Hoje Macau EventosOrquestra de Macau apresenta “Grandes Poemas Sinfónicos” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Orquestra de Macau (OM), sob a égide do Instituto Cultural, apresenta o concerto “Grandes Poemas Sinfónicos” esta sexta-feira, dia 2, pelas 20h00, a ter lugar na Igreja de São Domingos. Lu Jia é o director musical e maestro principal da orquestra que vai apresentar a obra “Minha Pátria”, que “faz parte de um ciclo de seis poemas sinfónicos do compositor do século XIX, Bedrich Smetana”. Fundador da música nacionalista checa, o compositor do século XIX, Bedrich Smetana, definiu um paradigma com a sua longa prática na música. O seu ciclo de poemas sinfónicos Minha Pátria, que retrata a história gloriosa, as belas paisagens e os personagens heróicos da terra natal do compositor, é o pináculo das composições checas de Smetana e uma genuína expressão de fervor patriótico e orgulho nacional. Devido à sua longa duração e elevada exigência técnica de execução, raramente se assiste à sua interpretação completa em concerto. A entrada para o concerto “Grandes Poemas Sinfónicos” é livre, sendo os bilhetes distribuídos por ordem de chegada na Igreja de S. Domingos uma hora antes da actuação, limitados a um máximo de dois bilhetes por pessoa, explica o IC.
Hoje Macau EventosJoana Vasconcelos com arte pública em Paris e Nice [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] artista plástica Joana Vasconcelos foi convidada pelos municípios de Paris e Nice, em França, para criar uma obra de arte pública permanente para cada uma das cidades, a instalar em 2018, anunciou o ateliê da criadora. A obra de arte pública para a cidade de Paris vai ser instalada na Porte de Clignancourt, no contexto de um programa artístico que acompanha as obras decorrentes da extensão da linha de metropolitano de superfície. Trata-se de uma iniciativa do Município de Paris, em conjunto com a Fondation de France, que pretende envolver os cidadãos no planeamento do território. Joana Vasconcelos foi a artista escolhida por um grupo de residentes do 18.º bairro de Paris para criar o projeto local. Em Nice, o município convidou um grupo de artistas para criar uma obra para a nova linha de metropolitano Oeste-Este da cidade, seleccionados por um comité de especialistas dirigido por Jean-Jacques Aillagon, ex-ministro da Cultura de França. Joana Vasconcelos foi selecionada entre um grupo de 12 artistas franceses – alguns dos quais naturais da cidade de Nice – e estrangeiros, que terão as suas obras instaladas ao longo de nove estações. A obra da artista portuguesa será instalada na estação de Ferber, no passeio marítimo da cidade. Em 2012, Joana Vasconcelos, tornou-se na primeira mulher e criadora mais jovem a expor algumas das suas obras no Palácio de Versailles, em Paris. A artista representou oficialmente Portugal na Bienal de Arte de Veneza 2013, num projeto comissariado por Miguel Amado, que levou um cacilheiro transformado em obra de arte ao recinto principal da mostra internacional contemporânea. O cacilheiro “Trafaria Praia”, que chegou a circular no Tejo para visitas turísticas, e é propriedade da Douro Azul, encontra-se à venda desde o final do ano passado.
Hoje Macau China / ÁsiaEspionagem da China na União Africana? “Absurdo”, diz embaixador da China [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] embaixador da China na União Africana (UA) classificou de absurda a conclusão de uma investigação do jornal francês Le Monde que indica que Pequim espiou, pelo menos entre 2012 e 2017, a sede daquela organização, em Adis Abeba. “Eu acho esta uma história sensacional, mas também completamente falsa e sem sentido”, afirmou Kuang Weilin, citado pela agência France-Presse, à margem da cimeira da organização. Segundo o embaixador, o artigo em questão, publicado na sexta-feira pelo Le Monde, “prejudicará a imagem do jornal”, mas não a relação entre China e África. Citando várias fontes internas na UA, o Le Monde assegurou que os informáticos da organização constataram há cerca de um ano que o conteúdo dos servidores da Internet da UA foi transferido para outros servidores na cidade chinesa de Xangai. As mesmas fontes dizem que essas transferências ocorreram desde 2012, após concluída a construção do novo edifício da UA, que foi oferecido pela China. Os servidores da UA foram alterados em 2017, quando essa falha no sistema foi descoberta. O Le Monde acrescenta que, após ter sido exposta a transferência dos dados para a China, especialistas da Etiópia em segurança descobriram microfones escondidos nas mesas e paredes das salas da sede. O primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, negou, entretanto, as informações avançadas pelo Le Monde, insistindo na importância das relações com a China. “Não há nada para espiar, não acredito”, afirmou.
Hoje Macau China / ÁsiaChina acusa Yu Wensheng de subversão [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades chinesas acusaram Yu Wensheng, um proeminente defensor dos direitos humanos detido por publicar uma carta dirigida ao Presidente chinês, Xi Jinping, de “incitação à subversão contra o poder do Estado”. A família de Yu foi notificada no sábado, por escrito, pela polícia de Xuzhou, leste da China. Aquele crime, uma acusação muito grave no país asiático e cuja pena máxima é prisão perpétua, é frequentemente usado pelo regime comunista de Pequim contra dissidentes. Em dezembro passado, o ativista Wu Gan foi condenado a oito anos de prisão pelo mesmo crime. Antes de ser detido, a polícia acusou Yu de “obstrução nos assuntos públicos”, um crime menos grave. As autoridades escrevem na notificação enviada à família que o advogado está sob “vigilância residencial num local designado”, sem avançar com mais detalhes. A organização de defesa dos direitos humanos Chinese Human Rights Defenders (CHRD) afirma hoje na sua conta oficial no Twitter que o advogado “corre grande risco de ser torturado”, e denuncia que Yu não teve acesso a um advogado. A organização informa que este fim-de-semana a polícia esteve na casa de Yu em Pequim e interrogou a sua esposa durante 16 horas. Yu, que foi advogado de vários dissidentes e activistas chineses, foi detido em 19 de Janeiro, junto à escola onde estudam os filhos, que contaram à mãe como o pai foi levado por uma dezena de agentes. A detenção ocorreu quatro dias depois de lhe terem retirado a licença de advogado, após publicar uma carta em que criticava directamente Xi Jinping e pedia uma reforma do Partido Comunista, visando uma China “livre, democrática, com respeito pelos Direitos Humanos e um Estado de direito”. Dias após a detenção de Yu, a China retirou a licença de advogado a Sui Muqing, que esteve também envolvido em casos de direitos humanos, e foi acusado de violar a lei quando tentou tirar uma foto do seu cliente activista Chen Yunfei, condenado a quatro anos por prestar tributo a dois estudantes mortos durante o massacre de Tiananmen, em 1989. Segundo CHRD, o advogado estava a tentar obter provas das torturas que o seu cliente denunciou estar a sofrer na prisão.
Hoje Macau China / ÁsiaPela primeira vez, China ultrapassa EUA em produção científica [dropcap style≠’circle’]P[/dropcap]ela primeira vez na história, a China ultrapassou os Estados Unidos num critério importante: o volume de artigos científicos totais publicados, uma estatística reveladora dos avanços rápidos que a nação asiática fez no cenário mundial nas últimas décadas. A descoberta veio do relatório bienal de “Indicadores de Ciência e Engenharia” (Science and Engineering Indicators), um relatório publicado pela Fundação Nacional de Ciência (NSF) dos Estados Unidos, que rastreia inúmeros marcadores de conquista científica em diversos países. O relatório concluiu que os Estados Unidos ainda são o líder mundial em ciência e tecnologia, excepto nessa categoria vital. “O relatório deste ano mostra uma tendência na qual os EUA ainda lideram em muitos critérios de C&T [ciência e tecnologia], mas a nossa liderança está a diminuir em certas áreas que são importantes para o nosso país”, disse a presidente do conselho da Fundação Nacional de Ciência americana, Maria Zuber. Volume e citação de artigos Em 2016, a China publicou mais de 426 mil estudos científicos indexados pela SciVerse Scopus, um banco de dados de artigos de revistas académicas, da Editora Elsevier. Tal representa cerca de 18,6% do total internacional. De forma inédita, os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, alcançando 409 mil artigos publicados. Apesar disso, a produção dos Estados Unidos ainda ultrapassa a da China quando se trata de citações de artigos científicos, embora nenhuma das duas nações seja líder mundial nesse quesito. A Suécia e a Suíça produzem as publicações mais citadas, seguidas pelos Estados Unidos, a União Europeia e depois a China. Os líderes em C&T O relatório americano também mostra os pontos fortes de diferentes nações no campo científico. Por exemplo, investigadores dos Estados Unidos e da União Europeia produzem mais artigos (e patentes) sobre ciência biomédica, enquanto a China demonstra liderança na pesquisa de engenharia, bem como a Coreia do Sul. Quanta dinheiro existe à disposição da ciência? No critério financeiro, os Estados Unidos ainda demonstram uma liderança impressionante, gastando mais que todos os outros países em pesquisa e desenvolvimento (P&D): US$ 496 mil milhões, ou 26% do total global. Além disso, trazem o maior investimento, de quase US$ 70 mil milhões. Mas a China não está muito atrás, com suas despesas de P&D a crescer rapidamente, numa média de 18% ao ano desde 2000, enquanto a média de crescimento dos Estados Unidos tem sido de apenas 4%. Hoje, os chineses já gastam US$ 408 mil milhões (21% do total global) com a pesquisa, obtendo US$ 34 mil milhões em investimento em 2016. Esta é provavelmente a estatística mais impressionante do relatório. De acordo com o economista Robert J. Samuelson, os números chineses são de tirar o fôlego. “A China tornou-se – ou está à beira de se tornar – uma superpotência científica e técnica. Não devemos esperar nada menos”, argumentou. Atrás do prejuízo De maneira geral, o que os indicadores mostram é que os Estados Unidos estão a perder território científico rapidamente, especialmente para a China. “Os EUA continuam a ser o líder mundial em ciência e tecnologia, mas o mundo está a mudar. Não podemos dormir ao volante”, disse Zuber à Nature. Se o país for o reflexo da sua liderança, os Estados Unidos provavelmente continuarão estrada abaixo, uma vez que seu actual presidente, Donald Trump, não é um grande fã da ciência. O relatório está disponível para consulta, em inglês, no portal da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Pessoas retiradas e voos cancelados devido à neve [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] neve e o gelo que estão a afectar o centro e leste da China levaram à retirada de milhares de pessoas e ao cancelamento de voos, em vários aeroportos, informou ontem agência noticiosa oficial Xinhua. No total, 4.316 pessoas foram deslocadas na província de Anhui, no leste do país, após as suas casas terem sido danificadas pelas tempestades de neve que afectam a região. Mais de mil automóveis ficaram retidos na estrada, na mesma província. O Governo enviou equipas de resgate para consertar linhas eléctricas e limpar a neve e gelo das estradas, e mantas e comida para a população afectada, detalha a agência. No aeroporto Internacional de Huanghua, na cidade de Changsha, capital da província de Hunan, todas os voos de partida e chegada foram adiados no domingo de manhã, devido à pista estar coberta por gelo até dois centímetros de espessura. Na província de Jiangsu, mais de 10.000 ligações de longa distância de autocarro foram suspensas. Cidades onde é raro nevar registaram nevões na semana passada e neste fim de semana, incluindo Xangai, a “capital” económica da China, que registou o maior nevão dos últimos cinco anos. Dezenas de voos foram cancelados e outros partiram com atraso da cidade. O Centro Meteorológico Nacional da China classificou o actual temporal como o pior deste inverno na região.
Hoje Macau China / ÁsiaChina | Autoridades repreendem rede social Weibo por conteúdo “nocivo” [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s autoridades chinesas acusaram o Weibo, espécie de Twitter chinês, de difundir conteúdo “nocivo”, e pediram à empresa que apague alguma informação, em mais uma medida de Pequim para controlar a Internet do país. O regulador chinês para o ciberespaço considerou no sábado que o Sina Weibo exerce um controlo “inadequado” sobre o conteúdo, apesar de a empresa ter recentemente intensificado a monitorização. O Weibo permite aos usuários “publicar conteúdo de carácter perverso, obsceno, de mau gosto ou que (defende) a discriminação étnica”, disse o regulador em comunicado. As autoridades acusam o Weibo de “violar as leis e regulamentos do país, ao orientar a opinião pública para a direcção errada e exercer má influência”. As autoridades puniram a rede social com a suspensão por uma semana de algumas das suas ferramentas, incluindo a lista dos tópicos mais compartilhados ou um serviço pago para fazer perguntas a celebridades. A censura imposta por Pequim no ciberespaço resulta no bloqueio de vários portais estrangeiros e alguns serviços de “gigantes” do setor, como o Facebook, Google ou Twitter. Plataformas chinesas como Weibo e WeChat estão sujeitas a uma censura restrita e obrigadas a regular o conteúdo dos seus próprios usuários. Uma lei de segurança no ciberespaço, aprovada no verão passado, reforçou ainda mais o controlo da rede. O Governo ordenou aos responsáveis por conteúdo ‘online’ que forneçam informação que esteja “ao serviço do socialismo e da orientação correcta da opinião pública”. A medida levou à censura de música rap, desenhos animados ou rumores sobre celebridades. As novas punições são “uma forma de controlar melhor a lista dos tópicos mais compartilhados. Agora, no topo da lista vai aparecer aquilo que o Governo quer”, comentou no domingo um internauta, no próprio Weibo.
Hoje Macau China / ÁsiaChina e Japão concordam em realizar cimeira Pequim-Tóquio-Seul o mais cedo possível [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China e o Japão concordaram em realizar o mais cedo possível uma nova ronda de reuniões de líderes da China, Japão e Coreia do Sul, e prometeram criar um ambiente adequado para a cimeira trilateral. O acordo foi atingido no domingo durante as conversações entre o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, e seu homólogo japonês, Taro Kono, que está em visita oficial a Pequim. “As relações de alto nível podem desempenhar um importante papel na melhoria das relações bilaterais”, segundo um comunicado de imprensa emitido depois das conversações. As duas partes também saúdaram a criação de um mecanismo de contactos aéreos e marítimos entre os dois países e comprometeram-se assinar um acordo o mais cedo possível. “A China e o Japão devem trabalhar em conjunto para tornar o Mar do Leste da China num mar de paz, cooperação e amizade”, segundo o documento. Este ano marca o 40º aniversário da assinatura do Tratado de Paz e Amizade China-Japão. Os dois países concordaram em aproveitar a oportunidade para fortalecer as suas relações em todos os níveis e em diversas áreas, como cultura, governos locais, meios de comunicação e juventude, bem como intensificar a cooperação de benefício mútuo. “Os laços bilaterais China-Japão experimentaram uma viragem extraordinária nos últimos 40 anos”, disse Wang, pedindo que as duas partes se “mantenham fiéis às suas aspirações originais, aprendam com as experiências e promovam o constante desenvolvimento das relações”. Os dois países devem construir uma confiança política mútua, assinalou Wang. O MNE também pediu à parte japonesa trate a China como um parceiro em vez de um rival, e trate o desenvolvimento da China como uma oportunidade em vez de uma ameaça. Além disso, Wang pediu ao Japão que cumpra os seus compromissos, trate o assunto de Taiwan com base no princípio de Uma Só China e respeite a soberania e os direitos de segurança da China relacionados com o Tibete e Xinjiang. Desde que se normalizaram os laços diplomáticos em 1972, a China e o Japão assinaram quatro importantes documentos políticos, além de um acordo de princípios de quatro pontos. “Os dois países devem sempre seguir esses documentos e garantir a base política das relações bilaterais”, manifestou Wang. Quanto ao assunto de Taiwan, o Japão respeitará os princípios estabelecidos no comunicado conjunto Japão-China 1972 que normalizou as relações bilaterais. O Japão também tratará de forma adequada os assuntos relacionados com o Tibete e Xinjiang, que são parte dos assuntos internos da China, de acordo com Kono. “A China e o Japão são a segunda e a terceira maiores economias do mundo, respectivamente. Por isso, desenvolver uma relação bilateral estável não apenas corresponde aos interesses dos dois países, mas também a toda a comunidade internacional”, assinalou Kono. O MNE japonês prometeu impulsionar as relações bilaterais com base no benefício mútuo e no consenso de “ser parceiros cooperativos um do outro, em vez de ameaça”. Kono mostrou a atitude positiva do Japão para a sua participação na iniciativa Uma Faixa, Uma Rota. Os dois ministros também trocaram pontos de vistas sobre questões regionais e internacionais, incluindo a situação da península da Coreia. Ambos se comprometeram em garantir conjuntamente o sistema de livre comércio, promover a integração económica regional e construir uma economia mundial aberta.
Hoje Macau SociedadeGrande Baía | Guandong prepara inovação tecnológica conjunta [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo de Guandong está a elaborar uma proposta de acção para inovação tecnológica para a zona da Grande Baía e conta com a colaboração de Hong Kong e de Macau. De acordo com o Jornal Ou Mun, o plano é para estar pronto até meio do ano. O chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia de Guangdong, Wang Rui Jun, afirmou, à margem da primeira reunião da Assembleia Popular Nacional ao nível provincial, que Macau pode aproveitar para expor as suas necessidades neste sector e receber formação e apoio a políticas para melhorar as suas condições. De acordo com a mesma fonte, a diferença fundamental entre a proposta de acção para inovação tecnológica na zona da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e as outras políticas é que esta proposta contem questões reveladas pelo próprio pessoal na área de ciência, que vão além do domínio das autoridades. Wang Rui Jun frisou ainda que a proposta é totalmente baseada nas necessidades encontradas na cooperação entre Guangdong, Hong Kong e Macau. O responsável salientou ainda que os laboratórios da província de Guangdong estão abertos aos jovens na área de ciênciaoriundos das duas regiões administrativas especiais com o intuito de atrair mais cientistas e investigadores a estudar em Guangdong.
Hoje Macau EventosFundo das Indústrias Culturais | Apoios com novas regras [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s apoios concedidos pelo Fundo das Indústrias Culturais vão ter novas regras a partir do próximo dia 1 de Março. Se até agora existiam duas fases de candidatura para financiamento de projectos, a partir de Março as candidaturas podem ser feitas em qualquer altura. De acordo com o despacho publicado ontem em Boletim Oficial, vão ainda ter direito a apoio os “programas específicos”. A ideia é ajudar a desenvolver as indústrias culturais dentro das suas especificidades. Os apoios sob a forma de empréstimo sem juro, podem ter auma duração de dez anos enquanto que as ajudas a fundo perdido têm uma duração máxima de cinco anos, sendo que o valor máximo a conceder a cada projecto não pode ultrapassar 9 milhões de patacas. Até Outubro do ano passado foram aprovados pelo Fundo das Indústrias Culturais um total de 53 projectos no valor de de 124 milhões de patacas, em subsídios a fundo perdido e empréstimos sem juros.
Hoje Macau SociedadeDemolição | DSPA atenta a possíveis resíduos de amianto em estaleiro [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) emitiu ontem um comunicado onde afirma estar atento a um possível caso de proliferação de amianto e outros resíduos numa demolição ilegal na avenida Padre Tomás Pereira, na Taipa. “A DSPA está muito atenta ao caso de suspeita de amianto e poeiras produzidas pelas obras de demolição realizadas num lote” na referida morada. A DSPA foi notificada do caso e enviou pessoal ao local, tendo “ordenado a cessação imediata das obras porque concluiu-se que a licença de obra para a mesma não havia sido solicitada”. Este trabalho de fiscalização foi feito pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes. “A DSPA vai continuar a acompanhar a fiscalização das obras posteriores e destacar pessoal para a inspecção em conjunto com os serviços competentes, bem como continua a monitorizar o estado atmosférico, mantendo contacto com as escolas e residentes das proximidades, de modo a fornecer as últimas notícias do acompanhamento.”
Hoje Macau EventosBrasileiros celebram primeiro filme do Brasil nos cinemas chineses [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] exibição inédita de um filme brasileiro em circuito nacional na China – Nise, O Coração da Loucura – é um “feito extraordinário” e uma “conquista muito grande” para o Brasil, concordam brasileiros radicados no país asiático. José Medeiros da Silva, professor universitário na costa leste da China, emocionou-se ao ouvir falar português numa sala de cinema tão longe de casa. Rafael Lima, jornalista da agência noticiosa oficial Xinhua, conta que no final do filme aconteceu algo inesperado: “Os chineses bateram palmas”. Nise – O Coração da Loucura conta a história de uma psiquiatra que adopta a terapia pela arte no tratamento dos seus doentes, ao invés das práticas de lobotomia e de choques eléctricos introduzidas no Brasil no início dos anos 1940. A longa-metragem dirigida por Roberto Berliner estreou este mês na China, depois de em 2017 ter vencido o Festival de Cinema BRICS – o bloco de grandes economias emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O filme, que conta com Glória Pires como actriz principal, está em exibição em 600 salas de cinema distribuídas pela China, segundo confirmou à agência Lusa fonte da embaixada brasileira em Pequim. “Está a ser exibido em mais salas na China do que no próprio Brasil”, nota um diplomata brasileiro. José Medeiros da Silva concorda: “A entrada do filme no mercado cinematográfico chinês é um feito extraordinário”. “O Brasil poderia agora pensar não apenas em soja e minério de ferro nas trocas com a China, mas também na sua cultura e no seu cinema”, opina. A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Nos primeiros seis meses de 2017, Pequim comprou 25% do conjunto das exportações brasileiras, numa balança comercial composta sobretudo por petróleo, soja e minério de ferro. A importação de filmes continua a ser monopólio do Estado chinês, que permite apenas a exibição de 34 obras estrangeiras por ano nas salas de cinema do país. Rafael lembra, por isso, que a longa-metragem brasileira “terá tirado lugar a um filme norte-americano que facturaria muito mais e deixou assim de facturar”. “Mostra que a China está aberta e não disposta a passar apenas filmes dos Estados Unidos”, diz. Numa sessão de sábado à tarde, num cinema no centro de Pequim, a audiência de Nise – O Coração da Loucura não preenchia nem metade da sala. Segundo o ‘site’ Box Office Mojo, que difunde as receitas de bilheteira em diferentes países do mundo, a longa-metragem brasileira arrecadou, na primeira metade do mês, 137.765 dólares na China. O resultado coloca a obra de Berliner quase no fundo de uma tabela dominada pelas produções norte-americanas Jumanji – Bem-Vindos À Selva e Star Wars: Os Últimos Jedi ou o chinês Ex-File 3, filmes que faturaram dezenas de milhões de dólares nos cinemas chineses. No Douban, a versão chinesa da base dados de cinema IMDB, um internauta designou Nise – O Coração da Loucura de “obra-prima sublime”, destacando a construção e a mensagem do filme. Outro internauta classificou o filme de aborrecido e admite até que adormeceu. José Medeiros da Silva lembra: “Não é um filme para diversão, a história é muito dura. É cinema reflexivo”. Rafael Lima fala da importância de mostrar ao público chinês “uma realidade muito diferente da China”. “O filme retrata um Brasil dos anos 1940” diz. “A diversidade de raças, cores e a própria língua são já uma experiência sensitiva diferente”.
Hoje Macau China / ÁsiaNo Ártico com novas rotas e exploração de recursos [dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap]m alto diplomata chinês desvalorizou ontem as preocupações face à crescente dinâmica da China no Ártico, referindo que Pequim quer gerar oportunidades na região e não vai interferir nos interesses de outros países. Kong Xuanyou, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, assumiu o interesse da China em participar em estudos científicos e na exploração de rotas marítimas que se abriram com o degelo das placas glaciares. O envolvimento do Governo e empresas da China “trará oportunidades para o Ártico”, afirmou Kong, numa conferência de imprensa que serviu para divulgar a política chinesa para o continente. O responsável apontou a possibilidade de explorar petróleo, gás, recursos minerais, a pesca e o turismo, em conjunto com outros países que têm a soberania da região, e com base “no respeito pelas tradições e culturas dos residentes, incluindo os povos indígenas, e a conservação do meio ambiente”. “Sobre o papel que a China vai desempenhar nos assuntos do Ártico, quero destacar dois pontos: primeiro, não vamos interferir; segundo, não vamos ausentar-nos”, afirmou Kong. “Não sendo um país do Ártico, a China não vai interferir em questões que são exclusivamente dos países do Ártico”, acrescentou. A presença da China no Ártico levou alguns países da região a temer que Pequim procure oportunidades para explorar recursos naturais face ao aquecimento global. A China beneficiou sobretudo do apoio da Islândia para conseguir o estatuto de observador, em 2013, no Conselho do Ártico, cujos principais membros são o Canadá, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Noruega, Rússia, Estados Unidos e Islândia. Reiquejavique autorizou a petrolífera estatal chinesa China National Offshore Oil Company a explorar as águas do país. Ambas as nações construíram um observatório conjunto para estudar o fenómeno da aurora polar. A China opera também uma estação de pesquisa na Noruega. Em 2011, contudo, o Governo islandês rejeitou a proposta de um empresário chinês para comprar 300 quilómetros quadrados do território do país, visando construir um ‘resort’ ecológico. O Ártico ocupa oito milhões de quilómetros quadrados de terra e 12 milhões de quilómetros quadrados de oceano, no qual muitos países partilham de interesses geridos segundo a lei internacional. Livro Branco Entretanto, a China sublinha a importância da protecção ambiental, a utilização racional, a governanção segundo a lei e a cooperação internacional quando participa dos assuntos árticos, destacou na sexta-feira num seu Livro Branco. A China comprometeu-se a manter uma ordem ártica pacífica, segura e estável, apontou o documento titulado “Política Ártica da China” publicado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado. “O Pólo Ártico tem um grande valor para a pesquisa científica”, indica o documento, que acrescenta que explorar e entender o Ártico é uma prioridade e um foco para a China. Mas o país respeitará “a jurisdição exclusiva dos Estados árticos sobre as actividades de pesquisa sob as suas jurisdições nacionais, e sublinha que todos os Estados têm a liberdade da pesquisa científica em alto mar no Oceano Ártico”, segundo o mesmo livro branco. “A China está comprometida na melhora de sua capacidade na expedição e pesquisa no Pólo Ártico, o fortalecimento da construção, manutenção e funções das estações de pesquisa, navios e outras plataformas de apoio no Pólo Ártico, e a promoção da construção de navios quebra-gelo com propósitos científicos”, acrescenta. Por outro lado, a China também está a trabalhar para reforçar a formação do pessoal e a consciência pública sobre o Ártico, promover a cooperação internacional na pesquisa ártica, e estimular o desenvolvimento de ecológicos equipamentos técnicos polares.
Hoje Macau Eventos“Nação valente”, novo álbum de Sérgio Godinho, saiu ontem [dropcap style≠‘circle’]”N[/dropcap]ação Valente”, o novo álbum de Sérgio Godinho, para o qual foram convocados músicos como David Fonseca, Márcia e José Mário Branco, foi editado ontem. Produzido por Nuno Rafael, “Nação Valente” surge sete anos depois de “Mútuo Consentimento”, e nele Sérgio Godinho volta a convidar alguns músicos para escrever canções para letras dele. Entre eles estão José Mário Branco, parceiro em “Mariana Pais, 21 anos”, Filipe Raposo que compôs “Noite e dia” ou David Fonseca, que escreveu a música de “Grão da mesma mó”. Os concertos de apresentação de “Nação Valente” estão marcados para 23 e 24 de Fevereiro no Capitólio, em Lisboa, e 03 e 04 de março na Casa da Música, no Porto. Hélder Gonçalves, Pedro da Silva Martins, Márcia e Filipe Melo são outros músicos convidados de “Nação Valente”. Apesar de ser conhecido sobretudo pelos discos que edita desde a década de 1970, Sérgio Godinho, de 72 anos, tem canalizado a escrita criativa por outros géneros, como teatro, argumento para cinema, ficção para crianças, poesia e contos. Em Fevereiro do ano passado, editou “Coração mais que perfeito”, o primeiro romance, e para este ano está agendado um segundo. Este livro trouxe o autor a Macau, onde esteve na qualidade de convidado do festival literário Rota das Letras.
Hoje Macau EventosRappers Jay-Z e Kendrick Lamar lideram corrida aos Grammy [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap]s ‘rappers’ norte-americanos Jay-Z e Kendrick Lamar lideram a corrida aos prémios Grammy, atribuídos pela indústria musical dos Estados Unidos e que foram ontem entregues em Nova Iorque. Jay-Z está nomeado em oito categorias da 60.ª edição dos Grammy e Kendrick Lamar em sete, incluindo Álbum do Ano e Gravação do Ano. “4:44”, de Jay-Z, e “Damn.”, de Kendrick Lamar, competem pelo prémio de Álbum do Ano com “Awaken, my love”, de Childish Gambino (alter ego do actor Donald Glover), “Melodrama”, de Lorde, e “24K Magic”, de Bruno Mars. O álbum “4:44”, de Jay-Z, inclui partes (‘samples’) do tema “Todo o mundo e ninguém” do grupo português Quarteto 1111, editado em 1970, no tema “Marcy Me”. O prémio de Gravação do Ano é disputado, além de “The story of O.J.”, de Jay-Z, e “Humble.”, de Kendrick Lamar, por “Redbone”, de Childish Gambino, “Despacito”, de Luis Fonsi e Daddy Yankee com Justin Bieber, e “24K Magic”, de Bruno Mars. Jay-Z e Kendrick Lamar estão ainda nomeados, entre outras, nas categorias de Melhor Performance Rap – com os temas “4:44” e “Humble.”, respetivamente, que inclui ainda Cardi B (“Bodak Yellow”) e Migos com Lil Uzi Vert (“Bad and Boujee”) – e Melhor Álbum de Rap – com “4:44” e “Damn.”, competindo com Migos (“Culture”), Laila’s Wisdom (“Rapsody”) e Tyler, The Creator (Flower Boy). Da longa lista de 84 categorias, que abrangem diferentes géneros musicais, do jazz à música clássica, do gospel aos audiolivros, sobressaem as nomeações de dois músicos que já morreram – Chris Cornell e Leonard Cohen -, ambos indicados para o Grammy de Melhor Atuação Rock. A cerimónia foi conduzida pelo apresentador James Corden, e teve actuações de diversos artistas e bandas, entre os quais Elton John, em dueto com Miley Cyrus, U2, Sting, Kendrick Lamar, Jon Batiste e Gary Clark Jr., que homenagearam as ‘lendas do rock’ Chuck Berry e Fats Domino, que morreram no ano passado, Childish Gambino, Sam Smith, Bruno Mars e Cardi B. #metoo na música Apesar de a indústria da música ainda não ter sido atingida pelas denúncias de abusos sexuais que têm vindo a público ao longo dos últimos meses nos Estados Unidos, a cerimónia dos Grammy não ficará de fora dos últimos acontecimentos. Os patrões da indústria fonográfica apelaram a artistas e outros trabalhadores para que usem uma rosa branca hoje à noite, em solidariedade com o movimento “Time’s Up” (“Acabou o Tempo” em tradução livre para português), criado para apoiar a luta contra o assédio sexual, por mais de 300 actrizes, argumentistas, directoras e outras personalidades ligadas ao cinema.
Hoje Macau PolíticaAngola e Macau discutem o reforço da cooperação [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] embaixador de Angola na China, Garcia Bires, recebeu garantias das autoridades da Região Administrativa Especial de Macau de reforço da parceria já existente entre os dois Estados para ajudar o processo de diversificação económica em curso no país. De acordo com o comunicado da representação diplomática angolana naquele país asiático, durante o encontro decorrido na RAEM, o diplomata angolano e o chefe do Executivo, Chui Sai On, discutiram o reforço da cooperação e intercâmbio, no âmbito do desenvolvimento de Macau como plataforma de negócios e cooperação entre a China e os países de língua portuguesa. Garcia Bires, acompanhado da cônsul-geral de Angola em Macau, Sofia Pegado, e do conselheiro da Embaixada de Angola em Beijing, Virgílio Zulumongo, agradeceu a disponibilidade do Executivo da Região Administrativa de Macau nesta altura em que o Executivo angolano está apostado em atrair investimentos estrangeiros para o país, com vista à diversificação da actividade económica. “É bom saber que Macau, como ponte intermediária da economia e comércio entre a China e os países de língua portuguesa esteja sempre comprometido com o caminho do desenvolvimento e estratégia de benefício comum com todos os países lusófonos”, afirmou o diplomata angolano. O chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau falou da importância de se melhorar a conectividade entre as partes e convidou Angola a junta-se à iniciativa “ Uma Faixa, uma Rota” proposta pelo presidente chinês, Xi Jinping, em 2013, que busca o fortalecimento dos laços económicos entre países da Ásia, África e Europa, com investimentos de biliões de dólares em estruturas e equipamentos.
Hoje Macau Eventos2ª edição de “Famílias Macaenses” apresentada em Lisboa A segunda edição do livro que espelha as origens de muitas famílias macaenses vai ser apresentada amanhã na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. O autor, Jorge Forjaz, faz-se acompanhar do arquitecto Carlos Marreiros, em representação do Albergue SCM, e do embaixador João de Deus Ramos [dropcap style≠‘circle’]O[/dropcap] Albergue SCM leva a Lisboa uma obra icónica para a comunidade macaense e que teve a sua primeira edição em 1996. Depois de um profundo trabalho de revisão e actualização dos apelidos das famílias macaenses da parte de Jorge Forjaz, a segunda edição do livro “Famílias Macaenses” é apresentada amanhã na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Esta segunda edição, que já teve a sua apresentação oficial em Macau, constitui “uma revisão geral da obra, actualizada em quase todos os capítulos e sub-capítulos, acrescentada com 80 novos capítulos e ilustrada com mais de três mil fotografias”. A história deste novo livro começou em 2011 e partiu da iniciativa do presidente do Albergue SCM, Carlos Marreiros. “Em 2011, consciente da importância de tal obra para a preservação da memória macaense, o Albergue SCM convidou o dr. Jorge Forjaz, na passagem do 15º aniversário da publicação das ‘Famílias Macaenses’, a vir a Macau partilhar uma reflexão sobre o seu trabalho e o impacto que teve na comunidade. Após a conferência, o arquitecto Carlos Marreiros desafiou o dr. Jorge Forjaz para uma nova etapa, ou seja, a revisão e actualização da 1ª edição. Após cinco árduos anos de trabalho, o resultado monumental está à vista, e ultrapassou largamente o que esperávamos do autor”, lê-se em comunicado. O Albergue SCM considera ainda que a apresentação da obra produzida pelo genealogista e historiador “pretende revisitar as circunstâncias da investigação que conduziu à publicação de ‘Famílias Macaenses’, o seu eco junto das comunidades estudadas, a interligação entre os diversos países ou territórios de língua portuguesa e a importância da preservação destas memórias familiares”. Aquando da sua primeira publicação, em 1996, as “Famílias Macaenses” acabou por dar início “sem que o autor tivesse consciência, a uma mais vasta investigação sobre as famílias que ao longo de séculos povoaram o então império ultramarino português”. A apresentação aconteceu durante o II Encontro das Comunidades Macaenses e, “pela primeira vez, era reunida toda a família macaense dispersa inicialmente pelo imenso território da China (Hong Kong, Cantão, Xangai, Harbin etc), Japão (Kobe, Nagasaki, Tóquio), Tailândia, Singapura e mais tarde Brasil, Canadá, Estados Unidos e Portugal”. O evento em Lisboa conta com o apoio da Delegação Económica e Comercial de Macau, a Fundação Macau e Bambu – Sociedade de Artes Limitada.
Hoje Macau PolíticaEntradas ilegais | Song Pek Kei pede melhorias no sistema de segurança [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap]s recentes casos de entrada ilegal no território levaram a deputada Song Pek Kei a interpelar o Executivo sobre o assunto. Na visão de Song Pek Kei, a segurança da população pode estar em risco com estes casos, sendo que esta está atenta ao sistema de segurança nas fronteiras e à sua execução. A deputada considera que os trabalhos da Polícia de Segurança Pública (PSP) nas fronteiras tem espaço para melhorar, sobretudo se existirem falhas ao nível dos alertas e da prevenção. Song Pek Kei pede melhorias a nível técnico, questionando se o Executivo dispõe de um sistema de avaliação permanente de riscos, bem como um mecanismo de prevenção e alerta na área da segurança. Song Pek Kei, número dois de Si Ka Lon no hemiciclo, deseja também saber se o Governo vai levar a cabo mais acções de sensibilização junto do pessoal da segurança, para que haja uma melhoria nos serviços.
Hoje Macau PolíticaCCPPC | Membros de Macau reuniram nos últimos dias Os membros de Macau dos comités das províncias de Guangdong e Jiangsu da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês estiveram reunidos este fim-de-semana, tendo sido abordados vários assuntos relativos à cooperação com Macau [dropcap style≠’circle’]R[/dropcap]ealizou-se no passado fim de semana a primeira reunião do Comité Provincial de Guangdong da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), tendo sido eleitos os 138 membros permanentes da CCPPC da província de Guangdong. No grupo estão três membros de Macau: Leong Su Sam, Ieong Tou Hong e Mok Chi Wai. A ex-deputada à Assembleia Legislativa (AL), Melinda Chan, também pertence a este comité, bem como o deputado Zheng Anting e Wong Ian Man. Em declarações ao jornal Ou Mun, Leong Su Sam, Ieong Tou Hong e Mok Chi Wai reconheceram que têm grandes responsabilidades por assumir, além de prometerem uma maior união entre os vários sectores de Macau para estarem integrados na cooperação com a província de Guangdong e na zona da Grande Baía. Leong Su Sam destacou o facto de existirem menos membros naturais de Guangdong e mais membros de Macau, algo que, na sua opinião, se deve à grande atenção que as autoridades desta província têm prestado à RAEM. Ieong Tou Hong declarou que, no futuro, precisa de investir mais tempo na sua participação da CCPPC, sendo necessário unir os membros de Macau para avançar com propostas ligadas a diversos assuntos, como a construção da Grande Baía e passagem nos postos fronteiriços. Na visão de Mok Chi Wai, o título de membro permanente traz-lhe uma nova responsabilidade, considerando que Guangdong será um bom ponto de partida para os residentes de Hong Kong e de Macau estarem mais integrados no desenvolvimento do país. Reforçar os talentos Este fim-de-semana realizou-se também uma reunião do comité da província de Jiangsu da CCPPC. Os membros de Macau opinaram sobre o parque de cooperação entre Jiangsu e Macau, tendo referido, segundo a imprensa chinesa, que esperam mais políticas sobre esse projecto. Os dirigentes da província de Fujian tiveram um encontro com os membros da CCPPC de Hong Kong e de Macau. Song Pek Kei, deputada à AL, referiu que as regiões de Fujian e de Macau têm uma base profunda de cooperação, sendo territórios importantes nos projectos de “Uma Faixa, Uma Rota”, existindo grandes oportunidades de desenvolvimento nesse contexto. Considerando as actuais tendências na criação de novos negócios, Song Pek Kei sugeriu o reforço da formação dos jovens, esperando que estes possam saber mais sobre a cultura chinesa através da realização de intercâmbios no continente.
Hoje Macau SociedadeCâmara de Comércio Luso-Chinesa conheceu nova ponte [dropcap style≠‘circle’]U[/dropcap]m grupo de 30 pessoas da delegação de Macau da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC) visitou a nova ponte Guangdong-Hong Kong-Macau, com o objectivo de “compreender melhor as oportunidades decorrentes do desenvolvimento da região e a integração da região do Delta do Rio das Pérolas”. A visita decorreu no passado dia 24 e o grupo foi recebido por Wei Dongqing, secretário-adjunto do Comité Central e Director Executivo da Autoridade da nova ponte. Segundo um comunicado, Kevin Thompson, presidente da Câmara de Comércio Europeia de Macau, disse que os benefícios da nova ponte não são apenas de ordem fiscal. “Ao reduzir os tempos de viagem, as oportunidades até então invisíveis, podem incluir trabalhar com empresas e empresários europeus, relocalizar negócios, e descobrir um turismo cultural transfronteiriço inovador, e oportunidades de lazer orientadas pela experiência”, lê-se. Já Leong Wa Kun, presidente da Delegação de Macau da CCILC, acredita plenamente que a nova ponte “se tornará um importante centro de transporte que ligará as zonas leste e ocidental da Grande Baía e reduzirá significativamente o tempo de deslocação entre as principais cidades da região, o que promoverá o desenvolvimento industrial na região, fortalecerá a mobilidade de talentos entre Hong Kong, Zhuhai e Macau, ajudará a atrair investidores estrangeiros e, assim, aumentará a competitividade económica global da região do Delta do Rio das Pérolas”.
Hoje Macau PolíticaExtractos da entrevista de Carlos Monjardino ao jornal Dinheiro Vivo, “Não o aproveitámos bem” [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]conomia de Macau. “É o dobro de Las Vegas e Atlantic City juntas. Em termos de receitas é um disparate. Mesmo há 30 anos era assim, mas nessa altura ainda havia outros sectores de actividade como as flores artificiais, alguns bordados, brinquedos, confecções… Hoje praticamente morreu tudo e temos o jogo. Quando o peso de um sector é aquele que tem o jogo em Macau, obviamente que é perigoso. O problema é que também não vejo alternativa. É difícil arranjar um nicho de mercado, a não ser para sectores tecnologicamente mais evoluídos. Aí sim, com os meios que tem Macau, pode oferecer-se e financiar-se a criação de empresas tecnologicamente avançadas e que, aí sim, já podem competir com outros países daquela zona. Ainda penso que vale a pena tentar isso, porque os meios existem. “De resto, estão a tentar diversificar a economia, estão a puxar por investidores para irem lá, mas até agora não tenho notado que tenha tido muito sucesso essa política, mas era bom que tivesse. Não se pode deixar um território com 700 mil pessoas à mercê da flutuação do jogo, que no fundo depende da China. Eles gostam de jogar tendo muito ou pouco dinheiro… agora pode entrar toda a gente e joga-se muito mais. “As pessoas conscientes percebem que (os portugueses) já temos que ver muito pouco com Macau e nem o aproveitámos bem. Há coisas que os chineses assumiram completamente e é evidente que a China é que determina as linhas mestras da política. Em Hong Kong também , mas em Macau é diferente porque a influência portuguesa foi grande e nós sempre fomos muito mais simpáticos. Portugal pode ser um hub importante devido à forma como os chineses nos vêem. Devíamos aproveitar mais isso e não aproveitamos. Somos como “velhos amigos” e isso para eles tem um significado histórico grande. Vêm cá muito mais do que a qualquer país da Europa. Gostam e têm um carinho especial por nós. Às vezes desarmamo-los um bocadinho, porque não entendem algumas das nossas reacções. “Temos de ter a noção do que é a nossa economia e do que é a economia chinesa. Vai ser difícil, mas há certamente coisas em termos técnicos. A nível da engenharia, temos muito bons engenheiros, os chineses também já têm, mas poderiam aprender com o que temos. Às vezes vêm aí… e compram empresas não pelo valor intrínseco da empresa, mas pela sua técnica, para absorver a técnica que eles não têm. Basicamente, estão a comprar aceleração.” In Dinheiro Vivo
Hoje Macau InternacionalCorrupção | Segunda instância condena Lula por corrupção [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]m colectivo de três juízes confirmou ontem, por unanimidade, a condenação do ex-Presidente Lula da Silva, por corrupção e branqueamento de capitais, num julgamento em Porto Alegre, aumentando a pena para 12 anos e um mês de prisão. O primeiro foi o desembargador federal João Pedro Gerbran Neto, e o segundo foi o juiz Leandro Paulsen, revisor do processo, que também deu como comprovado o pagamento de suborno a Lula da Silva, em forma de um apartamento triplex no Guarujá, em troca do favorecimento da OAS em contratos na petrolífera estatal Petrobras. Por último, o magistrado Victor Laus confirmou também a condenação do ex-Presidente em 1.ª instância, considerando que Lula da Silva tirou “proveito desta situação” de corrupção da Petrobras, sendo uma atitude que não é a esperada de um Presidente. O juiz federal Sérgio Moro, em 1.ª instância, deu como provado que a construtora brasileira OAS entregou a Lula da Silva um apartamento no Guarujá, em São Paulo, em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras, condenando o ex-Presidente a nove anos e meio de prisão em Julho de 2017. Victor Laus disse ainda: “Nós não julgamos pessoas, julgamos factos”, tendo sido estes factos comprovados após a investigação, com “provas documentais e testemunhais”. O juiz e revisor do caso Leandro Paulsen indicou que o esquema de corrupção na Petrobras foi instalado no início do Governo de Lula da Silva, referindo ainda a corrupção utilizada pelas construtoras, como a Odebrecht, para obter favorecimentos e que posteriormente viram-se envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato. O revisor indicou que o ex-Presidente foi o “garantidor do funcionamento do esquema de corrupção” na Petrobras para o financiamento dos partidos da base aliada e em “benefício pessoal e directo” do ex-Presidente. Leandro Paulsen declarou que iria seguir o voto do desembargador e relator do processo, o magistrado Gerban Neto. No seu voto, João Pedro Gebran Neto, relator do processo, confirmou a sentença de corrupção e branqueamento de capitais aplicada a Lula da Silva e aumentou para 12 anos e um mês a pena ao ex-mandatário, 280 dias de multa. O juiz determinou ainda que a pena só seja cumprida após esgotados os recursos. Gerban, ao aumentar a pena, disse que a culpa de Lula é “extremamente elevada” pelo cargo que ocupava. Lula da Silva era “um dos articuladores, se não o principal articulador” do esquema de corrupção na Petrobras, disse o relator do processo contra o ex-Presidente brasileiro, o desembargador João Pedro Gebran Neto. Dilma apoia Lula Mal soube da decisão judicial, Lula da Silva reafirmou a vontade de se recandidatar à presidência, ao discursar perante uma manifestação de apoiantes em São Paulo. “Agora quero ser candidato à presidência”, disse Lula da Silva. O antigo presidente tinha avisado que se iria bater até ao fim, qualquer que fosse a decisão dos juízes, para ser elegível na próxima eleição de Outubro. Ao discursar para os apoiantes, Lula insistiu na sua inocência, depois de a Justiça ter aumentado a sua condenação por corrupção para 12 anos, assegurando: “A provocação é tão grande, que agora quero ser candidato à Presidência”. Em tom desafiante, perante uma praça a abarrotar com milhares de apoiantes, Lula acusou: “Fazem tudo para evitar que possa ser candidato, não é ganhar, apenas ser candidato. Mas a provocação é tão grande que agora quero ser candidato a Presidente da República”. O político disse que, se cometeu um crime, “que lho apresentem” e que caso o façam “desiste da candidatura”. Dilma Rousseff, que lhe sucedeu na presidência, também já reagiu: : “Vamos garantir o direito de Lula concorrer à Presidência da República, nas ruas e em todos os recantos e cidades do Brasil. Mesmo quando nos golpeiem, como hoje, vamos lutar ainda mais”.
Hoje Macau China / ÁsiaFilipinas | Vulcão Mayon intensifica actividade [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] vulcão Mayon, na zona Este das Filipinas, intensificou hoje a sua actividade, com seis novas erupções de lava em menos de 15 horas, quando o número de deslocados já ronda os 70.000 e se teme uma explosão mais potente. As novas erupções do vulcão Mayon, localizadas na província de Albay, a cerca de 350 quilómetros a sudeste de Manila, ocorreram entre a meia-noite e as 15:00 locais, informou a agência vulcanológica filipina (PHIVOLCS). As expulsões de magmas geraram colunas de gás e cinzas de 3000 metros de altura e alimentaram de lava os rios, que estão a mais de três quilómetros da cratera. “Esperamos que as erupções de lava continuem a ocorrer nos próximos dias e mantemos a vigilância para o caso de uma delas ser mais poderosa e perigosa”, disse o especialista Winchelle Sevilla, da PHIVOLCS. O vulcanólogo esclareceu, no entanto, que “no momento é uma incerteza se a situação do vulcão vai crescer ou, ao contrário, se acalmará” no curto prazo. As autoridades mantêm o alerta no nível 4 – que considera possível uma explosão perigosa nas próximas horas ou dias – de uma escala de cinco. A zona de exclusão é delimitada num raio de oito quilómetros da cratera, com uma área de máximo perigo num raio de seis quilómetros. Um total de 68.172 pessoas de 17.803 famílias que residem na zona de exclusão foram retiradas das suas casas e a maioria está em cerca de trinta abrigos na região, de acordo com dados fornecidos à EFE pelo departamento de Defesa Civil da província de Albay. A PHIVOLCS pediu às pessoas deslocadas que não regressassem a casa em nenhuma circunstância devido aos abundantes gases e cinzas na área de perigo máximo. No entanto, especialistas da PHIVOLCS excluem que o Mayon possa gerar uma erupção tão poderosa quanto a de Pinatubo. Com 23 vulcões activos, o arquipélago filipino localiza-se numa área de intensa actividade sísmica, no chamado “Anel do Fogo do Pacífico”, que se estende desde a costa oeste do continente americano até a Nova Zelândia, passando pelo Japão e Indonésia, entre outros países.
Hoje Macau China / ÁsiaDireitos humanos | Controlo político no maior mosteiro do Tibete [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] organização não-governamental Human Rigths Watch (HRW) denunciou o reforço do controlo imposto pelas autoridades chinesas em Larung Gar, a maior academia budista no planalto tibetano, considerando que “atenta contra a liberdade religiosa”. Desde Agosto passado que a instituição fundada em 1980 pelo monge Jigmen Puntsok é gerida por um comité do Partido Comunista Chinês (PCC) e tem como director o vice-chefe da polícia do distrito de Garze, província de Sichuan. A HRW escreve que teve acesso a um documento oficial deste novo comité, no qual são anunciadas várias mudanças na organização da academia e mosteiro budista. “Cerca de 200 membros do PCC e funcionários chineses estão agora encarregues da gestão, finanças, segurança, admissões e até da escolha dos livros que entram no centro”, afirma. A ONG lamenta ainda as “demolições e expulsões” que ocorreram em Larung Gar no ano passado. As novas medidas obrigam residentes e visitantes a serem submetidos a registos de identificação e incluem um sistema de etiquetas: os monges levam uma vermelha, as monges uma amarela e os crentes uma verde. O recinto será ainda dividido em duas partes, separadas por um muro, com um lado a dedicar-se a academia, e a ter no máximo 1.500 residentes, e a outra ao mosteiro, com 3.500 residentes. O documento revela que os membros do PCC ocuparão não só o comité da direção, mas participarão em todos os níveis da organização, preenchendo metade dos cargos administrativos. “Quarenta por cento do ensino no instituto budista de Larung Gar deverá agora consistir em formação política e outros assuntos não religiosos”, afirma a HRW. “O primeiro critério para aceitar um estudante serão as suas convicções políticas”, acrescenta. A organização afirma que os monges serão ensinados a “defender a unificação da pátria e manter a unidade nacional”. “O sistema parece ter sido desenhado para gerir instituições religiosas, em vez de as encerrar, e produzir uma nova geração de professores budistas treinados tanto na doutrina religiosa como na ideologia oficial”, conclui a HRW.