Hoje Macau China / ÁsiaGoverno dos EUA bloqueia aquisição do MoneyGram por firma chinesa [dropcap style≠’circle’]U[/dropcap]ma subsidiária do grupo chinês Alibaba retirou ontem uma oferta pela empresa de transferências monetárias MoneyGram, depois de um comité do governo norte-americano ter travado o negócio. O presidente executivo do MoneyGram International Inc., Alex Holmes, a empresa não conseguiu a autorização do Comité para o Investimento Externo dos Estados Unidos para concretizar a venda à subsidiária da Alibaba, por 1,2 mil milhões de dólares. O comité é responsável por rever aquisições por entidades estrangeiras susceptíveis de ameaçar a segurança nacional dos Estados Unidos. “A situação geopolítica alterou-se consideravelmente desde que anunciamos o acordo”, afirmou Holmes, em comunicado. “Apesar dos nossos esforços para trabalhar em conjunto com o Governo dos Estados Unidos, é agora evidente que o Comité para o Investimento Externo não aprovará” o negócio, acrescentou. Após o anúncio, as acções do MoneyGram, que está cotado no mercado para firmas tecnológicas Nasdaq, recuaram quase 7%. A Ant Financial, subsidiária do gigante chinês do comércio eletrónico Alibaba, tinha concordado em Janeiro de 2017 adquirir o MoneyGram. Firmas chinesas têm realizado grandes aquisições de empresas tecnológicas e marcas estrangeiras, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos. A maioria dos negócios decorre sem incidentes, mas outros suscitam críticas devido à possibilidade de representaram uma ameaça à segurança do respectivo país ou à perda de activos importantes. China reage Entretanto, ainda ontem, a China pediu aos Estados Unidos “igualdade de condições” para as suas empresas. “Queremos trabalhar com os EUA na base do respeito e benefício mútuos, para avançar na nossa cooperação económica”, afirmou em conferência de imprensa o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang. Geng afirmou ainda que o Governo chinês “encoraja sempre as suas empresas a seguir as práticas do mercado, as regras internacionais e as leis locais”. Em Setembro passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, bloqueou a compra de um fabricante de semicondutores do estado de Oregon (noroeste dos EUA) por uma empresa financiada pelo Governo chinês, por motivos de segurança. O grupo Alibaba foi fundado por Jack Ma, um dos homens ricos da China, que visitou Trump na sua torre em Manhattan, depois da vitória nas presidenciais norte-americanas, em Novembro de 2016. Na altura, o grupo chinês afirmou que podia criar um milhão de postos de trabalho nos Estados Unidos, ao apoiar pequenos negócios a vender os seus produtos no mercado chinês. Após o encontro, Trump afirmou que Ma era um “empreendedor fantástico”.
Hoje Macau China / ÁsiaXinhua destaca importância do 19º Congresso do PCC para a relação com os países lusófonos [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCC), que encerrou em 24 de Outubro, traçou um plano ambicioso para construir uma sociedade moderadamente próspera em todos os aspectos até 2021. Mas também enviou fortes sinais de estabilidade e confiança, que são importantes para o mundo lusófono, dizem funcionários governamentais e especialistas. Para Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o congresso do PCC enviou uma mensagem muito importante, mostrando que a China está comprometida em manter a sua porta aberta e em defender a globalização. “A China está disposta a desempenhar um papel para fornecer bens públicos, o que é importante para outros países,” disse. Segundo Stuenkel, muitos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, necessita de uma ordem internacional estável e aberta para obter progressos económicos. O congresso chinês transmite exactamente uma mensagem positiva. “A China nunca foi tão visível e nunca houve tantas pessoas a elaborar as suas próprias estratégias com base no seu relacionamento com a China,” referiu Stuenkel. “Para mim, é uma grande transformação, onde realmente ninguém pode fazer um plano nacional, político e económico sem pensar muito no que está a acontecer na China,” concluiu. Congresso da estabilidade “O congresso recebeu muita atenção, tanto da população chinesa, como do mundo,” disse Rafael Fontana, especialista do departamento de língua portuguesa da Rádio Internacional da China, acrescentando que o congresso é muito importante e que a partir daí são definidos os passos que a China vai dar nos próximos 15 ou 30 anos. Rafael participou do trabalho de tradução e revisão da versão em português do relatório apresentado por Xi Jinping no 19º Congresso do PCC. “O congresso chama a atenção do mundo inteiro, porque é o evento mais importante que acontece a cada cinco anos na segunda maior economia do mundo,” explicou. “Então é claro que se o congresso e o relatório mostrarem que a China tem estabilidade e um caminho certo para percorrer, isso vai trazer segurança e estabilidade para o resto do mundo,” assinalou. Fontana afirma que o relatório mostra que a China não vai fazer nenhuma mudança brusca nos próximos anos e está disposta a abrir mais. “Isso é muito importante”. Durante os últimos anos, a China manteve sua posição como a segunda maior economia do mundo e contribuiu com mais de 30% do crescimento económico mundial. Além disso, a China defende o desenvolvimento de “uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade” e incentiva a melhora do sistema de governança mundial. Portugal, porto ideal “A China é a locomotiva do crescimento económico do mundo, por isso as decisões emitidas no 19º Congresso do PCC têm, certamente, influência global,” comentou Ronnie Lins, director do Centro China-Brasil para Pesquisa e Negócios. Para o mundo lusófono, “futuro compartilhado” pode ser interpretado como interesses compartilhados que trarão mais oportunidades de cooperação. Ana Paula Vitorino, ministra do Mar de Portugal, avaliou o congresso do PCC como “fantástico”, destacando a parte da Rota de Seda Marítima do Século XXI, no qual o seu país gostaria de desempenhar um papel. “É muito bom quando o evento político mais importante da China confirma essa política internacional, disse. “A Rota da Seda Marítima do Século XXI não é apenas uma política relacionada com a China, mas é uma rota com um ponto de cruzamento com a rota norte-sul do Atlântico, e neste ponto está Portugal,” assinalou Ana Vitorino, acrescentando que passando por Portugal, pode ter uma ligação não apenas ao norte da Europa, mas também à América do Norte, aos países da CPLP e aos países da América Latina. “Por isso, julgo que Portugal é um país ideal para as empresas chinesas,” disse a ministra, acrescentando que os resultados do congresso facilitarão as cooperações entre a China e Portugal, e também com outros países lusófonos. O papel do presidente Para alguns observadores, o desempenho de Xi Jinping, que é considerado o núcleo da liderança do Comité Central do PCC, no congresso, é um sinal de confiança e estabilidade. “Xi Jinping ficou de pé no púlpito do Grande Salão do Povo durante 210 minutos, leu 32.440 caracteres chineses, sem descansar sequer um minuto, e bebeu água somente uma vez. Um feito impressionante para um homem de 64 anos que através de sua postura determinada – com uma voz serena e compenetrada – passou uma mensagem clara ao mundo… O compromisso da maior agremiação comunista do mundo é garantir o progresso da China através da realização da modernização socialista,” escreveu Gaio Doria, doutor carioca que estuda actualmente na Universidade Renmin em Pequim. É impossível ignorar estes elementos quando buscamos entender este gigante asiático, destacou Doria. Mónica Valente, secretária nacional de relações internacionais do Partido dos Trabalhadores (PT), disse considerar Xi um homem com uma capacidade política muito grande no mundo, à altura dos desafios da humanidade. “Xi é uma liderança importante não apenas para a China avançar nesta nova era mencionada no seu relatório ao congresso, mas também uma liderança global que tem uma preocupação muito forte com a paz, com a humanidade, com o desenvolvimento económico compartilhado, com novos mecanismos de governança global”, assinalou Valente. “Os países de língua portuguesa são países próximos, países amigos da China e têm excelente relação comercial,” disse Rafael. “Hoje a China é o maior parceiro comercial do Brasil e o Brasil é o maior parceiro comercial da China na América do Sul. Então, tudo que acontece na China interessa obviamente a América do Sul e aos países de língua portuguesa. Se a China demonstrar com esse relatório e com esse congresso que vai manter seu caminho de estabilidade e de crescimento, isso traz segurança para o mundo todo e claramente para os países de língua portuguesa e América do Sul,” destacou. Xun Wei e Wang Yiduan Xinhua
Hoje Macau SociedadeLotarias | Governo renova concessão por mais um ano [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Sociedade de Lotarias Wing Hing, Limitada viu renovado o contrato de concessão para a exploração de lotarias chinesas por mais um ano, prolongando-se até 31 de Dezembro e “cessando os seus efeitos” nessa data. O despacho publicado ontem em Boletim Oficial recorda que o primeiro contrato assinado com a Sociedade de Lotarias Wing Hing foi assinado em 1990. O mesmo despacho aponta ainda que “como contrapartida da prorrogação do contrato de concessão até 31 de Dezembro de 2018, a concessionária fica obrigada a pagar à concedente um prémio anual de quinhentas mil patacas, sem prejuízo de outros pagamentos ou obrigações previstos no referido contrato”. Recorde-se que o contrato com a SLOT – Sociedade de Lotarias e Apostas Mútuas de Macau foi prolongado até 2021. A Macau Slot, ligada a Stanley Ho, explora as apostas desportivas, como de futebol e basquetebol, desde 1998. Há alguns anos que se tem vindo a especular a possibilidade dos casinos poderem operar este tipo de lotarias, sendo que recentemente Jorge Godinho, académico que lançou o livro Direito do Jogo, sugeriu novamente a quebra deste monopólio.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Exportações de Macau para a China isentas de taxas diminuem [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]s exportações de mercadorias com isenção de taxas aduaneiras de Macau para o interior da China atingiram 94,7 milhões de patacas no ano passado, traduzindo uma ligeira diminuição, indicam dados oficiais. Em 2016 o valor das exportações de mercadorias com isenção de direitos aduaneiros de Macau para a China atingiu 97,18 milhões de patacas e em 2015 foi de 101,4 milhões de patacas. De acordo com dados publicados no portal do CEPA – Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Interior da China e Macau –, sob alçada da Direcção dos Serviços de Economia, Novembro figurou como o melhor mês, com o registo de 14,2 milhões de patacas. Por outro lado, Março foi o pior mês, com 5,3 milhões de patacas. Desde Janeiro de 2004 até Dezembro de 2017, o valor acumulado das exportações de mercadorias com isenção de direitos aduaneiros atingiu 861,1 milhões de patacas. Desde a entrada em vigor do acordo, em Janeiro de 2004, têm vindo a ser assinados diversos suplementos, com vista ao alargamento das áreas, produtos e serviços. Recentemente Macau e a China firmaram dois acordos (um de investimento e outro de cooperação económica e técnica) sob a alçada do CEPA. Segundo o Governo de Macau, os dois acordos referidos vão permitir alargar o espaço de desenvolvimento para as pequenas e médias empresas, profissionais e jovens de Macau, bem como o desenvolvimento da diversificação adequada da economia.
Hoje Macau SociedadeGripe | Serviços de Saúde alertam para aumento de casos O número de doentes atendidos com casos de gripe aumentou cerca de 50 por cento na última semana. Os Serviços de Saúde apontam que nos últimos dias do ano foram registados 33 casos por cada mil pessoas [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ano de 2017 chegou ao fim com mais casos de gripe registados no serviço público de saúde. Segundo o canal chinês da Rádio Macau, houve um aumento de cerca de 50 por cento de casos em relação a igual período do ano passado. “Na última semana de 2017, de acordo com os dados de vigilância da gripe no hospital, Macau registou um aumento do número de utentes a quem foi diagnosticada febre, quando comparado com a 51.ª semana e com o período homólogo de 2016.” O mesmo comunicado aponta para a ocorrência de 33 casos registados por cada mil pessoas, o que “revela um aumento de 20 casos comparativamente aos períodos anteriores”. Estes dados dizem respeito aos adultos. No que diz respeito às ocorrências registadas no serviço de urgência pediátrica, “a proporção média foi de 123 casos por 1000 pessoas, registando-se uma ligeira subida de cerca de 106 casos em comparação à penúltima semana de 2017 e 105 casos relativamente ao período homólogo do ano de 2016”. Os Serviços de Saúde (SS) explicam que os dados entretanto registados em laboratório revelam que “o vírus influenza está a tornar-se mais activo, mas ainda não entrou no período de pico”. Para já, os serviços liderados por Lei Chin Ion “estão a monitorizar de perto a prevalência de doenças respiratórias em escolas e comunidades, sensibilizando os residentes a adopção das medidas de prevenção abaixo que poderá diminuir a infecção da gripe e de outras doenças do tracto respiratório superior”. Mulher intoxicada por monóxido de carbono Uma mulher foi intoxicada por monóxido de carbono num apartamento situado na Travessa da Prosperidade. Segundo um comunicado dos Serviços de Saúde, o incidente deu-se na noite de terça-feira, pelas 23h30, quando a mulher, de 48 anos de idade, “tomou banho durante cerca de 10 minutos e manifestou dispneia, tendo desmaiado”. “Após ter sido detectada por um familiar, a paciente foi transportada de ambulância para o Centro Hospitalar Conde de São Januário onde, após análises, foi diagnosticada uma intoxicação moderada por monóxido de carbono”, aponta o comunicado. “Após investigação verificou-se que na casa de banho do apartamento existe um esquentador sem instalação de qualquer tubo exaustão e que durante o banho, as janelas de casa de banho estavam entreabertas. O exaustor estava desligado. Suspeita-se que a intoxicação tenha sido provocada por gás residual num ambiente com má ventilação”, apontam os Serviços de Saúde. Entretanto a doente está estável e já se encontra em tratamento no hospital Kiang Wu.
Hoje Macau SociedadeSanta Casa | MGM doou 712 mil para reparações [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Santa Casa da Misericórdia (SCM) recebeu um donativo da MGM no valor de 712 mil patacas para custear as obras de reparação do Centro de Reabilitação dos Cegos (CRC), que sofreu avultados danos com a passagem do tufão Hato. Segundo um comunicado da SCM, o donativo foi “utilizado nas obras de reparação e impermeabilização das paredes e do telhado, bem como a substituição parcial da tijoleira do soalho, afectados pela inundação que chegou ao nível do parapeito das janelas do edifício datado do início dos anos 60 do século passado”. “Em nome dos utentes do Centro, quero agradecer-lhe esta ajuda que permitiu restabelecer o conforto e a segurança a esta valência. Esforçamo-nos para proporcionar aos invisuais um Centro de dia aprazível, onde possam interagir, adquirindo e partilhando conhecimentos, e patrocinadores como a MGM tornam isso possível”, disse António José de Freitas, provedor da SCM.
Hoje Macau SociedadeSaúde mental | Cada vez mais jovens recorrem a tratamento O número de pessoas que recorrem aos serviços de apoio psicológico e psiquiátrico é cada vez maior e cerca de 20 por cento dos que pedem ajuda são jovens. Os números são preocupantes e Macau não tem psicólogos suficientes [dropcap style≠’circle’]E[/dropcap]xistem cada vez mais jovens a receber tratamento para doenças mentais. O tema esteve ontem de manhã em debate no programa Fórum Macau, da Ou Mun Tin Toi. Cerca de 20 por cento dos pacientes a receberem tratamento para doenças mentais têm entre 18 e 25 anos, de acordo com os dados revelados por Sou Keng Leong, secretário–geral da Associação Richmond Fellowship. O número de jovens que está em tratamento “tem vindo a aumentar” e para Sou Keng Leong esta é uma situação que “tem um grande impacto”. O representante da Associação Richmond Fellowship recorda que são pessoas, por norma sem experiência de trabalho e que podem estar ainda a estudar. O aumento daqueles que precisam de acompanhamento foi já referido pela presidente do Instituto de Acção Social, Celeste Vong. Para a responsável, o aumento dos problemas mentais é natural nas circunstâncias actuais do território. “É natural que durante as épocas de crescimento económico sejam agravados os problemas de cariz psicológico. Há mais stress, a constituição das famílias agora também é diferente, é mais pequena. Antigamente, os casais tinham, por regra, mais filhos. Era normal terem quatro ou cinco filhos, o que fazia com que houvesse pessoas dentro de casa com quem partilhar problemas, angustias e mesmo as alegrias. Agora, os pais têm um ou dois filhos, trabalham e o stress pode ser maior do que antes”, referiu em entrevista ao HM, no passado mês de Dezembro. Celeste Vong alertou ainda para o facto deste tipo de problemas afectarem essencialmente os jovens. Um problema abrangente Para Sou Keng Leong é ainda necessário prestar mais apoio aos mais velhos que se encontram em tratamento. Para o responsável, são pessoas que muitas vezes enfrentam perdas de amigos e mesmo de emprego, derivado à condição de saúde que enfrentam. De acordo com Sou Keng Leong, 530 pessoas recebem actualmente tratamento na associação, refere o canal de rádio da TDM. A falta de profissionais nesta área é uma das questões levantadas por Elvo Sou, presidente da Associação de Psicologia de Macau. Nesta altura, o território conta com 50 psicólogos, incluindo nos Serviços de Saúde, e 300 assistentes. Elvo Sou diz que desta forma é difícil aumentar o nível profissional e a qualidade dos serviços. O presidente da associação espera que a situação possa ser melhorada no futuro. Elvo Sou refere também que os pacientes deste grupo têm tendência para ideias suicidas e alerta para que as famílias estejam atentas, como forma de prevenção para estes casos.
Hoje Macau Manchete PolíticaMacau e Timor-Leste vão trocar informações financeiras [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]acau vai assinar um memorando de entendimento para a troca de informação financeira com Timor-Leste. O acto destina-se a combater crimes como o branqueamento de capitais e o financiamento de terrorismo. A informação consta de um despacho do secretário para a Economia e Finanças de Macau, Lionel Leong, publicado em Boletim Oficial, que subdelega na coordenadora do Gabinete de Informação Financeira (GIF), Chu Un I, “todos os poderes necessários para representar a Região Administrativa Especial de Macau na celebração do memorando de entendimento”. Esse memorando visa “a troca de informação financeira relativa à prevenção e repressão dos crimes de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo”, segundo o mesmo despacho. O acordo com a Unidade de Informação Financeira da República Democrática de Timor-Leste ainda não tem data de assinatura prevista. Macau tem firmados mais de duas dezenas de memorandos de entendimento e/ou acordos de cooperação para a troca de informação financeira relativos à prevenção e repressão dos crimes de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo. Em 5 de Dezembro último, a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) foi incluída numa “lista negra” de 17 paraísos fiscais, consideradas jurisdições não cooperantes, adoptada pelos ministros das Finanças da UE. Macau contestou a “decisão unilateral e parcial”, por “não corresponder à situação real”, apontando que o território “não é um alegado ponto de fuga e evasão fiscal ou um paraíso fiscal”. Resposta de Lionel As autoridades da RAEM reagiram à posição da instituição europeia através de um comunicado. “Macau tem vindo a cooperar de forma activa com a sociedade internacional, incluindo a UE e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no sentido de combater, em conjunto, a fuga e evasão fiscal transfronteiriça e de promover a justiça tributária”, reagiu então o Governo da RAEM, em comunicado. O Executivo enalteceu ainda o facto de ser membro do “Fórum Global sobre Transparência e Troca de Informações para Fins Fiscais” e do “Quadro Inclusivo da Base Tributária e a Transferência de Lucros”, ambos da OCDE, indicando que, através da revisão da mesma, foi reconhecida a correspondência da transparência fiscal e da troca de informações da RAEM aos últimos critérios internacionais. “Macau participou, ainda, nos projectos de cooperação internacional da OCDE, promovendo, em conjunto com as autoridades fiscais de todo o mundo, a reforma fiscal e o combate às actividades no âmbito da fuga e evasão fiscal, com vista a atingir o objectivo da justiça tributária”, acrescentou. Também invocou a aprovação, em Maio, de uma nova lei sobre a troca de informações em matéria fiscal e indicou que o Governo se encontra a trabalhar na extensão da Convenção Multilateral sobre Assistência Mútua Administrativa em Matéria Fiscal a Macau, explicando que, depois da aplicação ao território, Macau poderá efectuar com os Estados-membros da UE a troca automática de informações. A par disso, o Governo revelou estar a estudar o aperfeiçoamento do regime jurídico aplicável à actividade offshore.
Hoje Macau EventosGuida Maria (1950-2018): A bela diferente [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] actriz portuguesa Guida Maria morreu ontem, aos 67 anos, vítima de cancro, revelou o encenador António Pires. “A actriz faleceu hoje de manhã, tranquilamente durante o sono, após ter sido vítima de doença prolongada”, referiu o encenador. Nascida em Lisboa em 1950, Guida Maria fez cinema, ficção em televisão, mas sobretudo teatro, tendo participado em cerca de 40 peças, entre as quais “A mãe”, “Auto da geração humana”, “A casa de Bernarda Alba” e, possivelmente uma das mais conhecidas da carreira, “Os monólogos da vagina”. Filha do actor Luís Cerqueira, Guida Maria estreou-se aos sete anos na peça “Fogo de Vista”, de Ramada Curto, aos dez anos entrou em “A sapateira prodigiosa”, da Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, ao lado de Eunice Muñoz, e, aos 13, fez sucesso em “O milagre de Anne Sullivan”, encenada por Luís de Sttau Monteiro. Com vários anos de experiência de palco, Guida Maria estudou depois no Conservatório Nacional, ao mesmo tempo em que entrava noutras peças produzidas por Vasco Morgado. Ainda antes do 25 de Abril de 1974, a actriz entrou em “A promessa”, uma adaptação de António de Macedo de uma peça de Bernardo Santareno, na qual protagonizou o primeiro nu integral do cinema português. O filme foi exibido em vários festivais, nomeadamente em Cannes. Ainda na década de 1970 foi convidada a integrar o Teatro Nacional D. Maria II, onde permaneceu até aos anos 1990, tendo entrado em peças como “O leque de Lady Windermere”, “Maria Stuart”, “Slag” e “Sherley Valentine”, o primeiro de vários monólogos que protagonizou na carreira. Durante esse período no teatro nacional, Guida Maria fez uma pausa em 1980 e, com uma bolsa de estudos, entrou na American Academy of Dramatic Art, em Nova Iorque, e fez vários ‘workshops’ na Actors Studio. Além de “Sherley Valentine”, Guida Maria ficou conhecida por outros monólogos como “Andy & Melissa” (2001), “Zelda” (2004), “Stôra Margarida” (2006) e “Sexo? Sim, mas com orgasmo” (2010). O maior sucesso de carreira, com vários meses em cena e reposições, terá sido a peça “Os monólogos da vagina”, de Eve Ensler. A telenovela brasileira “O bem amado”, da TV Globo, a novela portuguesa “Passerelle”, as séries “Nico d’Obra” e “Riscos”, e os filmes “O barão de altamira”, de Artur Semedo, e “No dia dos meus anos”, de João Botelho, são outras produções em que participou. Em 2009 lançou uma autobiografia, “Guida Maria – Uma vida”.
Hoje Macau DesportoBernardo Tavares é o novo treinador do Benfica de Macau [dropcap style≠’circle’]B[/dropcap]ernardo Tavares, treinador com larga experiência internacional, é o novo técnico principal da equipa sénior do Benfica de Macau, anunciou ontem o clube. Com vasta experiência em Portugal e fora de portas, tanto na Europa como na Ásia, com jovens e com séniores, Bernardo Tavares chega ao Benfica de Macau para liderar a equipa na sua campanha para a conquista do pentacampeonato e ser o homem do leme na primeira participação de sempre de uma equipa da RAEM na fase de grupos da AFC CUP, a segunda mais importante competição de clubes a nível asiático. Bernardo Tavares chega ao Benfica de Macau “ciente de que é um clube com enorme historial no Futebol da RAEM nos últimos anos e que ano após ano tem feito história com as suas conquistas.”O objectivo para 2018 passa por lutar pela renovação do título de campeão, o que a acontecer seria o quinto campeonato seguido, mas Bernardo Tavares está consciente de que “a nossa dificuldade aumentará”. A vontade do Benfica de Macau em renovar o título e consolidar a sua presença nas competições em que está envolvido, na opinião do técnico, “ajudará certamente a tornar a Liga de Macau ainda mais competitiva, o que permitirá uma maior evolução de todos os jogadores, treinadores e todos os outros agentes envolvidos.” Quanto a objetivos concretos, o treinador é claro: “Pretendo ajudar a nossa equipa a evoluir ainda mais, tentando conquistar a Liga de Macau e a Taça de Macau”. A presente época, porém, traz uma novidade que levanta consideravelmente a fasquia da exigência para todos os elementos do emblema. “Sem dúvida que a grande novidade deste ano de 2018 é o acesso do Benfica de Macau à fase de Grupos da AFC CUP. É uma oportunidade única para Macau tentar somar mais uns pontos no ranking da AFC e o nosso Benfica de Macau poder ganhar mais algum prestígio internacional. Vamos, dentro das nossas limitações, tentar fazer o nosso melhor junto de equipas mais experientes na prova, procurando sempre tentar surpreender os adversários independentemente do seu maior poderio e experiência internacional”, explica Bernardo Tavares. As metas a atingir na AFC CUP estão já delineadas entre a direcção do clube e a equipa técnica, e passam sobretudo por “dignificar o nosso clube e dar uma imagem de competência e competitividade do futebol que se pratica em Macau além fronteiras.” O treinador tem ainda uma vontade muito especial: “Esperamos poder contar com o apoio dos nossos adeptos e com toda a população de Macau nos jogos da AFC CUP”. Bernardo Tavares possui a UEFA Pro License, a qualificação internacional mais alta de treinador de futebol, desde Junho de 2013. Iniciou a sua carreira de treinador em 1997, nos sub-18 do ADC Proença-a-Nova, tendo depois passado por outros clubes regionais até 2000, alternando entre treinador das camadas jovens e das respectivas equipas séniores. Em 2001, mudou-se para Lisboa, onde foi nomeado treinador adjunto da equipa de sub-12 do Sport Lisboa e Benfica. Em finais do mesmo ano, mudou-se para o Alcobaça, tendo treinado várias equipas jovens do clube e ascendido ao cargo de treinador principal em 2005. Durante seu período como treinador principal do clube, venceu a Taça da AFL em 2005/6 e 2006/7. Em 2008 iniciou funções de “olheiro” no Futebol Clube do Porto, mas rapidamente viajou para sul, Lisboa, para integrar os quadros do Sporting Clube de Portugal com importantes funções de treinador na Academia, onde alcançou alguns êxitos com os jovens. Já em Lisboa, passou as duas épocas seguintes n’Os Belenenses, onde desempenhou funções de treinador de guarda redes e de adjunto na equipa principal, a sua primeira experiência na Primeira Liga Portuguesa. Em 2013 teve a sua primeira experiência internacional, mais concretamente no Bahrein, onde foi adjunto de Khalifa Al-Zayani aos comandos do Al-Hidd SCC, na Primeira Liga do país. Foi no Al-Hidd SCC que participou pela primeira vez numa competição AFC, desta feita na Champions League de 2014, onde o seu clube entrou na fase 1 do PlayOff , eliminando os campeões da Jordânia, Shabab Al-Ordon, por 3-1. Cairia na ronda seguinte frente ao campeão do Qatar, não se qualificando para a fase de grupos mas garantindo um lugar na AFC CUP, na mesma fase que agora disputará à frente do Benfica de Macau. Ajudou o Al-Hidd SCC a uma campanha inédita na AFC, alcançando os quartos-de-final da AFC CUP, a mais alta posição alguma vez atingida pelo clube. Em 2014, voltou para uma breve passagem por Portugal, integrando a equipa técnica do Tirsense, então na segunda liga. Foi mesmo breve, a passagem, pois em 2015 rumou novamente ao Médio Oriente, desta feita a Omã, onde foi nomeado treinador principal dos vencedores da Oman Professional League na época 2013-14, o Al-Nahda. Ao serviço deste clube, participou em duas edições da AFC Champions League e AFC CUP. 2016 envolveu uma passagem por África, concretamente no African Lyon da Tanzânia, experiência que não correu da melhor forma apesar de resultados desportivos satisfatórios. Não cumprimento de compromissos por parte do clube ditaram o afastamento precoce entre ambas as partes e uma saída um pouco mais para nordeste, concretamente as Maldivas, para treinar o New Radiant S.C., do primeiro escalão. Bernardo Tavares integrou também equipas técnicas de alguns dos mais conceituados treinadores portugueses da actualidade, nomeadamente como analista e autor de relatórios de treino para José Mourinho, em 2001 no União de Leiria, com Carlos Queiroz no Real Madrid em 2004, com Paulo Bento no Sporting de Portugal em 2008 e com Paulo Fonseca, no Paços de Ferreira em 2014.
Hoje Macau China / ÁsiaChina celebra aproximação entre Pyongyang e Seul [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] China enalteceu ontem as “mensagens positivas” entre Pyongyang e Seul, após o governo norte-coreano ter assumido o interesse em participar nos Jogos Olímpicos de Inverno, que se celebram no próximo mês na cidade sul coreana de PyeongChang. “Acreditamos que é um bom sinal e damos as boas-vindas e apoiamos as duas partes a aproveitarem a oportunidade e fazerem esforços concretos visando a melhoria dos laços bilaterais”, afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa Geng Shuang. A aproximação poderá também servir para “aliviar a tensão na península coreana e alcançar a desnuclearização”, acrescentou. O ministro da Coreia do Sul para a Unificação, Cho Myoung-gyon, propôs hoje que representantes das duas coreias se reúnam no próximo dia 9 de Janeiro na aldeia Panmunjom, dentro da Zona Desmilitarizada que divide a península. A proposta surge depois do líder norte-coreano, Kim Jong-un, ter assegurado na sua mensagem de ano novo que está aberto ao diálogo com Seul para que o seu país envie uma delegação aos Jogos Olímpicos de Inverno, que se realizam em território sul coreano, entre 9 e 25 de Fevereiro. O porta-voz chinês sublinhou que a China continua “comprometida com a desnuclearização” e a manutenção da paz e estabilidade na península coreana. Geng afirmou que as principais causas do conflito são “as contradições entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos” e apelou aos governos dos dois países para que “construam confiança mútua e façam esforços concretos visando o regresso às negociações através do diálogo e consultas”. A península coreana está dividida desde a devastadora Guerra da Coreia (1950-53), que terminou sem a assinatura de um tratado de paz. Nos últimos meses, os sucessivos ensaios nucleares de Pyongyang e a retórica beligerante do Presidente norte-americano, Donald Trump, elevaram a tensão para níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia. Seul propõe conversações oficiais O Governo sul-coreano propôs hoje a Pyongyang realizar conversações oficiais a 9 de Janeiro sobre a cooperação nos Jogos Olímpicos de Inverno, que vão realizar-se em Fevereiro na Coreia do Sul. O ministro da Unificação sul-coreano, Cho Myoung-gyon, anunciou que o Sul propõe que as duas Coreias se encontrem a 09 de Janeiro, na aldeia de Panmunjom, na fronteira entre os dois países, para debater a cooperação durante os Jogos Olímpicos e a forma de melhorar as relações bilaterais. A proposta sul-coreana surge um dia depois de o líder da Coreia do Norte afirmou que Norte e Sul deviam reunir-se para negociar a presença de uma delegação norte-coreana nos Jogos Olímpicos de inverno em PyeongChang (Coreia do Sul), que vão decorrer entre 9 e 25 de Fevereiro. “Esperemos que Sul e Norte se possam sentar, frente a frente, para debater a participação da Coreia do Norte nos jogos de PyeongChang, tal como outras questões de interesse mútuo para melhorar as relações intercoreanas”, declarou o ministro Cho, em conferência de imprensa. Na mensagem de Ano Novo, Kim Jong-un voltou a ameaçar os Estados Unidos e indicou que o país tinha completado o programa nuclear. No ano passado, a Coreia do Norte realizou um sexto teste nuclear a lançou três mísseis balísticos intercontinentais, no âmbito do desenvolvimento dos programas nuclear e de armas, levando a ONU a agravar as sanções contra o país.
Hoje Macau Manchete SociedadeCanídromo | Angela Leong promete adoptar os galgos abandonados [dropcap style≠’circle’]N[/dropcap]uma altura em que até a antiga estrela de cinema Brigitte Bardot apela para a salvação dos galgos do Canídromo, a directora-executiva da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), Angela Leong, disse ontem aos jornalistas, segundo o canal chinês da Rádio Macau, que não há uma nova proposta para o futuro destes animais. A também deputada alertou para que não se oiçam as mensagens que não sejam divulgadas por si, numa clara resposta não só a Brigitte Bardot como a todas as organizações locais e internacionais que lutam pela sobrevivência dos galgos. A directora-executiva da SJM, concessionária que detém o Canídromo, explicou ontem que não estão a ser importados novos galgos. Angela Leong disse ainda que “caso eu peça ajuda, os meus amigos vão adoptar os galgos”, tendo frisado que não é necessária intervenção do exterior. Angela Leong frisou ainda que todos os galgos que actualmente estão no Canídromo têm dono, sendo que “no caso dos donos abandonarem os galgos, eu própria irei adoptar todos aqueles que fiquem abandonados”. A também deputada deu ainda explicações sobre aquilo que considera serem difamações contra o funcionamento do local de corridas de cães, tal como as notícias de que há galgos abatidos e que há consumo de carne de cão por parte dos veterinários. A deputada entende o pedido que foi apresentado junto do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) para que os 600 galgos no Canídromo sejam transferidos para várias associações, além do pedido que foi feito no sentido de serem recolhidos cerca de cinco milhões de euros para transferir os animais para Portugal.
Hoje Macau Manchete SociedadeGravidez | Taxa moderadora no São Januário ajustada para portadoras de blue card A direcção do Centro Hospitalar Conde de São Januário pretende aumentar as taxas moderadoras para as grávidas portadoras de blue card, mesmo que estas sejam casadas com residentes não permanentes. A medida, disse Kuok Cheong U, ainda está a ser analisada [dropcap style≠’circle’]K[/dropcap]uok Cheong U, director do Centro Hospitalar Conde de São Januário, disse, segundo o jornal Ou Mun, que as taxas moderadoras para casos de nascimentos irão aumentar para as grávidas portadoras de blue card, mesmo que estas sejam casadas com residentes não permanentes. O médico explicou que a medida se prende com o aumento dos custos do hospital nos últimos anos, sendo que esse aumento também se explica com as actualizações salariais, rendas e compra de novos equipamentos. Neste momento a medida ainda está a ser alvo de um processo de consulta de opiniões junto do hospital. Kuok Cheong U disse que vai divulgar os novos valores nos próximos meses e que os pormenores serão apresentados em breve. Esta medida não é nova, uma vez que em Janeiro do ano passado Kuok Cheong U anunciou a vontade do Governo de aumentar as taxas moderadoras para as grávidas portadoras de blue card, uma vez que se tinha registado um aumento de pacientes entre dez a 12 por cento face a 2015. Procriação em consulta O director do hospital público disse ainda prever que a proposta de lei relativa à procriação medicamente assistida possa ser implementada em meados deste ano. Quanto ao processo de consulta pública, Kuok Cheong U adiantou que está a ser finalizado e que no prazo de três meses se pode dar entrada ao processo legislativo. Apesar do Governo estar a preparar a legislação sobre esta matéria, Kuok Cheong U defendeu que a procriação medicamente assistida não é a única forma dos casais estéreis terem filhos e que os Serviços de Saúde esperam que as mulheres possam ficar grávidas de forma natural, recorrendo a outro tipo de tratamentos. A consulta pública decorre até 12 de Janeiro.
Hoje Macau SociedadeJogo | Receitas dos casinos crescem 19,1% [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] receita do jogo em Macau em 2017 cresceu 19,1%, para 265,7 mil milhões de patacas, invertendo uma tendência de queda registada nos três anos anteriores. Nos 12 meses de 2017, as receitas dos casinos atingiram um total de 265.743 milhões de patacas, de acordo com os dados da Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Em Dezembro manteve-se a tendência positiva registada ao longo do ano, com os casinos a terminarem o mês com receitas de 22.699 milhões de patacas, mais 14,6% relativamente ao período homólogo do ano passado. Dezembro marcou o 17.º mês consecutivo de subida das receitas da indústria do jogo. As receitas dos casinos cresceram sempre a dois dígitos em termos homólogos em 2017, à excepção do primeiro mês do ano (+3,1%). A indústria de jogo começou a recuperar em Agosto de 2016, altura em que terminou um ciclo de 26 meses consecutivos de quedas anuais homólogas das receitas. As receitas dos casinos de Macau vinham a cair há três anos consecutivos: -3,3%, em 2016, -34,3% em 2015 e -2,6% em 2014.
Hoje Macau PolíticaAno Novo | Mensagem do Governo destaca solidariedade sentida o ano passado [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Chefe do Executivo falou e na mensagem de Ano Novo destacou o “espírito de tolerância e entre-ajuda” da população, que permitiu vencer “profundas provações” após a passagem pelo território do tufão Hato, em Agosto. “Em 2018 iremos desenvolver, prioritariamente, a construção de um mecanismo eficiente de longo prazo para a prevenção e redução de desastres, e optimizar as construções urbanas. Iremos promover faseadamente medidas de curto, médio e longo prazo, que permitirão o reforço geral do mecanismo de resposta a emergências e o aumento da consciência da população sobre a segurança em prol da construção, em vários aspectos, de uma cidade segura”, sublinhou Chui Sai On, na sequência dos “ensinamentos profundos” adquiridos. “Foi uma provação árdua, mas graças às qualidades tradicionais da sinceridade e da determinação dos cidadãos, e imbuídos de um espírito de tolerância e de entreajuda, unimo-nos todos e ultrapassámos esta situação difícil”, afirmou. Chui Sai On destacou ainda o apoio do presidente chinês, Xi Jinping, do Governo Central, e da Guarnição em Macau do Exército de Libertação do Povo Chinês, que saiu à rua pela primeira vez em 18 anos, desde a transferência do exercício da soberania de Portugal para a China, para ajudar nos trabalhos de socorro e recuperação. O chefe do Governo sublinhou também as “vantagens institucionais decorrentes do princípio ‘um país, dois sistemas'” para garantir a recuperação económica, a estabilidade contínua das finanças públicas e do emprego. O responsável acrescentou que o Governo de Macau tem vindo a “assegurar a consolidação e o aperfeiçoamento contínuo dos cinco mecanismos eficientes de longo prazo relativos ao sistema da Segurança Social, da habitação, da educação, dos serviços médicos e da formação de quadros qualificados, e a dar continuidade à implementação de diversas medidas em prol do bem-estar dos cidadãos”. O Chefe do Executivo acentuou o trabalho desenvolvido ao longo de 2017 para “impulsionar a integração de Macau no desenvolvimento” chinês, “atendendo às necessidades do país e potenciando as vantagens próprias” do território. Chui Sai On enumerou assim a criação da Comissão de Trabalho para a Construção de «Uma Faixa, Uma Rota», o empenho no desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, de Macau enquanto ‘Centro Mundial de Turismo e Lazer’ e como ‘Plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa’. “É fundamental que contemos com o apoio da Pátria para podermos manter a prosperidade e a estabilidade de Macau”, afirmou. “Continuaremos a actuar em estrito cumprimento da Constituição e da Lei Básica e a zelar pela defesa de ‘um país’, aproveitando as vantagens do segundo sistema e promovendo a nossa integração no desenvolvimento nacional. Esforçar-nos-emos pelo reforço da competitividade de Macau, garantindo que o princípio ‘um país, dois sistemas’ é desenvolvido em Macau de forma sólida e sustentável”, concluiu.
Hoje Macau Manchete SociedadeAs figuras e os eventos de 2017 PERSONALIDADE DO ANO – Albano Martins [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] economista sem papas na língua conseguiu, entre outros feitos, o desiderato civilizacional de fechar o Canídromo. E é mesmo assim, quer queiram quer não. Macau deixa de estar no mapa mundial da crueldade animal, graças aos esforços contínuos, persistentes, carrácicos, de Albano Martins e de outros da sua equipa na ANIMA. Devem os nossos governantes pensar que lhes saiu a sorte grande, na medida em que a solução do problema atraiu a atenção de celebridades, como a inesquecível Brigitte Bardot, proporcionando uma imagem mais positiva de Macau. Contudo, a coisa não se fica por aqui. Fechada a arena dos cães, havia que saber o destino a dar-lhes e Albano Martins, aos poucos, está a conseguir encontrar donos, da Austrália à Inglaterra, para os canídeos libertos da escravidão da pista. Assim se evita que tenham a triste de sorte de virar carne enlatada para consumo de outra bicharada. Além da questão do Canídromo e dos galgos, a ANIMA continua a desenvolver a sua acção preventiva, pedagógica e profilática, poupando uma trabalheira ao IACM e educando as novas gerações no sentido de estenderem aos animais o respeito que não devotam aos humanos. Albano Martins é fonte de orgulho para a RAEM e a comunidade portuguesa residente. REVELAÇÃO DO ANO – Eleitores Foto: GCS As eleições deste ano terminaram sob o signo da surpresa, com perda de votos por parte das listas dos “estrangeiros” (Guandong e Fujian) e clara vitória das forças “democráticas”. Claro que o regime político se encarrega que tal não tenha, na prática, a devida importância mas não deixou de ser surpreendente ver mais jovens a votar e alguns dos “institucionalizados” baixar na votação. Até parece que, aos poucos, a população adquire alguma maturidade política e nos arriscamos a ter finalmente um “povo”, capaz de governar uma região como manda o princípio “Macau governado pelas suas gentes”, deixando de lado as origens étnicas e tendo como farol o interesse de toda a população e não apenas de alguns clãs cujos interesses estão bem identificados. POLÍTICO DO ANO – SULU SOU Sofia Margarida Mota Ele começou por hesitar e dizer mesmo que não se candidataria às eleições legislativas. Mas as circunstâncias ditaram que Sulu Sou surgisse como cabeça de lista da Novo Macau, para ser eleito e obter um excelente resultado, quando no passado tal não acontecera, sob a batuta de Jason Chao. Sulu Sou é de outra estirpe: educado, inteligente, bem falante. Além disso, não se conhecem posições “anti-patrióticas”, nem parece ser esse o seu principal combate. Pelo contrário, tem posto o acento tónico na desmontagem de negócios, o que o poderia tornar um elemnto precioso na AL. Talvez por isso, os outros deputados suspenderam o seu mandato argumentando que ele está a ser julgado pelo tenebroso crime de, durante uma manifestação, ter atirado aviões de papel à polícia… GOVERNANTE DO ANO – Helena de Senna Fernandes Gonçalo Lobo Pinheiro A directora dos Serviços de Turismo não verga perante as adversidades, nem vacila face a desafios difíceis. E foi assim que deitou as mãos ao trabalho e nos proporcionou um ano tranquilo, sem choques nem polémicas, nas áreas que tutelou. Como se não bastasse a diária responsabilidade de gerir centenas de milhares de turistas, Helena de Senna Fernandes levou a bom porto, este ano, a realização da segunda edição do Festival Internacional de Cinema de Macau. O que, convenhamos, não é para meninas… DESILUSÃO DO ANO – Fórum Macau A excelente iniciativa do governo de Pequim de proporcionar a Macau o papel de ponte para os países lusófonos teve a sua consubstanciação no Fórum Macau. Só que desde o início até hoje, esta entidade ainda não conseguiu convencer ninguém, sobretudo no que diz respeito às expectativas criadas. A RAEM tem desiludido no papel de aproximar a China dos países lusófonos. De tal modo que o Governo Central, depois de anos a fio sem resultados palpáveis, resolveu agora nomear alguém que não é de Macau para a direcção. Vergonha para o Executivo local que não soube encontrar modo de fazer progredir o Fórum. É que nem sequer parecem ter sido tocados pelo discurso que Li Keqiang aqui proferiu em 2016, no qual indicava 19 (!) medidas para fortalecer a cooperação com a lusofonia. E o que fez Macau? EVENTO DO ANO – Tufão Hato Foto: GCS Chegou, soprou e venceu. E, quando se foi embora, deixou descoberta muita careca descoberta neste humilde território à beira-rio plantado. A resposta governamental foi tão tímida, talvez desastrada e a revelar tanta insuficiência, que há quem diga que existe um antes e um depois do Hato, no modo como Pequim olha para este seu fiel filho. Ele há males que vêm por bem e ninguém é capaz de dizer que as coisas não estavam a precisar de um abanão… VERGONHA DO ANO – Assembleia Legislativa GCS A votação de 28 deputados para suspender o mandato de Sulu Sou foi uma página negra na história da Assembleia Legislativa de Macau. O voto secreto ilibou alguns mas não tanto como os mesmos podem pensar. Tratou-se de um tiro no pé, de um disparate legislativo e político que demonstra a impreparação cívica dos deputados. Enfim… uma autêntica desgraça. ARTISTA DO ANO – Filipe Dores Foto: Sofia Margarida Mota Existe uma certa estranheza na obra deste pintor macaense, que a dota de um subtil poder hipnótico. Talvez o modo como pelas suas telas se fixa a luz ou o permanecer hierático dos prédios ou ainda o silêncio hopperiano que se evola das composições, estejam na origem dessa unheimlich, desse uncanny, certaine étrangeté, de que nos fala Freud e que provoca, para alguns, a emergência do lado mágico da arte. FIGURA INTERNACIONAL DO ANO – Xi Jinping JOHANNES EISELE/AFP/Getty Images) Considerado pela Economist como “o homem mais poderoso do mundo”, o presidente da China teve um ano de glória. Internamente reforçou e de que maneira o seu controlo do aparelho do Partido e do Estado. Mas foi externamente que Xi Jinping mais brilhou, talvez por o mundo não estar habituado a ver a China assumir um papel de liderança nas mais diversas áreas. A iniciativa Uma Faixa, Uma Rota e a criação de conceitos como uma “comunidade global de futuro partilhado” levarão a China a desempenhar um papel no mundo nunca antes almejado. PERIGO DO ANO – Cibersegurança A proposta de lei do Governo, que será certamente aprovada, vai permitir uma invasão da privacidade de cada um de forma nunca dantes sequer sonhada. 1984 já lá vai e Macau prepara-se para seguir os passos da Mãe-Pátria no que diz respeito ao controlo da internet, por meios legais. O problema é que ética e legalidade nem sempre (raramente) andam de mãos dadas. LIVRO DO ANO – Manuel da Silva Mendes: memória e pensamento (I Volume) Este livro, editado pela Livros do Oriente, de Rogério Beltrão Coelho e Cecília Jorge, recupera uma das figuras mais importantes e fascinantes da cultura de Macau do século XX. Aqui se reúnem textos de Silva Mendes sobre arte e filosofia, e três estudos de António Aresta, Tiago Quadros e Amadeu Gonçalves. Imprescindível. Ficamos à espera do segundo volume. EXPOSIÇÃO DO ANO – “Tracing Liners”, de João Palla Sofia Margarida Mota Uma exposição singular do arquitecto João Palla que, de quando em vez, espraia a sua criatividade pelas artes plásticas. O caso vertente impressionou pela inteligência como denuncia as figuras subjacentes à visão, aqui, ali, em todo o lado a que o humano ousa querer chegar. AZAR DO ANO – Morte na Guia A morte de dois motociclistas no Circuito da Guia veio ensombrar o Grande Prémio de Macau. E, sobretudo, levantar a discussão sobre se o traçado é passível de albergar corridas em duas rodas. Entretanto, o Circuito da Guia foi considerado o “melhor de sempre” pelo WTTC. Prémios Especiais O estou aqui, estou ali do ano GCS Wong Sio Chak – Parece que já não existem dúvidas de que o actual Secretário para a Segurança é um dos candidatos “silenciosos” ao cargo de Chefe do Executivo. Pelo menos, é o que muitos afirmam pelos bastidores da política local. Independentemente das suas qualidades profissionais e pessoais, há quem tema pela sua postura “legalista” e uma demasiada proximidade às práticas do primeiro sistema. E o agora, Manel? Do ano Foto: GCS Alexis Tam – O super-secretário defrontou-se este ano com algumas contrariedades, nomeadamente ali para os lados do Instituto Cultural. De tal modo que Alexis Tam, provavelmente cansado de ver a areia fugir-lhe entre os dedos, nomeou alguém que deve ser da sua máxima confiança. A ver vamos no que dá… ou não dá… O vou andar por aí do ano Chan Meng Kam• O homem forte da comunidade de Fujian afastou-se das lides políticas e a sua ausência foi bastante notada, nomeadamente no resultado eleitoral que as listas que patrocina obtiveram. É certo que ele nunca disse ter abandonado para sempre a política e será bem capaz de regressar daqui a quatro anos. O levanta-te e anda, lázaro! do ano Au Kam San – Quando muitos julgavam que a sua força política se esvaíra nas lutas intestinas da Novo Macau, Au Kam San regressou com uma inesperada votação nas eleições que o colocou acima do velho compagnon de route Ng Kuok Cheong. Não desprezes que faz o trabalho de casa, diz um rifão. E, neste caso, contam muito os anos de acção sistemática e trabalho silencioso do deputado junto da população de Macau.
Hoje Macau China / ÁsiaHong Kong | Pequim aprova controlo chinês em ligação de alta velocidade A Assembleia Nacional da China aprovou o controlo de segurança chinês na ligação de alta velocidade em Hong Kong. Esta está a ser vista como mais uma prova da interferência chinesa em Hong Kong [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] Assembleia Nacional Popular da China aprovou a presença de controlos de segurança chineses na primeira estação ferroviária de comboios de alta velocidade em Hong Kong, noticiou esta quinta-feira a agência oficial chinesa Xinhua. Esta decisão esteve rodeada de polémica, já que na ex-colónia britânica é vista como mais uma demonstração da interferência de Pequim no território, que constitui uma das duas regiões administrativas especiais chinesas, a par de Macau. A Xinhua informou que o órgão legislativo chinês ratificou o acordo firmado a 18 de Novembro entre o governo de Hong Kong e a vizinha província chinesa de Cantão, pelo que haverá controlo de passaportes e aduaneiros na estação de Kowloon Oeste, de onde vão partir comboios com destino à China. Até agora, a rede ferroviária chinesa chega até à fronteira, de facto, entre a China e Hong Kong, na cidade de Shenzhen, mas a nova linha de comboios de alta velocidade entre Cantão e a antiga colónia britânica, com paragem na referida estação da península de Kowloon, vai mudar esta situação. Também vão ser efetuadas inspecções de bagagens e aplicadas medidas de prevenção e quarentena, de acordo com o documento aprovado pela Assembleia Nacional para a nova estação, cuja inauguração deverá acontecer no terceiro trimestre de 2018. Os críticos da alteração legal apontam que este é outro exemplo da redução de autonomia sofrida por Hong Kong em relação à China, e que se tornou especialmente palpável com a perseguição a organizações e activistas opositores do regime comunista. O movimento ‘Occuppy’, também conhecido por ‘Revolução dos Guarda-Chuvas’ em 2014, em que milhares de pessoas pediram a eleição democrática do líder do governo de Hong Kong, firmou as bases para uma crescente desconfiança entre os dois territórios, assim como o nascimento de movimentos independentistas, ainda que minoritários, na ex-colónia. A ligação da alta velocidade a Hong Kong vai permitir à cidade, que este ano completou 20 anos desde o retorno à soberania chinesa, ligar-se à rede de comboios rápidos da China, que com mais de 20 mil quilómetros em funcionamento e muitos outros em construção é a maior do mundo.
Hoje Macau SociedadeIC | Bibliotecas abertas ao domingo e com horário alargado [dropcap style≠’circle’]C[/dropcap]atorze bibliotecas sob a égide do Instituto Cultural (IC) passam a estar abertas ao Domingo. Entre estas, quatro bibliotecas, nomeadamente a Biblioteca Central, a Biblioteca do Patane, a Biblioteca de Wong Ieng Kuan no Jardim da Areia Preta e a Biblioteca da Taipa, irão prolongar o seu horário de abertura até à meia-noite, passando a estar abertas à segunda-feira das 14h às 00h, e de terça-feira a domingo das 08h às 00h, passando ainda a estar abertas todo o ano, à excepção da véspera do Ano Novo Chinês a partir das 14:00 horas, e do primeiro, segundo e terceiros dias do Ano Novo Chinês. Nas dependências que passam a estar abertas até à meia-noite, não haverá funcionários das bibliotecas ao serviço entre as 8h e as 8h30 horas e após as 20h horas, estando apenas ao serviço neste período o pessoal da segurança e limpeza. Durante este período, estas dependências continuam a prestar serviços de leitura e de auto-empréstimo de livros, mas algumas zonas estarão encerradas ao público, tais como a zona de leitura infantil, a zona multimédia e a zona de leitura de materiais sobre Macau.
Hoje Macau SociedadeNova lei do tabagismo entra em vigor dia 1 de Janeiro de 2018 [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap]no novo, lei nova. No próximo dia 1 de Janeiro entra em vigor a nova legislação de controlo do tabagismo. O diploma irá trazer novas restrições para os fumadores aumentando as áreas onde é proibido fumar e a proibição de consumo de tabaco em recintos fechados de todos os estabelecimentos, com as muito discutidas excepções das salas de fumo dos casinos e aeroporto. Em simultâneo foram pintadas marcas nos passeios a 10 metros de distância das praças de táxis e paragens de autocarro para sinalizar áreas onde não se pode fumar. Será também proibida a venda de cigarros electrónicos, enquanto que no campo punitivo a multa para quem infringe estas proibições passar para 1500 patacas. Outra da alteração, que já se regista ainda antes da entrada em vigor da lei é a exposição limitada de produtos de tabaco posto à venda e que se pode já constatar em alguns postos de venda da cidade. A partir de 1 de Janeiro será proibido o comércio de produtos de tabaco em vários locais onde antes era permitido. De forma a preparar a implementação da lei, o director dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion e o coordenador do Gabinete para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, Tang Chi Ho visitaram a Associação Geral dos Operários de Macau, a União Geral das Associações dos Moradores de Macau, a Associação Geral das Mulheres de Macau e a Associação dos Merceeiros e Quinquilheiros de Macau. A ideia por detrás da visita foi divulgar as alterações que a nova lei vai trazer ao quotidiano da cidade e sensibilizar os associados.
Hoje Macau SociedadeEconomia | Comércio externo de Macau cresceu nos primeiros 11 meses [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] comércio externo de Macau subiu 6,1 por cento nos primeiros 11 meses do ano, em termos anuais homólogos, atingindo 78,36 mil milhões de patacas, indicam dados oficiais hoje divulgados. Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), entre Janeiro e Novembro, Macau exportou bens avaliados em 10,38 mil milhões de patacas, mais 11,7 por cento. Macau importou produtos avaliados em 67,98 mil milhões de patacas, ou seja, mais 5,3 por cento em termos anuais homólogos. Por conseguinte, o défice da balança comercial nos primeiros 11 meses do ano atingiu 57,60 mil milhões de patacas, traduzindo um agravamento de 4,2 por cento em termos anuais homólogos. Em termos de mercados, as exportações para a China totalizaram 1,96 mil milhões de patacas, reflectindo uma subida de 21,5 por cento relativamente a igual período do ano transacto. As vendas para Hong Kong (6,07 mil milhões de patacas), para a União Europeia (175 milhões de patacas) e para os Estados Unidos (174 milhões de patacas) subiram 17,9, 5,9 e 17,8 por cento, respectivamente, em termos anuais homólogos. As exportações para os países de língua portuguesa cifraram-se em 700 mil patacas, traduzindo um tombo de 88,2 por cento em relação ao período homólogo de 2016. Já do lado das importações, Macau comprou à China produtos no valor de 22,74 mil milhões de patacas nos primeiros 11 meses do ano, ou seja, menos 4,1 por cento em termos anuais homólogos. A mesma tendência foi verificada nas importações de mercadorias dos países de língua portuguesa (589 milhões de patacas) que diminuíram 3 por cento. Em sentido inverso, as compras à UE (17,27 mil milhões de patacas) aumentaram 12,9 por cento.
Hoje Macau Manchete SociedadeBairro das Missões | Devolução de terreno ao Governo é discutida Depois da polémica levantada por uma reportagem de Hong Kong acerca das condições de vida no Bairro das Missões, as opiniões acerca do que fazer com os terrenos divergem. Ng Kuok Cheong apela ao Executivo que recupere a terra, mas o advogado Chio Song Meng argumenta que sendo propriedade privada não será fácil ao Governo ter acesso ao terreno [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] deputado Ng Kuok Cheong sugere que os terrenos onde está situado o Bairro das Missões possam ser recuperados pelo Executivo. Para o tribuno a situação é clara e tem como objectivo proceder ao planeamento daquela zona de modo a que seja reabilitada. A ideia surge após a polémica reportagem feita em Hong Kong que alertava para as condições de vida precárias de quem vive no Bairro das Missões. Em declarações ao Jornal do Cidadão, Ng Kuok Cheong alega que aqueles terrenos têm sido ignorados pelo Executivo. O deputado recorda que quando há anos foi falado o projecto que daria origem às 19 mil fracções de habitação social, o Bairro das Missões tinha sido apontado como uma possibilidade, mas o Governo não considerou os terrenos em causa. A razão apontada na altura tinha que ver com o evitar a polémica na medida em que se tratariam de casas sociais situadas perto de uma prisão. Por outro lado, o deputado está preocupado com a possibilidade de conflitos se o Governo resolver investir fundos públicos naquela área sem antes reaver os terrenos. Para Ng Kuok Cheong os problemas são inevitáveis porque seria uma acção que iria beneficiar pessoas que, na sua maioria, não são de Macau. Ng Kuok Cheong argumenta ainda que as obras públicas não devem manter-se “escondidas” e devem actuar visto terem poder para reclamar o terreno em causa. Mais, para o deputado, até a organização de cariz religioso que neste momento também ocupa o Bairro das Missões já se mostrou aberta à hipótese. No entanto, admite, só num próximo mandato do Governo é que a iniciativa pode ser concretizada. Recuperações impossíveis? Já o advogado Chio Song Meng refere que a aquisição do terreno do bairro das Missões pelo Governo não será tarefa fácil por se tratar de um terreno privado. Para Chio Song Meng, os terrenos que albergam o bairro são fruto de um contrato de longa duração com os proprietários. Por isso, o Executivo não poderá, com facilidade, pedir para que sejam devolvidos. Mas, diz ainda o advogado também ao Jornal do Cidadão, as autoridades podem ter iniciativas para alterar aquelas estruturas, nomeadamente para demolir as instalações ilegais que estão neste momento a ocupar os terrenos. “Tratam-se de construções ilegais e prédios que podem mesmo considerar-se perigosos e de risco para a segurança pública” argumenta Chio Song Meng. No entanto, se as demolições acontecerem “o terreno continua ser da organização concessionária, a não ser que, pelo interesse público, a concessionária devolva o terreno ao Governo”, lê-se no jornal. Ainda assim, o advogado sugere que o Governo entre em contacto com os proprietários para tentar negociar o futuro do terreno no Bairro das Missões.
Hoje Macau SociedadeGestão dos auto-silos | Foram admitidas 8 das 9 propostas a concurso [dropcap style≠’circle’]F[/dropcap]oram recebidas nove propostas para o concurso público para a gestão de cinco auto-silos locais. Os montantes vão das 1.18 e as 3.98 milhões de patacas e as estruturas em causa o Auto-Silo do Edifício da Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego, o Auto-Silo do Edifício Fai Fu, do Auto-Silo do Lido, o Auto-Silo do Terminal Marítimo de Passageiros da Taipa e o Auto-Silo do Edifício do Lago. No acto público realizado ontem 8 propostas foram admitidas e uma ficou de fora. O concurso tem como critérios de apreciação, o valor de contrapartida de referência proposto, o compromisso assumido do concorrente pelo cumprimento do programa de gestão e exploração dos parques de estacionamento, o plano de investimento para fornecimento e instalação de equipamentos e instalações (hardware), e a experiência do concorrente no âmbito da gestão e exploração de auto-silos. De acordo com a DSAT, a adjudicação tem um prazo de seis anos.
Hoje Macau China / ÁsiaPerfil no Wechat servirá bilhete de identidade oficial [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] governo de Cantão, no sul da China, iniciou um projecto para que a aplicação de telemóvel Wechat sirva para identificar os utilizadores, como um passaporte ou bilhete de identidade. De acordo com o diário “South China Morning Post”, o projecto experimental iniciado esta semana vai estender-se em poucos dias à província de Guangdong, uma das mais prósperas do país, havendo também a intenção de a testar a nível nacional a partir de Janeiro. Através da tecnologia de reconhecimento facial, em grande desenvolvimento na China, o passaporte ou bilhete de identidade virtuais poderão ser usados para fazer registos em hotéis ou aceder a determinados serviços de instituições oficiais sem necessidade de um documento de identificação convencional. O projecto foi desenvolvido pelo Ministério de Saúde Pública e o gigante electrónico Tencent, dono do Wechat. A consolidar-se o uso do Wechat como documento de identidade, a aplicação, com perto de mil milhões de utilizadores, sobretudo no interior da China, ganhará ainda mais relevância. Criado em 2011 como um serviço de mensagens instantâneas similar ao Whatsapp, o Wechat tornou-se na rede social mais popular do país, ao incluir, pouco tempo depois, um serviço de “microblogs” semelhante ao Twitter, uma vez que tanto este, como o Whatsapp estão bloqueados pelo regime chinês. Além disso, nos últimos anos, o Wechat incluiu um sistema de pagamentos electrónicos que se popularizou tanto entre vendedores como compradores da China, ao ponto de muitos cidadãos da segunda economia mundial terem praticamente deixado de utilizar dinheiro em numerário.
Hoje Macau SociedadeHato | Reparo de estragos custa mais de 14 milhões [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] empresa Lei Ka Chi Construtor Civil será a responsável pelas “Obras de Manutenção e Reparação Emergentes das Instalações Danificadas pelo Tufão “Hato”, recebendo por esse projecto mais de 14 milhões de patacas, a serem pagas até ao próximo ano. As informações constam num despacho publicado ontem em Boletim Oficial. Arquitectos portugueses desenham edifício da PSP [dropcap style≠’circle’]A[/dropcap] empresa Luís Sá Machado, Conceição Perry & Isabel Bragança — Arquitectos, Limitada foi a escolhida para desenvolver o projecto da “Empreitada de Construção do Novo Edifício de Comando do Corpo de Polícia de Segurança Pública e Unidade Táctica de Intervenção Policial na Zona E1”, localizada nos novos aterros. Segundo o despacho publicado ontem em Boletim Oficial, o Governo vai pagar ao atelier quase 26 milhões de patacas, um valor a ser pago gradualmente até 2022. Seac Pai Van | Escolas custam quase 800 milhões [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] Governo adjudicou ao consórcio composto pela Companhia de Decoração San Kei Ip, Limitada e Sociedade de Construção e Engenharia — Grupo de Construção de Xangai — SCG (Macau) a “obra de construção dos edifícios escolares e instalações educativas” num dos lotes do complexo de habitação pública de Seac Pai Van, em Coloane. Por este projecto, a realizar até 2019, o Executivo vai pagar quase 800 milhões de patacas, aponta o despacho publicado ontem em Boletim Oficial. Israel : Ministro propõe estação ferroviária “Donald Trump” [dropcap style≠’circle’]O[/dropcap] ministro dos Transportes israelita defende a extensão da linha ferroviária de alta velocidade até à zona de Kotel, Jerusalém, onde quer construir uma estação com o nome “Donald Trump”. O ministro propôs que a estação venha a ter o nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que reconheceu Jerusalém como capital de Israel. O porta-voz do ministro dos Transportes, Avner Ovadia, disse que o projecto vai custar mais de 700 milhões de dólares e vai demorar quatro anos a construir, caso venha a ser aprovado. Segundo a Associated Press é provável que o projecto venha a ser contestado pela “comunidade internacional” que não reconhece a soberania de Israel sobre Jerusalém Ocidental. Entretanto, a construção da linha ferroviária de alta velocidade entre Telavive e Jerusalém deve estar concluída durante a primavera de 2018. Governo britânico perde milhares de documentos [dropcap style≠’circle’]M[/dropcap]ilhares de documentos oficiais do Governo britânico, alguns deles com informações sensíveis sobre episódios controversos da história do Reino Unido do século XX, desapareceram dos Arquivos Nacionais, noticiou o jornal The Guardian. Segundo o diário britânico, entre o material desaparecido figuram documentos sobre a Guerra das Malvinas ou sobre o conflito na Irlanda do Norte. O The Guardian salienta que os documentos foram levados dos Arquivos Nacionais por funcionários do executivo britânico para Whitehall (edifícios governamentais), dando, posteriormente, conta do desaparecimento. Outra documentação que não foi possível recuperar, acrescenta o jornal, contém dados sobre o mandato colonial britânico da Palestina, provas da vacina contra a poliomielite ou sobre a disputa territorial mantida entre o Reino Unidos e a Argentina sobre as Malvinas (ou Falkland).