Hoje Macau China / ÁsiaEmirates Airline anuncia novo voo entre Porto e Dubai a partir de 2 de Julho [dropcap]A[/dropcap] companhia aérea Emirates Airline vai lançar um novo voo entre Porto e Dubai (Emirados Árabes Unidos) no próximo dia 2 de Julho com operação quatro vezes por semana por um Boeing 777-300 ER, anunciou ontem a empresa. Em comunicado de imprensa, a Emirates, considerada a principal companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos, anuncia um novo voo entre o Dubai e Porto que vai ser operado às “terças, quintas, sábados e domingos”, partindo do Dubai às 09:15 e chegando ao Porto às 14:30. O voo de regresso parte do Porto às 17:35 e aterra no Dubai às 04:15 da manhã seguinte, um horário que segundo a Emirates, permitirá “aos passageiros ligações mais fáceis e convenientes aos voos (…) para os destinos mais procurados como Luanda, Joanesburgo, Banguecoque, Xangai, Hong Kong, Melbourne e Sydney, entre outros”, refere o comunicado. O presidente da Emirates Airline, Tim Clark, refere que o Porto está actualmente a desfrutar de maiores níveis de turismo, o que acaba por se reflectir no crescimento do número de visitantes para Portugal como um todo. “A introdução deste novo voo, juntamente com o nosso serviço de dois voos diários para Lisboa, ajudará a satisfazer esta crescente procura de passageiros que viajam em lazer e em negócios, bem como a proporcionar-lhes mais opções, maior flexibilidade e conectividade ao viajar para Portugal”, acrescenta Tim Clark. Com este novo voo, a Emirates Airline os passageiros do Norte de Portugal terão acesso directo à rede global da Emirates, através do Dubai, e o Porto transforma-se no verão no “segundo destino daquela companhia em Portugal, depois de Lisboa, para onde voa atualmente com dois serviços diários. O novo voo será operado por um Boeing 777-300ER, numa configuração de três classes, oferecendo oito ‘suites’ privadas na primeira classe, 42 assentos reclináveis na classe executiva e 310 assentos na classe económica.
Hoje Macau Eventos MancheteSJM realça “génio criativo” de Lagerfeld no Hotel Lisboa Palace [dropcap]A[/dropcap] Sociedade Jogos de Macau (SJM) manifestou ontem “profunda tristeza” pela morte do estilista Lagerfeld, realçando o “génio criativo” do criador alemão, que concebeu o Grande Lisboa Palácio, hotel de luxo com inauguração prevista para segundo semestre deste ano. Em nota, a SJM oferece “sentidas condolências à família e amigos” de Karl Lagerfeld, que morreu ontem, em Paris, com 85 anos. “Os nossos pensamentos estão com ele e com todos aqueles no mundo da moda que o consideravam uma inspiração”, refere-se na comunicação da SJM, controlada por Stanley Ho e família, que está a construir o Grande Lisboa Palácio. A SJM vincou que “foi uma grande honra trabalhar com Lagerfeld” e revelou que está ansiosa “para completar o Hotel Karl Lagerfeld, parte do Grande Lisboa Palácio, em Macau, como um legado do seu génio criativo”. Karl Lagerfeld fez uma parceria com a SJM para construir o hotel de 20 andares, com 270 quartos e suítes, parte integrante do Grande Lisboa Palácio, que passará a ter cerca de 2.000 quartos, no Palazzo Versace Macau e no Hotel Karl Lagerfeld. “Estou muito feliz e orgulhoso por trabalhar num projecto tão grande: um hotel inteiro projectado por mim. É a primeira vez para mim! Eu acho que a ideia é óptima!”, disse Lagerfeld, na altura do anúncio da parceria com a SJM. O presidente do conselho de administração da SJM, Ambrose So, demonstrou também “o entusiasmo por colaborar com Karl Lagerfeld, um designer talentoso e visionário”, acrescentando que “esta parceria demonstra ainda mais o intercâmbio cultural sino-ocidental, que tem uma longa tradição em Macau”. O Hotel Karl Lagerfeld foi desenvolvido pela sua própria marca, Karl Lagerfeld Greater China, e chegou a ter a inauguração prevista para 2017, ano em que desenhou duas suites do Hotel de Crillon, em Paris. No ano seguinte, o ícone do mundo da moda concebeu um hotel de seis estrelas e 290 quartos em Macau.
Hoje Macau EventosLuís Quintais vence prémio principal do Correntes d’Escritas 2019 [dropcap]O[/dropcap] escritor português Luís Quintais, com o livro “A Noite Imóvel”, venceu ontem o Prémio Literário Casino da Póvoa 2019, atribuído no âmbito do encontro literário Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, Portugal, anunciou a organização. O júri do concurso decidiu distinguir a obra de poesia deste autor, de 50 anos, nascido em Angola, “pela qualidade da escrita, a coerência das propostas e a exemplaridade dos conceitos”, atribuindo-lhe o prémio, no valor de 20 mil euros. Luís Quintais, escritor, professor e antropólogo, sucede assim ao autor colombiano Juan Gabriel Vásquez, que em 2018 venceu, na categoria de prosa, o galardão máximo do Correntes d’Escritas, encontro de escritores de expressão ibérica.
Hoje Macau EventosMarcelo agradece a Joana Vasconcelos por “enriquecer o país” O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agradeceu ontem, “em nome de Portugal”, a Joana Vasconcelos por mais “um testemunho que enriquece” o país, durante a inauguração da nova exposição da artista plástica, no Museu de Serralves, no Porto [dropcap]O[/dropcap] chefe de Estado falava durante uma conferência de imprensa após uma visita ao trabalho “I’m Your Mirror”, tendo começado o discurso por recordar uma visita ao Luxemburgo com a artista, onde se apercebeu da “dimensão” de Joana Vasconcelos. “Havia uma dimensão que ultrapassava Portugal e que fazia Portugal ser maior por ser universal. Essa é a dimensão que ela alcançou, naturalmente, com tudo aquilo que faz, como se não desse trabalho, como se não implicasse talento. Faz com uma naturalidade como quem respira. Era esse cruzamento entre internacional e universal que a tornavam única”, elogiou. Nessa altura deu consigo a “pensar no que os outros pensavam de Joana [Vasconcelos] quando ela começou o seu caminho” e a classificavam como “original, egocêntrica e atrevida a mais”, um “fenómeno mais conjuntural do que estrutural” e que “teria dificuldade em recriar-se ao longo do tempo”. Porém, agora, há que “reconhecer que ela foi do melhor que Portugal pôde apresentar em muitas circunstâncias, para os outros e para si próprio”, acrescentando ainda que “também foi do melhor que outros puderam encontrar para além de Portugal, na obra de Joana [Vasconcelos]”. “Não sou capaz de dizer mais sobre a extensão do capítulo que um dia a história escreverá sobre ela. Mas sou capaz, como Presidente da República, de agradecer em nome de Portugal. Porque não sei se ela entrará, à medida do que me parece justo que lhe seja reconhecido, na história universal, nas áreas que resultaram do seu talento. Mas na história de Portugal, do Portugal contemporâneo, ela já entrou”, apontou. Peças novas Na conferência de imprensa estiveram também presentes o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, a presidente do conselho de administração de Serralves, Ana Pinho, e a ministra da Cultura, Graça Fonseca, que agradeceu à artista por obrigar os portugueses a “olhar ao espelho” e ver quem são “como povo”. A exposição inclui obras realizadas de 1997 até à actualidade, reunindo alguns dos trabalhos mais distintos e emblemáticos da artista. Apresentada como a primeira mostra individual de um artista português no Museu Guggenheim em Bilbau, Espanha, onde recebeu mais de 640 mil visitantes, “I’m Your Mirror” integra mais de 30 obras de Joana Vasconcelos, 14 das quais novas. Entre as peças novas apresentadas em Espanha e agora em Serralves conta-se uma máscara veneziana com 2,5 toneladas, feita com 231 molduras de duplo espelho, e um anel solitário, de três toneladas, com 112 jantes de carro e 1.324 copos de cristal. Para Bilbau, Joana Vasconcelos levou também algumas das suas peças mais icónicas, como “A Noiva”, um candelabro feito com tampões, “Marilyn”, um par de sapatos de salto alto feito com panelas, e “Pop Galo”, um gigantesco Galo de Barcelos em azulejo e luzes LED.
Hoje Macau China / ÁsiaCoreia do Norte | Ex-diplomata diz que Kim não desiste de armas nucleares [dropcap]U[/dropcap]m ex-diplomata norte-coreano avisou ontem que o líder Kim Jong-un não tem intenção de desistir das armas nucleares e considerou a cimeira com o Presidente norte-americano uma oportunidade para consolidar o país como um Estado de armas nucleares. Em conferência de imprensa, em Seul, capital sul-coreana, Thae Yong Ho, que desertou para a Coreia do Sul em 2016, referiu que a segunda cimeira entre o Presidente dos Estados Unidos e o líder norte-coreano será um fracasso se Donald Trump não conseguir que Kim Jong-un declare que vai abandonar todas as suas instalações nucleares e armas e fazer regressar a Coreia do Norte ao acordo de não proliferação nuclear. O ex-diplomata norte-coreano de mais alto nível a desertar para a Coreia do Sul foi ministro da embaixada da Coreia do Norte em Londres antes de fugir para a Coreia do Sul. Donald Trump e Kim Jong-un vão reunir-se em Hanói, capital do Vietname, em 27 e 28 de Fevereiro.
Hoje Macau PolíticaAutoridades identificam necessidade de quadros qualificados [dropcap]M[/dropcap]acau tem uma estrutura laboral pobre, a população idosa aumentou e o Governo deve definir políticas de contratação quadros qualificados. Estas são algumas das conclusões de um estudo apresentado ontem pela Comissão de Desenvolvimento de Talentos (CTD). O Centro de Pesquisa Estratégica para o Desenvolvimento de Macau, que está na base destas recomendações, verificou que, embora o território “apresente um desenvolvimento económico favorável, a estrutura sectorial é relativamente pobre” e a “reserva de quadros qualificados encontra-se numa situação de escassez”. Por essa razão, a CTD aconselhou as autoridades a terem como referência as políticas existentes nas regiões que compõe a Grande Baía, projecto que integra Macau, Hong Kong e nove cidades da província chinesa de Guangdong e que pretende afirmar a região como metrópole mundial. O plano de desenvolvimento deste projecto, que foi apresentado na segunda-feira pela China, já havia feito o mesmo diagnóstico, apontando que “a estrutura económica de Macau é relativamente homogénea com recursos limitados para o desenvolvimento”, refere um comunicado da CTD. O Governo de Macau deve, segundo a CTD, definir “políticas de introdução de quadros qualificados”, clarificando “as necessidades reais dos diferentes sectores e quais as profissões que carecem, urgentemente, de quadros qualificados”. Protecção local Houve ainda quem defendesse, nesta comissão, que “o cultivo de talentos locais é prioritário, no futuro” e que a definição de políticas de emprego deve passar, em primeiro lugar, por clarificar as necessidades reais dos diferentes sectores, pois apenas assim “haverá condições para estabelecer um regime transparente de avaliação profissional e, ainda, as quotas adequadas”. Outro aspecto a ter em conta na contratação de quadros qualificados é o ritmo de contratações que são feitas e o seu “tempo de permanência”. Por outro lado, a comissão verificou ainda o aumento da população idosa. “O índice de dependência total em Macau foi de 39,2 por cento, sendo o rácio de dependência de jovens e de idosos, respectivamente, de 21,4 por cento e 17,8 por cento. O índice de envelhecimento atingiu uma percentagem elevada, 83 por cento, o que representa uma tendência de redução da população jovem e aumento da população idosa, pelo que é inevitável que a sociedade envelheça”. Como tal, importa “resolver a falta de recursos humanos”, uma situação que “constitui um problema social muito importante” Macau deve, por isso, proceder ao “aperfeiçoamento do actual regime de emprego dos não residentes e do mecanismo para o cultivo de quadros qualificados”, que inclui a contratação de “mais talentos internacionais, estimular a mobilidade de talentos e evitar a situação de escassez”, lê-se.
Hoje Macau SociedadeAviação | Air Macau vai baixar taxas de combustível a partir de 1 de Março [dropcap]A[/dropcap]transportadora aérea Air Macau anunciou ontem que vai baixar as taxas de combustível de 28 para 20 dólares norte-americanos. Em comunicado, a companhia de bandeira de Macau indica que todos os bilhetes emitidos a partir de 1 de Março, inclusive, de Macau para todos os destinos vão ser sujeitos a novas taxas de combustível.
Hoje Macau EventosMorreu o estilista Karl Lagerfeld [dropcap]O[/dropcap] estilista alemão de alta-costura Karl Lagerfeld, director artístico da Chanel e ícone da indústria da moda, morreu aos 85 anos, disse hoje uma fonte da marca francesa Chanel. Lagerfeld, reconhecido instantaneamente por seus fatos pretos, o cabelo branco penteado com um rabo de cavalo e pelos seus óculos escuros, era famoso pela associação à casa de moda Chanel, mas também produzia colecções para a Fendi, do grupo LVMH, além de manter a marca com o seu nome. A revista online francesa de celebridades Purepeople disse que Lagerfeld morreu esta manhã após ter sido levado para um hospital em Neuilly-sur-Seine, província próxima a Paris, na noite de segunda-feira. Nenhum porta-voz da Chanel esteve disponível para comentários à agência Reuters.
Hoje Macau China / ÁsiaAustrália admite falhas que levaram à detenção do ex-futebolista do Bahrein na Tailândia [dropcap]A[/dropcap]s autoridades australianas admitiram falhas que contribuíram para a detenção do ex-futebolista do Bahrein Hakeem Ali al-Araibi, que passou mais de dois meses detido na Tailândia devido a um pedido de extradição do seu país. “Está claro que ocorreu um erro humano dentro do processo da ABF (Força Australiana de Fronteiras)”, disse, na segunda-feira, o chefe deste organismo, Michael Outram, perante um comité do Senado, em declarações recolhidas pela agência noticiosa Associated Press. O mesmo responsável explicou que a ABF não informou a Polícia Federal e o Ministério do Interior australianos que Al-Araibi beneficiava do estatuto de refugiado na Austrália. Hakeem Ali Al-Araibi, de 25 anos, foi detido no dia 27 de Novembro quando se encontrava em lua-de-mel na Tailândia, na sequência de um alerta da Interpol solicitado pelo Bahrein. A ordem foi cancelada dias depois, já que violava a regra da Interpol que dita que o país de origem de um refugiado não pode emitir tais alertas. A Tailândia, contudo, manteve o jogador sob detenção com o argumento de que o Bahrein já tinha pedido a extradição. O futebolista foi condenado à revelia a dez anos de prisão pelo tribunal do Bahrein, acusado de danificar uma esquadra da polícia em 2012, durante protestos à margem da “Primavera Árabe”, acusação que negou sempre. Al-Araibi regressou a Melbourne na semana passada.
Hoje Macau China / ÁsiaNova ronda de negociações EUA/China arranca esta semana em Washington [dropcap]O[/dropcap]vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, vai estar em Washington entre quinta e sexta-feira para uma nova ronda de negociações comerciais, anunciou hoje o Ministério do Comércio chinês. O responsável vai reunir-se, mais uma vez, com o representante do Comércio norte-americano, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, de acordo com uma breve nota publicada no ‘site’ oficial do Ministério. Liu He já liderou a delegação chinesa que viajou para Washington no final de Janeiro, altura em que se reuniu com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Esta será a quarta ronda de negociações de alto nível entre as duas partes, que vai terminar a apenas uma semana do prazo acordado para a assinatura de um pacto final, em 1 de Março. Embora os meios de comunicação oficiais chineses tenham abordado “avanços importantes” durante a última ronda de negociações, que terminou na passada sexta-feira, em Pequim, nenhum resultado concreto foi alcançado até ao momento. Trump e o Presidente chinês, Xi Jinping, concordaram uma trégua de 90 dias em 1 de Dezembro de 2018, o que significou a suspensão temporária do aumento de 10% a 25% nas tarifas norte-americanas sobre produtos chineses no valor de 200 mil milhões de dólares.
Hoje Macau EventosExposição de fotografia lusófona inaugurada a 1 de Março [dropcap]A[/dropcap]“Somos! – Associação de Comunicação em Língua Portuguesa” (Somos – ACLP) inaugura, no dia 1 de Março (sexta-feira), a exposição “Somos Imagens da Lusofonia 2018 – Raízes Lusófonas: Veículos de Comunicação”. A mostra integra as fotografias vencedoras do concurso lançado pela associação em Dezembro de 2018, assim como as menções honrosas e outras imagens que o júri considerou relevantes por promoverem a comunicação em língua portuguesa e a disseminação das tradições e costumes lusófonos. A cerimónia de inauguração tem início pelas 18h30, no Albergue da Santa Casa da Misericórdia. Os três primeiros prémios do 1º concurso fotográfico dedicado à lusofonia promovido pela “Somos – ACLP” foram atribuídos, respectivamente, a Carlos José Pimentel (Portugal), a Jorge Miguel do Rosário Santos Cruz (Portugal) e a António Alves Tedim (Portugal). Por sua vez, John Lino de Melo (Goa), Niklas Kristofer Stephan (Brasil) e Luís Miguel Silva (Portugal) foram distinguidos com menções honrosas. Aberto a todos O concurso fotográfico esteve aberto a todos os cidadãos dos países e regiões da Lusofonia e residentes de Macau, com fotografias tiradas em qualquer um destes locais: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste ou Goa, Damão e Diu. O painel do júri foi composto por Gonçalo Lobo Pinheiro (presidente do júri e representante da Somos – ACLP), Lim Choi, Paulo Cordeiro, Rodrigo Cabrita e Rui Caria. De acordo com o presidente do júri, além da “proximidade” com o tema do concurso, “os critérios de avaliação basearam-se essencialmente na técnica e qualidade da imagem, com algum pendor, é óbvio, para o olhar e sensibilidade de cada um”. Relativamente à adesão, Gonçalo Lobo Pinheiro considerou-a “positiva”, tendo em conta o facto de ter sido a edição inaugural do concurso. “A ideia é apostar num melhor marketing e promoção na próxima edição. Julgo que a tendência é de crescimento”, referiu, deixando ainda palavras de incentivo a todos os amantes da fotografia: “Fotografem sempre que possam. Procurem novas realidades, novas abordagens, novas tendências. Vejam o trabalho de outros fotógrafos e desfrutem a fotografia”. A exposição “Somos Imagens da Lusofonia 2018 – Raízes Lusófonas: Veículos de Comunicação”, com curadoria do fotógrafo António Mil-Homens, pode ser visitada a partir de 1 de Março até dia 15 do mesmo mês. No dia da abertura, segue-se à cerimónia oficial a festa de inauguração, com DJ set, até às 22 horas.
Hoje Macau China / ÁsiaShinzo Abe elogia “bravura” de Trump mas não confirma indicação ao Nobel da Paz [dropcap]O[/dropcap[ primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, elogiou hoje a “bravura” do Presidente norte-americano, Donald Trump, no diálogo com a Coreia do Norte, mas escusou-se a confirmar se o havia indicado ao Prémio Nobel da Paz. “O Comité Nobel não revela quem foi recomendado ou quem fez as recomendações”, disse o mandatário nipónico, quando questionado sobre o assunto numa sessão parlamentar. Abe reagia às declarações de Donald Trump, que garantiu à imprensa, na sexta-feira, que Shinzo Abe o havia nomeado para aquele prémio devido aos esforços para resolver a crise na Península coreana. “Com base nessa regra, evito comentar”, acrescentou o líder japonês, ressaltando que Trump “tem trabalhado corajosamente para resolver o problema nuclear e de mísseis da Coreia do Norte”. Na mesma ocasião, Shinzo Abe referiu que o Presidente norte-americano está “a colaborar activamente” para resolver a questão dos sequestros de cidadãos japoneses pelo regime de Pyongyang, cujo esclarecimento é uma das principais prioridades do Governo de Abe. Na mesma linha, o porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga, afirmou em conferência de imprensa que o Japão “valoriza muito a liderança de Trump”, escusando-se igualmente a pronunciar sobre a alegada proposta ao Comité Nobel. Segundo o diário japonês Asahi, o apoio do Governo de Abe à candidatura de Trump foi “informalmente” solicitado por Washington no outono passado, meses após a cimeira que Trump realizou em Singapura, em 12 de Junho, com o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Para além do alegado apoio de Abe, o mesmo jornal acrescentou que Trump terá tido o apoio do Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que no ano passado se referiu publicamente à possibilidade de recompensar o Presidente norte-americano com o Prémio Nobel da Paz pelos seus esforços a favor da paz na Península coreana. Da mesma forma, os ‘media’ nipónicos informaram hoje que Tóquio e Washington estão a preparar uma nova visita de Trump à capital japonesa, entre 26 e 28 de Maio, para realizar uma reunião com Abe e reunir-se com Naruhito, que se tornará imperador no início deste mês.
Hoje Macau EventosValter Hugo Mãe dirige colecção de poesia que chega às livrarias portuguesas esta semana [dropcap]O[/dropcap] escritor Valter Hugo Mãe vai inaugurar a colecção de poesia “Elogio da Sombra”, que quer plural, com os autores José Rui Teixeira, Isabel de Sá, Andreia C. Faria e Luís Costa. “Estamos a viver um tempo particularmente feliz na poesia portuguesa. De 2010 para cá, há um conjunto de autores e sobretudo mulheres que têm estreado e criado opulência nestes anos, que me parece poder anunciar uma das mais interessantes gerações da poesia portuguesa de sempre”, afirmou o escritor Valter Hugo Mãe em entrevista à agência Lusa, sobre a chegada às livrarias portuguesas, esta sexta-feira, da colecção que dirige. “Fascinado pela poesia” e sendo um sonho seu voltar a ser editor, Valter Hugo Mãe afirmou que não queria ficar como “passivo espectador convencional” face ao momento que se vive, e “queria muito sugerir” títulos e autores, referindo que “um editor pode ser uma companhia que motiva e proporciona possibilidades”, e é neste papel que se vê “com prazer”. Questionado sobre o nome da coleção, “Elogio da Sombra”, a primeira de poesia da Porto Editora, Hugo Mãe disse que foi uma ideia sua. “Interessa-me muito esta ideia dual, a hipótese de o poeta poder ser o ‘lado B’ das coisas, o indivíduo que presta atenção àquilo que fica obscuro. Ao mesmo tempo, a poesia é como aquele parente menos visível, menos solar, e por isso já é consciente que [nós, os poetas,] seremos menos, digamos assim”. E acrescentou: “aqueles que se preocupam com o esclarecimento das angústias, ternamente preocupados com as angústias”. Sobre a escolhas dos quatro nomes, que inclui um estreante, Luís Costa, “que não é um jovem, mas um homem de mais de 50 anos”, o responsável explicou: “Fui ao encontro daquilo que me parecia mais urgente”. “Via com muita perplexidade a Isabel de Sá sem editar há tanto tempo; foi com muita maravilha que fui assistindo à estreia da Andreia C. Faria, à sua evolução, à sua maturidade assombrosa; o José Rui Teixeira é um poeta que admiro imenso, um poeta rigoroso e que há muito devia estar protegido por uma chancela mais robusta, e o Luís Costa traduz muita coisa, escreve muito e quase obstinadamente, publica na sua página [na rede social] Facebook alguns versos [e] pensamentos”, afirmou à Lusa Valter Hugo Mãe. Os quatro títulos que vão ser editados são “Autópsia [poesia reunida]”, de José Rui Teixeira, livro que reúne os dois ciclos de seis anos de trabalho do teólogo e poeta portuense: “Diáspora” e “Antípoda”, antecedidos por cinco inéditos de “Eclipse”, de 2018. Esta antologia conta ainda com textos do escritor Rui Nunes e da poetisa espanhola Miriam Reyes. O segundo título, “O Real Arrasa Tudo”, de Isabel de Sá, poeta e artista plástica, reúne num volume 15 anos de trabalho da autora que a & etc revelou em 1979, com “EsquizoFrenia”, e que viria a ser publicada sobretudo ao longo das décadas de 1980 e 1990 por editoras como a Fenda, a Frenesi, a Rolim e a Ulmeiro, com títulos como “Desejo ou Água Leve”, “Restos de Infantas”, “Autismo”, “Em Nome do Corpo”, “Restos de Infantas”, e de quem a antiga Quasi reuniu a poesia num só volume, sob o título “Repetir o Poema” (2005). O terceiro título é “Alegria para o Fim do Mundo”, de Andreia C. Faria, que no ano passado venceu o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para Melhor Livro de Poesia, com a obra “Tão Bela Como Qualquer Rapaz”. O quarto livro da coleção é do estreante Luís Costa, “Amar o Tempo das Grandes Maldições”, que Hugo Mãe apontou como “uma estreia madura, ponderada e de poemas ao centro absoluto da existência”. “Estes quatro livros criam um certo panorama, um certo ecletismo, dos autores mais novos aos mais velhos, de autores mais clássicos como a Isabel de Sá a autores absolutamente contemporâneos como a Andreia C. Faria, ou a estreia de obras. Estes quatros livros acabam por constituir um manifesto, dizendo que esta coleção é para isto… é para integrar os mais velhos, abrir a porta ao mais novos, para todo o tipo de estéticas, e de sensibilidades”, sentenciou Valter Hugo Mãe. Questionado sobre se há um interesse crescente pela poesia, que habitualmente é apontada pelos editores como vendendo pouco, Hugo Mãe argumentou: “Medimos as nossas paixões por sucessos puramente íntimos, somos cidadãos bem-sucedidos se tivermos o amor de duas ou três pessoas, de um filho ou de uma companheira, e a poesia, para mim, está neste reduto de intimidade e não precisa de ter a pretensão de chegar a muita gente”. A poesia, disse à Lusa Valter Hugo Mãe, “é um modo profundo, intenso, talvez mais verdadeiro de comunicar, e que sabemos vai dizer respeito a um núcleo restrito, e por isso um grande sucesso na poesia pode dizer respeito a 200 ou 300 exemplares vendidos”. A colecção, ao mesmo tempo, vem ao encontro do desejo que Hugo Mãe “tinha de voltar a editar”. “Depois de termos sido editores não conseguimos intimamente deixar de o ser”, disse Valter Hugo Mãe referindo a sua experiência na extinta Quasi Edições, referindo o interesse pela descoberta dos textos “e até na decisão da imagem do objeto, a escolha do papel a capa…”. Quanto à continuidade da coleção, vai contar, para já, com os quatro volumes da Obra Completa de Artur Cruzeiro Seixas, autor com 98 anos, artista plástico e escritor, um dos nomes centrais do surrealismo português. De acordo com o editor, prevê-se a edição de oito a dez livros por ano. Valter Hugo Mãe garantiu que “estará sempre presente” na colecção, até como tradutor, mas a sua própria poesia “passará por outros lugares”. A apresentação da colecção “Elogio da Sombra” e das suas primeiras quatro obras realiza-se no próximo dia 23, no âmbito do festival Correntes d’Escritas, que decorre na Póvoa de Varzim, ao longo da próxima semana.
Hoje Macau InternacionalDelegação do Parlamento Europeu impedida de entrar na Venezuela [dropcap]U[/dropcap]ma delegação do Parlamento Europeu (PE), que tinha sido convidada pela Assembleia Nacional venezuelana (AN) a visitar a Venezuela, foi no domingo impedida de entrar no país e obrigada a apanhar um voo de regresso a Madrid. A expulsão dos eurodeputados foi denunciada pelo deputado opositor Francisco Sucre, através da sua conta oficial no Twitter, onde afirma que a delegação já tinha chegado ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía (norte de Caracas), o principal do país. “Queremos alertar a opinião pública nacional e internacional que o regime usurpador de Nicolás Maduro acaba de proibir a entrada na Venezuela de uma delegação de euro-deputados que vieram a convite da Assembleia Nacional da Venezuela e do seu presidente Juan Guaidó”, escreveu. Numa outra mensagem, o deputado afirma que esta é uma “nova amostra de que Nicolás Maduro é um tirano que pretende isolar a Venezuela do concerto das nações livres e que gera sofrimento no seu povo, que padece de uma emergência humanitária complexa”. “Denunciamos este novo atropelo contra a liberdade e a democracia. Proíbem a entrada aos euro-deputados e retêm os seus passaportes sem razão ou explicação alguma, o que é um abuso de força de um regime que recorre à força para aferrar-se ao poder”, sublinhou. Francisco Sucre publicou ainda um vídeo, em que explica que os deputados mostraram às autoridades uma carta com o convite feito pela presidência da Comissão de Política Exterior do Parlamento, mas que obtiveram como resposta “isso não vale nada”. Entretanto, também através do Twitter, o porta-voz do Partido Popular espanhol, Esteban González Pons, um dos deputados expulsos da Venezuela, explicou que “a única explicação” para o sucedido é que Maduro “não os quer” no país. A delegação estava composta pelos euro-deputados Esteban González Pons, José Ignácio Salafranca Sánchéz-Neyra e Juan Salafranca. Dela fazia parte também o euro-deputado português Paulo Rangel, que perdeu o voo de ligação entre Madrid e Caracas.
Hoje Macau ReportagemCicatrizes da lepra ditam vidas de isolamento na China Por João Pimenta, da agência Lusa [dropcap]N[/dropcap]o canto de um cubículo com dez metros quadrados está um corpo em decomposição: repleto de pus, úlceras nos braços e pernas, dedos amputados, rosto desfigurado, sem nariz. Um cheiro pútrido repele os visitantes. Su Yaodong chegou há duas semanas à aldeia de leprosos do condado de Lianjiang, depois de dez anos a dormir nas ruas de Cantão, uma das mais prósperas cidades da China, a mais de 400 quilómetros dali. “O seu corpo estava em corrosão”, descreve Masq, uma australiana que há vários anos promove acções de caridade na província de Guangdong, sul da China. “Nós conseguimos convencê-lo a vir para aqui, e estamos felizes, porque ele agora tem um tecto sobre a cabeça”, diz à agência Lusa. Situada entre terrenos baldios e uma fábrica de cimento, no litoral de Guangdong, perto da ilha tropical de Hainan, esta aldeia acolhe mais de 60 leprosos – a maioria idosos, expulsos das suas terras natais e ali radicados há várias décadas. Uma das doenças mais antigas do mundo, a lepra ataca a pele e os nervos e cria lesões irreversíveis, e é transmitida pelo contacto próximo com infectados, particularmente entre quem vive em condições de pobreza extrema. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em todo o mundo haviam 214.783 casos de lepra, em 2016, entre os quais mais de 12 mil considerados graves. A China não consta da lista de países onde a doença assume uma “dimensão preocupante” e, segundo a Associação de Leprosos da China, quase 480.000 pacientes foram tratados nos últimos cinquenta anos, enquanto cerca de 6.000 continuam infectados. No entanto, muitos são ostracizados devido às lesões corporais e acabam por permanecer em comunidades isoladas mesmo depois de curados. Só em Guangdong existem “pelo menos dez” destas aldeias, instaladas “longe das cidades ou algures nas montanhas” e administradas pelas autoridades locais, revela Masq. As instalações em Lianjiang foram recentemente remodeladas: para além dos espaços comuns – enfermaria, farmácia ou uma sala de convívio – cada unidade individual dispõe de uma cozinha, casa de banho e quarto. Os residentes recebem, mensalmente, 500 yuan do governo local e um médico desloca-se à aldeia quando telefonam. “De resto, estamos por nossa conta”, dizem. Designado Leprosy Love, o projecto lançado por Masq combate o isolamento destas comunidades: para além de doarem alimentos, roupas e outros bens, os voluntários organizam atividades lúdicas. “Não se trata apenas de dar um saco de arroz e uns pacotes de leite”, explica a australiana, “mas antes proporcionar um momento especial: algo para estimarem e recordarem”. A criação de aldeias isoladas para leprosos remonta aos primeiros anos após a fundação da República Popular da China, em 1949, com o lançamento de programas de saúde pública pelo novo governo comunista. No final de 2011, estas comunidades, espalhadas pelo país, contavam com uma população total de 20.000 habitantes, segundo dados oficiais. Este número deverá reduzir-se, ao longo dos próximos anos, à medidas que os residentes vão morrendo e a doença é erradicada, esvaziando estas aldeias. Lan Ying, que vive em Lianjiang há mais de trinta anos, queixa-se do barulho e poluição gerados pela fábrica de cimento ali aberta recentemente. “Gostava de sair daqui”, diz, “mas já não me resta família”.
Hoje Macau PolíticaChefe do Executivo | Alexis Tam não responde se entra na corrida [dropcap]Q[/dropcap]uando questionado por jornalistas sobre uma possível candidatura ao cargo de Chefe do Executivo, Alexis Tam optou por uma não-resposta. O secretário para os Assuntos Sociais e Cultura “afirmou que o seu maior desejo, nesta altura, é estar empenhado nos trabalhos levados a cabo pela sua tutela e apoiar no desenvolvimento do País, de forma a aumentar o bem-estar da população de Macau”, de acordo com um comunicado do seu gabinete. Além disso, Alexis Tam referiu que a sua aspiração, “de momento, é melhorar ainda mais a vida da população de Macau, e de auscultar, de forma humilde, as reivindicações dos residentes”. Quanto à oferta ao Governo de 13 imóveis localizados no Pátio da Eterna Felicidade pela Associação de Beneficência do Hospital Kiang Wu, o secretário revelou que a Direcção dos Serviços de Finanças já recebeu os 13 imóveis, que devem ser entregues no primeiro semestre deste ano ao Instituto Cultural.
Hoje Macau China / ÁsiaAtrasos na entrega de relatórios devido a pressa na construção da Ponte HKZM [dropcap]A[/dropcap] pressa em cumprir o cronograma de trabalhos para a construção da Ponte HKZM foi a razão pela qual a principal empresa construtora da infra-estrutura, a China State Construction Engineering atrasou a entrega de quase 15 000 formulários de inspecção, de acordo com as declarações do chefe Departamento das Auto-Estradas de Hong Kong, Jimmy Chan Pai-ming. O responsável falava à margem de uma reunião do Conselho Legislativo de Hong Kong na passada sexta-feira, aponta o jornal South China Morning Post (SCMP), em que Chan admitiu ainda que o Governo já saberia da falta da entrega dos referidos documentos desde 2016, mas só deu importância a este facto dois anos depois. Recorde-se que segundo os procedimentos habituais de Hong Kong, as construtoras estão obrigadas a preencher um formulário que serve para posteriores inspecções no local para confirmar se os elementos foram feitos de acordo com os planos. O formulário tem o nome de Pedido de Inspecção e Verificação no Local (RISC, na sigla inglesa) e é uma espécie de diário das obras. É também através destes formulários que são certificados procedimentos de supervisão dos trabalhos de construção que têm que ser submetidos para apreciação antes do construtor avançar para o próximo passo na construção. O atraso na entrega destes documentos tem levantado questões acerca da forma como a empresa de construção levou a cabo o projecto da ponte. Os formulários RISC em atraso estão relacionados com o segmento de ligação na antiga colónia britânica, uma obra que teve um custo de 8,88 mil milhões de dólares de Hong Kong. Qualidade garantida Segundo a mesma fonte, o secretário para os Transportes e Habitação Frank Chan Fan insistiu que este “incidente” envolveu apenas a entrega de documentos em atraso e não de documentos em falta e que tivessem que ver com assuntos relativos à qualidade da construção. “O incidente não teve nada que ver com documentos perdidos ou danificados, nem envolveu problemas de qualidade (…) e a qualidade da construção está em conformidade com os requisitos técnicos e de segurança”, disse o governante de modo a evitar acusações de omissão de informação. No entanto, o secretário não explicou a razão que levou o Governo a manter a irregularidade na entrega dos formulários durante mais de dois anos, altura em que foi conhecida a falha publicamente e já meses depois da inauguração da Ponte HKZM.
Hoje Macau SociedadeDSAT | 70% dos proprietários ainda não pagaram imposto de circulação [dropcap]A[/dropcap] Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) alertou, na sexta-feira, que 74 por cento dos proprietários de veículos ainda não pagou o imposto de circulação correspondente a 2019, que tem de ser liquidado até ao próximo dia 1 de Abril. A DSAT apela aos proprietários para regularizarem a situação, com a maior brevidade possível, evitando o adiamento do pagamento até ao final do prazo, de forma a não causar congestionamento nos serviços e eventuais penalizações de mora. Segundo a DSAT, este ano, 239.775 veículos estão sujeitos ao pagamento do imposto de circulação, incluindo automóveis, motociclos, ciclomotores e máquinas industriais.
Hoje Macau SociedadeServiços de Saúde apelam à vacinação face a surto de sarampo em países vizinhos [dropcap]O[/dropcap]s Serviços de Saúde lançaram na sexta-feira um apelo à vacinação face aos riscos do surto de sarampo em países vizinhos, como as Filipinas, onde foram sinalizados mais de 4.300 casos, dos quais 70 mortais, desde o início do ano. “Decorrente da situação epidémica activa do sarampo em países vizinhos à RAEM, os Serviços de Saúde apelam a todos os residentes que prestem a máxima atenção à prevenção”, diz um comunicado divulgado na noite de sexta-feira. Dado que “existe um grande fluxo de pessoas” entre a RAEM e Filipinas, Vietname e Malásia, “actualmente zonas de elevado risco de incidência do sarampo”, segundo a Organização Mundial de Saúde, e atendendo a que há um grande número de trabalhadores oriundos desses países em Macau, “os Serviços de Saúde apelam aos empregadores para prestarem atenção”, instando-os a “programar a vacinação contra o sarampo” dos trabalhadores, cujo registo de vacinação seja desconhecido. Macau – que obteve a acreditação de erradicação do sarampo em 2014 – sinalizou dois casos importados de sarampo e outro associado, incluindo um em que o paciente, natural das Filipinas, contraiu a doença durante o regresso a casa, desde o início do ano. Os trabalhadores oriundos das Filipinas (31.545), do Vietname (15.119) e da Malásia (1.225) representam, em conjunto, sensivelmente um quarto da mão-de-obra importada que, no final do ano passado, era composta por 188.480 pessoas. Primeiro caso de Dengue Entretanto, ontem, os Serviços de Saúde confirmaram a existência de um caso importado de Dengue, o primeiro desde o início do ano. O paciente, um homem de 29 anos, que viajou com a esposa para a capital da Malásia, Kuala Lumpur, entre 1 e 11 de Fevereiro, apresentou os primeiros sintomas no regresso a Macau. O historial de viagem, o período de aparecimento de sintomas e o resultado laboratorial levaram os Serviços de Saúde a concluir tratar-se de um caso importado. De acordo com os Serviços de Saúde, a mulher do paciente relatou que os pais que vivem na Malásia e os dois irmãos que regressaram recentemente da Austrália para a Malásia também foram diagnosticados com febre de Dengue.
Hoje Macau PolíticaAL | Propostas sobre táxis e organização judiciária votadas amanhã [dropcap]A[/dropcap] Assembleia Legislativa (AL) tem agendada para amanhã a votação de quatro propostas de lei, incluindo duas na especialidade. Em causa, o novo regime dos táxis e a proposta de alteração à Lei de Bases da Organização Judiciária. Já na generalidade vão ser votados os diplomas relativos ao registo e exercício da profissão de contabilistas e à actividade dos estabelecimentos hoteleiros. O quinto ponto da ordem do dia é a votação da proposta de debate, da autoria do deputado Sulu Sou, sobre a substituição das portas corta-fogo do Edifício do Bairro da Ilha Verde.
Hoje Macau Manchete PolíticaEntrega de fugitivos | Macau e Portugal fecham acordo [dropcap]M[/dropcap]acau e Portugal rubricaram o Acordo de Entrega de Infractores em Fuga, após terem chegado a um “consenso sobre o teor” do documento. O anúncio surge num breve comunicado, divulgado ontem pelo gabinete da secretária para a Administração e Justiça. A assinatura do acordo teve lugar na sequência da visita de uma delegação de negociação técnica da RAEM a Lisboa, na semana passada, com vista à realização da primeira ronda da reunião de negociações com os representantes da Direcção Geral de Política de Justiça, do Ministério da Justiça de Portugal. Em cima da mesa estava também o Acordo de Auxílio Judiciário Mútuo em Matéria Penal que, contudo, ficou por fechar, por se “afigurar necessário ainda aprofundar a negociação”, diz a mesma nota. A delegação da RAEM foi composta por Zhu Lin, assessor do gabinete da secretária para a Administração e Justiça, Chen Licheng, assessor e representante do Tribunal de Última Instância, Adriano Marques Ho, assessor e representante do secretário para a Segurança, Vu Ka Vai, assessor e representante do Ministério Público e Carmen Maria Chung, subdirectora dos Serviços de Assuntos de Justiça, entre outros.
Hoje Macau PolíticaJosé Pereira Coutinho quer mais fiscais nos casinos [dropcap]O[/dropcap] deputado José Pereira Coutinho alerta o Governo para a necessidade de contratar mais inspectores de modo a garantir o cumprimento da lei de controlo do tabagismo nos casinos. Em interpelação escrita, o tribuno justifica a contratação de mais recursos humanos com o incidente que ocorreu no passado dia 3 de Janeiro quando um agente da polícia se viu forçado a disparar um tiro para o ar no Cotai. De acordo com Pereira Coutinho, o recurso às autoridades policiais para impedir um turista que se encontrava a fumar numa zona proibida deve-se à ausência de uma fiscalização eficaz. “De acordo com as informações recolhidas, em cada turno, um inspector tem de lidar com quatro casinos localizados em locais diferente”, um volume de trabalho “extremamente elevado”, refere o deputado. A solução passa por medidas que respondam à “insuficiência de pessoal na Inspecção de Jogos, para que a execução da lei sobre o controlo do tabagismo possa ser eficazmente concretizada”, aponta. Por outro lado, o deputado admite as leis de Macau nesta matéria não estão a ser suficientemente divulgadas junto do crescente número de visitantes. “Face ao aumento do número de turistas, são insuficientes as acções de divulgação que lhes são destinadas (…). Quanto às normas de proibição total do tabagismo nos casinos, a sua divulgação foi escassa”, sublinha. Cabeça ao alto Pereira Coutinho entende que os visitantes também devem ser informados quanto às regras de trânsito de forma a congestionamentos. “Muitos turistas passam pelas zebras como se estivessem a passear em jardins privados, ou só se preocupam em jogar no telemóvel e olhar para baixo, sem se preocuparem com a situação do trânsito, o que resulta em engarrafamentos e perigo”, diz. Para o deputado a solução passa por distribuir panfletos ou disponibilizar informação na internet para “elevar a consciência dos turistas sobre o cumprimento da lei”.
Hoje Macau EntrevistaCarlos Piteira, investigador, defende que cultura macaense tem sido preservada por vontade da China e não de Portugal Carlos Piteira defende que a manutenção das características “singulares” de Macau se deve ao empenho do Governo chinês e não a iniciativas do poder político português que administrou o território durante quase quatro séculos. O investigador do Centro de Investigação do Instituto do Oriente considera ainda que a RAEM está a ser usada como “laboratório experimental” para diferentes modelos políticos do Governo Central [dropcap]N[/dropcap]atural de Macau, o investigador que integra a equipa de Coordenação Científica do Centro de Investigação do Instituto do Oriente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), Carlos Piteira, defende que a China tem contribuído mais para a preservação da identidade local do que Portugal. “Ao contrário do que possa parecer, o Estado chinês tem feito mais pela preservação da identidade macaense e da presença portuguesa em Macau do que propriamente o Estado português. Isto por que tem interesse para a China, obviamente”, afirmou o antropólogo e perito na Região Administrativa e Especial de Macau (RAEM) e Sul da China em entrevista à agência LUSA. Por outro lado, segundo Carlos Piteira, Macau é “de certa forma um laboratório experimental” para a China, que quer manter o território como “um espaço de singularidade” onde poderão ser testados novos modelos de administração. A par de Macau, Hong Kong e Taiwan também apresentam características próprias capazes de promover outros modelos de governação. “Macau, Hong Kong e, se quisermos, Taiwan são três peças daquilo que poderão ser novos modelos da própria China”, salientou o também docente do ISCSP da Universidade de Lisboa, acrescentando que “as experiências começam em situações muito localizadas que depois podem ser expandidas”. Exemplo disso são projectos como a Grande Baía, a iniciativa de cooperação regional que engloba as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e expande a sua abrangência à província do sul da China, Guangdong, englobando uma população de mais de 60 milhões de habitantes. Para Carlos Piteira, Macau representa um papel de relevo dentro do projecto de cooperação regional que não deve ser descurado apesar da pequena dimensão do território. “O papel de Macau [na Grande Baía] é importante, não pelo tamanho, não pelos recursos, mas pela sua especificidade”, reforçou. Em entrevista à agência LUSA, Carlos Piteira acaba por retratar Macau, citando o célebre autor chinês de “A Arte da Guerra”, Sun Tzu: “’A melhor batalha que ganhamos é quando o adversário nos dá a vitória’. É um bocadinho isto que se está a passar em Macau”. Características a preservar Para Carlos Piteira, a identidade macaense foi criada a partir de uma matriz híbrida que continua a resistir através de traços identitários específicos. O investigador destaca o patuá e a gastronomia como as principais características identitárias que ainda caracterizam a cultura macaense. O desenvolvimento de uma identidade própria manifestada por estes traços deve-se à necessidade dos “filhos da terra” em identificarem uma identidade grupal para se distinguirem quer dos portugueses, quer dos chineses, justificou. “As identidades criam-se porque queremos ser diferentes e a gastronomia e a língua tiveram essa função”, adiantou o antropólogo, nascido em Macau e especialista no território. Os macaenses, um grupo mestiço com influências portuguesas, chinesas, malaias e japonesas, vai assim compondo, ao longo dos séculos, uma identidade “singular” que tem “renascido graças ao instinto de sobrevivência”, diz o investigador do Instituto do Oriente do ISCSP. Segundo Carlos Piteira, além do patuá e da gastronomia, havia um terceiro traço identitário, a religião, que se foi “perdendo, essencialmente devido às políticas da Administração” portuguesa que retiraram à igreja a competência de fazer os registos (sobre depois de 1975). “Em Macau, a nacionalidade portuguesa dava-se por via da igreja, através do baptismo. Éramos todos católicos”, lembrou. Língua múltipla O patuá macaense, um crioulo português influenciado pelas línguas cantonesa, espanhola, inglesa e malaia, é uma característica identitária local que “há quem diga que foi adoptado pelas senhoras macaenses para esconderem o mau português que se falava”, apontou. No entanto, trata-se de uma linguagem que foi desaparecendo devido à obrigação de aprendizagem do português nas escolas imposta pela Administração portuguesa. A língua, como os restantes traços identitários macaenses, tinham entre si características semelhantes: eram praticados pelas famílias dentro de casa. Fora de portas Contudo, com a transferência de Administração de Macau para a China, há 20 anos, e, “sobretudo, com a globalização e as diásporas”, houve necessidade de adaptar estes traços identitários à dinâmica das sociedades modernas e redefinir a identidade macaense, levando-a para fora do espaço doméstico. No caso do patuá, Carlos Piteira apontou a importância das tunas e das récitas do teatro que ainda se faz neste dialecto, que já foi declarado património cultural intangível de Macau. O objectivo é manter esta língua viva, tornando-a parte integrante da oferta turística, apontou. O que aconteceu com a língua, também aconteceu com a gastronomia, que saiu dos lares macaenses e foi adoptada pela restauração. Nesta cozinha de fusão, onde se cruzam temperos e sabores ocidentais e orientais, muitos dos pratos tradicionais mantêm a designação em patuá, como o “diabo” ou o “balichão”, exemplificou o antropólogo. Mas o mais famoso, sugere, será o “minchi”.
Hoje Macau ReportagemEm Hong Kong, homens e mulheres não são iguais para construir casa [dropcap]G[/dropcap]raças a uma ‘herança’ da era colonial britânica, William Liu tem o direito, simplesmente por ser homem, de construir uma casa na sua aldeia no norte de Hong Kong, mas rejeita esse direito adquirido em nome da igualdade. O jovem de 22 anos vive nos “Novos Territórios” cedidos a Londres por Pequim em 1898, num contrato de 99 anos. De acordo com uma política colonial ainda em vigor, qualquer homem que possa identificar as suas origens até o final do século XIX pode construir uma casa de três andares na sua terra, sem pagar os impostos normalmente devidos, ou adquirir um terreno para construção a preço reduzido junto do Governo daquele território. Numa mega metrópole onde o custo do metro quadrado está entre os mais caros do mundo, esse direito exclusivamente masculino representa um legado dificilmente negligenciável. Contudo, os defensores da igualdade de género estão a desafiar esse direito em nome da luta contra a discriminação contra as mulheres e contra os milhões de Hong Kong excluídos do mercado imobiliário. William Liu, aldeão e democrata, concorda com aqueles recorreram aos tribunais: “É uma política injusta e não me vou servir dela”, disse ele à agência de notícias France-Presse (AFP). O jovem protesta contra a sua natureza discriminatória, mas também contra o facto de promotores imobiliários, com um caderno de endereços completo, conseguirem servir-se dessa política para construir. A chamada política de “pequenas casas” foi “contornada para benefício de um pequeno grupo de pessoas que trabalham com promotores [imobiliários] para ganhar dinheiro”, acusa. De acordo com o centro de pesquisa especializado Liber Research Community, uma em cada quatro casas construídas sob essa política nos “Novos Territórios” foi desenvolvida por promotores que firmaram acordos secretos com os moradores para ficarem com os seus direitos à terra. As autoridades estão a fechar os olhos, sustenta esta entidade. A chamada política “direitos dos ding”, palavra cantonesa para descendentes do sexo masculino, foi introduzida em 1972 pelos britânicos como uma medida provisória para melhorar as condições de vida dos agricultores. E manteve-se após a entrega de Hong Kong à China em 1997. Estes direitos são ferozmente defendidos pelo Heung Yee Kuk, um organismo que domina a vida rural há décadas e vota sempre a favor de Pequim no complexo processo eleitoral de escolha do chefe do Governo de Hong Kong. Hong Kong tem uma carência gritante de habitação. Para melhorar a situação, o Governo quer investir pelo menos 500 mil milhões de dólares de Hong Kong para construir ilhas artificiais, para grande desgosto daqueles que denunciam estar-se perante um projeto caro e perigoso para o meio ambiente. Para Chan Kim-ching, fundador do Liber Research Community, o Governo precisa de rever todo o sistema de alocação de terra nos “Novos Territórios”. Em particular, desbloquear terras regidas neste momento de acordo com os “direitos dos ding”. “Seria melhor para o meio ambiente, reduziria um pouco as desigualdades e responderia à procura de habitação, tudo ao mesmo tempo”, defende. Tanto o Governo como o presidente do Heung Yee Kuk, Kenneth Lau, recusaram-se a comentar este estatuto, alegando que estão a decorrer processos judiciais. Este assunto tem sido desde há muito tempo um ponto de discórdia entre famílias de ex-moradores e outros habitantes de Hong Kong. Estas famílias, que também gozam de outros direitos especiais, especialmente no enterro, são muitas vezes consideradas como injustamente privilegiadas. No entanto, os moradores reclamam que têm que esperar anos pelas licenças de construção, mesmo quando são donos da terra. Yelena Yung explica que foi discriminada como mulher pelos “direitos dos ding”, mas, apesar disso, é favorável a este estatuto porque os seus dois filhos foram beneficiados, tendo obtido a licença de construção depois de mais de dez anos de espera. “Não fale comigo sobre igualdade de género quando eles nem permitem que rapazes construam casas”, disse à AFP. “Já é muito difícil para eles obterem licenças de construção, quanto mais as raparigas. Eles têm que resolver esse problema primeiro”, defende. Stanley Ho, um aldeão hostil a esse estatuto, cresceu numa aldeia de algumas dezenas de habitantes no coração de um parque natural. Ele diz que viu os campos darem lugar a casas, árvores velhas a serem cortadas para se construírem estradas ilegais para facilitar a construção. Ho pede ao Governo que trabalhe com Heung Yee Kuk, ambientalistas e representantes da comunidade rural para se abolir “esta política injusta”, de forma a melhorar as condições de vida dos aldeões. “A nossa geração deve ser ouvida, devemos controlar o nosso espaço”, diz. “Caso contrário, serão os promotores a fazê-lo”, conclui.