Ella Lei pergunta por inventário de bibliotecas

[dropcap]D[/dropcap]epois do Comissariado de Auditoria ter feito um relatório sobre o acervo das bibliotecas públicas, a deputada Ella Lei questionou se as conclusões da entidade fiscalizadora estão a ser seguidas.

A deputada dos Operários enviou uma interpelação a questionar o Governo se está a ser cumprida a recomendação de fazer um inventário por ano de todas as obras das bibliotecas. Ella Lei quer também saber o que foi feito para implementar o relatório.

Por outro lado, questiona o que está a ser feito para haver uma análise quantitativa da popularidade dos livros, ou seja os mais requisitados e lidos, e se essa informação vai ser revelada publicamente.

14 Dez 2018

Portas do cerco | Terminal reabre este sábado depois de obras

[dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) anunciou ontem a reabertura do terminal de autocarros das portas do cerco já este sábado. De acordo com um comunicado oficial, nesta fase inicial de reabertura “um total de 13 carreiras de autocarros fazem escala no terminal e as restantes mantêm-se a funcionar de acordo com a disposição actual”.

Um total de sete carreiras vão usar o terminal como ponto de partido, sendo que as restantes cinco fazem apenas escala nas portas do cerco. Além disso, a carreira 3X só efectua no local a largada de passageiros e mantém a tomada dos mesmos na paragem “Itsmo F. Amaral”. As paragens criadas depois do encerramento do terminal rodoviário serão mantidas, continuando a seguir a actual disposição as carreiras que passam por estas paragens.

O terminal de autocarros teve de fechar temporariamente devido aos estragos causados pela passagem do tufão Hato no território. As obras concluíram no final de Novembro. As novas instalações “dispõem de três zonas de espera climatizadas do tipo fechado e de duas do tipo aberto”, estando equipadas “com novos aparelhos de ar condicionado, sistema de ventilação e exaustão de fumo, sistema de combate a incêndios, sistema eléctrico e instalações de filas de espera”.

Foi também feita uma optimização dos espaços destinados aos sanitários, gabinetes de trabalho e placas de refúgio para passageiros à espera de autocarros, com o objectivo de “aumentar o conforto nos espaços de descanso para motoristas e de espera para passageiros”.

13 Dez 2018

Fundação Oriente | Jornalista Sílvia Gonçalves vence prémio

[dropcap]A[/dropcap] jornalista Sílvia Gonçalves, editora do jornal Ponto Final, é a vencedora da edição deste ano do prémio Macau Reportagem, atribuído pela Fundação Oriente (FO). O trabalho distinguido foi uma reportagem sobre o tufão Hato, intitulada “Destruição e desalento, no dia em que o Hato sacudiu a cidade”, publicada no diário a 25 de Agosto do ano passado.

O júri escolheu este trabalho jornalístico por unanimidade, uma vez que se trata de um “tema de grande impacto para Macau do ponto de vista social e económico, proporcionando uma visão ampla e credível do acontecimento alvo da reportagem, visão essa que se encontra sustentada por testemunhos transversais e ilustrada por elementos fotográficos de manifesta expressividade”.

Além disso, “da perspectiva linguística, o trabalho sai ainda valorizado pela amplitude vocabular e por ser um texto estruturalmente sólido. Em suma, é um trabalho que respeita todos os princípios jornalísticos de uma boa reportagem”, considera a FO.

Salomé Fernandes e Viviana Chan, jornalistas do Jornal Tribuna de Macau, foram distinguidas com uma menção honrosa com a reportagem “Não residentes enfrentam entraves à maternidade”, publicada a 28 de Dezembro de 2017.

Para esta edição concorreram dez jornalistas que enviaram um total de 12 trabalhos. O prémio tem um valor de 50 mil patacas e visa “premiar o melhor trabalho jornalístico sobre Macau, nas vertentes cultural e sócio-económica, publicado em órgãos de comunicação social da RAEM e de Portugal”.

O júri é constituído pela coordenadora da delegação da FO em Macau, Ana Paula Cleto, e por mais quatro elementos: Harald Bruning, director do jornal “The Macau Post Daily”, Joaquim Ramos, director do Instituto Português do Oriente, Maria José Grosso, professora da Universidade de Macau e Rosa Bizarro, professora do Instituto Politécnico de Macau. O prémio é entregue em Janeiro do próximo ano.

13 Dez 2018

Imprensa oficial chinesa apela ao Canadá que rejeite “hegemonia” dos Estados Unidos

[dropcap]A[/dropcap] imprensa oficial chinesa pediu hoje a Otava que rejeite a “hegemonia” de Washington e tome “decisões independentes”, apelando à libertação da directora financeira da Huawei, detida no Canadá a pedido dos Estados Unidos.

“O Canadá concedeu liberdade condicional a Meng [Wanzhou], o que é positivo, mas ela merece total liberdade. Otava pode acabar agora mesmo com esta crise”, apontou o Global Times, jornal de língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês.

Em editorial, o jornal lembra que as “obrigações” do Canadá para com a China “devem prevalecer”, face aos compromissos para com um terceiro país.

A directora da Huawei foi detida pelas autoridades canadianas, a pedido dos EUA, por suspeita de ter mentido sobre uma filial da empresa, para poder aceder ao mercado iraniano, violando sanções norte-americanas.

O Global Times considera que os EUA violaram o espírito do direito internacional, ao usar leis nacionais para estender a sua jurisdição, e apelou ao Canadá que actue como um “país independente e soberano, e não um Estado vassalo”.

O jornal evita ainda vincular a recente detenção do antigo diplomata canadiano Michael Kovrig, uma aparente retaliação pelo caso de Meng. O Governo chinês justificou já a detenção de Kovrig e assegurou que a organização para a qual trabalha, a unidade de investigação International Crisis Group (ICG), “não está registada na China”.

“Não há nada que evidencie uma ligação entre a detenção de Meng e a de Kovrig”, afirma o Global Times, lembrando que os dois casos são “muito diferentes”, já que Meng foi detida sem ter violado nenhuma lei do Canadá, e Kovrig foi detido pelas suas “actividades” na China.

Na quarta-feira, a ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Chrystia Freeland, revelou suspeitar que outro cidadão do país foi colocado sob custódia pelas autoridades chinesas. Um funcionário do Governo canadiano revelou mais tarde à agência Associated Press, sob condição de anonimato, tratar-se de Michael Spavor, um dos poucos ocidentais que já se encontrou com o líder norte-coreano Kim Jong-un.

Um outro jornal oficial chinês acusou Washington de ter um plano “bem preparado” contra a Huawei e outras tecnológicas chinesas, visando expulsá-las do mercado norte-americano.

“A China está a conter-se no caso de Meng, para que não afete as fricções comerciais com os Estados Unidos, e está a fazer todos os esforços para aliviar as tensões”, afirmou o China Daily, lembrando que é “altura de a China se preparar para o próximo golpe dos Estados Unidos”.

O tribunal de Vancouver decretou esta semana a liberdade condicional de Meng, apesar de o advogado representante do Governo canadiano se ter oposto. As autoridades dos EUA suspeitam que o grupo chinês exportou produtos de origem norte-americana para o Irão e outros países visados pelas sanções de Washington, violando as suas leis.

Uma lei federal proíbe responsáveis governamentais e militares de utilizarem aparelhos fabricados pela Huawei e as suas alegadas ligações ao Partido Comunista chinês são frequentemente salientadas.

As autoridades norte-americanas têm 60 dias após a detenção para apresentar ao Canadá um pedido formal de extradição. Caso não o façam Meng será colocada em liberdade.

A ascensão ao poder de Donald Trump nos EUA ditou o despoletar de disputas comerciais, com os dois países a aumentarem as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um.

A liderança norte-americana teme perder o domínio industrial global, à medida que Pequim tenta transformar as firmas estatais do país em importantes atores em sectores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Pequim e Washington anunciaram, no mês passado, uma trégua de 90 dias, para negociar um acordo que ponha o fim à guerra comercial.

13 Dez 2018

China confirma detenção de fotojornalista desaparecido há mais de um mês

[dropcap]A[/dropcap] mulher do fotojornalista chinês Lu Guang, desaparecido há mais de um mês na China, disse hoje à agência de notícias Associated Press (AP) que as autoridades chinesas confirmaram a sua detenção no país.

O premiado fotógrafo, que documenta delicadas questões sociais e ambientais no gigante asiático, foi preso na cidade de Kashgar, na região de Xinjiang, no oeste do país, disse à AP a mulher, Xu Xiaoli, que vive em Nova Iorque.

As autoridades entraram esta quarta-feira em contacto com alguns familiares, sem que tenha sido entregue qualquer aviso por escrito com as acusações, que permanecem dúbias, indicou Xu Xiaoli.

O fotojornalista desapareceu em 3 de Novembro, quando se encontrava na província de Xinjiang. Tinha um encontro marcado com um amigo na província de Sichuan, em 5 de Novembro, mas nunca chegou a aparecer.

Lu Guang venceu o prestigiado World Press Photo com uma reportagem sobre aldeões chineses, pobres, que contraíram HIV depois de terem vendido o próprio sangue. As suas fotografias abordam temas como a poluição e a destruição ambiental industrial – questões consideradas sensíveis pelo Governo e tradicionalmente evitadas pelos meios de comunicação social chineses.

Um aparelho de segurança sufocante tem sido imposto à região de Xinjiang nos últimos anos, numa altura em que o Governo combate aquilo a que chama de ameaças terroristas da população predominantemente muçulmana.

13 Dez 2018

Wall Street encerra em alta graças a alívio da tensão sino-norte-americana

[dropcap]A[/dropcap] bolsa nova-iorquina encerrou em alta na quarta-feira, com os investidores encorajados pelas notícias na frente do conflito comercial sino-norte-americano. Os resultados definitivos da sessão indicam que o selectivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,64%, para os 24.527,27 pontos.

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq progrediu 0,95%, para as 7.098,31 unidades, e o alargado S&P500 valorizou 0,54%, para as 2.651,07. “Os investidores fizeram um ‘uf’ de alívio, porque se obteve alguma clareza sobre as diferentes estratégias que se desenvolvem actualmente na Casa Branca”, indicou Adam Sarhan, da 50 Park Investment.

O secretário do Comércio, Wilbur Ross, congratulou-se pela decisão da China de reduzir as tarifas alfandegárias sobre a viaturas fabricadas nos Estados Unidos da América, confirmando, assim, uma informação divulgada pela imprensa. Em resultado, as ações da Ford subiram 1,17%, as da General Motors 2,85% e as da Fiat Chrysler 2,72%.

Um pouco antes, o Wall Street Journal tinha relatado que a China se preparava para abrir ainda mais o acesso da sua economia às empresas estrangeiras, o que provocou um movimento de euforia nos mercados.

Os investidores também reagiram à sentença de três anos de prisão pronunciada para Michael Cohen, antigo advogado do Presidente norte-americano, Donald Trump, pelo pagamento que fez a duas mulheres para que silenciassem alegadas relações com o multimilionário.

“Cohen vai para a prisão por três anos. O caso está fechado de momento. Isto dá oxigénio aos investidores”, estimou Sarhan. A maior parte dos juristas parece, de momento, excluir uma acusação a Trump, por causa deste assunto, enquanto estiver na Casa Branca.

Acontecimento marcante na quarta-feira em Wall Street foi o início do serviço de música em linha do grupo tecnológico chinês Tencent, o Tencent Music. O grupo, que representa a segunda maior introdução em bolsa de uma empresa chinesa, valorizou 7,69%.

A empresa beneficiou também do optimismo que envolve o confronto comercial entre a China e os EUA, que aproveitou às empresas chinesas cotadas em Nova Iorque, como a JD.com, que valorizou 4,69%, e a Baidu, que progrediu 1,64%.

13 Dez 2018

Empresário canadiano desaparece na China em altura de tensões com Otava

[dropcap]U[/dropcap]m funcionário do Governo do Canadá revelou hoje que o canadiano que desapareceu na China, e que se suspeita ter sido detido, é o empresário Michael Spavor, que visita frequentemente a Coreia do Norte.

O desaparecimento ocorre numa altura de crescente tensão entre Pequim e Otava, face à detenção da directora financeira da empresa chinesa de telecomunicações Huawei, Meng Wanzhou, no Canada, a pedido dos Estados Unidos.

Spavor é o diretor do Paektu Cultural Exchange e um dos poucos ocidentais que já se encontrou com o líder norte-coreano Kim Jong-un. O empresário ajudou Pyongyang a organizar a visita ao país do antigo jogador norte-americano de basquetebol Dennis Rodman. A China deteve já um antigo diplomata canadiano, noutra aparente retaliação pela detenção de Meng.

Na quarta-feira, a ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Chrystia Freeland, revelou suspeitar que outro cidadão do país foi colocado sob custódia pelas autoridades chinesas. Um funcionário do Governo canadiano revelou mais tarde à agência Associated Press, sob condição de anonimato, tratar-se de Michael Spavor.

A directora da Huawei foi detida por suspeita de ter mentido sobre uma filial da empresa, para poder aceder ao mercado iraniano, violando sanções norte-americanas. O tribunal de Vancouver decretou a liberdade condicional de Meng Wanzhou, apesar de o advogado representante do Governo canadiano se ter oposto.

As autoridades dos EUA suspeitam que o grupo chinês exportou produtos de origem norte-americana para o Irão e outros países visados pelas sanções de Washington, violando as suas leis.

Uma lei federal proíbe responsáveis governamentais e militares de utilizarem aparelhos fabricados pela Huawei e as suas alegadas ligações ao Partido Comunista chinês são frequentemente salientadas. Meng é filha do fundador da Huawei, Ren Zhengfei.

13 Dez 2018

Universidade de Macau lança plataforma de tradução online chinês-português-inglês

[dropcap]A[/dropcap] Universidade de Macau (UM) anunciou ontem ter lançado uma plataforma de tradução online chinês-português-inglês, de forma a ajudar os tradutores profissionais em vocabulários mais técnicos.

“A plataforma permite que tradutores profissionais estabeleçam conjuntos de vocabulário especializados relacionados com um determinado sector”, explicou a UM, em comunicado.

Além disso, sublinhou a UM, o sistema, UM-CAT, pode também identificar automaticamente textos usados anteriormente, sendo esta plataforma “adequada para escritórios governamentais e empresas que precisam de lidar com uma grande quantidade de tarefas de tradução multilíngue no seu trabalho diário”.

“O UM-CAT pode, não só traduzir textos genéricos, como também traduzir textos técnicos em diferentes campos profissionais”, referiu a UM.

Esta plataforma também integra várias outras funções, incluindo memória de tradução, gestão de terminologia, tradução colaborativa e inteligente e sugestão de segmentos de tradução.

O UM-CAT foi desenvolvido pelo Laboratório de Linguagem Natural da UM e pelo Laboratório de Tradução Automática Português-Chinês.

13 Dez 2018

Mundiais de natação em Hangzhou | Ana Catarina Monteiro superou-se com sexto lugar

[dropcap]A[/dropcap] nadadora portuguesa Ana Catarina Monteiro, sexta classificada na final dos 200 metros mariposa dos Mundiais de piscina curta, com recorde nacional, em Hangzhou, na China, disse ontem que a “superação marcou o dia”.

“Estou muito feliz só pelo facto de ter participado. Claro que o primeiro recorde nacional e um lugar na final e depois o segundo recorde com um sexto lugar na final deixam-me com uma alegria indescritível”, referiu a nadadora, admitindo que apesar do resultado não se sentia a 100%.

Ana Catarina Monteiro, que terminou a prova a 4,14 segundos da vencedora, a húngara Katinka Hosszu, fixou o novo máximo de Portugal em 2.05,74 minutos, superando por larga margem o recorde que tinha estabelecido nas eliminatórias realizadas durante a manhã, com o tempo de 2.06,49 minutos.

“Os recordes estavam nos meus planos até porque treino todos os dias com esse objectivo. Estes resultados motivam-me para continuar a traçar os objetivos que são os Jogos Olímpicos”, referiu nadadora, que chegou a admitir não participar devido a problemas com a adaptação à comida.

A nadadora do Fluvial Vilacondense chegou à final com o oitavo tempo das eliminatórias, depois de ter terminado no quarto lugar da sua série e superado o recorde de Portugal que vigorava à partida para a China, de 2.07,62 minutos, que lhe pertencia desde 15 de Abril de 2018.

“Eu e o meu treinador, Fábio Pereira, temos tudo bem pensado, mas vamos superando um objectivo de cada vez. Ainda vou nadar os 100 metros mariposa, uma prova muito rápida para mim, e o recorde [português] é o objetivo”, explicou.

A jornada ficou ainda marcada pelo recorde nacional de Miguel Nascimento nos 200 metros livres (1.43,76 minutos), depois do nadador do Benfica ter fixado na véspera novo máximo nos 100 livres (47,61 segundos), no primeiro percurso da estafeta de 4×100 livres, na qual também foi superado o máximo nacional.

“Os 200 livres foram um pouco surpreendentes pela positiva. Competi na pista da ponta, o que dificulta a observação dos adversários mais directos. Acabei por gerir a prova por mim e procurar arrancar nos terceiros 50 metros como havia combinado com o meu treinador”, disse Miguel Nascimento.

O nadador manifestou-se satisfeito com o resultado obtido num grande evento internacional e disse que vai agora descansar para os 50 metros livres e as estafetas.

“O estágio que realizámos em Macau antes do Mundial foi fundamental, porque nos permitiu uma adaptação ao fuso horário, que é de oito horas, mas que nos leva ainda a contrariar o relógio biológico”, observou o nadador do Benfica.

Ainda na segunda jornada do Mundial de piscina curta, que decorre até domingo, Tamila Holub obteve o 12.º tempo nos 800 metros livres, entre 30 nadadoras, com recorde pessoal (8.29,58 minutos), ao vencer a segunda série, seguida de Diana Durães, 13.ª classificada, com 8.30,12.

13 Dez 2018

Ópera | Novo livro de Shee Va lançado este sábado

[dropcap]A[/dropcap] Fundação Rui Cunha (FRC) promove este sábado o lançamento da nova edição do livro de Shee Va, intitulado “Ópera no FIMM 18- Tomo III“. O autor é médico gastrenterologista e, segundo um comunicado da FRC, “alia ciência e arte no seu modo de vida”.

Shee Va é descrito como um “auto-didacta no mundo da música e sensível à sequência das notas, o seu ritmo e dinâmica” e como alguém que “tempera as agruras da vida com a ópera”.

“Servindo-se das óperas que Macau viu durante as edições dos trinta anos do Festival Internacional de Música de Macau, e acompanhando os passos de amadurecimento do personagem que levado pela primeira vez, por seu pai, a ver um espectáculo lírico, aos doze anos de idade, este Tomo III conclui a trajectória de aprendizagem desta criança, agora transformado em adulto jovem”, aponta a FRC.

O livro, que se estende por três volumes, é “apenas um guia iniciático para todos aqueles que queiram conhecer o mundo da ópera”. O autor da obra abordou também “os motivos que conduziram os compositores à escolha dos enredos e as interpretações emotivas dos artistas sob visão dos directores de cena”. A apresentação do livro tem entrada livre e acontece às 17h.

13 Dez 2018

Cinema | Casa Garden volta a acolher o NY Portuguese Short Film Festival

[dropcap]A[/dropcap] Fundação Oriente e o Arte Institute anunciaram a realização em Macau, no próximo domingo, de um festival de curtas-metragens dedicado à divulgação do cinema português contemporâneo e de jovens realizadores lusos. A VIII Edição do NY Portuguese Short Film Festival terá lugar na Casa Garden entre as 17h e as 19h30.

Organizado pela primeira vez em Junho de 2011, o evento foi o primeiro festival de curtas-metragens portuguesas nos Estados Unidos, sendo que, ao promover o evento anualmente em vários países, o Arte Institute pretende ampliar e conquistar novos públicos para o cinema português em todo o mundo.

“O NY Portuguese Short Film Festival tem sido uma grande montra para o cinema contemporâneo português e tem aberto portas aos novos realizadores nacionais em termos de promoção e divulgação das suas curtas-metragens, até mesmo para participarem noutros festivais internacionais”, de acordo com a directora do Arte Institute, citada no comunicado.

Do programa fazem parte os filmes “Ivan”, de Bernardo Lopes, “Iris”, de Paulo Renato Arroyo, “GRIND”, de Yuri Alves, “Tempo Vertical”, de Patrícia Andrade, “Sobre o filme que se segue” de José Lobo Antunes, “Vhils – Debris”, de José Pando Lucas, “Outono”, de Nádia Santos, “Tartus”, de Leonor Abreu e Francisco Mineiro, “Inspirações Portuguesas”, de António Freitas e Fábio Silva, “O Autor”, de Rui Neto, “Laura” de Tânia Dinis, “O Chapéu”, de Alexandra Alves e “First breath after coma”, de Casota Collective.

O NY Portuguese Short Film Festival já esteve em todos os continentes, 23 países e 53 cidades. Fundado a 11 de Abril de 2011, o Arte Institute é uma organização pioneira, independente e sem fins lucrativos, sediada em Nova Iorque, que dinamiza a produção e difusão de artistas e projetos de arte e cultura contemporânea portuguesa.

O Arte Institute organiza eventos em todos os continentes, nas principais capitais do mundo, e em áreas como cinema, artes plásticas, música, literatura, teatro e performance.

13 Dez 2018

Transportes | Ligação directa entre a Ponte HKZM e Aeroporto de Hong Kong

[dropcap]A[/dropcap] Ilha Artificial da Ponte HKZM de Hong Kong vai ter uma ligação directa ao aeroporto da RAEHK, de acordo com a informação do Autoridade do Aeroporto de Hong Kong, citada pelo jornal Apple Daily.

O projecto só deverá estar concluído em 2022, mas vai permitir que quem atravesse a ponte para ir directamente para o aeroporto de HK faça check-in no controlo alfandegário de Macau e Zhuhai, onde também podem deixar logo a bagagem.

Depois, a viagem é feita sem mais nenhum controlo, com os passageiros a saírem da ponte e a apanharem outro shuttle para o aeroporto. O modelo é semelhante ao que já existe nos barcos que fazem a ligação directa entre Macau e o aeroporto de Hong Kong. Segundo a notícia do jornal Apple Daily, as obras de construção da ponte e centro de transbordo ligado ao aeroporto, necessários para esta ligação, arrancam em 2020.

13 Dez 2018

UNESCO | Casa do Mandarim distinguida com título educativo

[dropcap]O[/dropcap] Instituto do Património Mundial para a Formação e Pesquisa na Região da Ásia-Pacífico da UNESCO conferiu o título de “Base de Educação para Jovens sobre o Património Mundial” à Casa do Mandarim, numa cerimónia que teve lugar em Suzhou (China), a 28 de Novembro.

Em comunicado, divulgado ontem, o Instituto Cultural (IC) diz esperar que a distinção possa reforçar o sentido de pertença e identidade dos jovens em relação à história e à cultura de Macau e promover o seu apoio e participação nos trabalhos de protecção do Património Mundial.

A Casa do Mandarim, que faz parte do Centro Histórico de Macau, inscrito como Património Mundial, reabriu ao público após ter sido alvo de restauro em 2010. Nos últimos dois anos, de acordo com o IC, foram realizadas mais de 75 visitas guiadas, as quais contaram com a participação de mais de 4000 estudantes do ensino primário e secundário.

13 Dez 2018

Kim Yong Jun designado selecionador da Coreia do Norte

[dropcap]O[/dropcap] ex-jogador futebolista internacional norte-coreano Kim Yong Jun foi designado selecionador da Coreia do Norte, em substituição do treinador norueguês Jorn Andersen, que deixou o cargo há seis meses, anunciou hoje a agência noticiosa local KCNA.

O técnico vai comandar a seleção na Taça Asiática, que começa a disputar-se no início de 2019, na qual a Coreia do Norte, 109.º classificada no ranking da FIFA, faz parte do Grupo E, juntamente com o Qatar, Líbano e Arábia Saudita, frente à qual o novo selecionador fará a estreia.

Kim Yong Jun, de 35 anos, integrou, como jogador, a seleção da Coreia do Norte que se qualificou para o Mundial de 2010, realizado na África do Sul, na qual perdeu com Portugal por 7-0 e foi eliminada na fase de grupos da competição.

12 Dez 2018

Nadadores Ana Catarina Monteiro e Miguel Nascimento batem recordes nacionais na China

[dropcap]O[/dropcap]s nadadores Ana Catarina Monteiro, nos 200 metros mariposa, e Miguel Nascimento, nos 200 livres, bateram hoje os respectivos recordes nacionais, no segundo dia do Mundial de piscina curta, em Hangzhou, na China.

A nadadora do Fluvial Vilacondense terminou a prova com 2.06,49 minutos, o oitavo tempo (quarta na sua série), superando o seu anterior recorde de Portugal, que lhe pertencia desde 15 de abril de 2018 com 2.07,62, garantindo a presença na final.

O nadador do Benfica, que na terça-feira bateu o recorde nacional dos 100 metros livres (47,61 segundos), no primeiro percurso da estafeta de 4×100 metros livres, na qual também foi superado o máximo nacional, voltou a apresentar-se ao seu melhor nível, com a obtenção de um novo recorde de Portugal dos 200 livres, com o tempo de 1.43,76 minutos.

Ainda na segunda jornada do Mundial de piscina curta, que decorre até domingo, Tamila Holub obteve o 12.º tempo nos 800 metros livres, entre 30 nadadoras, com recorde pessoal (8.29,58 minutos), ao vencer a segunda série, seguida de Diana Durães, 13.ª classificada, com 8.30,12.

12 Dez 2018

China condena à morte autor de ataque que causou 15 mortos em Setembro

[dropcap]U[/dropcap]m tribunal da província central chinesa de Hunan condenou hoje à morte o autor de um ataque que, em Setembro passado, causou 15 mortos, noticiou hoje a agência oficial chinesa Xinhua.

Yang Zanyun conduziu deliberadamente o seu veículo contra uma multidão numa praça da cidade de Hengyang, do condado de Hengdong, em 12 de Setembro passado. Yang saiu do carro e continuou a atacar, com uma pá e uma faca, as pessoas que se encontravam na praça, onde se juntavam para dançar em grupo ou conviver. O ataque causou 15 mortos e 43 feridos.

Yang, de 54 anos, foi condenado à morte por colocar em perigo a segurança pública através de métodos perigosos, de acordo com o tribunal popular intermédio de Hengyang. O tribunal decidiu ainda privar o réu de quaisquer direitos políticos.

Na altura do ataque, o governo de Hengyang indicou que o suspeito tinha antecedentes criminais, incluindo tráfico de droga, roubo e agressões físicas e que, “agindo sozinho”, procurou “vingar-se da sociedade”.

A China tem registado vários incidentes deste género, normalmente protagonizados por pessoas com problemas psicológicos ou ressentimentos com vizinhos ou a sociedade em geral. Em Junho passado, uma pessoa morreu e dez ficaram feridas quando um homem conduziu uma empilhadora contra peões numa cidade do leste da China, e acabou por ser abatido pela polícia.

Em Abril, um homem armado com uma faca matou sete estudantes e feriu 19, quando os jovens regressavam a casa, no norte do país. A lei chinesa proíbe rigorosamente a venda e posse de armas de fogo, pelo que os ataques são geralmente feitos com facas, explosivos de fabrico artesanal ou por atropelamento.

12 Dez 2018

António Lobo Antunes lamenta que Portugal e Espanha não sejam o mesmo país

[dropcap]O[/dropcap] escritor António Lobo Antunes lamentou que portugueses e espanhóis não sejam cidadãos do mesmo país, numa entrevista dada ao jornal catalão La Vanguardia no âmbito da Feira Internacional do Livro de Guadalajara e publicada ontem.

“Não consigo descobrir muitas diferenças entre a gente da península, somos a mesma coisa, temos a mesma maneira de reagir, embora se coma melhor na Catalunha do que em Portugal. É uma pena que não sejamos o mesmo país, todos os ibéricos. Filipe II de Espanha e I de Portugal tinha todo o direito de ser nosso rei, era neto do monarca legítimo”, afirmou Lobo Antunes logo na primeira resposta da entrevista, antes de acrescentar que o “grande amor” da sua infância foi uma criada galega que trabalhava para os pais.

O autor que lançou recentemente em Portugal “A última porta antes da noite” realçou que o escritor que mais o comove “ainda é um grande poeta do século de ouro” da Península Ibérica, Francisco Gómez de Quevedo, a quem só Camões se pode igualar, na opinião de Lobo Antunes.

“O meu pai lia-nos em voz alta aos seis filhos, gostava muito de poesia”, lembrou o escritor nascido em 1942.

Há mais de dez anos, o Nobel da Literatura José Saramago (1922-2010) disse, ao Diário de Notícias, que Portugal acabaria por se integrar em Espanha, tornando-se uma província de um país que se chamaria Ibéria, para não ofender “os brios” portugueses.

Na mesma entrevista em que recorda que “a ditadura é violência, com os cabrões da polícia política a perseguir a gente”, quando a imprensa escrevia que os presos políticos se suicidavam (“sim, com um tiro nas costas”), Lobo Antunes é ainda questionado sobre se ainda reside em Lisboa, ao que responde que sim, ressalvando que “Lisboa está horrível agora”.

“É um inferno desde que a Madonna e tantos famosos vieram viver para lá. A vida é barata, eu almoço sempre em restaurantes de bairro por seis ou sete euros. Vivo na periferia, porque sou uma espécie de emblema do país e, no centro, as pessoas querem tirar fotos comigo. Só estou tranquilo no meu bairro, onde as pessoas me conhecem e me protegem”, afirmou o escritor.

A dada altura, o entrevistador diz não se atrever a perguntar-lhe pelo prémio Nobel, ao que Lobo Antunes lembra ter entrado na coleção Pléiade, “que é muito mais importante que ganhar o Nobel”, acrescentando que os seus livros estão a ser traduzidos também para o árabe, antes de questionar: “Que mais posso desejar?”

“A única coisa que me interessa dos prémios é o dinheiro. Quando me telefonam a dizer que ganhei um, a primeira coisa que pergunto é ‘quanto?’”, acrescentou.

Antes de terminar a entrevista, Lobo Antunes ainda referiu que estar casado “é uma coisa muito boa para trabalhar, caso contrário perde-se muito tempo a perseguir mulheres”.

12 Dez 2018

Uma das vítimas mortais no ataque em Estrasburgo é um turista tailandês de 45 anos

[dropcap]U[/dropcap]m turista tailandês é um dos três mortos no tiroteio que ocorreu na terça-feira em Estrasburgo, França, informou o jornal local The Nation, confirmando um relato feito anteriormente por uma testemunha à emissora inglesa BBC.

Anupong Suebsamarn, de 45 anos, morreu vítima de um disparo na cabeça quando caminhava com a sua esposa pelo Mercado de Natal da cidade francesa, segundo representantes de uma associação de tailandeses em França citados pelo jornal The Nation.

O casal chegou no dia anterior a Estrasburgo, onde hoje é esperada a chegada do embaixador da Tailândia em França, segundo indicou àquela organização a esposa do falecido, quando se encontrava no hospital.

O ataque no Mercado de Natal de Estrasburgo, na terça-feira à noite, provocou pelo menos três mortos e 12 feridos, seis dos quais em estado crítico, anunciou hoje de madrugada o ministro do Interior francês, Christophe Castaner. Anteriormente, a polícia francesa indicara quatro mortos, mas o balanço foi revisto sem explicação.

Segundo Christophe Castaner, um dispositivo de 350 elementos das forças policiais foi mobilizado para encontrar o autor do ataque. Já as autoridades locais informaram na sua conta da rede social Twitter que as manifestações foram proibidas até novo aviso em todo o território da comuna de Estrasburgo.

O homem tem 29 anos, nasceu em Estrasburgo e tem no seu cadastro condenações em França e na Alemanha. O Ministério Público francês abriu uma investigação por homicídio e tentativa de homicídio relacionada com uma organização terrorista, assim como por associação terrorista.

O Governo francês elevou o nível de alerta no país para “emergência por atentado”, com um reforço de controlo nas fronteiras, aumento de segurança nos mercados de Natal e mobilização de meios envolvidos no dispositivo anti-terrorismo.

A cidade de Estrasburgo, localizada no nordeste da França, junto à fronteira com a Alemanha, acolhe a sede do Parlamento Europeu.

Os euro deputados, confinados desde o início da noite de terça-feira no Parlamento Europeu, começaram a sair do edifício após as 02:00 de hoje.

Os funcionários e euro deputados foram escoltados pela polícia em autocarros e carrinhas para o centro da cidade.

O parlamento ficou confinado desde o começo da noite, após um tiroteio no centro de Estrasburgo, a poucos quilómetros da instituição europeia localizada no norte da cidade.

12 Dez 2018

Campeã olímpica Simone Biles assume medicação para combater ansiedade

[dropcap]A[/dropcap] ginasta multicampeã olímpica Simone Biles admitiu ontem que está a tomar medicação para combater a ansiedade desde que em Janeiro confessou ser vítima de abuso sexual do médico da selecção norte-americana Larry Nassar.

“Agora estou a tomar medicação contra a ansiedade porque tive muitos altos e baixos durante o ano, tentando perceber o que estava a falhar”, explicou a jovem norte-americana num programa da televisão ABC.

Nassar foi condenado a um mínimo de 40 anos de prisão por abusar de centenas de desportistas ao longo de vários anos.

“Não é fácil, mas graças às pessoas que me rodeiam, que são do melhor, é um pouco mais fácil”, acrescentou a vencedora de quatro medalhas de ouro nos Jogos do Rio2016, antes de revelar que recorre “com regularidade” a terapia.

Biles foi uma das últimas vítimas do clínico a reconhecer publicamente os factos, em pleno apogeu do movimento #MeToo, que denuncia as agressões sexuais sofridas maioritariamente por mulheres de diferentes áreas da sociedade.

“Eu também sou uma das muitas sobreviventes que sofreram de abusos sexuais por parte de Larry Nassar”, escreveu a ginasta de 21 anos, e que soma 14 títulos mundiais, na sua conta do Twitter.

12 Dez 2018

Álbum “Mariza” entre os dez melhores de 2018 para a revista britânica Songlines

[dropcap]O[/dropcap] álbum homónimo de Mariza, produzido por Javier Limón, editado em maio último, foi considerado pela revista britânica Songlines um dos dez melhores de 2018, divulgou a publicação. Sobre o álbum, escreve a revista que com o tema “Triguierinha”, que fala de “um amor alegre”, e com o qual abre o CD, Mariza “coloca de lado quaisquer preconceitos de que o fado é sempre melancólico”.

A revista destaca o “maravilhoso” tema “Quem, me Dera”, de autoria do angolano Matias Damásio, “Oração”, a estreia de Mariza como autora, e a interpretação, com Maria da Fé, de “Fado Errado”, que “dá um toque pessoal muito especial ao álbum”.

Mariza começou a cantar fado, regularmente, na casa de fados de Maria da Fé e do poeta José Luís Gordo, Senhor Vinho, no bairro lisboeta de Madragoa. O single “Quem Me Dera” contabiliza mais de 12 milhões de visualizações na plataforma ‘youtube’, segundo dados da sua promotora.

A Songlines refere ainda “a transparência e delicadeza da produção [do espanhol] Javier Limón”, que tinha produzido já o álbum “Terra” (2008). Mariza encontra-se em digressão europeia a apresentar este novo CD, tendo actuado em Alemanha, Espanha, Inglaterra, França e Suíça, terminando no próximo sábado, no Pavilhão Multiusos, em Guimarães, no Minho, cuja lotação “está já esgotada”, segundo a promotora Ruela Music.

Não é a primeira vez que um álbum de Mariza recebe esta distinção. Já em 2015, “Mundo” foi também incluído na lista dos dez melhores álbuns, da qual fez igualmente parte “Herança”, de Lura.

Com “Mariza” constituem a lista dos dez melhores álbuns de 2018, “Maghreb United”, de AMMAR 808, “Joys Abound”, de Anandi Bhattacharya, “Remain in Light”, de Angélique Kidjo, “Soar”, de Catrin Finch & Seckou Keita, “Wolastoqiyik Lintuwakonawa “, de Jeremy Dutcher, “Melodic Circles: Urban Classical Music from Iran”, de Mehdi Rostami & Adib Rostami, “El Mito de la Pérgola”, de Pascuala Ilabaca y su Fauna, o álbum homónimo do projeto Small Island Big Song, e “Yiddish Glory: Lost Songs of World War II”, coletânea que inclui vários artistas.

Mariza foi distinguida este ano com o Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura, atribuído pelos governos de Lisboa e Madrid.

12 Dez 2018

Coreia do Sul considera improvável que Kim Jong-un viaje a Seul ainda este ano

[dropcap]O[/dropcap] Governo sul-coreano considerou hoje ser improvável que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, visite o país antes do final do ano, referindo-se às especulações sobre uma possível viagem a Seul ainda este mês.

“Consideramos que vai ser difícil que o líder Kim visite Seul este ano”, disse um porta-voz do gabinete presidencial à agência de notícias Yonhap. Ainda assim, o Governo reiterou estar “aberto à possibilidade [de uma visita de Kim] no início do próximo ano”.

Dezembro é um mês agitado no seio do regime norte-coreano, já que no próximo dia 17 celebra-se o aniversário da morte do antigo líder Kim Jong-il, pai de Kim Jong-un. Em Setembro, o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, convidou o líder norte-coreano a visitar Seul antes do final do ano, algo que Kim aceitou.

No entanto, a falta de progressos no diálogo entre Pyongyang e Washington parecem ser um entrave à realização de uma nova cimeira inter-coreana, que seria a quarta desde Abril. A realizar-se, seria a primeira viagem de um líder da Coreia do Norte a Seul.

Por sua vez, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou esperar reunir-se com o líder da Coreia do Norte “em Janeiro ou Fevereiro” e garantiu estarem em discussão “três locais” para esta segunda cimeira.

Em Setembro, Trump disse que queria programar uma segunda cimeira com Kim, mas o impasse nas negociações adiou a reunião, que daria continuidade ao histórico encontro de Singapura, em Junho passado.

Em Singapura, os dois líderes concordaram em “trabalhar para a completa desnuclearização da península” coreana, mas até agora os progressos têm sido apenas simbólicos, devido à ausência de um roteiro para o desarmamento.

12 Dez 2018

Mundiais de natação | 4×100 metros livres dos Estados Unidos com recorde do mundo de piscina curta

[dropcap]A[/dropcap] estafeta masculina dos Estados Unidos bateu ontem o recorde do mundo dos 4×100 metros livres em piscina curta, na final da prova nos Mundiais, que se estão a disputar em Hangzhou, na China.

Caeleb Dressel, Blake Pieroni, Michael Chadwick e Ryan Held cumpriram a prova em 3.03,03 minutos, batendo o anterior recorde, também norte-americano, datado de 2009, por 27 centésimos. A equipa feminina também conquistou o ouro na mesma prova.

12 Dez 2018

Directora financeira da Huawei libertada sob fiança

[dropcap]U[/dropcap]m juiz canadiano ordenou, esta terça-feira, a libertação, sob fiança, da directora financeira do grupo chinês de telecomunicações Huawei, horas depois da confirmação da prisão de um ex-diplomata canadiano na China, onde as autoridades ameaçam o Canadá de represálias.

De acordo com a agência France-Presse, depois de três dias de audiências judiciais no tribunal de Vancouver, e em plena crise diplomática entre Pequim, Otava e Washington, o juiz canadiano aceitou o pedido de libertação de Meng Wanzhou, detida no Canadá no início de dezembro, a pedido dos Estados Unidos da América.

A empresária saiu algumas horas depois, sob fortes medidas de segurança. Esta mãe de quatro filhos, de 46 anos, terá de cumprir várias condições: pagar um depósito de 10 milhões de dólares, entregar os dois passaportes, residir numa das duas propriedades que possui em Vancouver e usar uma pulseira eletrónica no tornozelo.

A empresária será monitorizada 24 horas por dia, a suas expensas, e não poderá sair de casa entre as 23:00 e as 06:00.

“O risco de que não se apresente em tribunal [durante o processo de extradição] pode ser reduzido a um nível aceitável, impondo as condições de vigilância propostas pelos seus advogados”, disse o juiz, provocando aplausos dos apoiantes de Meng Wanzhou.

A primeira audiência de extradição ficou marcada para 6 de Fevereiro. Entretanto, os Estados Unidos da América deverão enviar à justiça canadiana a documentação completa relativa ao pedido de extradição.

O grupo Huawei já se congratulou com a libertação da sua directora financeira. Após a detenção de Meng Wanzhou, a China convocou no domingo o embaixador dos Estados Unidos em Pequim e pediu a Washington que abandone o pedido de extradição.

Pequim já tinha convocado um dia antes o embaixador do Canadá. A justiça norte-americana pede a extradição da directora financeira, também vice-presidente da administração e filha do fundador da empresa, Ren Zhengfei, por suspeita de ter violado sanções de Washington impostas ao Irão.

Também no domingo, o conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou que Donald Trump desconhecia a detenção de Meng Wanzhou na altura em que jantava com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, na semana passada.

A diretora financeira, de 46 anos, é suspeita pela justiça norte-americana de ter mentido a vários bancos sobre uma subsidiária da Huawei com o objetivo de obter acesso ao mercado iraniano entre 2009 e 2014, violando as sanções dos Estados Unidos.

12 Dez 2018

China diz-se preparada para nova era nas energias limpas

[dropcap]O[/dropcap] vice-presidente do Conselho Económico e Social da China disse ontem que o país “entrou numa nova era de cooperação energética” e que, como potência mundial, está disposta a ter mais responsabilidades nesta matéria.

“Como maior produtor e consumidor, a China entrou numa nova era de cooperação energética”, disse Ji Lin, em Macau, na cerimónia de abertura do 7.º Fórum Internacional para as Energias Limpas (IFCE, na sigla em inglês), sublinhando que Pequim “está disposta a aceitar mais responsabilidades e deveres de acordo com as suas capacidades”.

O gigante asiático tem estado nos últimos anos a investir muito em energias renováveis, sendo já o primeiro mercado mundial nos “novos veículos de energia”, com 777 mil vendidos em 2017 e, de acordo com a Bloomberg, o país investiu cerca de 133 mil milhões de dólares em energias renováveis no ano passado.

Apesar disso, o país continua a ser o maior produtor de carvão do mundo. A poluição gerada por aquele combustível afecta regularmente as principais cidades do país.

“A promoção da coordenação energética numa escala internacional” ganha agora mais importância junto dos países que integram a iniciativa chinesa da Rota da Seda (mais conhecida como Uma Faixa, Uma Rota), mas também junto dos países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), sublinhou Ji Lin.

Na mesma ocasião, o responsável chinês para os assuntos da ASEAN, Chen Dehai, afirmou que “a transformação energética e a implementação de um baixo índice de utilização de carbono tem de ser um foco de toda a comunidade internacional”, acrescentando que as energias limpas, tanto na China, como nos países da ASEAN tem tido um grande desenvolvimento nos últimos anos.

Tanto a cooperação energética como o investimento em energias renováveis são fulcrais para os países asiáticos, já que, de acordo com o responsável “o consumo energético vai aumentar 80% em 2040, comparando com 2030”.

“A construção por parte da China e da ASEAN de uma Rota da Seda verde é expectável que progrida com firmeza”, acrescentou. A cerimónia de inauguração contou ainda com o director executivo da Sociedade de Jogos de Macau e o director geral do IFCE, Ambrose So, que sublinhou o papel que Macau pode ter como plataforma entre a China e os países de língua portuguesa, mas também com a ASEAN, “como veículo de promoção para a energia limpa e cidades inteligentes”.

12 Dez 2018