Hoje Macau EventosUrbanismo | Arquivo de Macau mostra crescimento da cidade [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] partir do dia 9 de Junho, quem for ao Arquivo de Macau poderá ficar a saber mais sobre a evolução do território, com a exposição “Macau Ilustrado – Exposição de Plantas Urbano-Arquitectónicas”. A mostra é constituída por uma selecção de cerca de 60 plantas urbanas e desenhos arquitectónicos conservados no Arquivo de Macau que, organizados tematicamente, permitem aos visitantes compreender a evolução do padrão urbano da cidade, através das mudanças concretas desenvolvidas dos finais do século XIX até meados do século XX. Em nota à imprensa, explica-se ainda que a exposição revela as características de design dos edifícios de Macau, em que se nota a linguagem de variados estilos adoptada por diferentes desenhadores, que “exploraram possibilidades da fusão entre elementos ocidentais e orientais, enquanto captaram as tendências internacionais”. Durante o período da exposição serão realizadas diversas palestras abertas ao público. A primeira está agendada para o dia 17 de Junho e é da responsabilidade do arquitecto Lui Chak Keong, que vai fazer uma retrospectiva sobre o desenvolvimento urbano e arquitectónico de Macau. A palestra será conduzida em cantonense. Desconhece-se se há tradução.
Hoje Macau EventosFAM | Teatro da Cidade de Reiquejavique apresenta obra de Tchekhov [dropcap style≠’circle’]É[/dropcap] uma abordagem “moderna e surpreendente”, diz o Instituto Cultural (IC) acerca do modo como o Teatro da Cidade de Reiquejavique, da Islândia, apresenta “A Gaivota” de Tchekhov. O espectáculo encerra a edição do XVIII Festival de Artes de Macau e, de acordo com a organização, ainda existem alguns bilhetes disponíveis. Em comunicado, o IC recorda que o clássico “A Gaivota” já foi levado ao palco um sem-número de vezes. A encenação da produção apresentada em Macau é da autoria da encenadora lituana Yana Ross. Galardoada com o prémio para a Melhor Encenação no Festival Internacional Kontakt de Torun 2016, na Polónia, Yana Ross é conhecida pelo seu estilo único nos círculos de teatro dos países nórdicos. A adaptação de “A Gaivota” desloca o enredo da tradicional propriedade rústica russa, tal como descrito por Tchekhov, para uma luxuosa casa de Verão islandesa, “explorando a natureza humana a partir de uma perspectiva única”. O espectáculo sobe ao palco do Grande Auditório do Centro Cultural de Macau nos dias 27 e 28. Também ainda há lugares vagos para “Double Bill”, por Hiroaki Umeda, agendado para os dias 26 e 27. “O renomado coreógrafo apresenta não só a sua peça a solo ‘Holistic Strata’, como também um novo trabalho desenvolvido em conjunto com bailarinos locais, usando o corpo humano para quebrar as limitações existentes.” Fim-de-semana cheio Já hoje e amanhã, é apresentado “O Inferior”, que explora as fronteiras entre o mundo real e virtual, e ainda a peça em patuá “Sórti na Téra di Tufám” (ver texto nas páginas 2 e 3). Entre hoje e domingo, “Miss Revolutionary Idol Berserker” traz, escreve o IC, “uma onda de juventude e leva o público a um frenético mundo japonês”. Neste fim-de-semana, há ainda espaço para ópera cantonense, com Chu Chan Wa e “um grupo de excelentes actores locais”, que apresentam o clássico “The Butterfly Lovers”. No dia 23, a Companhia da Ópera Nacional de Pequim leva ao palco uma adaptação concisa do clássico de ópera de Pequim “Senhora Anguo”, enquanto a Orquestra de Macau apresenta o concerto “Ressonância Através do Espaço-Tempo”. De 26 e 28 deste mês, há teatro para crianças: “À Mão” é criado com bonecos de barro.
Hoje Macau China / ÁsiaEUA treinam ataques a depósitos de armas de destruição maciça de Pyongyang [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s tropas dos Estados Unidos estacionadas na Coreia do Sul realizaram um exercício em que simularam a destruição de depósitos de armas de destruição maciça norte-coreanos, foi ontem anunciado. Soldados de duas divisões de infantaria participaram no exercício, denominado “Warrior Strike 7”, realizado em Camp Stanley, no norte de Seul, e num complexo próximo da fronteira coreana. A informação e as imagens da operação, cuja data não foi divulgada, foram publicadas no portal Flickr e na conta oficial da rede social Facebook da Segunda Divisão de Infantaria das Forças dos Estados Unidos na Coreia do Sul (USFK, na sigla inglesa). A operação consistiu no desembarque em terra de unidades transportadas por via área, a partir do maior navio da Marinha sul-coreana, “Dokdo”, que depois se infiltraram em diferentes instalações para destruir ou tomar controlo de arsenais de armas de destruição maciça. As fotografias mostram operações e protocolos relacionados com a infiltração em depósitos de armas radioactivas, biológicas ou químicas, ou a desactivação de ogivas. Pressão contínua O simulacro aconteceu num momento de tensão na península coreana perante os insistentes testes de armamento do regime de Kim Jong-un e o endurecimento do discurso de Washington após a chegada à Casa Branca de Donald Trump. O último teste de um míssil norte-coreano foi realizado no domingo. A nova administração norte-americana chegou a insinuar a possibilidade de efectuar ataques preventivos contra a Coreia do Norte se Pyongyang insistir no desenvolvimento do programa nuclear e de mísseis. O último míssil lançado pelo exército norte-coreano, e que Pyongyang definiu como um novo tipo de projéctil, mostrou um bom rendimento, o que representa um novo avanço para a Coreia do Norte. Pyongyang quer desenvolver um míssil nuclear capaz de alcançar o território norte-americano.
Hoje Macau China / ÁsiaPequim e Buenos Aires prometem reforçar laços [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente chinês Xi Jinping reuniu-se esta quarta-feira com o seu homólogo argentino Mauricio Macri, tendo ambas as partes prometido expandir a cooperação de benefícios mútuos em todas as áreas e promover ainda mais os laços bilaterais. Xi apelou a que a iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” fosse tida em conta na estratégia de desenvolvimento da Argentina, ampliando a cooperação em indústrias de infra-estruturas, energia, agricultura, mineração e manufactura, e implementando os principais projectos de cooperação existentes nos vários sectores, incluindo o hidroeléctrico e o ferroviário. Saudando o apoio e a participação da Argentina na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”, Xi enfatizou que a América Latina é uma extensão natural da Rota da Seda Marítima do Século XXI, informa o Diário do Povo. A Argentina expressou vontade em aderir ao Banco Asiático de Investimento em Infra-estrutura (BAII) a fim de aumentar as opções de financiamento para os seus investimentos públicos em infra-estruturas, de acordo com uma declaração conjunta publicada após o encontro. Outros entendimentos Ambos os países assinaram um memorando de entendimento sobre a cooperação ao nível de futebol, o que oferecerá um maior apoio ao desenvolvimento do futebol na China, disse Zhu Qingqiao, director de Assuntos da América Latina do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, acrescenta a publicação estatal. Este ano marca o 45º aniversário da fundação das relações diplomáticas entre a China e a Argentina. O gigante asiático está a postos para manter a coordenação com a Argentina em assuntos internacionais, tais como a governação económica global, as mudanças climáticas, a agenda de desenvolvimento sustentável 2030 e o apoio à Argentina para a realização da Cimeira do G20, em 2018, afirmou Xi. Macri, cuja visita de estado, iniciada no dia 14, terminou ontem, assistiu também ao Fórum “Uma Faixa, Uma Rota para a Cooperação Internacional”, encerrado na última segunda-feira em Pequim. Macri congratulou Xi pelo sucesso da iniciativa, dizendo que a Argentina está empenhada em impulsionar os laços bilaterais e reforçar a cooperação de benefícios mútuos com base no respeito e na confiança mútua. A Argentina respeita a política de Uma Só China e promete se esforçar-se para aprofundar as relações com a América Latina e aumentar a comunicação e coordenação em assuntos internacionais, acrescentou Macri.
Hoje Macau SociedadeDICJ satisfeita com equilíbrio entre receitas VIP e de massas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] principal responsável pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ) disse ontem que os casinos atingiram “um bom equilíbrio” entre as receitas dos grandes apostadores (VIP) e do mercado de massas, o que deve ser mantido. “Penso que estamos num bom equilíbrio actualmente. O número de junkets ronda os 120, o que é um número muito equilibrado. Na proporção das receitas (…) é quase 50-50 e pensamos que é uma boa proporção e queremos mantê-la”, afirmou. Paulo Chan falava aos jornalistas à margem de uma conferência na 11.ª edição da Global Gaming Expo Asia (G2E Asia), que anualmente junta empresas e especialistas do jogo de todo o mundo. De acordo com o site da DICJ, os lucros do jogo VIP, angariados nas salas de grandes apostas, representaram 55,9 por cento das receitas brutas arrecadadas pelos casinos entre Janeiro e Março, contra 54 por cento no primeiro trimestre de 2016. Embora sem o fluxo de outrora, o jogo VIP ainda gera mais de metade das receitas dos casinos de Macau. Macau conta, este ano, com 126 promotores de jogo autorizados a exercer actividade, o número mais baixo da última década. Paulo Chan disse que as autorizações das licenças são dadas “caso a caso” aos junkets. “Claro que queremos manter os que são financeiramente saudáveis e capazes, por isso, recentemente só mantemos os que são financeiramente fortes”, disse. A DICJ iniciou este ano uma auditoria às contas financeiras dos junkets, no âmbito do reforço da regulamentação e fiscalização da actividade dos promotores de jogo. Paulo Chan explicou que, até à data, foram auditados “cerca de 40”. “Alguns deles estão em boa [condição financeira], outros necessitam de algumas melhorias. Dissemos-lhe para melhorarem os seus sistemas de contabilidade”, afirmou. O director estimou que esta auditoria esteja concluída “em meados de Julho ou Agosto”. Sem planos para impostos Por outro lado, Paulo Chan defendeu que Macau tem “uma forte regulação” no que diz respeito ao combate à lavagem de dinheiro e afirmou que apoia a introdução de um sistema de reconhecimento facial nas caixas ATM para os portadores de cartões UnionPay, emitidos por bancos da China, de modo a combater o branqueamento de capitais. O responsável considera que a implementação destes sistemas de reconhecimento facial não deverá reflectir-se nas receitas brutas do mercado de massas: “Não achamos que haja muito impacto”. Sobre a eventual redução dos impostos abordada na passada terça-feira pelo vice-presidente da concessionária Galaxy Entertainment, na abertura da feira, Paulo Chan disse que “até à data não há nenhum plano” nesse sentido, mas que “tudo vai ser considerado”. “Nesta fase estamos a tentar recolher mais opiniões de diferentes áreas para podermos tomar uma decisão no futuro”, disse. As actuais três concessões – Sociedade de Jogos de Macau, Wynn e Galaxy – e as três subconcessões de jogo – Venetian, MGM e Melco Crown – expiram entre 2020 e 2022. Até à data, não é conhecido um calendário para a revisão das licenças de jogo, nem é claro se será mantido o modelo de concessões e subconcessões. “Esse é um assunto a estudar”, disse Paulo Chan, remetendo uma calendarização do processo para “tempo oportuno”.
Hoje Macau China / ÁsiaRota da Seda não é ‘Plano Marshall’ chinês, diz Jorge Costa Oliveira [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, rejeitou ontem que a Nova Rota da Seda seja um ‘Plano Marshall’ chinês, considerando antes que se trata de um projecto internacional. “Acho que estamos ainda no início de um grande projecto”, afirmou à agência Lusa, em Pequim, Costa Oliveira, adiantando estar convicto que “a Nova Rota da Seda vai transformar-se num projecto internacional, em que o empenho dos países que hoje fazem parte do projecto se vai traduzir numa participação a vários níveis, incluindo financeira”. Divulgada em 2013 pelo Presidente chinês, Xi Jinping, a Nova Rota da Seda visa reactivar a antiga via comercial entre a China e a Europa através da Ásia Central, África e sudeste asiático. Inclui uma malha ferroviária, portos e auto-estradas, abrangendo 65 países e 4,4 mil milhões de pessoas – cerca de 60% da população mundial. Críticos acusam Pequim de querer assim reiterar a proeminência da China como poder dominante na Ásia, onde a sua cultura e economia exerceram outrora forte influência sobre os países vizinhos. Bem comum Jorge Costa Oliveira diz que “é normal que a China, nesta altura, para garantir o sucesso do empreendimento, assuma grandes compromissos”, mas acredita que “sendo do interesse de vários países”, as nações envolvidas terão uma “comparticipação a vários títulos”. O secretário de Estado participou esta semana num fórum internacional dedicado à iniciativa, onde estiveram 28 chefes de Estado. Entre os países cujos presidentes participaram do fórum constam a Rússia, Turquia, Cazaquistão, Bielorrússia, Filipinas, Argentina ou Chile. Espanha, Itália, Polónia, Malásia ou Mongólia enviaram os respectivos primeiros-ministros. No entanto, a maioria dos países ocidentais, nomeadamente Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha ou França, não tiveram representantes ao mais alto nível. Jorge Costa Oliveira rejeita que as potências ocidentais queiram boicotar o projecto, afirmando que as ausências se devem antes ao actual momento nas relações entre a China e os respectivos países. “Tenho a certeza que vários países que não estiveram aqui vão acabar por se empenhar” na iniciativa, disse. “Até porque a pressão das empresas e das associações empresariais vai ser grande para não perderem as oportunidades que se vão gerar”.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte repudia condenação da ONU pelo último míssil [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Coreia do Norte rejeitou ontem a condenação da ONU do teste de míssil de médio alcance, efectuado no domingo passado, e lembrou que os Estados Unidos também testaram projécteis intercontinentais sem serem alvo de crítica. “O lançamento (…) do ‘Hwasong 12’ é de grande e especial importância para assegurar a paz e a estabilidade na península coreana e na região”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, citado pela agência estatal norte-coreana KCNA. O ‘Hwasong 12’ mostrou um melhor rendimento e novamente os avanços do regime de Kim Jong-un no desenvolvimento de um futuro míssil intercontinental, capaz de alcançar os Estados Unidos. No dia seguinte ao lançamento, o Conselho de Segurança da ONU condenou, em comunicado, a acção e declarou-se disposto a agravar as sanções contra o país asiático. A Coreia do Norte “rejeita de maneira categórica e total o comunicado de condenação do Conselho de Segurança das Nações Unidas que põe em dúvida o reforço da dissuasão nuclear para autodefesa”, acrescentou o mesmo comunicado. Questão de soberania O porta-voz dos Negócios Estrangeiros norte-coreano lembrou que “recentemente e no espaço de uma semana (nos dias 26 de Abril e 3 de Maio), os Estados Unidos realizaram dois lançamentos de testes de mísseis balísticos intercontinentais, apesar de o Conselho de Segurança nunca os mencionar”. O porta-voz disse que a autodefesa é uma questão de soberania nacional em que organismos como a ONU não devem intervir e ameaçou novamente os Estados Unidos com uma resposta imediata a qualquer “provocação militar” de Washington. “Os sistemas de armas mais aperfeiçoados do mundo não serão nunca propriedade exclusiva interna dos Estados Unidos, e certamente chegará o dia em que a RPDC [Coreia do Norte] use meios de represália correspondentes”, afirmou o porta-voz. “Será então que os Estados Unidos vão ver por si mesmos se os mísseis balísticos da RPDC representam uma verdadeira ameaça ou não”, concluiu o texto. O último lançamento norte-coreano aconteceu num momento de especial tensão na península, devido aos insistentes testes de armas do regime, que motivaram um agravamento da retórica da administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, que insinuou a possibilidade de realizar ataques preventivos contra Pyongyang. Seul admite possibilidade de confrontos O novo Presidente sul coreano Moon Jae-In admitiu ontem a possibilidade de confrontos militares fronteiriços com a Coreia do Norte devido às tensões provocadas pelo programa nuclear de Pyongyang. “Vivemos uma realidade em que existe uma elevada possibilidade de confrontos militares”, disse o chefe de Estado referindo-se à fronteira marítima, disputada entre Pyongyang e Seul e à fronteira terrestre entre os dois países, altamente militarizada. Moon Jae-In falou da possibilidade de confrontos com a Coreia do Norte após uma visita ao Ministério da Defesa sul coreano.
Hoje Macau PolíticaSegurança cibernética | Proposta de Wong Sio Chak já está no Conselho Executivo Não houve lesados em Macau do ciberataque internacional da passada semana, confirmou ontem Wong Sio Chak. Mas é precisamente para prevenir casos destes que o secretário quer criar um núcleo de segurança cibernética. A proposta já está concluída [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para a Segurança afirmou ontem que as autoridades não receberam “até agora” qualquer queixa relativa ao ciberataque internacional lançado na sexta-feira, destacando a necessidade de criar um núcleo de segurança cibernética para detectar ameaças antecipadamente. No final do ano passado, uma proposta de lei sobre a segurança cibernética foi terminada, tendo sido já entregue ao Conselho Executivo para apreciação, disse Wong Sio Chak, à margem da abertura de um seminário sobre “Tratamento de Emergência Relativo a Incidentes e Estratégias de Pós-tratamento”. O objectivo daquele núcleo vai ser detectar ameaças cibernéticas antecipadamente e alertar de imediato o público, disse o responsável. A proposta pretende “uniformizar o sistema de prevenção de segurança cibernética” de Macau, com a integração de três serviços: a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública, os Correios e Telecomunicações de Macau e a Polícia Judiciária. As Linhas de Acção Governativa para 2016 previam já a criação do núcleo de segurança cibernética para “garantir a segurança dos sistemas informáticos das principais infra-estruturas locais, reforçar a capacidade de colaboração entre os departamentos e o sector das telecomunicações de Macau e estrangeiras contra ataques cibernéticos, melhorar o apoio jurídico e combater com eficácia este tipo de crime”. O ciberataque mundial de “ransomware” (um software que bloqueia o acesso ao sistema do computador infectado e pede ao seu utilizador um resgate para o desbloquear), lançado na sexta-feira, afectou cerca de 300 mil computadores. Administração sem medo Em relação ao caso dos três agentes policiais detidos por suspeita de associação criminosa e abuso de poder, o secretário para a Segurança defendeu um reforço do sistema de fiscalização. “A Administração não tem medo de revelar os casos criminosos e estará sempre atenta”, esperando que, através do reforço da fiscalização, se verifique uma diminuição de casos semelhantes, indicou Wong Sio Chak. Sobre a ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, Wong Sio Chak afirmou que vai ser adoptado um “sistema de inspecção fronteiriça integral” através da fiscalização e transferência mútua de informações. Os cidadãos de Macau e Hong Kong que se dirijam à China apenas precisam de apresentar o salvo-conduto, concedido aos residentes das duas regiões administrativas especiais, enquanto os que se deslocam para Macau só têm que apresentar o bilhete de identidade de residente, indicou. No fim deste mês e início do próximo, agentes das autoridades policiais da China vão estar em Macau para terminar em conjunto a proposta final relativa aquele sistema, de acordo com um comunicado oficial.
Hoje Macau SociedadeGalaxy defende livre circulação entre Ilha da Montanha e Macau [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] vice-presidente do grupo Galaxy Entertainment, Francis Lui, defendeu ontem a livre circulação entre a Ilha da Montanha e Macau, para tornar o destino mais competitivo e atrair mais visitantes chineses e internacionais. “Encorajamos a ideia de que a Ilha da Montanha implemente uma entrada sem fronteiras” com Macau, para que todos os “visitantes de Macau possam também aceder às atracções” que a Ilha da Montanha tem para oferecer e “depois regressar livremente” à RAEM, disse Francis Lui, na abertura da 11.ª edição da Global Gaming Expo Asia (G2E Asia). Para o empresário, isso iria tornar Macau “um destino mais competitivo e atractivo para as famílias, proporcionando meios interessantes para uma penetração mais profunda no mercado da China e para ajudar a abrir a região a visitantes internacionais, e do mercado do Pacífico, e assim aumentar o número de visitantes”. A Galaxy Entertainment prevê construir um ‘resort’ integrado na Ilha da Montanha, um projecto que não contempla a componente de jogo, numa área de 2,7 quilómetros quadrados. “Vamos pôs as coisas desta forma: Macau, o maior centro mundial de jogo, com a Ilha da Montanha e com o seu foco no entretenimento, seria como ter Las Vegas e Orlando próximos um do outro, em vez dos mais de 3200 quilómetros que os separam”, disse, em referência às alegadas mais-valias do que seria ter fisicamente próximos os parques temáticos, como os do estado norte-americano da Florida (sudeste), e os casinos, como os que se encontram no Nevada (noroeste). Fã da transparência Sobre os resultados do jogo, Francis Lui fez referência à campanha anticorrupção lançada em 2014 pelo Governo Central, frequentemente entendida como um dos factores que levou à queda das receitas do mercado VIP. O empresário também mencionou a “medida positiva” anunciada pelo Governo na semana passada sobre a introdução de um sistema de reconhecimento facial nas caixas ATM para os portadores de cartões UnionPay, emitidos por bancos da China, de modo a combater o branqueamento de capitais. “Entendemos completamente as preocupações do Governo no que diz respeito ao combate à fuga de capitais. Se é entendido que o dinheiro está a ser lavado através de Macau, isso pode levar ao aumento das restrições nos vistos. Precisamos claramente de demonstrar ao Governo de Macau que apoiamos o jogo responsável com fornecimento de informações e transparência total”, afirmou. Inaugurada hoje, a G2E Asia decorre até amanhã. A feira junta anualmente empresas e especialistas do jogo de todo o mundo.
Hoje Macau China / ÁsiaCimeira | Pequim estreita relações com ONU [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro chinês Li Keqiang apelou à cooperação reforçada com a Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a paz, estabilidade e prosperidade mundial. Li proferiu estas declarações quando se reuniu com o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a cimeira “Uma Faixa, Uma Rota” para a Cooperação Internacional. Segundo o primeiro-ministro, a China é um apoiante firme da ONU e do seu papel fundamental para garantir a paz e a segurança mundial, bem como para impulsionar o desenvolvimento global. “Estamos dispostos a desempenhar o nosso papel em plataformas tais como a ONU, para realizar a agenda do desenvolvimento sustentável 2030 e fazer esforços concertados para a paz, estabilidade e prosperidade mundial,” disse Li. O primeiro-ministro chinês apontou ainda que a promoção da paz, desenvolvimento e cooperação mundial se tornou um objectivo consensual entre todos, considerando a globalização uma tendência histórica irreversível. Li Keqiang afirmou também que os problemas causados pela globalização devem ser abordados enquanto o fenómeno está em andamento, reafirmando o apoio da China à globalização e facilitação do comércio e investimento. António Guterres, por sua vez, disse que a China é um pilar vital para defender o multilateralismo, o livre comércio e o avanço justo e ordenado da globalização. A ONU quer estabelecer uma relação de cooperação com a China e combinar a agenda do desenvolvimento sustentável da organização com a estratégia de desenvolvimento da China para promover a paz e a estabilidade mundial, acrescentou Guterres.
Hoje Macau China / ÁsiaUma Faixa, Uma Rota | Xi Jinping apela à união contra o proteccionismo [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Presidente chinês, Xi Jinping, apelou segunda-feira à união de cerca de três dezenas de dirigentes mundiais que estiveram reunidos em Pequim para o projecto “Novas Rotas da Seda” contra o proteccionismo. “A globalização enfrenta ventos adversos”, resumiu Xi no segundo dia de uma cimeira que juntou na capital da China os Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, mas muito poucos de grandes países ocidentais. Num comunicado final divulgado na segunda-feira ao final do dia, os países participantes “recusam todas as formas de proteccionismo”. Xi Jinping lançou em 2013 a iniciativa “Novas Rotas da Seda”, um conjunto de projectos de infra-estruturas para ligar a Ásia à Europa e a África a exemplo das caravanas que na Antiguidade atravessavam a Ásia central. Já no princípio do ano, quando da entrada em funções de Donald Trump e o receio de uma deriva proteccionista norte-americana, Xi defendeu o comércio livre e a mundialização, num discurso muito comentado proferido no Fórum Económico de Davos. Trump fez da China um dos alvos favoritos da sua campanha eleitoral, acusando Pequim de “roubar” milhões de empregos nos Estados Unidos, mas depois de entrar em funções moderou o discurso. Na semana passada, Pequim e Washington anunciaram mesmo um acordo comercial, mas Trump não participou nesta cimeira em Pequim. À excepção do presidente italiano, Paolo Gentiloni, nenhum dirigente do G-7 se deslocou à capital chinesa. Rota dos milhões No domingo, Xi Jinping anunciou milhares de milhões de dólares para projectos que integrem a iniciativa Novas Rotas da Seda, no discurso de abertura do fórum de cooperação internacional “Uma Faixa, Uma Rota”, versão simplificada de “Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda para o Século XXI”. A China vai contribuir com 100.000 milhões de yuan adicionais para o Fundo da Rota da Seda e providenciar ajuda, nos próximos três anos, no valor de 60.000 milhões de yuan a países em desenvolvimento e a organizações internacionais que participem na iniciativa. “Devemos construir uma plataforma aberta de cooperação e manter e desenvolver uma economia mundial aberta”, afirmou Xi, na abertura do fórum, onde Portugal se faz representar pelo secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira. “A antiga rota da seda floresceu em tempos de paz, mas perdeu o seu vigor em tempos de guerra. A iniciativa das ‘Novas Rotas da Seda’ requer um ambiente pacífico e estável”, realçou o líder chinês, insistindo que os “benefícios” “serão partilhados por todos”. A iniciativa foca-se em países asiáticos, europeus e africanos, mas Xi garantiu que está aberta a todos e que a China não tem a intenção de criar um pequeno grupo prejudicial à estabilidade: “Todos os países, sejam da Ásia, Europa, África ou Américas, podem participar na iniciativa ‘Uma Faixa, Uma Rota’”, afirmou, indicando que a China espera “criar uma grande família de coexistência harmoniosa”.
Hoje Macau China / ÁsiaTailândia ameaça bloquear Facebook se não forem retirados 13 conteúdos [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades da Tailândia ameaçaram ontem bloquear o acesso ao Facebook se a rede social não eliminar 13 conteúdos que considerou uma ameaça à segurança nacional ou um insulto à família real. A junta militar elevou a censura na Internet desde que subiu ao poder num golpe de Estado em Maio de 2014 e, através da Comissão Nacional de Telecomunicações, deu um ultimato à empresa norte-americana para que elimine 13 publicações. A Associação de Servidores de Internet da Tailândia alertou a filial do Facebook no país de que desconectaria a rede de distribuição de conteúdos – em função da localização do usuário – se o pedido do Governo não for atendido. Numa mensagem enviada na sexta-feira, difundida pelo jornal Bangkok Post, os fornecedores de Internet admitiram que estão sob pressão da junta, que exigiu o encerramento da rede de distribuição para bloquear material considerado ilegal. “Esta acção pode afectar todo o serviço de distribuição de www.facebook.com aos clientes na Tailândia”, indicaram os operadores numa carta. As autoridades ameaçaram o Facebook com acções legais se a empresa não retirasse ontem os conteúdos. Poder armado A Assembleia Nacional para a Reforma, cujos membros são escolhidos pela junta, pediu na segunda-feira a criação imediata de uma comissão que permita aos militares aceder a qualquer computador no país sem ordem judicial. O chefe da junta militar e primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, disse várias vezes ser a favor da criação de um único acesso à Internet na Tailândia, para aumentar o controlo dos conteúdos. Segundo as autoridades, 6.900 páginas e publicações na Internet foram bloqueadas no país desde 2015. Em Abril, as autoridades proibiram o contacto através da Internet com três dissidentes e alertaram para consequências penais para quem interagisse com o trio, comentadores assíduos sobre assuntos da família real e críticos da junta militar. Os três dissidentes são o historiador Somsak Jeamteerasakul, que se exilou em França pouco depois do golpe de Estado de 2014, o ex-diplomata e académico Pavin Chachavalpongpun, exilado no Japão, e o jornalista e escritor Andrew MacGregor Marshall. A Tailândia tem uma restrita lei contra crimes cibernéticos que as organizações de defesa de direitos humanos dizem ser utilizada para reprimir a liberdade de expressão. Está também vigente no país a lei de lesa-majestade, uma das mais severas do mundo, que condena até 15 anos de prisão aqueles que difundam ou emitam mensagens sobre a Casa Real que as autoridades considerem ofensivas. Um total de 105 pessoas foram detidas por crimes de lesa-majestade desde que os militares subiram ao poder, das quais 49 foram condenadas a penas até 30 anos de prisão e outras 64 se encontram em prisão preventiva, à espera de julgamento, segundo grupos de activistas. Antes do golpe de Estado de 2014, apenas seis pessoas estavam detidas pelo crime de lesa-majestade na Tailândia.
Hoje Macau SociedadeTurismo de Macau aguarda reabertura de hotel fechado há quase um ano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] directora dos Serviços de Turismo de Macau disse ontem esperar que o hotel de cinco estrelas Palácio Imperial Beijing, encerrado há quase um ano por falta de condições e envolvido em várias disputas na justiça, reabra como unidade hoteleira. “Esperamos que haja um novo proprietário, ou que seja o próprio investidor anterior, a tomar uma acção para reabrir. Esperamos que continue a ser um hotel, porque realmente é um local muito bom”, disse Helena de Senna Fernandes aos jornalistas à margem da inauguração da feira para o sector do jogo Global Gaming Expo Asia (G2E Asia). “Se houver um projecto interessante vai tornar-se um hotel de relevância”, acrescentou. A Direcção dos Serviços de Turismo (DST) determinou a 22 de Julho de 2016 o encerramento provisório do hotel de cinco estrelas – o que sucedeu pela primeira vez em Macau – “por graves infracções administrativas, ameaça da segurança pública e da imagem da indústria turística”, uma medida com a duração de seis meses, que previa a possibilidade de reabertura no fim do prazo, caso as irregularidades tivessem sido corrigidas. Em Janeiro, a DST recebeu uma carta do detentor da licença do hotel – a Empresa Hoteleira de Macau Limitada – a solicitar o cancelamento da mesma, pelo que Helena de Senna Fernandes emitiu um despacho para o cancelamento da licença do hotel, “ficando assim sem efeito os procedimentos de encerramento aplicados ao estabelecimento”. Histórias de lesados A administração do hotel nunca chegou a realizar obras, de acordo com a TDM, que, no início deste mês, noticiou que mais de 20 representantes e empresários do sector turístico reivindicavam avançar para tribunal. Em causa estava um pedido de compensação ao hotel na ordem de 100 milhões de patacas, relativos a contratos estabelecidos previamente. As reivindicações do grupo surgiram depois de em Setembro cerca de 30 agências de viagens de Macau e Hong Kong terem dito que temiam prejuízos superiores a 250 milhões de dólares de Hong Kong por terem mais de 700 mil reservas pagas, tendo formado uma união de “lesados”, de acordo com o jornal Tribuna de Macau. Desde 2014 até Julho de 2016 foram abertos procedimentos sancionatórios e aplicadas multas com um valor global de 55.570 patacas, indicou, na altura, Helena Senna Fernandes. O hotel abriu portas em 1992 sob o nome de New Century, o qual foi alterado, em 2013, para Hotel Palácio Imperial Beijing. O espaço tem estado envolvido numa série de problemas, desde conflitos laborais a outras disputas que chegaram aos tribunais.
Hoje Macau SociedadePSP | Wong Sio Chak lamenta mais um caso a envolver agentes [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] secretário para a Segurança disse ontem lamentar “profundamente” ter tido conhecimento de “mais um caso de prática de actos criminosos e de abuso de poder praticados por agentes policiais”. Num comunicado em que não são dados pormenores, o gabinete de Wong Sio Chak refere que, relativamente ao caso descoberto pela Polícia Judiciária (PJ) no passado sábado, o secretário “dedicou ao assunto a sua maior atenção, manifestando surpresa”. Porque em causa estão agentes policiais suspeitos de terem praticado crimes graves de associação criminosa para obterem proveitos, resultando em abuso de poder, Wong Sio Chak diz ter dado de imediato “orientações muito precisas à PJ no sentido de emprestarem o seu maior empenho e eficácia nos trabalhos de investigação e de recolha de informações”. Além disso, o responsável pela tutela da Segurança determinou comandante da Polícia de Segurança Pública “a imediata instauração de processos disciplinares” aos arguidos, com “investigações rigorosas e completa fiscalização interna no âmbito da disciplina e da gestão do trabalho, a fim de colmatar lacunas existentes”. De acordo com o canal chinês da Rádio Macau, três agentes da PSP foram detidos, juntamente com outros indivíduos, por se suspeitar terem recebido subornos de pessoas que queriam entrar ilegalmente no território. O caso terá envolvido 39 milhões de patacas.
Hoje Macau China / ÁsiaAustrália insta China a pressionar Coreia do Norte para pôr fim a testes com mísseis [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] primeiro-ministro australiano pediu ontem à China para usar a sua influência junto da Coreia do Norte para pôr fim aos testes de mísseis do regime. Malcolm Turnbull disse aos jornalistas, em Sydney, que a conduta da Coreia do Norte é “imprudente, provocadora e ilegal” e que a Austrália vai trabalhar com os Estados Unidos e outros países para impor sanções a Pyongyang. “A maior responsabilidade de trazer a Coreia do Norte à razão (…) é da China”, disse Turnbull. “Eles têm uma relação económica dominante com a Coreia do Norte e devido ao facto de terem uma grande influência, têm a maior responsabilidade”, acrescentou. A Coreia do Norte disparou um novo míssil balístico no domingo, que disse ser um novo modelo de “médio e longo alcance”. De acordo com a agência de notícias estatal KCNA, trata-se de “um novo modelo de míssil balístico estratégico de médio e longo alcance, o Hwasong-12”. A agência sublinhou que o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, “supervisionou pessoalmente o teste”. O novo míssil – disparado pelas 05:30 locais de domingo – atingiu uma altitude de 2.111 quilómetros, percorreu cerca de 700 quilómetros e caiu no Mar do Japão. A KCNA acrescentou que o disparo do míssil visou fazer um teste “às características e pormenores técnicos” da nova arma, “capaz de transportar uma grande e potente ogiva nuclear”. O míssil seguiu a trajectória planeada e caiu “exactamente no local previsto”. Criticas gerais O teste do novo míssil balístico norte-coreano motivou reacções críticas de vários quadrantes: os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul pediram uma reunião de urgência do Conselho de Segurança das Nações, que foi já marcada para a tarde de terça-feira. A confirmação da reunião de urgência foi avançada nas Nações Unidas pela representação do Uruguai, país que preside ao Conselho de Segurança em Maio. O disparo do míssil balístico – o segundo no espaço de 15 dias – foi interpretado como um desafio, na sequência da recente eleição do novo Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-In. A NATO criticou o lançamento do míssil e apelou a Pyongyang para que incentive o desanuviamento da tensão, em vez de insistir “nas provocações”. O míssil constitui “um incumprimento flagrante de várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, o que pressupõe “uma ameaça à paz e à segurança internacional”. A União Europeia considerou o disparo “uma ameaça à paz e segurança internacional”, numa escalada da tensão na região. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu o agravamento de sanções contra a Coreia do Norte, na sequência deste último disparo. Também a China e a Rússia já reagiram, mostrando-se “preocupadas com a escalada de tensão” na península coreana. O Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo chinês, Xi Jinping, “discutiram em pormenor a situação na península coreana” durante um encontro, em Pequim, e “as duas partes exprimiram a sua preocupação para com uma escalada de tensão”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Asilo rejeitado a requerentes que ajudaram Snowden [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s requerentes de asilo que ajudaram a acolher o ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA) norte-americana Edward Snowden em Hong Kong, em 2013, viram os seus pedidos rejeitados na cidade chinesa, informaram ontem os advogados das famílias. Os advogados que representam os requerentes de asilo disseram que planeiam recorrer das decisões tomadas pelo director dos Serviços de Imigração, informou a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong. Os advogados também renovaram os apelos para que o Governo canadiano intervenha e conceda asilo aos requerentes. Um casal do Sri Lanka e os seus dois filhos, outro homem do Sri Lanka, e uma mulher das Filipinas com uma filha, foram todos informados na semana passada de que os seus pedidos de asilo tinham sido rejeitados. Marc-Andre Seguin, advogado canadiano que representa as famílias nos pedidos para irem para o Canadá, disse que as mesmas tinham sido claramente visadas pelos funcionários da imigração. “Eles foram chamados para triagem e para entrevistas de deportação, todos no mesmo dia, em Março. As decisões a rejeitar os seus pedidos em Hong Kong também chegaram no mesmo dia”, disse Seguin. “Estamos a falar de pessoas que entraram em Hong Kong com anos de diferença, que submeteram os pedidos de asilo em anos diferentes, e no entanto as decisões chegam ao mesmo tempo”, acrescentou, indicando que os clientes tinham “motivos para estarem preocupados”. No grande ecrã O facto de Snowden ter procurado abrigo junto dos requerentes de asilo tornou-se mundialmente conhecido depois da estreia de um filme sobre o antigo funcionário da NSA. O documentário “Citizenfour”, de Laura Poitras, sobre o ex-analista norte-americano Edward Snowden, que denunciou a jornalistas, em 2013, a existência de um programa global norte-americano de vigilância, estreou-se em Portugal em 2015. O filme, estreado nos Estados Unidos em 2014 e premiado este ano com um Óscar de melhor documentário, foi feito em Junho de 2013, registando os encontros que Edward Snowden teve com os jornalistas Glenn Greenwald, Ewen MacAskill e Laura Poitras, num hotel em Hong Kong, durante os quais denuncia o vasto programa de vigilância indiscriminada de comunicações da Agência de Segurança Nacional (NSA) norte-americana. A família do Sri Lanka disse que a publicidade sobre o seu envolvimento no caso de Snowden tinha feito com que os seus familiares no país fossem questionados, assediados e ameaçados pelas autoridades cingalesas. Também disseram que acreditam que agentes do Sri Lanka foram enviados a Hong Kong para os tentar localizar.
Hoje Macau DesportoLiga de Elite | Benfica dilata vantagem após empate do Monte Carlo Por João Maria Pegado [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]ealizou-se este fim de semana a décima quarta jornada da liga elite. Destaque para o empate do Monte Carlo frente ao Kei Lun. Com este resultado os canarinhos do território viram o Benfica De Macau aumentar para cinco pontos de diferença a sua liderança na prova e foram ultrapassados no segundo lugar pelo CPK. Na luta pela a manutenção destaque para a vitória dos jovens da associação que assim reduzem a diferença para o Grupo Desportiva da Policia. O jogo grande da jornada teve lugar na sexta feira à noite, com o Monte Carlo Vs Kei Lun. A equipa de Claudio Roberto entrava para este jogo sem grande margem de manobra e o único resultado possível era a vitória. Do outro lado estava a equipa de Josi Cler bastante motivada com a excelente prestação neste campeonato. O Monte Carlo apresentou-se no seu sistema habitual 3-5-2 e o Kei Lun num 4-3-3. A luta centrava-se a meio campo com a disputa dos capitães Silva e Anderson Oliveira, ambos a tentar obter o controlo de jogo, ora impedindo ataques rápidos ora organizando saídas rápidas para o ataque. Nenhuma das equipas jogava em ataque posicional, devido às características dos seus avançados. Os treinadores montaram as suas equipas para jogarem em transições rápidas, tornando o jogo emotivo para o adepto e com muitas oportunidades de golo. Nesta forma de jogar destaque para Neto no Monte Carlo e Diego Borges e Cesar Felipe no Kei Lun. Ao intervalo os canarinhos venciam por 1-0 com golo de Keverson Santana e assistência de Neto. Para o segundo tempo o treinador do Monte Carlo fez duas alterações para ver logo no primeiro minuto o Kei Lun empatar a partida. Cesar Felipe aproveitou um erro enorme de Ho Man Fai, guarda redes internacional A pela selecção de Macau, e de baliza aberta fez finalmente o golo que tanto tinha procurado na primeira parte. O 1-1 estava feito. Foi um balão de oxigénio para o Kei Lun tanto que aos 56 minutos Josi Cler jogou a cartada decisiva: tirou Ismael e colocou Alexandre da Silva. Excelente o treinador do Kei Lun na leitura do jogo ao perceber que o desafio não passava pelo meio campo, tirou um médio mais defensivo, deixando esse trabalho para Silva(que jogão), e colocou mais uma unidade na frente. Já o treinador do Monte Carlo teve o azar do jogo após mexer pela última vez na equipa, o central Geofredo Sousa lesiona-se, deixando a sua formação a jogar com 10 elementos. Aos 77 minutos e com muita sorte à mistura o Monte Carlo chega a vantagem no marcador através de um golo injusto para o guarda-redes do Kei Lun na forma como o sofreu, ele que tinha estado em grande plano até esse momento. A seguir a este golo só se viu Kei Lun e aos 93 minutos, Alexandre Silva finalmente conseguiu introduzir a bola dentro da baliza dando justiça ao marcador final de 2-2. Grande jogo no estádio da Taipa bastante emotivo com um resultado justo pela determinação do Kei Lun e pelo esforço do Monte Carlo que com dez homens em campo durante 20 minutos conseguiu ainda estar em vantagem. Mas este não era o resultado que pretendiam e alegria estava toda na equipa de Josi Cler. Outros jogos No sábado , Policia 0 Vs 2 Development Team, excelente resultado para os jovens da associação que assim reduzem a diferença para dois pontos para o oitavo classificado que é esta mesma Policia. No segundo jogo o Sporting 0 Vs CPK 3, os Homens do CPK não podiam deixar escapar esta oportunidade para assaltar o segundo lugar e fizeram-no com competência derrotando os Leões do território que novamente mostram boa imagem vendendo cara a derrota. No domingo, o Benfica De Macau não teve dificuldades em derrotar o KA I, fechando o jogo ainda na primeira parte com 3-0 ao intervalo e finalizando com um 4-1,aumentando para 5 pontos a diferença para o segundo classificado. No outro o jogo mais uma derrota para o Lai Chi 1 Vs 2 Cheng Fung. Com este resultado os velozes praticamente dizem adeus à Liga Elite. Jogador da Jornada #20 Silva (Kei Lun) Gigante em tamanho mas também no jogo que realizou. Foi sempre o primeiro a parar os ataques rápidos do Monte Carlo, impressionante o posicionamento táctico, quase sempre adivinhando onde bola da equipa adversária iria sair para o ataque. Para de seguida e com grande qualidade, algo tem vindo a melhor com o passar dos anos, construir os ataques da sua equipa, sendo sempre o primeiro a organizar e clarificar o jogo do Kei Lun.
Hoje Macau PolíticaEnsino superior e medicina tradicional chinesa na mira de “Uma Faixa, Uma Rota” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]rrancou este fim-de-semana a cerimónia oficial de abertura do Fórum “Uma Faixa, Uma Rota”, onde Macau está representado através de uma delegação chefiada por Chui Sai On, Chefe do Executivo. Em Macau, as expectativas de cooperação estão depositadas na área da medicina tradicional chinesa e ensino superior. Segundo o jornal Ou Mun, Frederico Ma, presidente do Fundo para o Desenvolvimento das Ciências e da Tecnologia (FDCT), considerou que Macau pode apostar no desenvolvimento da medicina tradicional chinesa e que tem vantagens nessa área. Para Frederico Ma, Macau, para além de possuir laboratórios, tem especialistas nesta área, tendo sido realizados vários trabalhos ao nível da aprovação e verificação da qualidade da medicina tradicional chinesa, com cariz internacional. Contudo, o presidente do FDCT considera que esta área enfrenta problemas de integração com os restantes países que integram a política “Uma Faixa, Uma Rota”, tais como as diferenças culturais ou a tecnologia existente, o que faz com que o ambiente para o seu desenvolvimento não seja muito satisfatório. Frederico Ma defende ainda que há espaço para melhoria no sector, sobretudo ao nível da produção local e de criação de marcas. Também ao jornal Ou Mun, a presidente do Instituto de Enfermagem do Kiang Wu, Florence Van, disse que pode ser feita uma aposta na cooperação ao nível do ensino superior, com a criação de cursos focados para a política “Uma Faixa, Uma Rota” e as necessidades dos países envolvidos. Para Florence Van, não basta apostar no comércio, é também importante abordar áreas como as artes, humanidades e educação. A presidente do instituto de enfermagem defende que o ensino superior local pode contribuir muito para a integração na política chinesa, uma vez que os cursos de turismo, medicina tradicional chinesa e enfermagem são os mais atractivos. Para melhorar a cooperação com países estrangeiros, Florence Van sugere a realização de cursos de intercâmbio de curto prazo, através dos quais os alunos e professores estrangeiros podem inteirar-se da educação de Macau. Empréstimos anunciados Informações avançadas ontem dão conta que a China vai contribuir com 100.000 milhões de yuan adicionais para o Fundo da Rota da Seda. Nos próximos três anos, vai ser dada ajuda no valor de 60.000 milhões de yuan a países em desenvolvimento e a organizações internacionais que participem na iniciativa. Dois bancos chineses vão também oferecer empréstimos especiais de até 380.000 milhões de yuan. A delegação de Macau regressa hoje ao território. Citado por um comunicado oficial, Chui Sai On afirmou que a cooperação da RAEM no âmbito desta política irá focar-se “no fluxo de transacções comerciais, acesso ao financiamento ou assegurar a ligação entre os povos”. Os mercados dos países de língua portuguesa e do Sudeste Asiático serão considerados “prioritários”. A Fundação Macau irá criar bolsas de estudo neste âmbito. O Chefe do Executivo lembrou ainda a promoção da participação dos jovens, “através da criação de bolsas de estudo e actividades de intercâmbio entre alunos do secundário de Macau”.
Hoje Macau PolíticaEconomia | PME vão poder pedir segunda verba de apoio É uma medida que, em teoria, poderá beneficiar mais de 1700 empresas de Macau. O Executivo decidiu rever o sistema de empréstimos sem juros. O objectivo é ajudar a impulsionar os negócios de quem tem o dinheiro contado [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo anunciou que as Pequenas e Médias Empresas (PME) vão poder candidatar-se a uma segunda verba de apoio, até ao montante máximo de 600 mil patacas. A proposta foi apresentada em Conselho Executivo juntamente com outra que aumenta o valor dos empréstimos que as PME podem pedir com 70 por cento da garantia dada pelo Governo. Em 2003, o Executivo de Macau criou uma verba de apoio para as PME, isenta de juros e reembolsável, cujo valor máximo tem vindo a aumentar. Para apoiar este tipo de empresas, “na expansão contínua dos negócios”, as PME vão ter “oportunidades de acesso, pela segunda vez”, desde que o primeiro subsídio tenha sido totalmente pago (tanto do ‘Plano de Apoio a PME’ como do ‘Plano de apoio a jovens empreendedores’), a “situação operacional” do negócio seja “adequada” e não haja dívidas à RAEM. Apesar de estar prevista a “simplificação das formalidades do pedido”, são alargadas as obrigações impostas aos beneficiários, como a apresentação semestral de documentos comprovativos da utilização da verba concedida. De acordo com informação disponibilizada pelo Conselho Executivo, há actualmente 1726 PME que preenchem os requisitos para pedir um segundo apoio. Do total de 8820 pedidos aprovados para uma primeira verba, num total de 2,5 mil milhões de patacas, apenas 3719 reembolsaram a totalidade do dinheiro, mas o director dos Serviços de Economia, Tai Kin Yip, explicou que outros estão em processo de reembolso e só 420 é que estão efectivamente com o reembolso em atraso. Segundo os mesmos dados, a maioria dos pedidos, 32,6 por cento ou 3206 casos, corresponderam a PME na área do comércio a retalho, a quem foram concedidos 803 milhões de patacas. De cinco para sete O Governo apresentou também uma proposta para aumentar o limite máximo do montante de crédito bancário concedido a cada PME e, assim, o montante da garantia de crédito prestado. Segundo a proposta, o Governo mantém em 70 por cento a percentagem de crédito bancário garantido a cada empresa – com a actualização do valor máximo do empréstimo de cinco para sete milhões de patacas, a garantia sobe também para 4,9 milhões de patacas. O Executivo justificou a “optimização do plano vigente” com a “mudança do actual ambiente da RAEM, para satisfazer a procura de financiamento bancário por parte das PME”. Desde a criação deste plano, também em 2003, 563 pedidos foram aprovados para o plano de garantia de créditos a PME, num total de 1,4 mil milhões de patacas, e 66 relativos a projectos específicos (55,6 milhões de patacas). As receitas da Administração aumentaram 9,4 por cento até Março, em termos anuais homólogos, em linha com o aumento da verba arrecadada com os impostos directos cobrados sobre a indústria do jogo. Abril foi o nono mês consecutivo de subida das receitas do jogo, as quais iniciaram, em Junho de 2014, uma curva descendente, terminada em Agosto último, após 26 meses consecutivos de quedas anuais homólogas.
Hoje Macau Manchete PolíticaRecrutamento | Chui Sai On diz estar “triste” com processo do Instituto Cultural Momentos antes de partir para Pequim, onde participou no Fórum “Uma Faixa, Uma Rota”, Chui Sai On disse “estar triste” com o caso no Instituto Cultural, que levou à abertura de um processo disciplinar. O Chefe do Executivo referiu ainda estar atento ao mercado imobiliário [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] caso do recrutamento ilegal no Instituto Cultural (IC), revelado pelo relatório do Comissariado contra a Corrupção (CCAC), deixou o Chefe do Executivo “triste”. Foi o que disse Chui Sai On, segundo a Rádio Macau, momentos antes de embarcar para Pequim, onde chefiou a delegação da RAEM participante no Fórum “Uma Faixa, Uma Rota”. “Estou muito triste. Nós temos de ter a responsabilidade de fazer bem. O facto de um serviço ter feito isso ao longo de tantos anos sem ninguém descobrir deve levar a que sejam feitas algumas mudanças. É preciso identificar onde surgiu o problema. O Governo também tem de assumir a responsabilidade e vou falar com o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, para ver como é que podemos evitar que haja mais serviços com este problema”, disse Chui Sai On no Aeroporto Internacional de Macau. Citado por um comunicado oficial, o Chefe do Executivo adiantou ainda que o relatório elaborado pelo IC vai ser encaminhado para o CCAC “para efeitos de análise”, tendo referido ainda que “o caso deve ser revisto, já que houve um longo desconhecimento dos problemas existentes”. Atento ao imobiliário Questionado sobre a recente medida adoptada pelo Executivo para travar a especulação imobiliária, relacionada com a queda dos rácios bancários, Chui Sai On explicou que a deliberação foi decidida em conjunto com o secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, “após um longo período de fiscalização”. O Chefe do Executivo disse aos jornalistas que “mais de 90 por cento das transacções do mercado imobiliário foram feitas com capital local”, sendo que “há mais residentes locais que adquirem mais do que uma casa”. Para Chui Sai On, uma redução dos rácios bancários “é importante do ponto de vista da segurança financeira e do desenvolvimento saudável do mercado imobiliário local”. O Chefe do Executivo promete “estar atento ao referido mercado, no sentido de recolher opiniões e de as analisar adequadamente”. Sobre as novas normas de utilização dos capacetes por parte de condutores de motociclos, Chui Sai On garantiu que as opiniões enviadas pelas associações à Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego “serão cuidadosamente analisadas”. O Chefe do Executivo defendeu que as novas normas visam garantir a segurança dos condutores, sendo que a primeira fase da execução do regulamento “dá ênfase ao apelo e não à multa”. Chui Sai On “espera através de campanhas de sensibilização, coordenar com a população, no sentido de salvaguardar a segurança dos cidadãos”, conclui o comunicado.
Hoje Macau PolíticaEleições | CCAC recebeu queixas sobre recolha de assinaturas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] aviso é deixado pelo Comissariado contra a Corrupção (CCAC): a comissão de candidatura deve ser constituída em conformidade com a lei. Há interessados em concorrer às legislativas que já começaram a recolher assinaturas dos eleitores. Alguns não o fizeram da melhor maneira. O CCAC não diz quem são, nem quantos são. Limita-se a explicar que “recebeu notícias” que lhe “chamaram a atenção”. De acordo com um comunicado do órgão de investigação criminal, “algumas associações e indivíduos organizaram recentemente actividades, a diversos títulos, durante as quais comidas e bebidas foram fornecidas gratuitamente ou com descontos”. Essas ocasiões serviram para anunciar “a intenção de candidatura de determinados indivíduos ou foram disponibilizados aos participantes formulários de constituição de comissão de candidatura para assinatura”. Ora, de acordo com a Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa, quem oferecer ou prometer vantagem, por si ou por intermédio de outrem, para que uma pessoa singular ou uma pessoa colectiva constitua ou não constitua comissão de candidatura seguindo determinado sentido, comete um crime de corrupção eleitoral e é punido com pena de prisão de um a oito anos, recorda o CCAC. “Além disso, prevê-se na mesma lei que quem exigir ou aceitar os benefícios oferecidos por outrem, no sentido de constituir ou não constituir comissão de candidatura seguindo determinado sentido, é punido com pena de prisão até três anos”, escreve o comissariado. Tolerância zero O CCAC garante que vai investigar “quaisquer denúncias ou queixas relativas à corrupção eleitoral”. Por outro lado, lembra que aqueles que pretendam concorrer nas próximas eleições “devem agir no cumprimento rigoroso da lei, quer na constituição da comissão de candidatura, quer nos actos eleitorais subsequentes”. O CCAC reitera que vai “combater firmemente a corrupção eleitoral e os demais actos ilegais no âmbito das eleições, insistindo nos princípios de imparcialidade e da não tolerância”. Apela ainda aos cidadãos para que apresentem denúncias dos actos ilegais ou irregulares relativos às legislativas, através da linha vermelha e da plataforma na Internet criadas para o efeito pelo CCAC e pela Comissão de Assuntos Eleitorais da Assembleia Legislativa.
Hoje Macau SociedadeParisian | Amostras contaminadas com legionella [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s Serviços de Saúde de Macau (SSM) detectaram valores anormais da bactéria legionella pneumophila em 10 das 78 amostras de água recolhidas do Hotel Parisian em Macau. De acordo com o comunicado enviado à comunicação social, as amostras dizem respeito às águas das torneiras das instalações sanitárias e nos balneários da piscina daquele hotel. A bactéria não foi encontrada nas piscinas, jacuzzis e fontes. As dez amostras contaminadas revelaram valores superiores ao limite de 10CFU/ml permitido. Na mesma acção foram ainda detectadas anormalidades no funcionamento do sistema de cloração da água redistribuída e insuficiência do cloro residual. Consequentemente, referem os SSM, o organismo exigiu a correcção imediata das situações em falta. A inspecção decorreu de uma notificação do Centro de Protecção de Saúde de Hong Kong recebida no passado dia 21 de Abril, em que dos 17 casos notificados de legionella pneumophila, pelo menos três dos portadores tinham viajado para Macau durante o período de incubação da bactéria entre os meses de Janeiro a Março. Durante a investigação os SSM confirmaram que neste período, um dos portadores visitou o Hotel Parisian Macau e dois estiveram hospedados no mesmo Hotel. Ao Parisian foram ainda deixadas recomendações de procedimentos rigorosos. Em Macau, nos últimos dez anos, apenas foi registado um caso confirmado da doença dos legionários, em 2010.
Hoje Macau SociedadeCentenário de Fátima | Milhares de fiéis católicos saíram às ruas em Macau [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ilhares de fiéis católicos espalharam-se este sábado pelas ruas de Macau para a procissão de Nossa Senhora de Fátima, no ano em que se comemoram os 100 anos das “aparições” marianas de Fátima. Alguns participaram na iniciativa pela primeira vez. Junto à porta do local das cerimónias Freeman Leung, 26 anos, veio de Hong Kong, pela primeira vez, de propósito para a procissão: “Sou católico-apostólico. Em Hong Kong temos poucas destas actividades, por isso quis juntar-me e experienciar”. Por herança britânica há em Hong Kong uma presença mais forte do protestantismo do que do catolicismo, apesar de ambas as igrejas serem minoritárias. “Sinto que estas cerimónias, estas liturgias, podem ajudar-me a estar mais perto de Deus e fortalecer a minha fé”, disse Freeman Leung. Ao contrário dos anos anteriores, quando a eucaristia e o início da procissão ocorriam na Igreja de São Domingos, este ano a cerimónia foi marcada para a Sé Catedral de Macau e pelas 18h00 já pouco espaço havia no Largo da Sé, onde as pessoas que não couberam na igreja acompanhavam a missa através de ecrãs, algumas envergando t-shirts com a imagem de Nossa Senhora. Após a missa em três línguas (chinês, português e inglês) pelo bispo Stephen Lee, e a comunhão, quando já era noite, a imagem de Nossa Senhora de Fátima saiu da igreja, entre cânticos de Avé Maria e centenas de ecrãs de telemóveis. Em declarações à Lusa, Freeman Leung espera que a relação entre a China e o Vaticano melhore, apesar das “dificuldades” que fazem com que “o Governo [chinês] não permita que os católicos expressem a sua fé livremente no país”. Segundo Leung, muitas outras pessoas vieram a Macau para a ocasião, notando um número significativo dos que falam mandarim. “Acho que querem experienciar isto”, apontou. Subir à Penha Com o marido e a filha de três anos, Jane Leung, de 34 anos, contou que esta foi a primeira vez que foi à procissão desde que foi mãe. “Este ano é especial, por causa do centenário. É importante participar num evento desta natureza. É tão impressionante. Temos de copiar o comportamento da Virgem Maria e a sua paixão”, comentou. A procissão seguiu pela cidade até à igreja da Penha, onde só chegou pelas 21h00. O dia quente e húmido não impediu milhares de pessoas de subir até à Ermida da Penha, acompanhadas de orações e cânticos que ecoavam pelos altifalantes espalhados pela cidade. Depois de “ter ficado a meio caminho” no ano passado, a portuguesa Sílvia Carimbo, de 44 anos, desta vez acompanhou a procissão até ao fim. “Noto muito mais gente este ano, acredito que por comemoração do centenário tenham aparecido muito mais pessoas na procissão”, disse. Segundo indicou a polícia à Lusa, três mil pessoas estiveram na procissão, mas entre os participantes esse número era tido como muito conservador. Macau tem quase 645 mil pessoas, com a comunidade católica estimada em cerca de 30 mil. A primeira procissão de Nossa Senhora de Fátima aconteceu em 1929.
Hoje Macau EventosFestival Eurovisão da Canção | Salvador Sobral faz história O português Salvador Sobral conseguiu a primeira vitória portuguesa no Festival Eurovisão da Canção com recordes de pontuação. O cantor interpretou “Amar pelos dois” e conquistou a Europa com uma postura real e música sentida [dropcap style≠’circle’]“E[/dropcap]u quero que o Salvador Sobral ganhe o festival da Eurovisão. Ele é bom demais”, foram as palavras de Caetano Veloso num vídeo que publicou no Twitter enquanto via, no passado sábado, o Festival Eurovisão da Canção. Salvador Sobral ganhou, e conseguiu a primeira vitória de Portugal no festival europeu. Mais tarde, dizia, que estas palavras foram mais importantes do que galardão. Salvador Sobral cantou em português, “Amar pelos dois”, com letra e música de Luísa Sobral, sua irmã, e obteve 758 pontos na votação combinada dos júris nacionais e do público, na final do festival disputada por 26 países em Kiev, na Ucrânia. Após a vitória, Sobral sublinhou que a “música não é fogo-de-artifício, é sentimento” e que “vivemos num mundo de música descartável”, apelando para uma mudança. “Vivemos num mundo de música descartável, de música ‘fast-food’ sem qualquer conteúdo. Isto pode ser uma vitória da música, das pessoas que fazem música que de facto significa alguma coisa. A música não é fogo-de-artifício, é sentimento. Vamos tentar mudar isto. É altura de trazer a música de volta, que é o que verdadeiramente interessa”, disse nas primeiras declarações após a vitória. Mais tarde, em declarações à RTP, Salvador Sobral sublinhou tratar-se de “uma boa vitória também para a música no geral”, apesar de saber “que estas coisas são muito efémeras, estes concursos, amanhã já ninguém se lembra”. “O importante é continuar a fazer música, mas sinto que é um bom passo que as pessoas tenham gostado desta música, que tem tanto conteúdo, emocional, lírico, melódico, acho que isto pode ajudar de alguma maneira, se calhar até nos anos próximos a Europa a trazer músicas com um bocadinho mais de significado a todos os níveis”, afirmou o cantor. Questionado pelo apresentador José Carlos Malato sobre se esta vitória significa a entrada do cantor na história, Sobral disse não querer pensar nisso, recordando a digressão que tem agendada para os próximos meses, com concertos a partir do próximo sábado em Marco de Canavezes, seguindo-se o Cartaxo (26 de Maio) e Ovar (27 de Maio), antes de prosseguir a 10 de Junho em Ílhavo com datas que continuam até Agosto. Politicamente incorrecto Salvador Sobral, face a uma pergunta sobre o apelo que fez de apoio aos refugiados na conferência de imprensa que se seguiu à primeira meia-final, disse não pretender acrescentar nada ao que já havia afirmado, mas realçou que transmitiu uma mensagem sobre os refugiados por acreditar ser o maior problema com que a Europa se confronta actualmente, sem querer ser político. “Recebemos um e-mail da organização a dizer que não podia continuar a usar aquela camisola [que dizia ‘SOS Refugiados’]”, explicou, por não serem permitidas mensagens políticas ou comerciais: “Pensei que era estranho. E se vestir uma camisola da Adidas, é uma mensagem comercial? Era apenas humanitária. Já disse tudo o que tinha a dizer, não penso que deva apertar o mesmo botão outra vez”. Sobral, que disse nunca ter escrito uma canção com o propósito de passar na rádio, frisou que a sua vida não vai mudar em nada e que vai prosseguir com a digressão prevista para este Verão. “Nunca quis saber dos votos, só quis cantar uma canção bonita como ela é”, declarou. Durante a conferência de imprensa, o supervisor executivo da União Europeia de Radiodifusão, Jon Ola Sand, enalteceu o trabalho da organização local em Kiev e disse que a preparação para 2018, em Portugal, começa “já na segunda-feira”. O inquieto Salvador Sobral publicou “Excuse me”, o seu disco de estreia, há um ano, cruzando referências de uma vida, que provam o seu modo inquieto de viver a música, do jazz de Chet Baker aos clássicos brasileiros de Dorival Caymmi. Tinha 26 anos, era um desconhecido, não mais do que o irmão de Luísa Sobral, e um rosto perdido na memória de edições de concursos de talentos vocais, há muito desaparecidas. O cantor nasceu em Lisboa, em 1989, ouvia música desde criança e, numa entrevista recente ao El País, recordou as viagens em família, as canções partilhadas com os pais, dos Beatles, dos Genesis, de Simon & Garfunkel e John Lennon, sobretudo clássicos dos anos dos anos 1960/70, e as harmonias feitas com a irmã. Dedicou-se a um curso de Psicologia e a um Erasmus em Maiorca. Para ganhar dinheiro, começou a cantar em bares. E foi aí que tudo mudou. Descobriu Chet Baker, através de um guitarrista argentino com quem cantava: “Deslumbrou-me. Parecia uma angústia misturada com esperança, com melancolia, tudo numa só pessoa. Identifiquei-me totalmente com ele e com o seu estilo”, disse na entrevista ao jornal espanhol El País, publicada no passado dia 16 Abril. O curso de Psicologia deu lugar ao de Música, e Maiorca a Barcelona, onde, em 2014, começou a actuar com a banda Noko Woi, com quem participou no festival Sonar. Um ano mais tarde seria uma voz na programação dos festivais Mexefest e, no seguinte, entraria no Cool Jazz. Entre a vitória em Lisboa e a vitória em Kiev, a actuação de Salvador Sobral teve impacto nos meios internacionais de comunicação. Surgiu na TVE a cantar com o concorrente espanhol, foi entrevistado pelo El País, chegou às páginas do El Mundo, do Daily Express, do The Sun. A agência France Presse definiu-o como “o ‘crooner’ português de coração demasiado grande”. “Sou um inquieto musical, preciso de ter muitos projectos em simultâneo. Estou a preparar um disco de boleros em jazz. É uma dor de cabeça ter tantas facetas. Acabarei por ter tantos heterónimos como Fernando Pessoa”, garantiu ao El País. • REVEJA A PARTICIPAÇÃO DE SALVADOR SOBRAL NO FESTIVAL EUROVISÃO DA CANÇÃO