a agência noticiosa francesa AFP, o cargueiro Tianzhou-1 (‘Navio celestial’), terá realizado a acoplagem perto das 5:30, hora de Lisboa, depois de um primeiro contacto estabelecido com o laboratório espacial, cerca de 15 minutos antes.

O laboratório deverá abrir caminho ao desenvolvimento de uma estação espacial habitável, prevista para 2022, quando a estação espacial internacional deixar de funcionar.

O desenvolvimento de um cargueiro espacial era imprescindível para a construção da estação espacial, cujo primeiro módulo será colocado no espaço em 2019 (um ano depois do previsto inicialmente) e que se espera esteja concluída três anos depois.

Durante a missão, a nave “Tianzhou 1” (navio celestial) ensaiará três tipos diferentes de acoplagem ao laboratório espacial, ao qual estará unida durante dois meses. Também fará o transvase de combustível para que o “Tiangong 2” mantenha a órbita, bem como equipamentos científicos e técnicos.

Após cinco meses numa órbita a 385 quilómetros de altitude, o cargueiro espacial iniciará uma descida controlada para se desintegrar nas camadas mais altas da atmosfera.

Teste vital

O principal objectivo da missão é comprovar o funcionamento da nova nave, que será necessária para o transporte de todo o tipo de elementos para a estação espacial.

A futura estação espacial vai exigir um abastecimento periódico de alimentos, água, oxigénio e materiais, sendo que o programa espacial chinês não pode avançar na construção da estação sem ter antes um sistema fiável de transporte.

A “Tianzhou 1” é uma nave de nove metros com uma capacidade de carga de 6,5 toneladas e um peso total de 13 toneladas, cujo desenvolvimento pressupôs “um esforço de seis anos” em desenho e construção, segundo Luo Guqiang, responsável adjunta da missão.

O primeiro módulo da estação espacial, chamado “Tianhe 1” (rio celestial), terá um peso de 20 toneladas e um braço robot articulado, pelo que precisa de um foguete propulsor mais potente capaz de por em órbita cargas até 25 toneladas.

24 Abr 2017

Coreia do Norte foi “isolada à força”, diz empresário espanhol 

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] empresário espanhol León Smit, que organiza visitas à Coreia do Norte, diz que o país foi “isolado à força”, sendo “muito difícil” estabelecer relações comerciais com Pyongyang, sob o regime de Kim Jong-un.

“É um país que foi isolado à força”, afirma à agência Lusa Smit, que em 2015 concluiu um mestrado em Política Internacional na Universidade de Yanbian, cidade chinesa situada na fronteira com a Rússia e a Coreia do Norte.

O espanhol colabora actualmente com a KTG, agência de viagens fundada em 2008 e uma das raras especializadas em organizar visitas à Coreia do Norte.

“Os norte-coreanos consideram-se abertos ao mundo, dispostos a estabelecer conversações e negociações com qualquer país”, diz.

No entanto, “é muito difícil estabelecer relações comerciais com a Coreia do Norte”, acrescenta Smit.

“Mesmo para nós, uma agência de viagens certificada, é por vezes complicado realizar transferências bancárias” com Pyongyang, revela, explicando que as companhias que oferecem aquele tipo de serviço bloqueiam qualquer movimento que envolva o país.

Tensões antigas

Tecnicamente, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul continuam em guerra e o armistício assinado em 1953, após quase quatro milhões de mortos, ainda não foi substituído por um tratado formal de paz.

Desafiando as resoluções das Nações Unidas, o Governo de Pyongyang continua a testar mísseis de médio e longo alcance e a desenvolver um controverso programa nuclear.

A própria China, que até há pouco tempo mantinha com a Coreia do Norte uma relação descrita como de “unha com carne”, tem-se progressivamente afastado do país, consciente de que este representa cada vez mais uma fonte de tensão regional e um embaraço para a diplomacia chinesa.

Em Novembro passado, a ONU reforçou as mais duras sanções dos últimos 20 anos contra o regime dos Kim, limitando as exportações norte-coreanas de carvão, que tinham na China praticamente o único importador.

O turismo tem assumido uma importância crescente como fonte de receitas para o país.

As visitas organizadas pela KTG custam entre 800 e 1.695 euros e incluem o transporte de comboio de ida e volta a partir de Pequim, deslocações internas, hotéis e três refeições por dia.

A estada varia entre 3 e 10 dias e inclui visitas até sete cidades e à montanha de Myohyang.

Mas não foi sempre assim: “Nos primeiros anos da KTG, só se podia visitar um par de cidades, mas com o tempo foram abertos mais locais ao turismo, assim como zonas de diversão e desporto, parques naturais e quintas”, diz Smit.

A KTG leva, em média, 500 turistas por ano a visitar a Coreia do Norte, a maioria europeus, mas também norte-americanos e australianos.

“Inicialmente, eram sobretudo europeus mais velhos, que viveram durante a época da União Soviética e queriam ver com os seus próprios olhos um país que continua a ser soviético”, explica.

Já os norte-americanos visitam a Coreia do Norte “por curiosidade”. Nos últimos anos, a maratona de Pyongyang passou também a atrair pessoas ligadas ao desporto.

“Ao contrário do que muita gente pensa, viajar para a Coreia do Norte não é difícil de todo”, diz Smit. “O visto é feito ‘online’ e em menos de uma semana está pronto”.

As visitas têm que ser feitas em grupo e sempre na companhia de um guia turístico.

O espanhol lembra que “tecnicamente, o país continua em guerra, por isso, as medidas de segurança são mais fortes do que em outros lugares”.

Questionado sobre se os norte-coreanos estão contentes com o regime, León Smit diz que “não é ninguém para englobar o ponto de vista de todo um povo”.

“Mas, no geral, existe orgulho por se terem mantido uma nação independente durante todos estes anos, apesar das dificuldades”, conclui.

24 Abr 2017

Lei da nacionalidade em debate na reunião do Conselho das Comunidades Portuguesas

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] regulamentação da lei da nacionalidade, o registo automático dos portugueses no estrangeiro e o trabalho dos órgãos regionais deverão ser alguns dos temas da reunião do Conselho Permanente do CCP, disse o secretário de Estado das Comunidades.

“Entre as matérias que deverão ser abordadas na reunião do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas há algumas que tem uma especial importância, nomeadamente o facto de se avaliar os resultados alcançados até aqui, quer trabalho dos órgãos regionais, quer outros avanços, como a proposta de lei que será submetida à Assembleia da República sobre o recenseamento automático dos portugueses no estrangeiro”, disse José Luís Carneiro à Lusa.

A reunião do CP-CCP decorrerá entre quarta e sexta-feira, em Lisboa. Este ano já houve reuniões ordinárias anuais dos conselhos regionais de África, em Joanesburgo, em Fevereiro deste ano; da Europa, em Lisboa, em Março; da Ásia/Oceânia, em Macau, igualmente em Março, e da América Central e do Sul, em Março e Abril, em Santos, no Brasil.

“(Na reunião do CCP) deverá ser abordada ainda a regulamentação da lei da nacionalidade, aprovada na quinta-feira, que permitirá a aquisição mais ágil da nacionalidade a netos de portugueses, sobretudo no caso do Brasil”, referiu o secretário de Estado.

Segundo o governante, deverá na agenda estará também “um balanço da aplicação ‘Registo do Viajante’, outras medidas que se encontram em curso sobre a modernização da rede consular” e ainda o debate sobre “o reforço dos recursos humanos na rede consular”.

“Este órgão máximo do CCP é autónomo do ponto de vista da sua agenda, mas são temas que estão a ser tratados nos órgãos regionais e admito que deverão ser tratados no Conselho Permanente”, disse José Luís Carneiro.

Boas energias

O secretário de Estado referiu ainda que esteve reunido com alguns conselhos regionais entre Fevereiro e Abril, nomeadamente os de África, Europa, Ásia e Oceânia, e América Central e do Sul.

“Quero sublinhar o recebimento de uma comunicação dos conselheiros do CCP a congratular-se com estas duas medidas políticas que foram consideradas muito importantes por parte dos conselheiros, a regulamentação da lei da nacionalidade e o registo automático dos portugueses no estrangeiro”, afirmou.

Nesta reunião do CCP será apresentado ainda o plano de acção do CCP para 2017/2020 e a eleição da mesa directora do Conselho Permanente, actualmente presidido por Flávio Martins, conselheiro do Brasil.

O CP é composto por 12 membros eleitos pelos vários conselhos regionais em que o CCP se decompõe: dois conselheiros de África, um da Ásia/Oceânia, dois da América do Norte, três da América Central e do Sul e quatro da Europa.

O CCP conta actualmente com 65 conselheiros, que são eleitos por círculos eleitorais correspondentes a países ou grupos de países por mandatos de quatro anos, por sufrágio universal, directo e secreto.

24 Abr 2017

Eleições | Jornalistas preocupados com “clima de incerteza” instalado

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau (AIPIM) está preocupada com “o clima de incerteza” gerado sobre a cobertura jornalística das eleições para a Assembleia Legislativa, advertindo que o ambiente instalado “pode condicionar o trabalho dos jornalistas”.

A reacção da AIPIM surge depois de a Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL) ter recusado um pedido de reunião para clarificar questões relacionadas com a referida cobertura jornalística. Isto porque, a 8 de Março, numa sessão de esclarecimento, a comissão eleitoral advertiu que os meios de comunicação social podem incorrer “em contravenções” fora do período de campanha, caso seja considerado que a cobertura constitui propaganda. Nessa sessão com os órgãos de comunicação social, o presidente da CAEL, o juiz Tong Hio Fong, frisou que fora do período de campanha a propaganda é proibida e punível, regra que, afirmou, se aplica também aos jornalistas.

Num comunicado emitido ontem, a AIPIM afirma que “é fundamental que em todas as ocasiões e períodos, inclusive antes do início da campanha eleitoral, o exercício da liberdade de imprensa e o direito à informação sejam integralmente respeitados, incluindo a realização de entrevistas e cobertura noticiosa de acções envolvendo candidatos, em consonância com o que está consagrado na Lei Básica de Macau e na Lei de Imprensa”.

A associação de jornalistas salienta ainda que “é importante que CAEAL não emita quaisquer instruções ou orientações aos jornalistas ou órgãos de comunicação social relativas à cobertura jornalística em qualquer período específico”.

Sugestões e objectividade

Estas são as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa após a aprovação, em 2016, de uma nova lei eleitoral, que impõe maiores restrições à propaganda eleitoral. Segundo a lei, a propaganda eleitoral consiste numa actividade que “dirige a atenção do público para um ou mais candidatos” ou “sugere, de forma expressa ou implícita, que os eleitores votem ou deixem de votar nesse candidato ou candidatos”.

A comissão não definiu o que é tido como sugestão “implícita”, dizendo apenas que “exige à comunicação social que tome medidas para não chamar a atenção do público (…) e sugerir aos eleitores que votem nalgumas listas”. Tong pediu então aos media que “observem a objectividade e relatem toda a realidade para os cidadãos” e sugeriu que os órgãos de comunicação “criem regras internas para que os profissionais tenham padrões para seguirem e fazerem as devidas reportagens”.

A comissão indicou ainda que devem ser apagados comentários deixados nas redes sociais dos meios de comunicação, que possam constituir propaganda. Sobre “investigação ou sanções” aos jornalistas, a comissão, que irá acompanhar a cobertura para identificar infracções, “vai transferir essas informações às autoridades competentes”.

21 Abr 2017

Jogo | Fitch prevê crescimento de 12 por cento

A Fitch prevê um crescimento de 12 por cento nas receitas de jogo de Macau em 2017. A agência de notação financeira espera um contributo semelhante do mercado de massas e do segmento VIP para este aumento

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s previsões da Fitch, apresentadas num relatório divulgado esta semana, tiveram em consideração um eventual agravamento da política monetária e aumento das restrições imobiliárias que possam fazer abrandar o crescimento económico na China.

“Esperamos uma contribuição igual do mercado VIP e do mercado de massas para a previsão de crescimento de 12 por cento”, indica uma nota publicada na página de Internet da agência de notação sobre o relatório.

O desempenho do jogo VIP dos casinos de Macau excedeu as expectativas da Fitch, com as receitas deste segmento a crescerem 16,8 por cento no primeiro trimestre, em termos anuais homólogos, atingindo 35,491 mil milhões de patacas, indicaram dados oficiais divulgados na passada quarta-feira.

De acordo com o site da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), os lucros do jogo VIP (angariados nas salas de grandes apostas) representaram 55,9 por cento das receitas brutas arrecadadas pelos casinos entre Janeiro e Março, contra 54 por cento no primeiro trimestre de 2016.

A percentagem de crescimento das receitas do segmento VIP nos primeiros três meses do ano foi o dobro do registado no mercado de massas. As receitas do jogo de massas, incluindo as das slot machines, subiram 8,5 por cento, em termos anuais homólogos, para 27,988 mil milhões de patacas.

Trata-se de um sinal positivo para o segmento VIP que, apesar de deter a ‘fatia de leão’, tem visto a proporção nas receitas totais da indústria do jogo a diminuir nos últimos anos: em 2016 foi de 53,2 por cento, em 2015, 55,3 por cento, e em 2014, 60,4 por cento – isto quando chegou a ser superior a 77 por cento.

Dar a volta

Para a melhoria do desempenho do mercado VIP, a Fitch destacou factores como “a melhoria dos indicadores económicos no interior da China, a habituação dos apostadores às iniciativas de combate à corrupção e ao combate pelas autoridades chinesas ao marketing dos casinos por empresas estrangeiras [até à data com sede fora de Macau]”.

“A receita bruta do jogo VIP tem actualmente um nível similar ao de 2010”, adiantou a agência de notação financeira, indicando que “há uma boa margem de crescimento”.

A Fitch afirmou esperar que os investimentos fixos na China, um importante motor para o jogo VIP, cresçam 4,3 por cento em 2017, abaixo dos 5,7 por cento em 2016. Mas a agência sublinhou “a natureza opaca” deste segmento, o que justifica uma análise cautelosa.

Já no que respeita ao mercado de massas, a agência de notação referiu que este segmento vai ser impulsionado pelos “gastos saudáveis dos consumidores”, para os quais a Fitch previu “um crescimento de 7,5 por cento” este ano, e pelo “aumento da capacidade de alojamento, que “incentiva a estadas mais longas”.

Além de apontar que o mercado de massas continua por desenvolver na região da Ásia-Pacífico, a Fitch observou também as mais-valias das infra-estruturas em curso em termos de acessibilidade: “Apesar do atraso, os projectos de infra-estruturas pendentes, como a ponte Zhuhai-Hong Kong-Macau, o terminal marítimo da Taipa, a ligação ferroviária ao aeroporto de Zhuhai e o metro ligeiro em Macau deverão tornar a cidade mais acessível”.

No final de Março, Macau contava 6423 mesas de jogo e 16.018 slot machines, distribuídas por 39 casinos.

21 Abr 2017

Música | João Caetano apresenta novo álbum em Londres

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] percussionista português João Caetano apresentou ontem o seu álbum de estreia no clube de jazz Ronnie Scott’s, quase uma década depois de se ter radicado na capital britânica. Para hoje à noite está marcado um novo concerto.

“É fantástico apresentar o meu trabalho numa sala onde fui a primeira vez há quase 10 anos, paguei bilhete e onde vi artistas instigadores como Wynton Marsalis a Jeff Beck”, afirmou à Agência Lusa.

João Caetano lançou o projecto a solo em 2016, onde cruza música tradicional portuguesa e oriental, e em que “os bombos portugueses são uma peça fundamental”, além da sua própria voz.

“É um projecto assente na vertente tradicional, onde se destacam os ritmos dos bombos e do fado. Mas faço questão de cantar. Sou assumidamente um percussionista cantor”, vincou.

Os concertos em Londres contam com a presença especial de Ângelo Freire na guitarra portuguesa e Ângelo Mateus na viola, e ainda Joe Sam no baixo e Giacomo Smith no clarinete.

Na próxima semana, João Caetano inicia uma digressão de duas semanas em Portugal em vários espaços da FNAC em Lisboa e no norte de Portugal. Segue-se um concerto em Macau, onde nasceu a 2 de Junho, e outro no Fundão, a 16 de Junho, cuja tradição de música de bombos inspirou o músico.

O percussionista reside no Reino Unido desde 2006, onde completou os estudos superiores, passando depois a acompanhar artistas e grupos e a participar em sessões de gravação em estúdio.

Entre os músicos com quem tocou incluem-se Chaka Khan, Mario Biondi, Anastasia, Leona Lewis, Jessie J e Dionne Bromfield. Faz parte da banda britânica de acid jazz Incognito e dos Basement Project, com quem actuou regularmente no Ronnie Scott’s.

21 Abr 2017

Federica Mogherini diz que China é “parceiro chave” para os desafios europeus

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] responsável pela diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, disse ontem que a China é um parceiro chave para enfrentar os conflitos e desafios que atingem a Europa, como a guerra na Síria ou o ‘Brexit’.

“A China é uma peça muito importante para a segurança no nosso lado do mundo, na nossa região”, afirmou Mogherini, durante um encontro com estudantes na Universidade de Tsinghua, em Pequim.

A UE e a China “têm a responsabilidade global de se comprometerem com a defesa da segurança”, acrescentou.

Mogherini assegurou que, ao contrário de outros actores internacionais, a “UE não vê a autoconfiança da China como uma ameaça”, considerando o país asiático um parceiro com o qual existem “muitas oportunidades” para cooperar.

A também vice-presidente da Comissão Europeia sublinhou que é necessário “esperança nos tempos difíceis que decorrem” e apelou à comunidade internacional a manter-se unida e “afastada da via militar”, tanto na península coreana, como na Síria.

E assinalou que a China e a UE devem usar a sua influência com todas as partes implicadas e “salvaguardar os direitos humanos” no conflito sírio, ao qual a representante prestará “especial atenção” nos próximos dias, durante a sua visita à Rússia.

Como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia voltou a vetar, no passado dia 12, uma resolução contra ao regime de Bashar al-Assad por ataques a civis com armas químicas na semana anterior, enquanto a China se absteve.

Refugiados e ‘Brexit’

Mogherini falou ainda da crise migratória, que na sua opinião “não é uma crise da Europa, mas sim de refugiados”.

A política italiana excluiu qualquer vínculo entre a chegada dos refugiados e atentados terroristas, lembrando que os “últimos ataques na Europa foram perpetuados por europeus”.

“Não é como a imprensa conta”, afirmou.

Sobre o ‘Brexit’, cujas negociações arrancaram em Março passado e deverão terminar num prazo máximo de dois anos, Mogherini destacou a “determinação a favor da integração europeia”.

“Temo que o Reino Unido venha a perder muito mais do que a UE”, disse.

A alta representante iniciou na China uma viagem por três potências emergentes, que inclui ainda a Rússia e a Índia.

21 Abr 2017

Interrompida de bilionário que ameaça denunciar corrupção interrompida

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m bilionário chinês que ameaça tornar pública a corrupção envolvendo a liderança chinesa teve a sua entrevista a uma emissora norte-americana interrompida, depois de Pequim ter avançado que foi colocado sob mandado de captura pela Interpol.

Na quarta-feira, Guo Wengui estava a ser entrevistado pela rádio Voz da América (VOA), financiada pelo Governo dos Estados Unidos, quando os apresentadores interromperam o programa, que devia prolongar-se por três horas.

Seis horas antes de Guo falar à rádio norte-americana, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Lu Kang disse que a Interpol tinha emitido um “alerta vermelho” para a captura de Guo Wengui.

A VOA negou qualquer alegada interferência política da China na interrupção do programa.

Lu Kang recusou adiantar quais os crimes de que Guo é acusado, mas o jornal de Hong Kong South China Morning Post avançou que o bilionário é suspeito de ter subornado um responsável dos serviços secretos chineses, condenado por corrupção em Fevereiro passado.

Guo deixou de ser visto em público, em 2014, mas voltou a aparecer recentemente, em duas entrevistas a órgãos de comunicação publicados em chinês além-fronteiras e numa série de mensagens difundidas através da rede Twitter, nas quais dizia ter informações comprometedoras para a liderança chinesa.

Em mensagens enviadas à agência noticiosa Associated Press (AP), Guo disse acreditar que o alerta emitido pela Interpol tinha como objectivo pressioná-lo a desistir da entrevista à rádio VOA.

O bilionário do sector estatal recusou responder a questões sobre a ligação ao antigo vice-director dos serviços secretos chineses, mas considerou o alerta da Interpol uma manobra inútil da liderança chinesa.

“É tudo mentira, tudo ameaças (…) Demonstra que eles temem que eu revele informação explosiva”, acrescentou.

Observadores consideraram que a informação divulgada por Guo poderá agitar as disputas internas entre facções do PCC, antes do congresso que se realizará no Outono e que promoverá uma nova geração de líderes.

Suspeitas e intrigas

O “alerta vermelho” reaviva também preocupações sobre a eleição de um antigo vice-ministro chinês para presidente da Interpol, em Novembro passado.

Guo viverá actualmente no Reino Unido ou nos Estados Unidos, dois países sem acordo de extradição com a China.

A ascensão de Guo, desde as origens humildes na província central de Henan até se tornar um bilionário do sector estatal com projectos prestigiados, como o Parque Olímpico em Pequim, tem suscitado histórias escabrosas na imprensa chinesa.

O bilionário terá alegadamente cooperado com Ma Jian, o antigo quadro dos serviços secretos chineses, para obter um vídeo de um vice-prefeito de Pequim, que travou um projecto imobiliário de Guo, a ter relações sexuais.

A difusão do vídeo levou à queda do vice-prefeito.

Guo é suspeito de ter subornado Ma com 8,8 milhões de dólares, segundo o South China Morning Post, que cita fontes anónimas.

No início da entrevista com a VOA, na quarta-feira, os responsáveis do programa informaram os ouvintes de que funcionários chineses avisaram os representantes daquela rádio em Pequim sobre dar espaço a Guo para difundir alegações infundadas.

O programa chegou abruptamente ao fim quando Guo começou a descrever as intrigas e suspeitas que envolvem os líderes do Partido Comunista Chinês (PCC), incluindo o Presidente chinês, Xi Jinping, e um dos aliados mais próximos.

O apresentador disse que o programa tinha que ser interrompido devido a “algumas questões”.

Na rede de mensagens instantâneas Twitter, Guo escreveu que o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês está por detrás da interrupção.

Esta semana, o jornal norte-americano The New York Times publicou um artigo, que cita documentos corporativos e entrevistas que parecem confirmar pelo menos alguma da informação avançada por Guo sobre negócios envolvendo a elite do PCC.

O Ministério de Segurança Pública chinês recusou comentar o caso.

21 Abr 2017

Legislativas | Mais locais de votação para mais eleitores

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s eleições para a Assembleia Legislativa (AL), agendadas para 17 de Setembro, vão decorrer em mais assembleias de voto e locais de votação do que as de 2013, informou ontem a comissão eleitoral.

O aumento do número de assembleias de votos foi justificado como forma de evitar a concentração de eleitores nos locais de votação, disse o juiz Tong Hio Fong, que preside à Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa (CAEAL), em declarações aos jornalistas.

Apenas 14 dos 33 deputados à AL são eleitos pela população, com 12 a serem eleitos por associações num sufrágio indirecto e sete a serem nomeados pelo Chefe do Executivo.

No total, vão estar dispostos 35 locais de votação para o sufrágio directo, nos quais os eleitores vão poder exercer o direito de voto em 36 mesas.

Já a votação por sufrágio indirecto vai decorrer num local de voto onde vão estar dispostas cinco assembleias de voto, o mesmo número do que nas eleições realizadas há quatro anos.

Em 2013, a votação no sufrágio directo foi realizada em 30 locais de votação com igual número de assembleias de voto.

No final de Dezembro, Macau contava com 307.020 eleitores inscritos. O universo global de eleitores resulta da entrada de 25.138 novas inscrições, em relação a Dezembro de 2015, e da saída de 4117, que viram cancelado o recenseamento eleitoral ao longo do ano passado, por óbito, sentença judicial ou doenças do foro psiquiátrico.

Relativamente ao universo total de eleitores registados no final de 2012 (277.153), ou seja, que podiam votar nas eleições de 2013 para a Assembleia Legislativa, houve um aumento de 10,78 por cento.

20 Abr 2017

Internet | CTM assume “total responsabilidade” pelo apagão

[dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma avaria no software da Companhia de Telecomunicações de Macau (CTM) na noite da passada terça-feira, durante cerca de quatro horas, deixou sem Internet cerca de 30 mil clientes, informou ontem a empresa.

Em declarações aos jornalistas, o director executivo da CTM, Vandy Poon, disse que a operadora de telecomunicações assume “total responsabilidade” pelo incidente, e que a intervenção no sistema iria continuar durante a noite passada, devendo os trabalhos de reparações estar totalmente concluídos hoje à noite.

A CTM recebeu cerca de 3500 queixas de clientes, incluindo particulares e empresas, durante o período em que o acesso à Internet registou problemas – entre as 19h30 e 23h49 de terça-feira. “A maioria das queixas foi de clientes particulares e, dado que o incidente ocorreu a partir das 19h30, a maioria das pequenas e médias empresas já tinha encerrado as operações diárias, e a maioria dos negócios que operam 24 horas [incluindo os casinos] opera com IP [Internet Protocol] fixos”, explicou Vandy Poon.

A empresa registou no passado outras interrupções no serviço de Internet, nomeadamente em 2012, em que um apagão cortou ou limitou as comunicações em todo o território durante cerca de seis horas.

Um comunicado da Direcção dos Serviços de Correios e Telecomunicações (CTT), divulgado ontem, referiu a ocorrência de “uma avaria em dois servidores de Internet, estimando, preliminarmente, que 30 mil utentes do serviço de banda larga tenham sido afectados”. Os CTT exigiram à CTM a resolução do problema, “com a maior brevidade possível (…) e a apresentação de um relatório preliminar do incidente no prazo de 24 horas”.

20 Abr 2017

Habitação | Metro quadrado subiu 19 mil patacas num ano

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] preço médio do metro quadrado das casas em Macau atingiu 91.801 patacas em Março, um aumento de 19.060 patacas no intervalo de um ano. De acordo com o portal dos Serviços de Finanças, a subida do preço do metro quadrado não travou as transacções, cujo número subiu significativamente de 591 para 1120 em termos anuais homólogos.

Das três áreas de Macau, a península foi onde se verificou o maior número de vendas (832 contra 476 em Março de 2016), onde o preço médio do metro quadrado foi de 87.528 patacas, contra 70.688 patacas em igual período de 2016.

Na ilha da Taipa, o número de fracções autónomas destinadas à habitação transaccionadas subiu de 88 para 211, apesar de o preço médio por metro quadrado também ter aumentado de 74.302 para 95.775 patacas.

O preço das casas também se manteve em alta na ilha de Coloane, com o valor médio a atingir 120.229 patacas – o mais elevado das três zonas –, onde foram vendidas em Março 77 fracções, mais 50 do que no mesmo mês do ano passado, segundo os mesmos dados.

Desde a liberalização de facto do jogo em Macau, ocorrida em 2004, o sector imobiliário tem estado sempre em alta. Os preços começaram a cair no início de 2015 e registam, desde então, flutuações.

No ano passado, o preço médio do metro quadrado das fracções autónomas habitacionais foi de 86.342 patacas, uma queda ligeira de 0,6 por cento, depois de, em 2015, terem caído 13 por cento em relação ao ano precedente.

20 Abr 2017

Economia | Acelera este ano, abranda em 2018

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve a projecção de que a economia de Macau vai voltar a crescer este ano, mas antecipou uma desaceleração para o próximo, indicou a instituição no World Economic Outlook.

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em termos reais de 2,8 por cento em 2017 foi conhecida, em Fevereiro, num relatório da instituição financeira sobre a RAEM. Nesse documento, o FMI reviu em alta a projecção de crescimento, avançada em Outubro, que era de 0,2 por cento.

Para o próximo ano, o FMI antecipou um abrandamento, com um aumento do PIB de 1,7 por cento em termos reais. Já para 2022, o World Economic Outlook previu uma recuperação, ao calcular um crescimento de 3,8 por cento para esse ano.

A economia de Macau contraiu-se em 2016 pelo terceiro ano consecutivo, apesar da recuperação da indústria do jogo.

O documento do FMI reiterou previsões anteriores relativamente à taxa de desemprego de Macau, calculando que se mantenha na ordem dos dois por cento este ano e no próximo. As taxas de inflação também se deverão manter baixas: dois por cento em 2017, 2,2 por cento em 2018 e três por cento em 2022.

No World Economic Outlook, publicado em Washington, o FMI melhorou ligeiramente a previsão de crescimento económico mundial para os 3,5 por cento em 2017 (contra os 3,4 por cento anteriormente previstos), projectando um crescimento de 3,6 por cento em 2018.

20 Abr 2017

Jogo | Receitas do sector VIP cresceram 16,8 por cento

É o regresso aos tempos em que as apostas que contavam se faziam nas salas longe dos olhares públicos. O sector VIP dos casinos está em recuperação

[dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s receitas do jogo VIP dos casinos de Macau cresceram 16,8 por cento no primeiro trimestre, em termos anuais homólogos, atingindo 35,491 mil milhões de patacas, indicam dados oficiais divulgados ontem.

De acordo com o site da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ), os lucros do jogo VIP (angariados nas salas de grandes apostas) representaram 55,9 por cento das receitas brutas arrecadadas pelos casinos entre Janeiro e Março, contra 54 por cento no primeiro trimestre de 2016.

A percentagem de crescimento das receitas do segmento VIP nos primeiros três meses do ano foi o dobro do registado no mercado de massas. As receitas do jogo de massas, incluindo as das slot machines, subiram 8,5 por cento, em termos anuais homólogos, para 27,988 mil milhões de patacas.

Trata-se de um sinal positivo para o segmento VIP que, apesar de deter a ‘fatia de leão’, tem visto a proporção nas receitas totais da indústria do jogo a diminuir nos últimos anos: em 2016 foi de 53,2 por cento, em 2015 55,3 por cento, e em 2014 em 60,4 por cento – isto quando chegou a ser superior a 77 por cento.

Os casinos de Macau fecharam o primeiro trimestre do ano com receitas de 63,479 mil milhões de patacas, mais 13 por cento em termos anuais homólogos, de acordo com os dados publicados no passado dia 1.

Na classificação de todo o sector surgem, depois dos casinos, as receitas das apostas nos jogos de futebol que, nos primeiros três meses do ano, foram de 102 milhões de patacas e, em segundo lugar, as do basquetebol (58 milhões de patacas).

Seguiram-se as corridas de cavalos, com 31 milhões de patacas, e as de galgos, com 10 milhões de patacas, segundo os dados da DICJ.

No final de Março, Macau contava 6423 mesas de jogo e 16.018 slot machines, distribuídas por 39 casinos.

20 Abr 2017

Encontro | Li Keqiang quer uma União Europeia unida, estável e próspera

[dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro chinês encontrou-se com Federica Mogherini, alta representante da UE para as relações exteriores e política de segurança, bem como vice-presidente da Comissão Europeia, em Pequim, esta terça-feira.

A China apoia firmemente a integração europeia e intercede a favor de uma União Europeia unida, estável e próspera, segundo palavras do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

Li fez a declaração durante o encontro com Federica Mogherin.

O primeiro-ministro chinês reiterou a elevada importância atribuída às relações sino-europeias e ao compromisso da UE em cumprir com as suas obrigações internacionais, sendo que, como tal, a China volta a manifestar a sua disponibilidade para promover a cooperação entre ambas as partes.

“A China está disponível para colaborar com a UE dentro do espírito do respeito mútuo, visando o avanço das conversações no sentido de fechar um tratado de investimento bilateral e garantir um estudo da possibilidade de firmar um acordo de livre comércio”, disse Li.

“A China irá continuar a trabalhar com a UE para gerir de modo apropriado as divergências entre ambas as partes, melhorar as relações sino-europeias dentro das normas da ordem internacional, e contribuir de modo contundente para o desenvolvimento económico mundial”, disse Li.

Atendendo à complexidade e volatilidade do cenário internacional e ascensão de movimentos anti-globalização e de proteccionismo, a China e a UE devem reger-se pelos princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas, disse Li.

Tudo em ordem

Por seu turno, Mogherini afirmou que a UE e a China partilham a responsabilidade de manter a ordem internacional, actuando em diversas ameaças globais, tais como o terrorismo, alterações climáticas e a promoção da paz global e do desenvolvimento.

A UE atribui grande importância à manutenção do sistema multilateral e ao cumprimento das suas obrigações internacionais, sendo que irá trabalhar juntamente com a China para reforçar a cooperação e gerir as divergências entre ambas as partes, por forma a facilitar o progresso no investimento bilateral e negociação de tratados, frisou Mogherini.

20 Abr 2017